Então, como é que a gente estuda, de fato? Faz fechamento? Escreve? Aprende?
Já tem vídeo aqui no canal falando sobre como pensar em tema de pesquisa, como escrever melhor as nossas pesquisas e como fazer apresentações também, mas... E durante? E no processo em que tá a gente e o computador? Em que estamos em casa, em que a gente precisa ler, resumir, fechar? pensar como a gente consegue estudar numa sociedade, num mundo tão veloz, em que tudo que a gente vai fazer parece que não é tão proveitoso, e não é tão performático, e não tá certo.
A verdade é que a gente também começou a buscar um controle dentro dos estudos. Então, gera-se uma ansiedade até por saber se é melhor usar um caderno, se é melhor usar um aplicativo, o Notion, o computador. O Word vai ser uma das melhores formas de estudar também em casa, no dia a dia, assim, Pomodoro, fichamento, ler textos, como a gente faz resumos, como a gente escreve, como que fica o dia a dia. Você senta aqui comigo porque, sim, esse vídeo não vai começar diretamente do passo a passo. E agora o pessoal que tá completamente viciado na internet vai comentar.
Nossa, você não é direta nos vídeos. Fica aqui só um segundinho porque a gente precisa entender de onde vem as nossas questões e por que essa certa ansiedade na hora de estudar. Mas nós estamos numa sociedade de performance.
Se performa em todas as áreas da vida. Então, nos relacionamentos, eles precisam ser perfeitos. Nas amizades, elas precisam ser perfeitas. A família, a nossa família precisa ser perfeita.
No mundo líquido, aquele lá que o Bauman fala, as relações também são uma certa moeda de troca. E não é aquela moeda de troca do tipo, me faça feliz, que eu também te faço feliz. Mas é no sentido de performance, plena.
Isso gera na gente uma certa compulsão. Essa compulsão gera na gente também um certo controle. Então a gente começa a ter uma espécie de ansiedade em tudo aquilo que se faz. Tudo aquilo que se faz precisa ser perfeito. Vocês lembram da época dos letterings?
Os títulos dos resumos precisavam ser perfeitos, porque... A gente precisava mostrar isso para o mundo. Também sou dessa época. Inclusive eu adoro fazer lettering.
Mas hoje em dia eu já me libertei disso. E nos últimos tempos eu finalmente tenho conseguido estudar. Sem uma carga pesada nas minhas costas.
Por isso que eu acho que não só te passar um passo a passo. Vai de fato te ajudar. Mas também trazer um pouco dessa consciência. Eu acho que essa... Não sei se é essa palavra.
Mas pensar nessas coisas é importante. Porque às vezes a gente se vê num loop infinito de coisas e tarefas que nem são necessárias no mundo acadêmico. Venho de uma área, que é a área da educação, mas sobretudo na letras especificamente. Eu também sou da pedagogia. Tem um vídeo aqui no canal sobre toda a minha trajetória acadêmica até o doutorado.
Depois você vai lá dar uma olhada e aí você se situa melhor. Eu venho de uma área em que parece que é completamente impossível que você seja bom... se caso te falte uma referência.
Eu acredito que isso deva ser assim para todas as áreas. Porém, para mim, gente, na faculdade, não ter lido todos os livros do Machado de Assis, sim, aos 18 anos, era completamente absurdo. Então isso foi desenvolvendo em mim um certo perfeccionismo. E eu venho de uma geração também que não se permitia não saber.
Então eu vou te indicar um livro chamado Tempos Compulsivos, da Sandra Adler. É um livro... dentro da psicanálise, então toma cuidado para fazer essa leitura, tem que ter um certo respaldo, não sei se caso você tenha amigos psicólogas ou psicóloga, conversa bastante, porque esse é um livro, ele não é técnico, mas é um livro em que vai mexer com muitas coisas dentro da nossa cabeça e vai fazer a gente começar a enxergar certos padrões no nosso dia a dia.
Vai mostrar, sobretudo, que a insatisfação tem sido o nosso norte. Acaba que num mundo em que se procura perfeição sabendo que ela não existe se procura a insatisfação e a frustração. Tudo isso pra você ir agora nos comentários e falar assim, Bruna, tá, começa a falar sobre o passo a passo pros estudos. Vamos lá, galera. Eu pedi pra vocês, numa caixinha do Instagram, pra deixar dúvidas com relação aos estudos.
