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Inovação e Design na Medicina do Sono

Olá, bem-vindos ao Lado Q, o podcast da Questonó. Somos uma consultoria de inovação e usamos as ferramentas de pesquisa, estratégia e design para traduzir cultura e comportamento do usuário em oportunidades de negócio. Aqui no Lado Q, conversamos sobre futuros desejáveis e queremos trazer novas perspectivas sobre inovação, tecnologia, comportamento e negócios, sempre pela lente do design. Eu sou Léo Massarelli, fundador da Questonó e CCO. E no episódio de hoje, que faz parte da nossa editoria de inovação e negócios, nós vamos falar sobre design para startups. E para esse episódio temos um convidado aqui de peso, um convidado bastante importante, que é o Tácito de Almeida, fundador e CEO da Biologics, uma health tech que vem revolucionando o mercado da saúde com a tecnologia e um serviço de extrema importância. Só como um highlight para vocês entenderem, a Biologics atua na área de medicina do sono. com uma solução inovadora que permite profissionais de saúde oferecerem o exame do sono para os seus pacientes. O exame é de baixo custo e fácil de fazer em casa. Permite o diagnóstico e o acompanhamento de tratamentos de apneia do sono com condição de altíssima prevalência e subnotificada. Infelizmente, a gente vai discutir aqui um pouquinho o porquê. Só para vocês terem alguns highlights, eu tenho certeza que eu peguei esses highlights já faz algum tempo, e o Tácito com certeza vai poder falar um pouco deles aqui. Mas a Biologics nasceu há pouco tempo, se eu não me engano são mais ou menos uns 4 anos, 3 anos, me corrija depois, tá? Mas já são mais de 7 mil exames de sono realizados mensalmente, acho que hoje talvez já sejam até mais. Biologics está credenciado já em mais de 1.500 centros que podem fazer esse tipo de atendimento. Obteve destaque no estudo The Bakery, como uma health tech ou uma das startups. que revoluciona e inova os serviços da saúde, foi premiada recentemente como Startups do Futuro pelo Sebrae, enfim, tem uma trajetória curta, mas bastante vitoriosa, e por isso que o Tácito aqui é o nosso convidado de hoje. Tácito, boa tarde, bom dia, boa noite, não sei quando as pessoas vão estar vendo esse videocast aqui, ouvindo, é um prazer tê-lo conosco. E queria passar um pouco da palavra para você agora, antes até de você falar da Biologics, você se apresentar um pouquinho, porque você tem um background bastante intenso, tem algumas curiosidades aqui que eu peguei aqui, mas se pudesse apresentar, seria legal. Legal, legal. Bom, Léo, prazer estar aqui com vocês e participando do podcast da Questionó, uma empresa que a gente tem tido já um relacionamento... É longo, acho que faz já, acho que praticamente desde o começo, quando a gente foi desenvolver o primeiro produto, a gente já começou essa jornada com a Questonom. Como você falou, na verdade a empresa, a gente começou a comercializar o produto faz quatro anos, foi em janeiro de 2019, a empresa já tinha começado um pouco antes e teve um processo longo de desenvolvimento do produto, de algoritmos. que geram esses laudos automaticamente. Então, vamos dizer assim, comercialmente, a gente começou a atuar, de fato, em janeiro de 2019, mas a empresa tinha começado um pouquinho antes. Bom, eu sou engenheiro eletrônico, eu sempre empreendi, eu sempre tive uma paixão muito grande por criar produtos com tecnologia e com design. Aí acho que vale a pena até falar um pouco essa questão do design na minha formação. Meu pai era um arquiteto, um arquiteto... importante, foi professor da FAO muitos anos. Então, nós que somos cinco irmãos, sempre tivemos uma relação muito forte com design, com arquitetura, e sempre tivemos contato com isso. Então, nós cinco temos uma relação muito forte. Eu talvez seja o mais engenheiro de todos, mas mesmo assim com essa relação forte com design. Então, a gente teve contato com, vamos dizer assim, os bons projetos, os bons arquitetos, os bons designers desde sempre. E acho que isso... foi fundamental nesse processo da Biologics. Acho que vou falar só um pouquinho, então, antes da Biologics, o que eu já tinha feito. Eu comecei, logo depois da faculdade, eu comecei a empreender, eu desenvolvi painéis eletrônicos para veículos. Na época, não tinha carro importado ainda, e eu tinha uma paixão para a eletrônica embarcada. Tinha muito pouco no Brasil. e a gente começou a fazer uns painéis, era um negócio pequenininho mesmo, a gente soldava os componentes na garagem, era uma coisa bem startup e raiz. E nesse período entrou um projeto totalmente inusitado, que era o veleiro polar do Amir Klin, que a gente fez todos, isso falo a gente, sempre eu e meu irmão gêmeo, que hoje é arquiteto naval, há muito tempo arquiteto naval, mas a gente fez toda a parte elétrica do veleiro polar do Amir, com aquela responsabilidade enorme de ter que... que passar o inverno ilhado, enfim, isolado lá na Antártida. Isso foi um projeto bem bacana. Logo depois, eu me associando... Desculpa te interromper aqui, mas é sobre esse aspecto muito curioso da sua biografia, que quando eu olhei, eu falei, uau, que