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Guia Prático de Color Grading

Colour Grading descomplicado, cinco passos para você tratar qualquer imagem no DaVinci Resolve queira passar horas e horas experimentando e criando um visual, não é sempre que a gente vai ter tempo disponível para fazer isso. Então nesse tutorial eu vou te mostrar uma forma simples e rápida de criar um Color Grading profissional que vai funcionar para você fazer o tratamento de qualquer imagem que você tiver na mão. E se você tiver afim de deixar de tratar o color só como um hobby e transformar sua paixão por cores em uma profissão lucrativa, você vai adorar conhecer o Color Raging Lab.

Um curso em que eu vou te ensinar o que você precisa saber para ser um dos profissionais mais requisitados e bem pagos no audiovisual, o colorista. E não tem problema se você nunca mexeu com cor na vida ou está acostumado a editar no Premiere ou em qualquer outro programa. No curso eu te ensino desde como levar e trazer seu projeto para o da Vint, balancear cenas, técnicas avançadas para criar visuais, e o que você pode fazer para fazer isso. e ferramentas externas gratuitas que deixam o da Venti ainda mais sinistro, como entregar seus arquivos com o máximo de qualidade, e de bônus você ainda leva mais de 100GB de cenas pra praticar.

Então se você tiver afim de entrar no mercado mais lucrativo e menos concorrido, vem conhecer o meu curso, Color Grading Lab. Então vamos lá gente, vamos começar. Tô com essa cena aqui dessa cantora, e como tá prometido aí no próprio título do tutorial, a gente vai construir esse visual em 5 passos, cara.

E como são 5 passos, eu vou criar aqui... cinco nodes que vai ser um passo em cada Node para a gente conseguir ver eles separadamente depois ver o que cada coisa tá fazendo beleza então vamos lá vou apertar aqui Alt S para criar um Node em série e vou apertar quatro vezes para eu construir aqui os meus cinco nodes na minha árvore e aí já vou nomear essa galera para já ficar organizado então esse meu primeiro aqui ó cliquei com direito Node Label vai ser o meu Node para exposição e contraste vou dar um nome só de exp não vai caber exposição e contraste aí nesse cara aqui eu vou chamar de balance E esse cara aqui eu vou chamar de Sat, Saturação. Isso aqui, cara, esses três primeiros passos é a parte básica do tratamento de cor. É o que muita gente entende como a parte de correção de cor, né?

Muita gente faz essa divisão entre Color Correction e Color Grading. Color Correction é a parte técnica, né? De corrigir. E o Grading seria a parte criativa. Então essas três partezinhas aqui, ó, é o básico, velho.

É a parte técnica, ok? E aí na parte criativa eu vou mostrar pra vocês mais dois processos aqui que... Ainda vão manter todo o nosso fluxo de trabalho simples, mas que vão ajudar a gente a ter um trabalho com acabamento mais profissional, mais refinado, tá? Então esse meu quarto Node aqui vai ser o meu Node de Janelas, que é onde eu vou criar aqui uma Power Window pra centralizar, direcionar a atenção do espectador. Vocês vão entender na hora que eu chegar nisso.

E esse último aqui vai ser onde eu vou fazer o meu visual, cara. Esse daqui vai ser meio que um Node Coringa, onde a gente vai poder escolher, levar a imagem, né, a estética pra um lado, pro outro, enfim. Aqui é onde a gente vai ter um pouco mais de liberdade pra experimentar, propor um visual, uma estética, ok?

Então vamos nessa, vamos começar. A primeira coisa vai ser a nossa exposição, velho. E aí vamos dar uma olhadinha pra essa imagem aqui antes da gente começar a mexer com ela.

O que eu percebo quando eu olho pra ela? Por mais que o sinal aqui esteja acontecendo meio que nos tons médios, tá aqui no meio, nessa área intermediária aqui dos scopes, do waveform, quando eu olho pra imagem ela parece bem clara, assim, bem aberta, sabe? O contraste dela tá bem suave.

