Olá seja bem-vindo à culturaria da RE hoje a gente vai dar continuidade ao capítulo do livro para viver os mitos de Joseph Campbell que fala da arte no Oriente a gente já fez um vídeo sobre a Índia Está aqui em cima se você quiser conferir. E agora a gente vai fazer a segunda parte desse capítulo, que fala da arte no Extremo Oriente, que ele chama de Extremo Oriente justamente China, Coreia e Japão. Quais são as características das artes desenvolvidas nessas regiões e como é que eles usam aspecto simbólico. Vamos descobrir juntos?
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Toda semana tem vídeo novo por aqui. Agora, vamos para o nosso conteúdo. Neste vídeo, a gente vai falar da visão que o Campbell traz da arte desenvolvida no que ele chama de Extremo Oriente, que é a China, Coreia e Japão. Ele vai fazer uma comparação com a arte indiana, porque eu dividi o capítulo em dois, no caso.
Então se você quiser ver a indiana que é anterior, está aqui na descrição, você pode dar uma olhadinha lá. E aqui ele vai falar então de como o artista dentro do extremo oriente trabalha, se inspira para poder fazer as suas obras. Aqui ele começa falando da diferença do extremo oriente para a Índia.
Então ele põe assim. A tendência natural da mente do extremo oriente é muito mais mundana que a indiana, mais factual e preocupada com os aspectos óticos, temporais e práticos da existência. Ele já começa fazendo uma comparação com a Índia.
A Índia seria uma preocupação mais com o metafísico, com as coisas que estão por trás, essa presença de Deus em todos os lugares. E quando a gente vai para esse extremo oriente, a gente vê até que a temática que é escolhida, ela tem muito a ver com o mundo material, com essa representação. Não se engane, não é que ela é materialista e superficial, não.
Ela tem uma outra forma de abordar. Então, enquanto na Índia, gente, tudo é mais ou menos um sonho, aqui no extremo oriente é um sonho mais real, digamos assim, mais parecido com a realidade. Porque o artista, ele não vai buscar essa sublimação, né?
Ele não é um iogue em si. Mas a gente vai ver que Campbell diz que ele tem que ter algumas características bem especiais também. Então, no geral, a gente vai ter como representações no Oriente, ele coloca os ícones budistas, as representações de Buda, e as pinturas de paisagens chinesas e japonesas.
A gente sabe que tem... é mais do que a pintura de paisagens. A gente tem muito de guerreiros, samurais, damas, pinturas muito bonitas.
Mas ele colocou aqui como um tema geral, muito recorrente, justamente a questão das paisagens. Já é uma temática distinta da Índia também. A gente está falando de uma visão das coisas que existem, e os ícones budistas é que vão falar um pouco mais desse...
metafísico de maneira explícita. Quando a gente fala do extremo oriente, ele resgata a ideia do Tao, que é o ying e o yang, essa dualidade constante que você vê na existência. E Campbell coloca que na obra, quando você pega uma obra de arte do extremo oriente, você percebe o jogo das dualidades. Por isso que ele fala que ela é mais factível.
mais preocupada com as coisas da existência. Ela vai tentar mostrar essa manifestação e como que essas duas partes se juntam em harmonia para montar uma obra de arte. No livro ele põe assim, as obras artísticas do extremo oriente representam a filosofia do tal.
É a via pela qual todas as coisas nascem da escuridão para a luz. E aí a gente acha que acabou no ocidente, mas no oriente não. porque chegou na luz e depois retorna para a escuridão. Os dois princípios, luz e trevas, mantendo-se em perpétua interação e em combinações diversamente moduladas, constituindo todo esse mundo das 10 mil coisas. Essa expressão, o mundo das 10 mil coisas, Campbell coloca que é o mundo da manifestação, da pluralidade.
das coisas que se dividem para depois estarem em harmonia, que é diferente de uma visão do Uno, uma visão que transcende as partes. O Oriente vai trabalhar mais com essa ideia de permitir que a obra mostre como que esses princípios manifestados trabalham. E aí é interessante quando a gente vê o Ying e o Yang, o Ying, essa parte mais receptiva.
e o yang, essa parte mais ativa, mais para o externo, como eles estão presentes em tudo de fato. E não é à toa que na representação do ying e do yang, a gente vê que no preto tem o branco e no branco tem o preto. Na parte branca tem uma bolinha preta e na parte preta tem uma bolinha branca.