responsabilidade era, literalmente, uma tecnologia embarcada mesmo. Eu achei fantástico. porque eu sou fã do Amir Klin, das histórias, das aventuras dele. E quando eu vi isso, falei, cara, a responsabilidade de você projetar um instrumento eletrônico para um cara que navega para a Antártida, ela é extrema. Então você dá para ver a seriedade do projeto como você leva. Muito bacana, parabéns. Na verdade, mais até do que um instrumento ali, a gente fez todo o circuito elétrico, todo o circuito de carga de bateria, eram sete tipos de geradores, era um negócio bem complicado. E foi bem bacana. Foi bem legal mesmo. E aí, então, na sequência, eu me associei a esse grupo de empresários de ônibus de Minas para fazer um tacógrafo digital. O tacógrafo é aquele equipamento antigo, vamos dizer, um projeto da Segunda Guerra Mundial, que registra a velocidade que o veículo está dirigindo. Eles têm um disquinho de papel que você troca todo dia e ele faz um registro gráfico da velocidade ao longo das 24 horas. E um guarda-rodoviário podia parar. o caminhão de carga, vamos dizer, carga perigosa, sei lá, cinco horas depois de um excesso de velocidade, e fala, olha, há cinco horas atrás você estava em excesso de velocidade, vou te multar. Então, era um equipamento obrigatório para diversos tipos de veículos e a gente desenvolveu um equipamento eletrônico, um datalogger, um computador de bordo que fazia essa função. O setor de ônibus acho que ainda não estava preparado para esse tipo de equipamento, isso foi bem antes dos rastreadores que vieram depois. E aí a gente começou a ser solicitado pelas usinas de álcool e açúcar, que tem uma operação logística enorme, no corte, carregamento e transporte da cana. Quer dizer, você tem que sincronizar ali os caminhões que vão para a frente de corte, com as colhedoras, com os tratores, fazer isso tudo de forma sincronizada, e não tem meio de comunicação sem fio, não existia nada nessa época. Então os caminhões iam, se comunicavam com as máquinas, traziam... a cana para pesar e aí descarregavam esses dados e aí tomava-se essas decisões com softwares de logística e tal. Essa solução foi muito bem sucedida, a gente estava atuante já em mais de 100 usinas, que são sempre empresas grandes, com frotas muito grandes, e em 2009 a gigante americana John Deere, as máquinas verdes com a roda amarela, aquela coisa super tradicional americana. Comprou 50% da empresa, eles queriam, vamos dizer assim, agregar tecnologia nos tratores que eles vendiam para as usinas, e aí foi uma experiência incrível. Então, a gente trabalhou num regime de joint venture por cinco anos, e aí começamos a fornecer para a fábrica de colhedeiras de cana, que tem em Catalão, e também desenvolvemos um produto para plantio de grãos, de algodão, milho e tal. Então, desenvolvemos um monitor de plantio. que passou a ser fornecido também para a fábrica de Horizontina. Foi uma experiência realmente incrível. A empresa, como eles falavam, a gente é lento, mas ninguém segura. A gente é um elefante que vai andar. E, de fato, o faturamento cresceu muito, enfim, foi muito legal. Em 2014, eles compraram os outros 50%, e aí eu já estava assim, já tinha muita curiosidade de atuar na área médica e científica. Eu queria entrar na área médica, a gente fazia monitoramento de máquina agrícola, eu falei, não, eu quero fazer monitoramento de paciente. E no dia seguinte que a gente assinou os contratos dessa venda para a Jundir, eu já estava no escritório trabalhando em soluções de monitoramento de paciente. Então foi assim que o negócio saiu da área agrícola, lá em 2009, em 2014, desculpa, e foi indo para essa área médica e mais científica. Muito bacana essa trajetória e acho que tem vários componentes. Bom, primeiro que você é um empreendedor serial, né? Então já criou umas, duas, já vendeu, agora está na terceira empreitada. Eu acho que isso... acaba te dando uma visão, principalmente eu estou falando aqui até para empreendedores que nos veem e que nos ouvem, uma experiência já bastante importante do que é empreender e do que é uma jornada de empreendimento. Então, acho que isso é legal. Agora, o outro aspecto que nos une de alguma forma e que porque eu acredito que você e a Biologiques são empreendedores diferenciados e estão alinhados com aquilo que a gente acredita, e que eu venho falando sobre design-driven startups, é o seu background, que é o que você contou essa história, o quanto que isso, de fato, influencia. Eu não sabia dessa história, tá, Tassito? Então, é muito legal de ver, primeiro, essa similaridade em termos de arquitetura e design, ou seja, de colocar as pessoas no centro, de entender como que um objeto, um equipamento do morar, que é a casa, interfere, interfere na cidade, interfere nas pessoas. assim como os equipamentos, objetos e serviços interferem. Então, você já tinha esse olhar, que é um olhar muito refinado, e é um pouco da cartilha que eu venho rezando aqui, que fala assim, poxa, se existe uma arma que o empreendedor deve ter é investir em design, porque, de alguma forma, isso ajuda muito no posicionamento de uma empresa, para que as pessoas entendam o