A gente não tem um contraste bem marcado. E várias coisas aqui, né? Primeiro a exposição da câmera e também tem uma questão de que nesse cenário tem uma fumacinha aqui que a galera usou, né?

Dá pra perceber isso por esse contraste mais suave. E tem esse elemento aqui, ó, dessa luz, esse spotlight vindo no pianista, que também denuncia que tem fumaça. Porque como a gente consegue ver o volume aqui da luz, ó, isso daqui é um sinal de que tem fumaça. Se não tivesse fumaça no ambiente, a gente não veria certinho esse desenho, esse volume da luz chegando nele, ok? Então a primeira coisa que eu vou começar a fazer vai ser corrigir essa exposição.

E para corrigir a exposição, cara, eu vou trabalhar aqui com as minhas primárias. E como eu quero, como eu estou olhando para essa imagem, estou achando que ela está toda muito clara, tanto as altas luzes quanto os tons médios e as sombras, né? Você vê que as sombras, as partes mais escuras da imagem, não estão chegando aqui no zero.

Elas estão bem mais altas. Então isso já denuncia aqui para a gente pelos próprios scopes, pelo waveform, que a imagem está toda bem clara, né? Eu vou começar diminuindo essa exposição através aqui do meu offset.

E aqui eu já quero dar uma dica pra vocês, que é o seguinte. Quando vocês estiverem trabalhando com exposição, gente, controlando a exposição de uma cena, tentem se limitar a três parâmetros aqui, tá? Três ferramentas, que é o lift, o gain e o offset.

Lift são as sombras, o gain são as altas e o offset é o geral. O gamma, que são os tons médios, eu recomendo vocês evitarem trabalhar com ele pra mexer com exposição. Os meus maiores professores, as minhas fontes mais seguras de informação, sempre recomendam que se você se manter aqui no Lift, no Gain e no Offset, você vai estar num bom caminho, você vai estar trabalhando com uma resposta mais orgânica, mais natural da fotografia. Então nesse caso, como eu quero baixar tudo, eu vou baixar aqui o meu Offset. E aí ó, eu vou trabalhar aqui na minha mesinha, mas é a mesma coisa que você pegar aqui, clicar nesse slider e puxar ele para trás, você vai diminuir a luz, tá?

Mas eu vou fazer aqui pela minha mesinha que é mais fácil para mim aqui. Então vamos lá, vou começar a diminuir aqui a luz. E aqui eu acho que a gente chegou num ponto legal.

E aí, o que você percebe? A gente baixou aqui o sinal, deu pra ver que ele tá todo mais baixo agora, né? Se a gente olhar o antes e o depois, ó.

Antes. Depois dá pra ver que o waveform desceu bem. Então a exposição já tá num lugar mais agradável. Mas quando a gente olha pra imagem, ela ficou meio sem graça, assim, né?

Perdeu o volume, tá meio... Sei lá, meio xoxa, né? Não tá com aquele contraste bacana e tal.

Ela só ficou mais escura. Então, para recuperar o volume, recuperar essa profundidade da cena, eu vou fazer isso aumentando aqui o meu contraste. Eu vou trabalhar com as minhas ferramentas de contraste e pivô, que elas são relacionadas, né?

A primeira, então, que eu vou fazer vai ser aumentar o contraste. Olha lá o que acontece. E aqui eu acho que está interessante. Um pouquinho mais, talvez.

E aí, o que acontece? Acho que em termos de contraste a gente chegou em uma relação bacana, mas a imagem ficou toda muito escura, né? E por que ficou escuro?

Porque esse contraste está sendo aplicado de uma região aqui do sinal. Vou zerar ele aqui para vocês entenderem. Olha para os scopes o que acontece quando eu aumento esse contraste, tá? Você vai ver que ele vai pegar um ponto médio aqui e aí o que está desse ponto médio para cima ele vai subir mais, o que está desse ponto médio para baixo ele vai descer mais. Então olha lá.