E são elas. Como ler um texto da maneira certa? Como fazer fichamento? Quais as melhores ferramentas?
Como gastar o melhor meu tempo para estudar? Eu vi muitas perguntas desse tipo. Muitas perguntas desse tipo. A maioria é sobre isso. A gente está cada vez mais desperto para fora.
Então a gente parou de ver o que de fato funciona para a gente. É por isso que quando a gente está na sala de aula e, sei lá, a nossa anotação levou meia página e os nossos colegas levaram três páginas, a gente acha que leu errado. Leu mal?
Fez algo de errado? Ou está estudando de maneira errada? Mas, na verdade, cada pessoa vai ter a sua chavinha.
Estava demorando para aparecer como uma piranha, né? Mas eu acho que isso vem justamente da nossa autossabotagem. Então, com isso bem em mente, vou dar algumas dicas que me ajudaram a estudar em paz.
Deixar minha cabeça silenciosa para estudar. A primeira dica é sobre foco. Antes da gente falar de ferramentas e de qual a melhor forma de anotar... com a melhor forma de resumir, como fazer fechamento, a primeira dica para os seus estudos é aprender a focar em uma coisa de cada vez. A gente sabe que o estudo tradicional, que você passa oito horas por dia na frente de um livro, ele não necessariamente acontece mais na contemporaneidade.
Isso com ressalvas, porque às vezes eu tenho mesmo que parar oito horas para ficar estudando. Porém, a gente sabe que a dinâmica do mundo já não comporta mais essa academia. É muito raro uma pessoa conseguir fazer isso, eu mesma tenho que mexer na minha rotina inteira de trabalho durante a semana toda pra passar uma tarde toda só focada em um único assunto. Estudar precisa estar entrelaçado na sua vida.
Precisa existir momentos na sua rotina em que você consegue ver o conteúdo, passar pelo conteúdo. E aí eu digo assim, conversando com amigos, consumindo esses conteúdos na internet, transporte, eu faço muito isso, né, agora tem milhares de podcasts. Agora, a internet já é uma ferramenta também para que a gente fique imerso em alguma coisa. Eu vou dar o exemplo em inglês. A gente consegue estar indo para um lugar, ouvindo uma música, entrando aqui do metrô, a gente consegue estar, de alguma forma, se conectando de maneiras mais fáceis.
Isso não quer dizer de maneira mais saudável. Então, adivinha o que vai ajudar? O básico, programar os seus estudos.
Você acredita? Eu faço tudo no Notion, assim, um esqueminha em que eu consigo ver, mais ou menos, como vai ser a minha progressão do estudo durante a semana. Então, eu faço um doutoramento, né, vou dar exemplos com relação a isso. Então, assim, na segunda-feira, eu tenho uma hora pra ficar lendo e estudando, como avançar a matéria, como desacumular a matéria, sei lá, da faculdade ou coisas do tipo.
Eu ia colocando por semana o que dava pra fazer. E eu já deixava aquelas matérias que eu vou estudar e aquilo que eu vou fazer, o passo a passo, distribuído durante a semana. Por exemplo, eu preciso estudar cinco textos essa semana.
Os meus professores passaram os cinco textos para sexta-feira. Vamos supor que segunda e terça são dias lotados para mim, que são. Normalmente eu não consigo me dedicar a nada, além do meu trabalho na segunda e na terça.
Então, na quarta, na quinta e na manhã da sexta, eu vou distribuir a leitura desses cinco textos. Ah, Bruna, mas são textos gigantescos. Infelizmente, não vai estar dando para ganhar todas.
Eu vou estar ganhando as que eu estou conseguindo. Eu me planejo um pouco antes, para adiantar talvez alguma leitura, no final de semana. Já que na segunda e na terça eu sei que realmente é impossível. Tem coisa aqui que a gente vai estar trabalhando a nossa amizade, tá? Estou te falando, mas eu estou te falando em amor.