produto, para que as pessoas tenham uma boa experiência. Então, muito legal saber disso, realmente não conhecia essa história. E aí, passado todo esse tempo, você falou, vamos empreender em saúde, e aí eu vou até trazer aqui os números que você mesmo nos deu aqui, porque quando a gente fala de apneia... Gente, biologia, nós estamos falando de um equipamento que consegue ler a qualidade do seu sono. Nós estamos falando de um problema chamado de apneia do sono, que é uma doença crônica e que, estimados, acontece em cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo. me corrija os números depois mas que a maior parte delas, ou seja, quase 80% das pessoas não sabem que tem apneia do sono aí Léo, acho que vale uma observação interessante que é, quem tem insônia quem tem insônia sabe que não tem insônia porque está lá, rolando na cama sem dormir, quem tem apneia não sabe porque é uma situação imperceptível, a pessoa tem micro despertares para respirar, porque se não respirar vai morrer A garganta bloqueou ali, né? Então tem esse micro despertar, todo mundo tem, enfim, mas tem gente que tem isso com uma frequência absurda. Mas quando acorda de manhã, não sabe que teve esses micro despertares. E aconteceram duas coisas. O sono é todo fragmentado, então a pessoa não entra no sono, vamos dizer, reparador, em todas as fases do sono que deveria entrar. E além disso, o corpo inteiro trabalhou com oxigênio muito baixo, porque esse oxigênio chega a cair pra 70%. Lembra lá na Covid? Quando cai pra 92%. Pessoal... tendo apneia, tem gente que fica caindo a noite inteira 70, 80% de saturação de oxigênio. Você imagina o dano que isso faz para todos os sistemas do corpo. Então, é uma situação... O que é preocupante, de certa forma, é que quanto mais se estuda o sono, mais entende a função importante do sono, como reparador do corpo e de uma série dos outros sistemas que temos dentro de nós. Então, é um problema de altíssima importância. impacto, na verdade. Você está dentro de uma empresa hoje, você fundou uma empresa que pode resolver problema de um bilhão de pessoas, potencialmente. Isso é gigantesco, isso é muito interessante de ver. E aí eu queria que você contasse um pouco mais, assim, de como é que vocês começaram, porque você não era da área médica e você, enfim, se colocou na área médica, chegou ali num site. Como é que foi esse processo? Então, como eu comentei, que eu estava ali olhando para fazer monitoramento remoto de pacientes com doenças crônicas. Quer dizer, tem muita gente que está internada só por causa do monitoramento. Isso não é bom para o paciente, para a família do paciente, para o hospital que precisa atender coisas mais importantes, para o plano de saúde, enfim. Para todos os players aí, não é legal uma pessoa ficar sendo monitorada. Só estar no hospital porque está sendo monitorado. Então, a ideia era fazer, utilizando as tecnologias disponíveis, de IoT, aplicativo móvel, computação na nuvem, levar esse paciente para casa e permitir que esses vários players tivessem acesso a essas informações. Isso estava ainda engatinhando nessa época, e eu já tinha diagnóstico de apneia do sono. Eu olho para essa questão de sono há muito tempo, comecei a fazer palestrografia muito cedo, pesadelos e sonos complicados, vamos dizer assim, até que começou a aparecer a apneia do sono. E eu ficava inconformado, toda vez que tinha que, sei lá, cada dois anos, dar uma olhada como estava a apneia, eu tinha que fazer uma polisonografia, né, que é aquele exame, o único exame... que tinha disponível até então, aquele exame que você dorme no laboratório cheio de fios, que é super desconfortável, super caro, pouco disponível para a maioria da população. E eu ficava, não é possível, eu faço, lido com sensores, faço processamento desses sinais de sensores, e tem que ter um jeito de resolver esse problema. As primeiras podes sonografias que eu fiz ainda eram com papel de formulário contínuo, depois o médico tinha que olhar todos os gráficos que foram feitos, era uma loucura. Então, para o monitoramento de pacientes, eu estava desenvolvendo já um oxímetro e um patch de ECG, para pegar o eletrocardiograma. E, nesse momento, eu conheci o Geraldo, que é meu sócio médico, o Geraldo Lorenzi, que é o diretor do Laboratório do Sono do Incor, e é um médico incrível com esse perfil empreendedor, e ele me convenceu justamente disso. Olha, a pineia... tem uma prevalência mais alta que a maioria das doenças crônicas e não tem atenção nenhuma da indústria. Eu já tinha essa curiosidade toda com esse assunto. Juntou ali as duas partes, o engenheiro e o médico, o que precisava para tocar a solução para frente. Então, foi assim, foi conversando com o médico especialista, eu já tinha o diagnóstico, fez todo sentido mergulhar de cabeça na apneia. Ou seja, nasceu de algumas fortalezas, você era engenheiro. sabia como fazer, você era uma pessoa que já de alguma forma sofria da condição de apneia, então nasceu de um problema e isso fundamentou ali o pilar pra você pensar poxa, talvez isso aqui valha o negócio, e aí o seu sócio Geraldo confirmou, cara, isso aqui é um problemão de saúde