Dá para ver claramente isso aqui, né? Na linha do 512 é onde ele está aplicando esse contraste, ok? E aí o que eu vou fazer agora? Como eu achei que foi tudo muito escuro, eu vou mexer com o meu pivô. E o que é o pivô?

É exatamente esse controle do ponto médio de onde o contraste está sendo aplicado. Eu vou começar a baixar ele aqui, porque na hora que eu começar a baixar, o que antes ele estava afundando, deixando mais escuro, na hora que eu baixar o pivô, ele vai entrar na parte de cima do contraste. Vai ser uma área que vai começar a ficar mais clara ao invés de ficar mais escura. Então isso vai fazer o meu contraste acontecer mais de baixo e a imagem não vai ficar tanto escura.

Então olha lá o meu pivô na hora que eu começar a mexer com ele, o que acontece com a imagem. E aqui eu acho que já tá ok, cara. Um pouquinho mais baixo.

Aqui. Aqui tá legal. Então, olha lá o que eu fiz.

Trabalhei com o meu offset pra diminuir a exposição geral. Usei meu contraste, o meu pivô, pra recuperar volume, recuperar profundidade de contraste na cena, beleza? Então, aqui na parte de exposição e contraste, olha lá.

Antes, depois. Olha o tamanho da diferença que isso já fez na imagem, né? Olha em tela cheia. Antes, depois. Já é um grande passo aqui pra gente chegar num lugar mais agradável desse visual.

Você vê como que o contraste é uma das coisas que mais afeta a sensação visual que uma imagem passa pra gente. Então por isso que eu comecei por ele. Próximo passo é o balance. E aqui, cara, a dica que eu dou pra vocês é o seguinte.

Os controles clássicos que a gente começa a aprender pra trabalhar com temperatura, né, com balance da imagem, são esses aqui de temperatura e tint. Qualquer programa, Premiere, aplicativo de celular, qualquer um que você tiver, vai ter esses controles aqui de temperatura e tint. São os clássicos. E aí eu já recomendo pra vocês, cara, uma dica, não trabalhem com eles.

Não usem esses controles clássicos aqui, porque eles não tem a matemática mais bacana, a matemática mais precisa pra você afetar, pra você operar esse aspecto da imagem. Se você quiser trabalhar com temperatura e tint, eu recomendo que você use os controles aqui dessa abinha aqui, do lado, que é a aba HDR. Você vê que nela a gente também tem temperatura e tint acontecendo aqui, né? A gente também tem essas opções.

E elas não funcionam da mesma maneira, por mais que tenha o mesmo nome... elas funcionam, elas têm matemáticas por trás, regendo esses comandos de maneira diferente. E aqui pela aba HDR, a gente vai ter um controle mais fotograficamente preciso.

Mas nesse caso eu não vou trabalhar com nem os controles de temperatura e tint aqui da aba HDR, muito menos com o da aba de primárias. A gente vai controlar a temperatura usando o meu offset, que é uma forma mais avançada da gente lidar com esse aspecto da imagem. Então o que eu vou fazer?

Como eu olho para essa imagem e vejo... que ela tá toda muito quente, tem um tom alaranjado, vermelho, invadindo bastante ela aqui, eu vou compensar isso pegando meu offset e levando ele na direção dos tons frios aqui, ó. E eu vou fazer isso de olho na pele dela.

A pele dela vai ser o meu ponto de referência pra eu decidir quando que eu cheguei no ponto que eu quero, ok? Então vamos lá, vou pegar essa bolinha aqui do meio do offset e vou começar a levar na direção contrária dos tons quentes, na direção dos tons frios. E aí olha lá.

E aqui, aqui, aqui, ó, acho que a gente chegou num lugar legal. Então, olha lá, cara, olha a pele dela, tá? Olha como que tava antes. Olha como que ficou depois. Você vê como que a gente ganha.