Justamente por quê? Porque a escuridão está na luz e a luz está na escuridão. E elas mudam, né?
Elas... revezam, digamos assim, a partir do momento que o tal vai se movimentando, o negro vira branco, que é da escuridão para a luz, e o branco vira negro, que é da luz para a escuridão. E a gente vê esse jogo feito com as cores dentro da arte do extremo oriente.
Ele coloca aqui do livro, né? Os olhos do artista na China e no Japão estão abertos para o mundo. Ele observa o mundo, ele não entra em um transe para ter uma visão onírica, uma visão intuicional.
Ele olha o mundo, é como é a pesquisa do artista para poder fazer a obra. Aí o Camp Belpon, ele pretende representar o bambu, deixa o assimilar o ritmo do yang e do ying no bambu. Conhecer o bambu, viver com o bambu, observá-lo, senti-lo e até mesmo comê-lo.
São várias áreas, várias dimensões do bambu que o artista vai pesquisar para depois fazer sua obra. Veja que não é só as coisas materiais. Ele tem, ó, deixe-o assimilar o ritmo do yang e do ying.
A gente vai ver que essa questão do ritmo, ela está presente nos princípios da arte do extremo oriente. E o que é assimilar o ritmo do ying e do yang? percebe que precisa de um conhecimento aprofundado do tal?
E é extremamente prático, isso é que é legal, porque o artista, como ele tem que pôr na obra o ritmo, então ele tem que ver na prática. A coisa tem que sair do tal, da teoria, do estudo, e ir para a prática da observação para depois ele poder fazer a obra. É muito legal isso.
E por isso que a arte vai poder se transformar num estilo de vida, numa forma de ver o mundo, que é o que ele vai comentar também um pouquinho mais para frente. Aí depois, andando na obra, o Campbell traz para a gente os seis princípios da arte do pintor clássico no Extremo Oriente. E é interessante a gente perceber que são princípios que poderiam ser aplicados em diversos estilos. Mas como eles têm esse tal por trás, essa visão do mundo manifestado como uma eterna busca de equilíbrio, isso vai afetar a forma com que eles executam as obras de arte. Então vamos ver esses seis princípios.
O primeiro dele é o ritmo, como eu comentei com vocês anteriormente. Ele tem que vivenciar o ritmo do pássaro, do bambu, do riacho. Olha só, você já tentou?
Já tentou? vivenciar o ritmo do pássaro, a gente vê o pássaro voando. A gente até fala, ah, que bonitinho, olha o pássaro voando. Mas a gente não experimenta o ritmo.
A gente não entende o que é o voar dele. Como será que o pássaro faz para que esse voo esteja de acordo com todas as coisas da natureza? O que é o ritmo do bambu? Para a gente, o ritmo do bambu é quando ele mexe, quando ele vai de um lado para o outro, que a gente associa sempre ao movimento externo.
mas o bambu tem um movimento para as raízes embaixo depois ele cresce tem os movimentos internos de alimento um riacho, o riacho a gente só vai passando passar água, passar água o que é a presença do ritmo da vida no riacho e como é que ele pega esse espírito de ritmo, de vida de movimento e coloca na obra de arte complexo Não é um complexo por ser difícil, é um complexo porque exige um nível de vivência do conhecimento. O outro princípio, então, é a forma orgânica. A ideia da forma, do formato mesmo, né?
Uma linha perfeita, contínua e viva. E olha só, é uma linha com vida própria, não só uma imitação. Por isso, é um dos motivos que ele coloca, que a obra, ela não é retratista, né? Que é o que tem embaixo, ela é uma fidelidade à natureza, que é o terceiro princípio, sem ser fotográfico.