e pouca gente tá olhando, o mais interessante é isso, porque quando a gente olha a oportunidade de negócio, que tem vários, né, e aqui eu tô falando da oportunidade de negócio em si O desenvolvimento como o seu, uma tecnologia como a de vocês, como ela substitui, ela dá acesso, e quanto isso é revolucionário, para as pessoas que precisam fazer. Então, só para deixar claro para as pessoas, a policionografia não é um exame democrático, é um exame complicado, caro, que você tem que dormir, como o Tassi tu falou, com um monte de fio num lugar, pouquíssimo escalável, e que, de repente, quando você tem um device que você pode fazer na sua casa de uma maneira simples, e que ele é de grade médica, realmente ele não é um smartwatch. Não é um gadget. Seria legal você comentar um pouco disso. Qual é a diferença? Onde foi o pulo do gato que vocês tiveram para ter uma tecnologia que está patenteada, vocês estão crescendo? Conta um pouquinho disso para nós, Otácio. Acho que um dos pontos principais é a visão do próprio Geraldo. O Geraldo é médico... É... de sono, especialista em medicina do sono, mas os especialistas em medicina do sono são de algumas áreas. Pneumologia, que é o caso do Geraldo, neurologia, psiquiatria, enfim, otorrino, tem algumas áreas que acabam depois fazendo essa especialização de medicina do sono. E o Geraldo tem, então, essa visão como pneumologista do problema respiratório do sono, dos distúrbios do sono, onde a pné do sono é disparado... o maior problema, o mais comum de todos. E essa é, acho que, vamos dizer assim, uma visão dele muito clara, que para diagnóstico de apneia do sono, você não precisa ter eletroencefalograma, você não precisa ter todos aqueles eletrodos, todos aqueles sensores que são colocados na polistongrafia. O exame da Biologics nunca vai substituir a polistongrafia, mas para diagnóstico de apneia, ele resolve, e tem uma curaça altíssima, de acordo com os ensaios clínicos que a gente fez. e que já existia muita coisa publicada a respeito. A gente faz uma analogia, que acho que é bem interessante, é, você imagina se só tivesse, para diagnóstico de fratura, só existisse ressonância magnética, né? Ia ter um monte de gente quebrada por aí, em fila de exame, sem poder fazer o exame, sem ter acesso ao exame. Então, e tem o raio-x, né? O raio-x resolve 90% das fraturas. Quando você não resolve, você vai para a ressonância. É o nosso caso, o nosso exame é o raio-x, a gente resolve 90% dos casos. Não precisa dos outros sinais todos para fazer diagnóstico de apneia do sono. Então, acho que esse é o ponto-chave. Você tem que medir o resultado final na polissonografia, vamos dizer assim, para indicar o diagnóstico de apneia, quantos eventos você teve de parada respiratória, que é a apneia, ou hipopneia, que é a parada parcial, a obstrução parcial do fluxo aéreo, por hora de sono. Não interessa em que fase do sono você está. O resultado principal é esse por hora de sono total. E para isso você não precisa de todo aquele aparato. E aí tem um outro ponto que é fundamental também. Dada essa complexidade, esse custo alto da polistografia, o Brasil hoje, 75% da população é atendida pelo SUS, só pelo SUS. No SUS não tem, praticamente, poliossinografia. Não tem como fazer. Tem alguns laboratórios que fazem, aqui no Incor, enfim, tem outros, a USP de Ribeirão e tal, mas chega a ter fila de dois anos, de dois anos e meio, para fazer uma poliossinografia. Então, de fato, a gente consegue, eu acho que, democratizar, andar nesse caminho de democratizar esse diagnóstico, porque as pessoas que não... A gente não falou também sobre isso, né? As pessoas que... A apneia sem tratamento... vai levar a diversos problemas cardiovasculares importantes. Uma pessoa vai ter AVC, vai ter uma hipertensão resistente a tratamento, vai ter outros problemas cardiovasculares. E se tratasse a apneia do sono, ela não teria esses problemas. Então, é uma crise de saúde oculta mesmo que tem, que acho que a gente está ajudando, pelo menos, a resolver. Tá, Sitor, eu acho que eu tenho apneia do sono. Preciso fazer um exame biologico. É o que o Gerardo fala, paciente de cardiologista, homens acima de 40, mulher acima de 50, mulher depois na menopausa também tem as mesmas coisas que o homem tem um pouco mais cedo, tem que fazer o exame do sono, todo mundo tem que fazer. A nossa ideia é que em algum momento isso vai ser rotina, no check-up, nas consultas dos médicos não especialistas, tem que descartar o exame do sono. E como é que está hoje? Eu falei alguns números ali no começo. Eu considero que o avanço que vocês tiveram foi um avanço muito rápido, a quantidade de centros cadastrados que vocês têm, a quantidade de exames. Como é que foi esse processo? Quais as estratégias que vocês usaram como empreendedores agora aqui falando? Como é que foi isso? Bom, a gente começou, a gente rodou o primeiro ano ali em 2019, principalmente participando de... grandes congressos médicos, né, a gente já tinha essa convicção que esse exame tinha que estar disponível para o médico também não especialista, e depois ele encaminhar esse paciente para tratamento nos médicos