Antes tava tudo muito invadido, tudo muito monocromático, tudo muito laranjadão demais, sabe? A gente não vê uma riqueza de tons. Ficou monocromático, tem uma cor só acontecendo, parece. E na hora que a gente faz esse equilíbrio, olha como que a gente encaixa a pele dela num lugar mais elegante, mais orgânico, né? A gente vê uma pele mais natural e tal.

E aí toda a imagem fica com uma relação de cores mais puras, assim. A gente consegue enxergar melhor as cores. Não tem aquela invasão de laranja que tá tingindo tudo.

E se você reparar até na luz aqui do pianista, ó, olha como é que tava antes. Antes a gente tinha tudo laranjadão, e a luz aqui no pianista é uma luz branca neutra. E aí quando a gente compensa esse laranja que tá invadindo a cena inteira, olha como que a luz nele ficou azul, né?

Como ela tava branca e o resto tava alaranjado, a gente compensou o alaranjado, ela que era branca, entrou pros tons frios que a gente encaixou aqui. Então a gente ganha até essa riqueza, esse contraste de cores a mais na cena, que eu acho que vai enriquecer esse visual que a gente tá construindo, beleza? Então nesse ponto aqui o meu balance eu acho que tá ótimo.

Próximo passo, saturação, cara. E aqui, esse também é um aspecto super delicado de quando a gente tá fazendo tratamento. A saturação, velho, é uma parada muito fácil da gente perder a mão nela e deixar a imagem com aspecto artificial, um aspecto pouco profissional, assim, amador, pra falar bem a real, saca? Então, é importante que a gente tenha cuidado, saiba lidar com ela. E aí, de novo, esse comando clássico de saturação aqui do DaVinci, cara, e aí não só do DaVinci, do Premiere, de qualquer programa que você estiver usando, velho.

Esses controles de saturação geralmente tem uma matemática muito ruim assim, tipo, de deixar a imagem artificial muito rápido, saca? Então é legal a gente ter a mão bem leve quando a gente vai trabalhando com ele. E aí nesse caso eu nem vou operar a saturação através desse comando clássico.

Eu vou operar a saturação aqui através do meu Color Boost, que é parecido com a saturação, mas ele tem uma atuação que fica mais concentrada nas áreas de sombra da imagem. Ele não afeta a cena inteira de maneira uniforme, ele afeta mais as sombras e eu acho que isso vai ajudar a gente aqui nesse caso. Então, e aqui de novo, cara, eu vou ir com a mão bem leve no Color Boost, ó. Eu vou colocar nove pontinhos e eu acho que já tá ótimo.

Então, olha lá o antes e o depois. Deixa eu colocar em tela cheia de novo. Antes, depois. Eu coloquei um pouquinho de Color Boost, cara, só pra gente ganhar um pouco mais de separação de cores. Olha como tava antes e olha como tá agora.

A gente enriquece os vermelhos, marca um pouquinho melhor o azul. Crio uma separação de cores entre o laranja da roupa e a pele dela. Então, eu acho que isso aqui ajuda, um toquezinho sutil, mas que vai enriquecer o nosso visual também, beleza?

Aqui, então, na saturação, esses nossos primeiros três passos estão feitos. Vamos para o nosso próximo passo aqui, que é criar uma janela para direcionar o olhar de quem está assistindo, ok? E aí, para fazer isso, é o seguinte. A gente vem aqui nas minhas opções de Power Windows, né?

A gente tem várias opções aqui no DaVinci. A gente vai escolher essa daqui de Power Windows. E aí nesse caso a gente vai trabalhar com uma janela circular. Então eu vou clicar nela aqui, ela aparece pra mim lá na cena. E aí eu vou ajustar ela pra ela ficar bem em cima ali da nossa cantora, ó.