Perceba, ele tem que ter uma linha perfeita e é... técnica do traço mesmo no ocidente a gente também vai ter diversas escolas falando desse traço dessa necessidade de perfeição é só que não dessa forma de que a linha tem que ter uma vida própria, então se eu estou fotografando é como se a minha linha, como se o desenho que eu faço ali, ele não tivesse vida nele a vida está naquilo que está sendo retratado Então é difícil você ver uma pintura ao ponto de você olhar e falar essa pintura tem vida por si mesma, como se ela vibrasse. Em algum nível, toda obra de arte tem isso, por isso que é muito diferente você ter um pôster e você ter um quadro. Um pôster do quadro e o quadro são coisas diferentes.
Às vezes as réplicas também tem disso, é uma réplica, não é o original que tem aquela energia toda. O artista vai estar pensando como fazer com que a obra dele, além de ser fiel à natureza, não só à natureza forma, mas à natureza vida, como é que ele vai ser fiel a isso e dar uma autonomia para a própria obra de arte. É um desafio. Então agora o outro princípio é a cor. A cor vai falar de luz e sombra, de claro e escuro.
A gente não pode pensar que é algo simples. Tanto que quando a gente vai ver um quadro, seja ele do estilo que for, a gente sempre vai tentar buscar por onde vem a luz. E às vezes é até difícil você identificar isso numa obra do extremo oriente, tá vendo? De onde vem a luz? A gente não tem tanta identidade.
A gente precisa observar. E o artista... Ele precisa ver como ele vai colocar o jogo de claro e escuro.
Lembra que Leonardo da Vinci é muito conhecido justamente pela ideia das sombras, a forma com que ele trabalha luz e sombras. O outro é a disposição do objeto no campo, no quadro, a noção de harmonia dos espaços. Na arte indiana, ela quase não tem espaço vazio, é tudo preenchido.
Aqui no extremo oriente não, os espaços são valorizados porque eles quebram. Aquele espaço vazio harmoniza com o outro. Ele harmoniza com o volume que está mais abaixo, o outro que está mais acima. E aí já entra nessa ideia de distribuição.
Como é que eu vou dispor esses objetos justamente? Se eu tenho um vazio no meio, onde é que eu vou colocar os outros objetos? Alguns quadros têm o objeto bem no cantinho, depois toda a distribuição é em volta, ao invés do centro.
Esse é um outro princípio que precisa ser observado. E, por fim, o estilo. O estilo é a técnica.
Ele fala o refinamento das pinceladas, o tipo de material, se o traço é mais grosso, é mais fino. Depende do objeto. Isso implica no artista conhecer vários estilos. Se ele for colocar uma paisagem, ele vai usar uma técnica.
Se ele for colocar um animal, é outra técnica. Um vulcão é outra técnica. Uma pedra. Porque cada estilo, cada tipo de pintura, é mais adaptado a um determinado tipo de objeto que está sendo representado.
É como se ele fizesse uma composição, certo? Então quais são os seis princípios aqui que a gente tem? É ritmo, forma orgânica, fidelidade à natureza, cor, disposição do objeto no campo e estilo. São seis princípios que o campo ebel traz para a gente que o artista tem que ficar ligado para fazer uma obra de arte no extremo oriente.
E aí ele compara agora a forma com que o artista da Índia e do extremo oriente trabalham. E aqui a gente tem a união, a união das duas visões. Ele põe assim, exatamente como um deus poderia se revelar ao artista indiano que medita, lembra que as obras são por inspiração divina, intuicional.
O mundo se mostra em sua forma interior ao olho do extremo oriente. Ele olha, o artista não está numa busca de ver um Deus, mas ele está na busca de ver o mundo em sua forma interior, é ver o que o mundo tem por trás. É como se fosse assim, nossa, olha que esterejeira linda, por que será que ela é tão bonita?
Qual é a forma interior, o que tem na essência da cerejeira que faz com que ela seja tão maravilhosa. Por isso que eles estão buscando a mesma coisa. O indiano, pela meditação, quer ver a divindade. E agora, nesse extremo oriente, ele está tentando ver a forma interior das coisas, que é procurar pelo ser das coisas. E o mais fabuloso, na minha opinião, é que aí ele vai trazer isso e mostrar para a gente.