especialistas, né, então participamos de grandes congressos de cardiologia, isso em 2019, e ali começamos a vender, tinha até casos assim, o cardiologista comprou no dia seguinte, fez o exame à noite, no dia seguinte voltou, falou, nossa, tem apneia grave, e não sabia, o médico cardiologista, né, enfim, então a gente estava vamos dizer, focado nesse canal de vendas que eram os grandes eventos, os grandes congressos. Só que, e aí tivemos uma rodada de investimento, até foi bem legal, entrou um grupo de médicos importantes, final de 2019, começo de 2020, e entrou o Einstein como investidor. E aí, então, a gente se preparou para, vamos dizer, ter uma participação ainda mais efetiva nesses eventos, e aí entrou a pandemia. Entrou a pandemia, parou tudo, não teve mais congresso, não teve nada. Os consultórios médicos, principalmente no começo da pandemia, fecharam todos. Então, foi um desafio gigante. A gente começou a montar para avaliar a nossa máquina de vendas, que mudou totalmente o método de chegar nos clientes. E foi muito difícil esse começo da pandemia, como foi para todo mundo. Mas aí nos adaptamos a essa nova realidade, muito mais digital, para fazer essa chegada nos clientes. E assim desenvolvemos. Agora que a gente está querendo abrir para ter contas, uma área para olhar, parcerias e grandes contas, hoje o nosso negócio é vender para o profissional de saúde, que pode ser um médico, pode ser um dentista, porque ele faz um dos tratamentos para a apnea do sono, que é um aparelhinho que você põe na boca na hora de dormir, parecido com uma plaquinha de bruxismo, só que ele projeta um axilar um pouquinho para frente para... para aliviar, abrir o mínimo possível a passagem de ar ali atrás. É uma solução interessante, principalmente quando a apneia não é muito grave. Quando a apneia é grave, tem que usar aquele CEPAP. Não sei se você já teve contato, Léo. Não, o que é isso? CEPAP é o tratamento padrão, ouro, vamos dizer assim, para a apneia do sono moderada grave. É um compressorzinho que fica no criador do mundo e uma máscara que você tem que usar. Não tem nada de exigente, nada disso. Mas, para quem tem apneia grave, quando começa a usar CEPAP, a pessoa fala, a gente tem vários depoimentos, a pessoa fala, mudou a minha vida, mudou a minha vida. Muda tudo. Disposição durante o dia, memória, até problemas sexuais. Sabe, o pessoal que tem privação de sono, ali é bem complicado. Então, é isso aí. Quer dizer, falando dos números, né? O que você quer? A gente tem uma base hoje, já temos mais de 3 mil, que a gente chama de centros credenciados, que são esses consultórios, pequenas clínicas, ou não, o próprio Einstein, você pode fazer o exame hoje no hospital, na central de exames do Einstein. A gente tem 3 mil clientes que vendem esse exame. E estamos fazendo hoje, nesse mês a gente deve fazer mais de 9 mil exames, o que já é mais do que todas as polissonografias no Brasil. Uau! Que número importante esse, hein? É. 9 mil sonos por mês, mudando a vida de 9 mil pessoas por mês. É, nem todos ali têm apnea grave desses exames, vai, a gente tem até uma estatística ali, moderada e grave, que precisa de mais tratamento, 25% desses exames precisam fazer tratamento, e provavelmente as pessoas não querem fazer uma biografia, né? É alto. É alto. E pessoas que têm a condição diagnosticada com os devidos cuidados, é o que você falou, elas realmente conseguem voltar a uma condição de vida... normal, interessante, ou seja, é tratável. É tratável. Com a máscara ou não. É, exato. Pode ser a máscara, pode ser esse tratamento, pode ser perder peso, tem várias condições. Tem até os exames de fono para exercitar a musculatura dessa região, que também melhoram. Tem algumas alternativas aí. E nós estamos falando da pneia. Mas tem o ronco também, que está meio junto e com esses mesmos tratamentos e o mesmo exame que a gente tem, a gente olha também para o ronco. Que é um problema que é em todo mundo. Mas eu imagino que eles estão meio juntos. Exato. Nem todo mundo que ronca tem apneia, mas normalmente quem tem apneia ronca sempre. Agora, deixa eu te falar uma coisa. A gente, nessa série que a gente está falando, a gente está tocando muito nessa importância. para as empresas em geral, mas especialmente para startups, como eu falei no começo do episódio. É difícil você começar uma empresa e quando você tem essa veia ou esse DNA do design e entende a importância dele, isso ajuda muito na construção do negócio. Como é que foi, você já me contou aqui, de onde veio esses princípios, vem de família. Mas de uma forma prática, é legal a gente falar aqui para as pessoas que nos assistem, entre eles vários empreendedores, como é que foi essa sua aproximação conosco? Porque aí eu vou falar aqui, não é para jabar não, eu estou falando assim, eu sei que tem várias pessoas, vários empreendedores que talvez não conheçam muito o meio e eles têm muito receio de começar um relacionamento com um estúdio de design, seja ele qual for. Então eu falo aqui pela categoria. Ah, isso aqui não precisa, vou fazer lá na frente, isso aqui é mais cosmético. E você, logo no começo, já veio, não, olha, eu