Que é o centro da atenção dessa cena, né? Eu vou expandir aqui bastante, ó, pra ficar bem difuso, bem suave a aplicação dessa máscara. Pra gente não ver aquela borda marcada aqui e ficar visível que a gente criou uma máscara. A ideia é que a gente aplique o efeito, mas que ele fique sutil.

Que as pessoas não percebam que a gente criou uma marcação aqui, né? A ideia é que fique natural. E aí pra fazer isso, cara, o que eu vou fazer vai ser o seguinte, como eu quero chamar mais atenção pra ela, uma das características do nosso olho é isso, cara, por causa da natureza do nosso olho, a primeira coisa que o nosso olho é atraído pra ver são as regiões mais claras da imagem, então eu vou tirar proveito disso, desse conhecimento de como que o nosso olho funciona, pra fazer o espectador olhar pra onde eu quero que ele olhe. E pra fazer isso é o seguinte, criei aqui a máscara, e aqui nessa região eu vou aumentar as minhas altas luzes, vou aumentar o meu gain, e aí olha lá o que acontece na hora que eu fazer isso, ó. Aqui eu acho que tá ok.

E aí repara no que acontece. Vou até dar um off aqui na máscara pra gente não enxergar ela. Beleza, a gente marcou ali a luz nela, né?

Mas parece que se você olhar no fundo aqui, nessas regiões de tons médios, parece que foi tudo meio lavado, ficou meio sem graça, assim. A gente perdeu um pouco do contraste, saca? A gente perdeu um volume interessante que a gente tinha nessa região do quadro.

E aí pra resolver isso que eu vou fazer o seguinte, eu vou combinar esse ajuste de levantar alguém com o ajuste de apertar um pouquinho o contraste recuperar esse volume. E aí, olha lá o que acontece. Aqui, eu acho que tá ótimo, velho. E aí, olha lá, galera. Antes e depois.

Olha a diferença que isso faz, cara. Olha como que o seu olho, velho. Olha em tela cheia. Olha como o olho vai pra cima dela, saca?

Tipo, não tem jeito, velho, é da natureza do nosso olho. Isso acontece porque dentro do nosso olho a gente tem muito mais células sensíveis à luz do que células sensíveis às cores. E além de ser mais sensíveis, essas células também são muito mais numerosas na nossa retina. Se você gosta desse tipo de curiosidade, gosta de entender o porquê, o que tá por trás das coisas, eu recomendo demais que você veja um vídeo que foi...

o primeiro vídeo que eu fiz aqui pro canal, um dos vídeos que eu tenho mais carinho aqui, de todo o conteúdo que eu já produzi, vou deixar o link dele aqui em cima, vou colocar na descrição também pra vocês assistirem, que é um vídeo que eu nem entro dentro do DaVinci, é um vídeo só sobre teoria das cores, como funciona o olho humano e como que funciona o pixel. Recomendo demais que vocês vejam isso, porque é uma série de ideias, um compilado de anos de estudo que eu fui juntando e botei tudo nesse vídeo, seis minutinhos, que são conceitos, são conhecimentos que vão enriquecer demais o repertório de vocês. E a maneira como vocês olham, como vocês enxergam e entendem as imagens, ok? As cores, a luz de forma geral. E aí, cara, o que é uma coisa legal de a gente usar no DaVinci também, né?

Como eu criei uma janela aqui em cima dela, ó. Deixa eu voltar aqui, né? Com a nossa marcação da janela. Cadê? Mostra pra mim a power.

Como a gente criou uma janela aqui, ó. Você vê que como essa cena tem movimento, a câmera meio que tilta pra baixo. E a gente perdeu ali o rosto dela de dentro dessa marcação, né? Então, uma coisa que a gente pode fazer para que essa janela fique fixa ali onde a gente quer que ela fique, a gente pode traquear ela. E esse é um dos recursos mais legais e mais impressionantes que eu acho que existem aqui dentro do DaVinci, cara.