Porque, de fato, construir uma vida com repertório, estudar as coisas que a gente precisa, se desenvolver na área que a gente escolheu, não é algo tão linear quanto parece. É algo que vai ser construído durante a vida toda, então não dá pra se desesperar agora. Porque imagina lá com 60 anos você ainda, Ah, eu não sei fazer. Ah, eu não sei o que lá. Ah, como é que eu faço o fichamento?
Você vai aprender uma hora. Então fica tranquilo que o processo vai acontecer. Não pode estar tenso com isso. Maxilar, ó, tem que estar destravado.
Então nessa primeira dica, eu vou fechar aqui agora a ideia toda dela. Distribua as suas tarefas e foque em uma coisa de cada vez. Ah, mas eu tenho 50 textos, 50 matérias, 50 coisas... Pois é, mas só vai estar dando para fazer uma de cada vez. Então, ou você faz uma de cada vez bem feito, ou aí realmente nada vai ser feito.
Até rimou, né? Essa é a dica número 1. Dica número 2, vou tentar ser mais sucinta, porque senão o pessoal me xinga aqui nos comentários. Fichas.
A maioria das perguntas aqui foi sobre fichas. Vou estar aproveitando da nossa analisade de novo para estar te falando uma coisa bem óbvia. Não tem como.
Não tem como. Não tem uma fórmula mágica pra estudar com ficha. Deixa isso aqui. É uma coisa que os mais azatecas estavam usando antes da gente. Antes do lettering surgir, os mais azatecas já usavam.
Eu quero resumir o conteúdo numa ficha, Bruna. Você vai ler o conteúdo. Você assistiu as aulas, você vai ler os conteúdos, vai ler o texto, vai ler o livro, vai ler a palma da mão, sei lá o que você vai ler.
Depois que tudo isso acontecer... Como os mais ex-aztecas, você vai sentar com o seu cérebro, longe do celular, longe do computador. Você vai colocar lá o título.
Faz o sluttering. Você vai ficar mais confortável se fizer o seu sluttering? Faz o seu sluttering.
Aqui, vamos lá. Vou resumir o livro Vale Abraão. Vale e Abraão. Aconteceu isso, isso, isso, isso e isso.
Eu acho que o livro pode ser interpretado assim, assim, assim. Fez isso? Tá na mão?
Gata, gatinha, garota. Abre lá a disciplina, a matéria, a aula, a mão, não sei. E aí você olha e fala, nossa, deixa eu acrescentar mais isso, mais isso, mais aquilo.
Rápido, tranquilo, didático. Isso aqui é como os mais azatecas. Agora, fazer fichamento. de texto acadêmico e coisas do tipo, vai depender da sua necessidade. Olha que importante.
Parar de olhar para como as pessoas fazem. Sim, a gente vai trabalhar aqui com a sinceridade. Não tem outra forma, tá?
Eu me considero amiga do pessoal aqui, dos inscritos do canal, porque eu até levo bronca, né? E eu aceito as broncas, vocês são divas. Eu vou te falar do fundo do meu coração. Você vai fazer um fichamento de acordo com o que precisa ser fichado. Por exemplo...
Li aqui As Estações da Vida da Agostina Bessa Luiz. Eu, por acaso, senti necessidade, sim, de fazer um fechamento dessa obra, apesar de que eu grifei a obra inteira. Tá tudo, basicamente, grifado.
E aí, agora sim, eu posso te dar uma dica de como estudar. Você, durante a leitura de um texto que você sabe que é pra algum estudo em específico, você já vai lendo e anotando. Ah, eu não anoto com caneta. Anota com o que você quiser, amiga. Então você senta.
e anota com o que você quiser as coisas importantes do texto. E aí eu recebi também algumas perguntas aqui sobre como saber o que é importante ou não. Isso aí não tem como eu te responder. Porque é a sua matéria, né? É o seu conteúdo.
Então, com o tempo você vai acabar vendo, né? Você estudou, sei lá, só século 18 e nas suas provas só cai século 19. Uma hora você vai aprender que não é pra estudar o 18. É pra estudar o 19. É sua percepção. Eu grifo as coisas aqui do meu material, pois quando eu falo, nossa, tá difícil escrever sobre isso, ou eu preciso desse conteúdo de uma maneira mais condensada, não tá legal ficar voltando aqui toda hora e procurando página por página. Ok, eu acho que agora realmente faz sentido fazer um fechamento. Então eu abro meu Notion, eu vou deixar um print aqui do Notion.