quero fazer, a gente fez o produto, nós fizemos a marca, fizemos digital. Então, conta como é que foi essa decisão, como é que foi o processo, se foi realmente algo que correu liso, acho que é legal passar por essa... E pode contar os problemas também, viu, Tassi? Aqui não tem problema, não. Tá. Legal. Isso é fundamental. Esse ponto, inclusive, dessa questão de que isso é só cosmético, isso é só não sei o quê. Eu ouvi muito isso em arquitetura. O engenheiro tem mania de dispensar o arquiteto e aí saem aquelas coisas maravilhosas. Então, é um problema sério. E acho que isso é uma dificuldade muito grande com as pessoas em geral, todo mundo, de entender essa importância. Mas acho curioso porque quando a pessoa tem um produto com design de primeira, seja uma cadeira do Charles Himes, seja um iPad, um iPhone, a pessoa dá valor para o design. Eu, na minha opinião, acho que a Apple é o que é, em grande parte, a grande contribuição que ela tem é o design. Lógico, a tecnologia, tudo, mas o design que fez a diferença. A Apple virou o que virou por causa do design. Aquela obsessão que o Steve Jobs tinha por design e depois achar o Jonathan Ive, que fala, eu acho... O design que criou tudo aquilo, com aquela sofisticação, faz toda a diferença. Então, eu acho que as pessoas tinham que só pensar assim, olha, eu gosto do que é legal, mas enquanto não tem esse design, elas questionam a importância do design. E eu acho curioso esse fato. Eu acho que quanto mais empresas se dedicarem a fazer um design de altíssimo nível, isso vai tendendo a mudar. E a Apple deu esse grande passo. influenciou não só os produtos da Apple, como toda a indústria. Hoje, se você comprar um celular chinês, da Samsung, eles tentaram seguir essa linha, desde a embalagem, a fonte de alimentação, o cabinho. A Apple criou essa experiência. Como que não é legal? Todo mundo simplesmente fica maravilhado com essa experiência. Então, é curioso. Acho que isso vai mudando com o tempo. Então, eu sempre tive essa visão que sem design legal não dá para seguir, não dá para seguir se uma coisa for muito bem feita. E principalmente... para ter uma aceitação, vamos dizer, que possa até ter um potencial no mundo para vender o produto, tem que ser com design de primeira, senão simplesmente não vai. Eu acho que não vai. Você vê um produto que é com um bom design e o que não é. E, no fim, eu acho que quem sobressai tem uma ênfase no design muito grande. Muito grande. Você tocou num ponto... Desculpa te interromper, mas você tocou num ponto que ele é bem... Bem relevante, assim, né? Hoje tem alguns estudos, e a gente pode falar, por exemplo, a área médica, de forma geral, de equipamentos médicos, é uma das áreas que, globalmente, que investem pesado no desenvolvimento de novos equipamentos e no desenvolvimento de design. Se você pegar os grandes estúdios de design global, todos eles têm grandes clientes médicos, né? De equipamentos médicos. E aí, é muito interessante, porque na época da COVID, a gente teve contato com uma... que se não me engano é da OMS, a concentração do desenvolvimento de equipamentos médicos se dá por, sei lá, oito, nove grandes companhias do mundo ali e eurocentradas, vamos dizer assim. Ou seja, elas são concebidas para aquela realidade econômica, cultural e depois a gente vem para o Brasil, para outros países em desenvolvimento e muitas vezes vem um produto que não está... não está, como é que eu posso dizer, focado na nossa realidade. Então, é muito bacana ver, por exemplo, a Biologics como uma startup de equipamento médico, construindo um produto aqui, que é um produto que poderia ser colocado e acredito que vai ser colocado globalmente. E aí, você toca num assunto que é muito importante, que é você não compete no cenário global se você não tiver estándar global. Você até pode competir, servindo uma coisinha ali, um produtinho aqui meio mequetrefe e tal, mas se você tem uma empresa concebida com esse DNA, você consegue ir competindo num cenário global, você vai conseguir colocar o seu produto, ser aprovado, não sei como vocês estão nisso, no FDA, porque o produto médico tem que ser aprovado, mas em termos de aceitação, de percepção, de cuidado, você tem uma qualidade global à sua disposição, isso é muito relevante. Bem legal. E eu acho que teve um movimento nessa questão de resgatar a questão do design com as startups muito importante também. Acho que as empresas, vamos dizer assim, mais convencionais, antes da coisa toda da tecnologia que veio com a internet, com os dispositivos móveis e tudo, acho que era ainda mais conservador toda essa visão com relação à importância do design. Mas com as startups acho que isso trouxe um lado, seja o... nos aplicativos, seja no site, veio, vamos dizer assim, a própria profissão do designer, acho que voltou a ter uma importância maior depois dessa onda tecnológica. Então, acho que tem um lado bom aí, nem tudo está perdido. Tem um número bem legal, a McKinsey fez uma pesquisa que é o The Business Value of Design, é uma pesquisa bastante robusta. E um dos setores que eles fizeram um deep dive profundo é o setor médico, de equipamentos médicos. E