Quem nunca usou o tracker do DaVinci quando vê a primeira vez se impressiona. Eu, pelo menos, me impressionei demais. E para fazer isso, para traquear essa máscara aqui onde a gente posicionou ela, a gente vem nessa opçãozinha aqui do lado, que é a opção de tracking do DaVinci.

E eu vou apertar, como eu estou no início aqui do quadro, eu vou só dar um playzinho para frente aqui. Pra mandar ele traquear. E aí, olha lá o que acontece.

Olha como é eficiente, cara. Como que marcou perfeitamente ela ali. Cês tão vendo?

Cara, é muito impressionante. E é muito rápido. Mais uma coisa que aconteceu aqui, ó. E vai ser até legal pra eu dar esse exemplo pra vocês. Eu tô achando que essa máscara tá seguindo ela demais.

Até quando ela gira o corpo, assim, sabe? Torce o tronco um pouquinho de leve. A máscara tá acompanhando. E eu acho que ela não precisa acompanhar tanto dessa maneira. Então, o que eu vou fazer?

Eu vou zerar isso aqui, reset tracking data. Zerei ele. O que eu vou fazer? Você vê que aqui em cima nas opções de tracking, a gente tem várias opções. Pan, tilt, que é de um lado para o outro, tilt de cima para baixo, zoom, que é aproximação, rotação e perspectiva.

O que eu vou fazer? Aqui está tudo habilitado. Então, ele está olhando para todos esses elementos do quadro e está criando o tracking em cima disso. Como eu não quero que siga tanto ela, assim, as torções de... corpo que ela faz, eu quero que fique só essa região do quadro central marcada o que eu vou fazer vai ser o seguinte, eu vou desabilitar aqui a minha perspectiva 3D e vou desabilitar a minha rotação, quero deixar só o meu pan, tilt e o zoom ligado e aí agora eu vou mandar traquear de novo pra essa máscara ficar mais fixa aqui na região central e não ficar acompanhando tanto o corpo dela dessa maneira, então vamos lá, olha lá o que acontece agora Sutil, bem sutil a diferença, mas eu acho que isso ajuda, saca?

Às vezes se você fizesse um render e olhasse as duas, você nem ia perceber, mas é uma coisa de boa prática do colorista, uma coisa de seguir a lógica da ideia, né? A lógica do que eu tô fazendo. E pela lógica do que eu tô fazendo aqui, eu acho que isso daqui é uma coisa que faz mais sentido, beleza?

Então pronto, gente, tá feito aqui o nosso tracking. E na moral, velho, na moral, fala-se... Olha onde a gente chegou até esse ponto, velho.

Olha a diferença que isso aqui fez. Isso aqui, cara, é o seguinte. Esse é o momento perfeito pra eu pedir pra você, caso você ainda não tenha dado o like no vídeo, velho.

Na moral, antes de eu ir pra esse último passo aqui, porque senão muita gente abandona o vídeo no meio. Véi, deixa o like, cara. Deixa o like aqui, deixa um coraçãozinho, deixa um comentário se você tá gostando do material até agora.

É um tipo de coisa que não custa nada pra você, velho. Puta merda, me ajuda demais a continuar trazendo esses conteúdos gratuitos aqui, saca? Então, por favor, pauzinho aqui pra te pedir o like, eu acho que vale. Se você não deu ainda, clica aí no coraçãozinho. Não é nem coração, né?

Joinha aqui no YouTube. Mas enfim, quebra essa, velho. Quebra essa, tô produzindo conteúdo aqui pra vocês.

Não custa nada. Um likezinho, um coraçãozinho, um joinha, velho. Seja essa pessoa gente boa e não sai daqui sem deixar essa força pra quem tá produzindo conteúdo gratuito pra você.

Por favor. Muito obrigado. Família agradece. Próximo passo, gente. Último passo.