Eu tenho um passo a passo de como eu uso esse Notion inteiro no reset. Eu tenho um reset que é um grupo em que a gente faz reset de rotina, de organização, planejamento. Posso até deixar o link aqui, mas o foco não é esse.
Eu abro aqui esse Notion e eu deixo tudo estruturado. Abri aqui o Notion e vou fazendo aqui o passo a passo desse fichamento. Com base no quê? No que eu tô estudando. Ah, eu não sei elencar isso.
Coloca número. Ah, eu não sei escrever isso. Então usa número. Um.
Um. O livro fala sobre tal assunto. Dois. Dois.
O livro fala sobre outro assunto. Três. A personagem é um porre.
Pronto. Se você não sabe escrever, usa número, gente. Matemática é o nosso favor. Perfeito?
Na hora que eu tô ali abrindo o Word, estudando, pensando no tema, e aí eu lembro que eu preciso pôr alguma citação, que eu preciso fazer alguma coisa referente ao livro, eu já volto ali, já sei onde tá. Isso que é importante, é saber onde tá as... coisas, não é tá tudo perfeito. Aí eu volto ali, vejo as minhas anotações, às vezes eu até copio e colo alguma coisa que eu escrevi durante o fichamento na própria pesquisa, na própria tese.
Mas isso também não é uma regra, às vezes eu arrumo uma coisa ou outra. Então, eu gosto de escrever já um fichamento com as minhas palavras, com a minha didática. Eu acho que a gente tá passando por um processo de aprendizado e de produção, né?
Algo que a gente aprende e tem que fazer. Um trabalho, o... Uma apresentação, coisas do tipo, é legal, é importante.
Eu só aprendi isso agora, no segundo semestre do doutoramento. E no primeiro eu ainda dei uma patinada, até fiz umas coisas bem erradas, assim, com relação à escrita de artigos. Que aí eu tomei na cara e falei, ué, tá vendo? É só seguir meus instintos.
A gente sabe mais ou menos como funcionam as coisas na nossa cabeça. Tem que ouvir essa voz. Mas a gente realmente precisa... prestar atenção no que já funciona pra gente.
Então, eu pensei assim, vou entrar no doutorado e eu vou fazer tudo diferente, eu vou deixar tudo perfeito, tudo que eu não fiz de perfeito durante o mestrado, tudo que eu não fiz de perfeito durante a faculdade por conta de tempo e tudo mais, agora vai ser incrível. E aí eu me deparei com milhares de ferramentas que tinham um passo a passo gigantesco pra coisas inúteis. Eu falei, eu não vou mais fazer isso. Porque primeiro eu lia, aí depois eu grifava.
Depois eu vou resumir. Ah, não, agora eu vou fazer um fechamento. Tem coisas que você tem que ter maturidade de falar, eu vou usar isso aqui pra caramba, não vou?
Então eu vou sentar e eu já vou colocando tudo que eu tenho pra colocar aqui dentro do texto. Aí que tá, ao longo do processo de estudo, a gente vai aprendendo o que mais vai ser crítico ou não. Então, eu reparei que...
Não preciso fazer um fechamento de todos os livros que eu vou ler. Não é necessário. Tem coisas que eu não vou usar do jeito que eu tô pensando. Tem coisas que vão formar o meu pensamento empírico sobre um assunto. E depois, algumas outras vão formar o meu pensamento profundo sobre aquele determinado assunto.
E isso são, basicamente, escadas que a gente vai percorrendo ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Até mesmo com idiomas. Eu digo isso...
principalmente com o idioma. Por exemplo, aprendemos uma palavra em inglês e sabendo a tradução daquela palavra, depois a gente insere ela em frases, depois a gente insere ela em parágrafos, depois a gente insere ela na fala, depois a gente insere no dia a dia, numa conversa. E quando a gente vê, aquela palavra já faz parte do nosso repertório de mundo. É a mesma coisa com os estudos.
Então você vai ao longo do processo aprendendo a fazer. a pôr a mão na massa dentro das suas necessidades. E é aqui que todo mundo se frustra comigo na internet. É agora que o pessoal vai lá no Twitter me xingar. Eu assisti um vídeo da Bruna e ela estava só falando que era para eu pensar em mim.