Por isso que muitas vezes é impactante, é algo que nos impacta e a gente não sabe nem dizer exatamente o que. Nesse caso, é essa parte interna que está vindo à tona, que o artista trouxe para a gente, ok? E para isso, então, o Campbell diz que o artista tem que observar sem forçar. Eu fico imaginando ele forçando, né? Tipo assim, deixa eu ver o detalhezinho aqui.
Não é que ele vai forçar para ver os detalhes, ele vai observar. para ver justamente a vida fluindo, o que ele quer captar para pôr na obra. Essa parte do livro eu também achei muito bonita.
Ele põe assim, ó. A função da arte é conhecer e tornar conhecidas as leis e os padrões da natureza e da maneira como a natureza se move. E para conhecê-los, o artista não pode forçar suas próprias intenções sobre a natureza. Ele tem que...
perceber, não deixa de ser um estado receptivo não é exatamente o que ele está vendo, o que ele acha daquela paisagem, é o que ele consegue perceber, aquilo que entra no espírito dele, do espírito que está sendo visto, por isso que ele põe o artista não pode forçar sua própria intenção sobre a natureza ele tem que ver o que está acontecendo, captar a essência e trazer para a gente O Campbell continua, por todo o mundo oriental, o ideal da arte nunca foi o de uma atividade desligada da vida, confinada aos ateliês de escultura e de pintura e aos salões de dança, de música ou de teatro. A arte no Antigo Oriente era a arte da vida. É interessante como para a gente é tão normal você ter a arte como algo fora.
como algo de poucos, como algo que só alguns conseguem fazer, ou só alguns têm condições de apreciar e tal, fica uma arte que não é vivencial. E a arte, ela é vista, ela precisa ser vista como um processo até educacional. Todo mundo tem condições de perceber a beleza nas coisas. É claro que algumas coisas são mais simples, falam mais direto, outras são mais elaboradas. Mas o objetivo da arte não é se colocar num pedestal e ficar lá.
O objetivo da arte é fazer com que a gente se conecte com o ser, a gente se conecte com essa essência que o artista buscou. O pessoal costuma falar que o Leonardo da Vinci, ele via uma pintura assim, começava a fazer uma pintura, e aí ele estava com a ideia pronta na cabeça dele. E aí ele não tinha mais graça, falava... Ah! não tem mais graça fazer esse negócio não que eu já vi e aí abandonava um monte de coisa no meio do caminho outros falam que outros artistas já são mais piedosos conosco então eles falam, ah eu já vi mas os pobres coitados das pessoas comuns que não veem, eu vou trazer pra eles pra eles poderem ver o que eu vi então a arte capta, o artista capta uma essência, por isso que ele se prepara tem essa postura receptiva capta essa essência e monta uma obra pra mostrar pra gente Como a gente muitas vezes não tem condições de ter a visão dele, a percepção dele, ele traz esse resultado que se torna uma ponte para essa realidade no sutil.
E ele comenta de uma coisa que existe no Oriente que é brincar, a vida como uma brincadeira. Como eles têm a ideia de que a alma não morre, existe algo imortal e isso é muito forte. Então você está sempre brincando de viver, você está sempre brincando de fazer as coisas.
Você não se identifica tanto assim. Até porque tudo é passageiro, né? Isso mesmo, exceto o motorista e o cobrador, né?
O resto é tudo passageiro. Então eles falam que... Eu sei, gente, foi horrível, mas esse eu não vou cortar não, esse eu vou deixar. Então ele fala que eles têm no vocabulário expressões do tipo assim, ah, você está brincando de trabalhar, ah, você está brincando de tal coisa.