Quinto passo desse visual agora. é onde a gente vai ter esse Node Coringa aqui, como eu falei pra vocês, que é onde a gente vai ter essa margem, né, essa liberdade pra levar o visual pra um lado, pro outro, e escolher o que a gente quer como proposta estética, beleza? E aí, cara, pra manter o processo simples, o que eu vou sugerir pra vocês é o seguinte, nesse Node de visual, vocês vão se concentrar em trabalhar com duas ferramentas, que é o Lift e o Gain, sombras e altas luzes.

E o que a gente vai fazer aqui, cara, vai ser experimentar com as combinações desses dois, pra ver... Que tipo de proposta, que tipo de pintura que a gente consegue chegar? E aí de forma geral a recomendação que eu dou é a seguinte. Game por um lado, altas luzes por um lado e sombras por outro.

Tentando brincar com essa coisa da oposição das cores pra criar uma paleta harmoniosa, beleza? E aí o que eu vou fazer, cara? Minha proposta vai ser a seguinte. Aqui no meu game eu vou começar a jogar ele.

Em direção às cores quentes, ok? Então, de novo, vou devolver aqui um tom meio amarelinho pra cena, meio quase verde, né? Aqui.

E aí pra compensar esse amarelo que a gente jogou, eu vou vir aqui no meu lift agora e vou jogar ele na direção contrária, ó. Na direção dos meus azuis, dos meus tons frios. Azul, oceano, né?

E aí, olha aqui, cara. Olha isso. Antes, depois. Olha em tela cheia. Antes.

Depois, uma combinação ali entre os amarelos e os verdinhos. Olha como que já cria uma sensação, uma estética mais marcada, mais personalizada pra esse visual, saca? E aí, isso daqui, cara, assim, é o que eu falei.

Vocês podem explorar essas combinações agora. Por exemplo, vou zerar aqui os dois, tá? Vou zerar aqui o meu game, vou zerar o meu...

Ó, só de zerar o game, só mexendo com a sombra. Joguei mais azuis nas sombras. Ó a diferença que isso aqui fez, cara.

Já é uma proposta. Nem precisou mexer no game, saca? Só mexer nas sombras. Uma outra ideia, já é uma outra vibe, saca? Então deixa eu zerar os dois agora e vamos ver uma outra possibilidade.

Vou jogar uns tons quentes de novo nas altas e agora vou jogar mais azul nas baixas. Ó, já é uma outra ideia, saca? Meio parecido, mas pra um outro lado, não tão verde, mas azulzinho, saca? Olha lá.

Vocês estão entendendo? Então aqui, ó, nessas possibilidades de gain e lift, é onde a gente tem muita margem pra propor, pra criar visuais, experimentar propostas diferentes. Isso aqui é legal, cara, porque é um tipo de recurso, um tipo de processo que ajuda a gente a criar uma unidade pro filme.

Aqui a gente tá trabalhando com uma cena só, mas imagina que você tá num filme aí, numa montagem, numa edição, que tem várias cenas em contextos diferentes, às vezes interna, externa, e você quer criar uma unidade pro filme, criar um visual que unifique tudo isso. Esse recurso de você fazer essa pintura nas altas e nas baixas é uma coisa que ajuda a gente justamente pra isso, porque você vai sair de vários cenários, contextos diferentes. Mas em todos eles você vai ter essa pintura, essa tendência das altas luzes mais para uma cor e das baixas mais para outra. Isso ajuda muito a gente a ter uma unidade, uma proposta estética para o filme inteiro.

E aí nesse caso, eu vou até zerar aqui de novo porque eu gostei mais do verdinho. Então para fechar esse tutorial, eu vou voltar aqui com os tons amarelos nas altas e mais na direção do verdinho aqui. Aqui eu acho que tá interessante, hein? Olha lá. Antes, depois.

Antes, depois. Eu gosto demais, cara. Eu acho que aqui a gente já chegou num ponto super legal.

E cara, aqui eu acho que a gente encerrou. Esses são os cinco passos, saca? E aí, só pra fechar, uma coisa que a gente pode ver é retomar aqui, né?