Esse é o seu lembrete. Esse é o meu também. Então, onde é que eu faço resumo?
Num caderno? Numa ficha? No Word? Onde é que vai funcionar esse resumo? Você precisa ser rápida?
Então faz no Word. Ah, e no outro dia você nem precisa, você tá com vontade de escrever. Vai, vai no caderno. No outro dia você quer fazer uma ficha. E qual o problema?
Vai estar em você. É isso que importa. Então vamos usar o passo a passo.
A primeira coisa foi foco em um conteúdo por vez, usar o tempo ao seu favor, estar mais imerso naquele material, naquele universo, e prestar atenção nos estudos pra além das horas sentada em cima ali daquele conteúdo debruçada. Segunda dica. Prestar atenção no que funciona para você, no seu melhor tipo de fechamento.
Tem gente aqui que trabalha com análise de dados, por exemplo. O seu fechamento vai ser uma coisa muito até técnica, né? Então, repara como aquilo é feito e faz aquilo ser automático.
Uma hora vai virar automático mesmo. Aqui, ó, pelas minhas contas, a dúvida do milhão. Como reter o conteúdo?
Como gravar o conteúdo na memória? Tempo. O maior problema da nossa geração, né? Não tem fórmula, não tem cápsula, remédio, não tem como ir contra a nossa natureza humana.
Tem coisas que atualmente a gente já não precisa mais decorar. E não precisa decorar todos os nomes dos personagens dos maias. Mas de tanto que eu falo isso, de tanto que eu falo deles, uma hora eu aprendo. Eu aprendo, percebe? Que não é mais decorar, você aprende.
Aprende aquele determinado conteúdo. Então fica revendo. Uma coisa que eu gosto de fazer é deixar post-its.
Os post-its me ajudam muito. Eu deixo todos pela casa. No dia de manhã, enquanto eu estou escovando o dente.
Sabe esses momentos ociosos que a gente tem sem fazer nada? Estou penteando o cabelo. Eu ia lá para frente e ficava olhando, relembrando a matéria.
Escovando o dente. Pensando na vida. Pensando nas coisas. E vendo como os autores se relacionavam. Como tudo funcionava.
E aí quando eu tinha... prova, ou quando eu ia apresentar alguma coisa, eu conseguia lembrar daquele esquema. Então eu lembrava a ordem deles, ou em outras áreas, assim, quando era no vestibular, principalmente, em integrar as disciplinas, que eu fazia tudo em colunas, assim, matemática aqui, física aqui, geometria aqui, e aí eu lembrava do esquema das coisas. Então eu percebi que eu era visual. E aí, eu uso essa ferramenta a meu favor.
até agora. Mas eu acho que é quase que universal que o esquema dos post-its funciona. Deixar nesses bloquinhos assim, a matéria meio que bem resumida, porque é muito pequenininho, e cola.
Cola na geladeira, cola no armário, no espelho. Toda vez que você estiver passando um rino, você vai olhar aquilo, vai lembrar, e você vai aprendendo. Essa dica é muito boa com relação a idiomas. Acho que 90% dos alunos que eu já tive, colocando as palavras novas em post-it, aplicando elas em frase, tá vendo?
Precisa conviver com esse material. Agora eu vou para algumas perguntas bem específicas que vocês fizeram e que eu gostei. Como criar um código de cores, símbolos para as leituras?
Eu acho que isso é muito pessoal também, mas desde a época da faculdade eu associo tudo que está em laranja em todos os textos que eu leio, em tudo que eu faço. Há coisas objetivas para que eu escreva, uma citação para fazer, sabe? Aquilo copia e cola para um texto.
Azul, normalmente, para mim, está atrelado. Aqui eu tenho até um post-it azul e várias coisas em tons de azul aqui dentro. Normalmente está atrelado a coisas que eu posso argumentar, pensar. Então, assim, cada cor você pode estabelecer uma certa regra na tua memória, porque depois você até bate o olho naquilo.
E você já sabe como construir aquele determinado material. Mas isso também não é uma regra, porque tem pessoas que ficam mais confusas ainda com as cores. Então toma cuidado.