Chega ao ponto de falar, ah, fulano brincou de morrer. Olha só, brincadeira sem graça, né? Então essa ideia do brincar, o ser, o lado eterno, ele está sempre brincando na matéria, ele não se identifica com as coisas. E aí o Campbell faz essa observação aqui. Já que são jogos, a vida como um jogo, que é uma visão corrente, ele fala assim, os jogos mais divertidos são os mais difíceis, com as tarefas mais complicadas e até mesmo perigosas de serem cumpridas.
E é por isso que os artistas geralmente não se contentam, quer no Oriente ou no Ocidente, em fazer meramente coisas simples. Se o artista está vendo tudo aquilo como um jogo, ele quer fazer um jogo difícil, ele quer conseguir... executar esse jogo complexo, porque o simples fica muito sem graça. Então ele vai procurando o mais complexo e isso vai levando ele a uma perfeição.
Então o Fabel continua. Em pouco tempo se torna simples para um artista aquilo que para o restante de nós seria difícil. O artista busca o desafio, a coisa difícil de se fazer, pois sua maneira básica de abordar a vida não é do trabalho, mas a do jogo.
Então, não é assim, a gente quer passar para a próxima fase? Por quê? Porque a próxima fase é mais difícil.
Então, eu quero passar para a próxima fase. E isso vai fazendo com que você se aperfeiçoe constantemente, você não para. Porque no momento em que aquilo ficar fácil, você quer algo mais difícil. E o artista que trabalha dessa forma vai trazendo elementos cada vez mais profundos na sua obra.
E a gente se beneficia, né? E assim, essa atitude para com a arte como um aspecto do jogo da vida, e a própria vida como a arte de um jogo, é uma abordagem maravilhosamente feliz e revigorante da heterogênea benção da existência. Bonito, né? O campo do Deu de vez em quando é bem poético. Então, você está jogando, você gosta do jogo, você quer passar para o próximo nível, você quer ver como é, você quer ficar melhor naquilo.
Então é isso que ele fala que é uma abordagem feliz e revigorante. E ele no livro, não pus aqui as palavras, mas no livro ele vai comparar isso, essa abordagem feliz e revigorante com a ideia ocidental de uma vida pesada, de muito pecado, ter que pagar os pecados, uma coisa mais sofrida. E você chega no Oriente e é muito alegre.
revigorante, como ele fala. Por quê? Porque é uma visão de vida distinta.
A vida é um jogo e a gente tem que ficar bom nesse jogo e não um sofrer eterno. Não é uma purificação pelo sofrimento, mas pela alegria. E por fim, eu trouxe essa última parte que é a síntese, que ele coloca a vida como uma arte e a arte como um jogo no extremo oriente. É a chave para transformar o próprio viver numa yoga e a arte no meio para uma tal vida. Então quando eu começo a ver a arte como jogo, como algo que pode ser melhorado, como uma interpretação do ser, daquilo que existe no interior das coisas que eu trago para as pessoas, eu começo a transformar o modo de vida.
E por que transforma, gente? Imagina, resolvi virar um pintor do extremo oriente. Aí eu vou fazer uma árvore de cerejeira, um galho de cerejeira com passarinho.
Dentro desses princípios, eu tenho que ir lá para o jardim e ficar num estado de observação, de receptividade profundo, profundo. E não dá para fazer isso só nesse momento. Isso exige um estilo de vida, um meio de vida, para que quando eu vá fazer o quadro, eu chegue lá e consiga captar a essência daquilo que eu estou vendo.
Então não dá para ir, sei lá, para uma rave durante a noite e aí de manhã falar, vou dar uma pintada aqui, pronto, vou ver o passarinho. Não dá, não dá clima, entende? Então você tem que ter um estilo de vida que seja condizente, que te ajude, que te leve a esse estado contemplativo quando você for fazer arte.
Por isso que a vida, a arte vai ser um meio para montar essa vida que ele está chamando a vida de um yoga. Então pessoal... ela tem que ter um estilo de vida condizente. Então, a arte no meio para uma tal vida.
Por querer fazer essa arte, eu desenvolvo um estilo de vida. Ok? Então, era isso que eu tinha para trazer aqui sobre a arte no Extremo Oriente. Espero que vocês tenham gostado e a gente se vê no próximo encontro.