Dar uma revisitada nos ajustes, né? Nos processos que a gente fez antes pra ver se tem alguma coisa que a gente gostaria de mexer. Eu, por exemplo, tô achando que talvez aqui no nosso Node de Exposição e Contraste a gente poderia... mexer aqui com o pivô pra gente ver se a gente encontra um ponto médio mais interessante pra esse contraste, saca?

Então vamos ver o que acontece aqui, vamos experimentar. Mexer aqui com o pivô, não, quando eu abro eu não gosto, talvez diminuir um pouco, deixar um pouco mais denso. Aqui, acho que aqui tá bom, cara. Nem é tanta coisa, acho que a gente já tava bem próximo do que eu queria. E aqui, velho, vamos ver a nossa janela agora.

Vamos ver se a gente aumenta um pouquinho o gain aqui. Aumentar um pouco mais as altas. Não, vou voltar um pouquinho.

Aqui eu acho que tá bom. Vamos mexer aqui no pivô do contraste de novo. Um pouquinho mais aberto. Aqui tá legal.

Aqui tá legal. E cara, sinceramente, pra mim é isso, velho. Vamos desabilitar aqui todo mundo e vir habilitando um por um pra gente ver agora qual foi o visual que a gente construiu? Então vou selecionar todo mundo aqui, CTRL D pra desabilitar os outros.

Olha isso, velho. Olha onde que a gente tava no começo. É louco, né?

A gente vai construindo passinho por passinho assim e não vai se dando tanta conta do tamanho da diferença que a gente tá fazendo. mas quando você olha para a imagem desse jeito, dá para ver que a gente percorreu um longo caminho. E aí vamos lá, a primeira coisa que a gente fez, exposição em contraste. Diminuímos aqui a exposição com o offset e usamos o contraste, o pivô, para encontrar a profundidade, o volume de contraste que a gente queria. Depois disso, a gente fez um ajuste aqui no balance, usando de novo o offset, para neutralizar os tons alaranjados, recuperar um equilíbrio entre as cores aqui, ganhar uma riqueza de tons.

Depois disso, a gente acrescentou saturação através aqui do Color Boost, só pra ganhar um pouco mais de separação de cores. Na sequência, a gente criou a nossa janela pra direcionar a atenção pra nossa atriz, pra nossa cantora. E aqui, cara, olha o tamanho da diferença que isso fez no nosso visual. E isso aqui é uma coisa, velho.

Eu vou até, antes de chegar no último passo, comentar isso. Esse lance, velho, de você criar janelas pra direcionar a atenção do olhar de quem tá assistindo, na minha opinião, é uma das grandes diferenças... que marcam o trabalho de um profissional para o trabalho de um amador, saca? Esse é um dos grandes poderes do color grading, gente.

É fazer o espectador olhar para onde a gente quer que ele olhe. E é isso que os profissionais sabem fazer com maestria, e é isso que a gente fez aqui com essa janela, ok? E aí, por último, o nosso nodezinho de visual, que foi onde a gente fez essa pintura e propôs essa estética entre o dourado e o verdinho. E o resultado é esse daí.

E por hoje é isso. Então já sabe, né? Um dia que você estiver com pouco tempo disponível pra fazer um trabalho e ainda assim quiser fazer uma entrega de qualidade, você já tem um caminho. E se você gostou desse conteúdo, eu vou te indicar pra assistir esse daqui também, em que eu te ensino como criar um visual de cinema trabalhando com câmeras mais simples.

No caso desse tutorial, eu trabalhei com uma Sony A7S III, mas tudo que eu ensino ali você pode aplicar em qualquer câmera. E nessa mesma pegada tem esse outro tutorial aqui, em que eu te mostro como criar visuais super impactantes, trabalhando com DSLRs em geral e até mesmo com imagens de celular. E por hoje é isso, te vejo na próxima.