Aqui. Como saber que tenho uma revisão bibliográfica sólida o suficiente para começar a escrever? Sua professora ou orientadora? Não tem segredo. Chega nela com um papelzinho, tá?
As coisas bonitinhas. Também não chega com aquele saco de pão tudo amassado, tudo feio. Chega com a sua professora, gata, gatinha e fala assim, olha.
Eu quero escrever sobre X assunto, e aí eu pesquisei na internet, mostra só a proatividade, pesquisei na internet, fui na biblioteca e vi que nesse tema tem o autor tal, tal, tal e tal. Tem jeito, olha a pergunta, tem jeito de melhorar essa bibliografia? É assim que ganhamos no mundo. Nossa, tem muitas perguntas sobre fechamento.
Muitas, muitas, muitas, muitas, muitas. A Elou perguntou assim, Bru, o que são fechamentos exatamente? Nunca consigo entender o que é.
O fechamento, ele depende da área da pessoa, né? As minhas amigas do TI ficam loucas quando eu falo que fechamento pra mim é resumo, mas um resumo em blocos, um resumo detalhado. Vamos fazer um fechamento de um copo.
Vamos lá, que agora vai ficar didático. Você nunca viu um fechamento? Google. Tá no Google. Mas vamos fechar o copo.
Este copo é meu. Eu criei este copo, tá? Então você viu aqui nessa imagem eu criando o copo, você leu aqui no livro. Aí você vai colocar lá, copo da Bruna, no título.
Ideias principais. A Bruna, em 2025, disse que o copo de vidro serve para beber água e que o copo de plástico não serve para beber água. Pronto, foi isso que eu disse, essa foi a minha teoria. Aí você vai lá no resumo. Ela propõe uma inovação para as pessoas beberem água.
que é utilizarem apenas os copos de vidro. Então, assim, é uma forma que você enxerga o copo através do que eu criei. Um fechamento é isso, é uma espécie de resumo das ideias centrais.
E aí você já vai fazer isso enviesado para a tua pesquisa, ou para o material que você vai usar, ou para o trabalho que você vai fazer. Você já vai criar um fechamento assim. Por exemplo, para você tanto faz o líquido que tem dentro do copo.
Para você só importa o que eu falei, que dá para beber alguma coisa num copo de vidro. Então você só vai falar, a Bruna Martioli, em 2025, disse que em copos de vidro dá para se beber. O ser humano pode beber alguma coisa ali dentro. Está vendo?
Já muda um pouco a narrativa, porque depende daquilo que você vai pesquisar. Eu, pelo menos, já faço meio enviesado para o caminho que eu vou trilhar. Eu também já fiz muito fichamento que depois eu não usei, porque eu ficava querendo fichar cada respiro do autor.
Ah, isso perde muito tempo. Aqui tem muita gente também perguntando com relação a fichamentos para os trabalhos, então para os professores darem nota. Isso aí, gente, tem que, ó, esse aqui tem que ser irmão desse aqui. Você precisa ver com as outras turmas desse professor os fichamentos que ele pede.
Chega na galerinha da outra turma e fala assim, e aí, deixa eu perguntar um negócio aqui, eu tô para fazer aquela disciplina ali com aquele professor ali gatinho, como é que eu faço aqui para ter uma nota boa no fichamento? Qual que é o critério? Pede pra ver dos outros, pede pra ele também. Ô professor, tudo bom?
O senhor tem algum modelo de fichamento? A gente sempre tem. A gente sempre tem.
Como conciliar seminários e trabalhos de tese? Se a senhora descobrir, a senhora tá podendo colocar aqui nos comentários pra gente? Porque esse negócio de conciliar eu nunca consegui.
Assim, eu separo a minha rotina em dias. Eu vejo o que eu consigo fazer a cada dia certinho. Porque assim, sexta, sábado, domingo, segunda e terça...
São dias sagrados de trabalho. E durante a semana eu encaixo os horários das aulas, horário de tese, horário de professor, horário que eu dou aula. Aí fica uma confusão, gente. E eu ainda treino. É, eu treino.
Não parece? Como não? Olha o tamanho da minha ombra.
Parece sim. Difícil conciliar a vida de professora e musa fitness. É complicado.