essa pesquisa era justamente para entender o ROI do design. Então, foi a área médica, a área financeira, e acho que era retail, não me lembro ao certo, mas tem ali, só vocês darem um Google aí, The Business Value of Design. E os índices são incríveis. Então, eles pegaram milhões de pontos analisados, qualitativo ou quantitativo. de que as empresas que são orientadas pelo mindset de design, ou seja, que tem o design no DNA como vocês têm, elas têm 52% maior geração de receita comparada a empresas que não têm o DNA do design. Geram até 36% mais de receita, por exemplo, para o acionista. Então, tem alguns números nesse reporte que fazem você olhar e falar, uau, cara, isso é uma ferramenta que está disponível, que está aí, porque tão pouca gente ainda entendeu. a necessidade de você começar bons projetos dessa forma. E aí eu até emendo, assim, quando você começou conosco esse projeto, como é que foi o seu processo? Você pesquisou várias indústrias, várias consultorias, aí chegou na gente. Foi um processo que... Isso eu estou falando especialmente para as pessoas que nos ouvem, porque às vezes, inclusive, olha, não, mas essa empresa é muito grande, não vou trabalhar com elas. Como é que foi isso? A gente conseguiu trabalhar juntos, né? Então, olha, sendo 100% sincero, eu achei vocês pelo Google. Mas, então, o que chamou a atenção, eu tinha tido experiência com outras empresas de design, de outra geração, quando eu tinha turma de arquitetos, colegas do meu pai, por exemplo, o Calduro, João Carlos Calduro, da Calduro e Martino, fez o meu primeiro produto lá atrás para os ônibus, que era um computador de borda com design incrível. Mas que o tempo foi passando, enfim. Então, a gente tinha que atualizar. E eu tive alguns contatos com empresas menores de design que... Não sei, não passou, mas nem de perto, vamos dizer assim, a sofisticação e a qualidade dos trabalhos que vocês fazem. Olhando o portfólio de vocês ali, falou, não, está aqui, essa é a empresa que eu quero trabalhar. E foi no Google. E aí, acho que eu tive a primeira conversa com o Levi, e começamos ali imediatamente, deu super, deu liga, né? Foi muito legal, foi muito legal. Eu tive, por exemplo, acho que vale até um comentário também, por exemplo, tem algumas empresas de design no ABC que tem muita relação com a indústria automobilística. Então, até a gente fez um protótipo, acho, de uma versão anterior, a gente começar a trabalhar com vocês, e a gente, acho que o próprio Levi comentou isso, e outras pessoas também, pegaram o oxímetro na mão e falaram nossa, isso parece um carro. Era legal, mas, sabe, faltava uma coisa um pouco mais... E é sutil, né? não é tão claro acho que para a maioria das pessoas para todo mundo essa sutileza que faz um bom design ser um bom design então eu acho que foi por aí não foi traumático então zero traumático bom, se eu tivesse que fazer a recomendação ali recomendo fortemente a Questonó não sei se existem outras empresas legais, mas é Questonó faz toda a diferença. O produto que você vai ter vai ser um produto world class, vamos dizer assim. Itácio, o que você poderia adiantar para a gente de visão de futuro? Para onde vocês estão olhando? Virão novos equipamentos? Vocês estão focados no sono? Vão olhar outras medições? Como é que vocês estão olhando esse mercado, a evolução? Se você puder antecipar aqui e dar um gostinho para a gente, seria legal. Essa é uma questão legal. A gente está focado no sono. Ainda mantemos aquela nossa visão lá de trás, que tem pouquíssima atenção da indústria ainda. Mas, por exemplo, surgiu uma oportunidade imensa com a própria COVID. Afinal, a gente tinha um oxímetro online e tinha que monitorar a oximetria dos pacientes de COVID. Então, a gente desenvolveu uma solução para fazer monitoramento remoto de pacientes de COVID. Então, cada um tinha o seu oxímetro, o seu celular, o médico estava monitorando, sei lá. 200 pessoas ali numa página web dele e vendo a saturação de oxigênio desses pacientes. Para os pacientes chegava uma notificaçãozinha, está na hora de se pôr o oxímetro, a cada três horas, enfim, o intervalo que o médico definia, ele punha, e o médico ia vendo a evolução da saturação de oxigênio desses pacientes. Foi uma aventura legal, comercialmente não foi legal, porque tinha aquelas incertezas todas da COVID, desde que estava faltando equipamento de segurança, a prioridade era essa, ninguém sabia quanto tempo ia durar, enfim, então comercialmente não foi um produto legal. Mas rodou no Paquembu, no Hospital de Campanha do Paquembu, rodou em outros hospitais no auge da COVID. Agora, acho que a ideia, por enquanto, é manter no sono. A gente tem, óbvio, sempre faz sentido, eventualmente, a gente abraçar um pouco mais outras questões do sono, no caso, acho que principalmente a insônia, que tem uma prevalência alta também. mas é mais difícil, não depende muito dessa tecnologia que a gente domina. Então, a gente quer, vamos dizer, complementar o exame que a gente já tem com alguns sensores que dão informações a mais, por exemplo, o sensor que mede a posição que você está dormindo, é importante para o médico saber, tem