Aqui é a Giovana. Essa é muito legal. Como fazer cronograma para elaborar artigos, teses e dissertações. No vídeo de...
escrita, eu coloco pra vocês o passo a passo que eu utilizo pra escrever efetivamente. O que precisa ter no meu texto, começo, meio e fim. Aquele vídeo é ótimo.
Pra última, então, como ler textos acadêmicos e entender. Às vezes a gente não vai entender. Às vezes a gente vai ter que tá pedindo ajuda mesmo. Pra uma professora, pra uma colega, pra internet.
Eu me humilho semanalmente nos stories. Tô sempre eu lá. Gente, tentei ler fulano de tal e estou boiando.
Alguém me ajuda? Sempre aparece uma alma. Ah, uma alma boa, sim.
Olha. Vocês que me seguem, vocês estão com a porta aberta pro céu. Você vai trocando, porque às vezes o texto do autor, não é que é difícil, é que ele não tá decodificado pra nossa cabeça, né? Você vê alguém falando daquilo e aí às vezes rapidinho você pega o feeling. Só de saber o geral também já te ajuda a ler aquilo melhor.
Principalmente textos que são em outros idiomas, pra mim... e demandam o tempo da minha atenção, eu preciso mesmo já ter visto alguém falando. Quando são textos muito complexos, eu procuro artigos que falam sobre o texto. Então, o que outros estudantes escreveram, eu dou uma olhada, eu percebo, eu volto para o texto, eu falo, ah, era isso, então aqui ele está fazendo.
Isso aconteceu agora com uma explicação de Rizoma, do Deleuze e do Guattari, que eu fiquei assim, desterritorialização? Esses homens malucos. Aí eu precisei ver um monte de gente falando sobre eles. Eu precisei de amigas minhas da faculdade mostrando como elas estavam aplicando o conceito.
E eu ainda cheguei na minha professora e eu falei assim, eu não entendi nada. Pra isso que eu tô na faculdade. Para entender. Eu vou ficar sem entender? Não, porque eu não vou desistir até eu entender.
O caminho pra lá vai ser humilhante? Vai. Mas eu vou entender. Então é assim.
Agora sim, a última, que é essa realmente... Me falta concentração na hora de estudar. Alguma dica para focar? Pomodoro.
Como os maias e os aztecas também. Fica 30 minutos lendo um material. Se obriga a desfocar por 5 minutos.
Nem que você fique olhando para o teto. Lê 30 minutinhos. Olha para o teto. Agora eu vou ler mais 30 minutinhos.
Ah, mas é difícil depois voltar. O seu cérebro não é tão complexo assim. Eu ainda não estou focando direito.
Calma, é um processo. Você vai meio que ligando e desligando. E você vai produzindo isso. Aqui no YouTube tem muitos vídeos sobre Pomodoro. Eu acho que eu já marotonei a maioria.
Porque realmente é uma ferramenta que eu vejo que dá resultado em muita gente. Eu acho que para vocês também vai dar. Então é isso turma, já falei demais?
Um beijinho, deixa aqui qualquer dúvida que você tiver com relação a estudos nos comentários, que eu posso fazer a parte 2 desse vídeo, se vocês quiserem uma parte mais condensada. Normalmente nas redes sociais, assim, TikTok, Instagram, eu faço meio que um passo a passo, certinho, rapidinho, de um minuto, mas eu acredito que esse bate-papo, de verdade, é o que nos leva a construir uma nova mentalidade dentro desse mundo acadêmico, que normalmente é o que falta pra gente, né? Parar com a ansiedade com relação... a todo esse universo.
Um beijinho e até o próximo vlog. O pessoal que não segue aqui vai comentar assim, ó, vou até os dedos cair. Que vídeo horrível! Que vídeo péssimo!
Da próxima vez, tenta ser menos prolixa. É que vocês estão tão viciados em TikTok que vocês não conseguem me acompanhar uma frase inteira. Mas você vem aqui pra você ver se eu não te ensino a estudar.
Vem aqui. Antes de me xingar, você me procura, você vem aqui, eu faço um chá pra você, que a gente vai tomar chá de camomila pra essa ansiedade, e eu vou te ensinar a estudar. Não tem condição.
O povo ansioso nesse perfil.