gente que só tem a piné de barriga para cima, enfim, aí você pode dormir de lado com alguns mecanismos, então é uma coisa legal, nós estamos para lançar esse sensor, estamos para fazer sensores novos, mais baratos, e estamos observando. bastante novas tecnologias que podem ajudar a melhorar ainda mais esse diagnóstico e, eventualmente, ir para alguma linha de tratamento de apneia, principalmente essa questão da apneia posicional, estamos de olho. Mas, assim, a gente é... Eu não diria que a gente é uma empresa de devices. A gente tem devices porque não tinham devices que atendiam a nossa especificação. E eu sempre fiz hardware, então não era um problema fazer hardware, né? Mas a gente precisa seguir bastante, acho que, na plataforma como um todo, para ter a jornada inteira do paciente ali, quer dizer, desde esse primeiro exame, que olha só o ronco, por exemplo, que não precisa do device, aí faz o exame completo, e vai subindo até chegar num assistente de tratamento, em consultas com médicos, ter um marketplace lá na ponta com CEPAP, com, por exemplo, revendas de CEPAP, com dentistas que fazem esse aparelho intraoral. Então, acho que um dos focos principais é... e incorporar cada vez mais a jornada completa do paciente para ir desde o diagnóstico até o tratamento e o monitoramento desse tratamento. Adoro a sua visão, Tássio. Uma visão muito lúcida, muito interessante, absolutamente alinhada com a nossa. O device existe porque precisava existir, mas o importante é a pessoa, qual é a jornada, como é que eu consigo fazer isso. By the way, precisou de um device, poderia não ter. Exato. Então acho que a gente está muito alinhado Bom, a gente está chegando ao final Do nosso bate-papo aqui Eu queria saber se você tem mais alguma consideração Mas antes da sua consideração Ou depois da sua consideração Eu queria que você Enfim, a gente sempre Termina um episódio pedindo recomendações Para o nosso entrevistado E essas recomendações podem ser O que você achar mais interessante A recomendação de um livro que você leu e que acha legal para empreendedores lerem, de um filme, pode ser recomendação, whatever, qual seja. Então, eu queria passar a palavra para você, se você tem alguma outra consideração final, e fazer suas recomendações. Perfeito, legal. Então, eu separei dois livros ligados aqui à nossa conversa. O primeiro, então, é sobre o sono. Esse livro, Por Que Dormimos, tem a edição em português. é bem interessante, falando dessa questão da privação do sono em geral, não especificamente da apneia mas ele fala muito dessa questão das pessoas que dormem pouco, por opção ou não por opção, enfim o dano, o mal que isso causa para as pessoas, principalmente a longo prazo em relações de problemas cognitivos e do envelhecimento e tudo mais, então é um livro bem interessante, super claro, acho que é um super best-seller, vale a pena dar uma olhada Fala também essa questão dos remédios de sono, que tem que ser uma coisa bem cuidadosa, não sair tomando por aí, porque isso a longo prazo também não vai ser bom para a própria qualidade do sono. É um livro super interessante. Então, de novo aqui, o Sleep Pops, porque dormimos, né? Matthew Walker. Boa recomendação, é assim. É. E aí, falando de design, de produto, eu acho que não dá para não falar da Apple, né? Então, eu separei, acho que muita gente já conhece o livro, que é a biografia do Steve Jobs. Eu acho que a obsessão dele pelo design fica clara aqui. E é isso, acho que fez toda a diferença. Então, tem que ter essa obsessão por design. Senão escapa, as pessoas não querem. Então, tem que ter essa obsessão e não abrir mão de ter um bom design. Eu acho que essa é a minha principal recomendação. quem está começando, quem está desenvolvendo o produto. Não é opcional. Design é um dos pilares do bom produto e depois do futuro dessa empresa. Acho que esse é o grande ponto aqui de hoje. Que demais! Boas recomendações e melhores ainda considerações finais. Eu queria até aproveitar, então, rumando para esse final, para quem ficou curioso sobre Biologics, na descrição... desse vídeo, depois no YouTube, no podcast, vamos deixar o link aqui da Biologiques, acho que a gente pode deixar o link também do case que a gente tem no site, para as pessoas verem como é que foi esse trabalho, acho que é legal para quem for curioso, e também queria fazer um chamado aqui, porque a gente sempre, enfim, pede para as pessoas mandarem para a gente, via as redes sociais, sugestões de pauta, sugestões de entrevistados. Então, entram nas nossas redes sociais e mandem lá essas sugestões, assim como se cadastrem lá na nossa newsletter para vocês receberem os avisos dos nossos eventos, dos próximos episódios, enfim. Então, é isso, pessoal. Eu queria agradecer imensamente a presença do Tasso aqui, da Biologics, um projeto que a gente tem muito, muito orgulho. E por ser um assunto de extremo impacto, de extrema importância, e pelo strike que estão fazendo no mercado... Eu achei que seria uma pessoa muito bacana aqui de bater o papo. Espero que vocês tenham aproveitado. Então é isso. Muito obrigado a todos. Até o próximo Lá do Q. Valeu. Obrigado, Léo.