Fala, guerreiros do Enem, pessoas do bem, tudo tranquilo? Olha só, essa aula de hoje, ela vai exigir muito da gente e ela é uma aula muito importante. Eu quero conversar contigo sobre cante.
Essa ideia do cantar, não faz, não faz. Dentro da filosofia é uma piada maldosa com o autor. Não pode, não pode, não pode.
Não pode. Essa é uma aula sobre Kant e todas as implicações que a ética kantiana possui dentro do período moderno da filosofia. Kant e Stuart Mill.
Quais as relações entre esses dois autores? Não sei. Na matemática, na química, em algumas matérias como a história e geografia, sempre tem aqueles conteúdos um pouco mais difíceis. Não, nunca estudar, né?
Que exigem um pouco mais de ti na hora da resolução de uma questão. Essa é uma dessas aulas, só que na filosofia. Kant já apareceu três vezes.
vezes na prova do Enem e as questões foram consideradas de um grau um pouco mais elevado que as outras. É muito importante, queridão, que tu entendas o contexto em que esse autor está inserido na história e na filosofia. O Kant é um autor que viveu dentro do período moderno da filosofia e esse período moderno é marcado por uma série de fatos que provavelmente... provavelmente, tu já deve ter estudado, como o Renascimento, Iluminismo, o Advento da Razão, o surgimento do Estado Laico, o papel da ciência.
Então, nós estamos vivendo aqui, nesse momento, uma era muito especial para a filosofia. Uma era onde as pessoas começam a pensar criticamente sobre o mundo. Uma era onde as pessoas não estão mais influenciadas pela Igreja. ou simplesmente por suas vontades, pelos seus desejos.
Agora é o momento da razão. Durante o período moderno, é comum encontrarmos essa diferença entre racionalismo e empirismo. Os racionalistas são aqueles caras que acreditam que a razão conduz o homem à verdade. Os empiristas são aqueles que acreditam que o homem pode ser... conduzido à verdade através da experiência.
O período moderno é marcado por essa luta entre racionalistas e empiristas. O Kant, ele está no meio desse fogo forçado entre racionalistas e empiristas. O autor, ele se preocupou muito em nos explicar a origem das nossas ideias, a origem do conhecimento e, principalmente, o fundamento...
da moral. O que torna um homem virtuoso? Falar a verdade é sempre virtuoso?
Será que uma mentira, ela pode ser dita em nome de alguma coisa boa? Mentir pode se tornar moralmente aceitável? Essas são algumas perguntas que o Kant vai tentar responder dentro da sua teoria moral, que está lá na metafísica dos costumes.
e eu quero que tu tenha muita clareza sobre o que é isso. No entendimento do autor, os nossos atos são sempre movidos por duas causas muito distintas. Ou você é movido pelo interesse, pela paixão, ou como o autor diz, as suas...
inclinações ou você é movido pela norma, pelo dever, pela razão. Agir pelo interesse significa dizer que você não está sendo muito verdadeiro, não. Você está ajudando porque você quer ganhar alguma coisa em troca. Agir pelo interesse é como se eu estivesse te dizendo, queridão, que você está sendo virtuoso porque você quer o reconhecimento por alguma coisa. Agir por interesse, segundo Kant, é agir de uma forma...
Heterônoma não é legítimo, não é verdadeiro. Mas por mais difícil que seja, agir pelo dever, agir pela norma, por aquilo que a razão lhe manda fazer, é sim um gesto de honradez. É sim um gesto de virtude.
O homem moralmente correto. Paracante é aquele que ao tomar uma atitude é movido sempre pela razão, pela norma, por aquilo que o dever lhe manda fazer. Por isso que muitas vezes falar a verdade machuca. Por isso que muitas vezes falar a verdade nos incomoda, porque pode ser que esse falar a verdade faça com que alguém sofra. Paciência!
Dizer a verdade é estar comprometido com o dever. Doa a quem doer. Independentemente se a verdade será para o bem ou para o mal, ela vai ser sempre a verdade. E o autor nos diz e nos garante que quanto maior o nosso compromisso com o dever, mais virtuoso nós seremos. Interesse e razão, interesse e dever, prefira sempre o dever, prefira sempre a razão.
Faça tudo aquilo que a norma lhe manda fazer, que o dever lhe manda fazer. Quanto mais reta for sua conduta, quanto mais consciência do seu papel social e da norma que lhe impõe, mais virtuoso serás. Uma dica que vale a pena.
O Kant era um homem profundamente metódico. Dizem alguns autores que o Kant saía de casa todos os dias na mesma hora. Uma pessoa regrada...
Uma pessoa que tem consciência de horário, de norma, de dever, transparece isso na sua conduta. É por isso que cada escritório da Fedex tem um relógio, porque a gente vive e morre pelo relógio. Nunca voltamos as costas pra ele. E nós nunca, nunca nos permitimos o pecado de perder o controle do tempo. Essa é a dica.
Toda vez que tu tiver fazendo uma questão de Enem e aparecer essa palavrinha cante, Lembra que isso está associado à ideia de um dever, de uma norma, de uma regra, ou, como alguns gostam de chamar, de um imperativo. Eu confesso pra vocês que quando aparecem essas palavras mais densas, eu sempre fico um pouco mais atento. Quando eu digo imperativo, o que que automaticamente tem que vir na tua cabecinha? Imperativo, meu amor.
É uma norma, é uma regra. Kant dizia que é uma lei moral universal, que serve para todos nós. É como se fosse um ditado, é como se fosse uma regra, é como se fosse uma inspiração, em que em todos os momentos da tua vida, ela vai te inspirar a agir.
Ela vai te motivar a fazer alguma coisa. Isso é imperativo. Kant chamou esse imperativo de categórico. Imperativo categórico.
Uma lei moral universal que serve pra todos nós como uma inspiração pra nossa ação. O que que realmente te inspira a agir? O que que realmente te motiva a fazer as coisas?
Será que é só passar no vestibular? Será que é só alcançar essa vaga tão sonhada? Ou, te pergunto ainda mais, será que a tua inspiração está na procura daquilo que te faz feliz?
Ai! Essas perguntas motivaram a todos os autores do período moderno. Não só o Kant. O Kant é um desses caras que dizia que a virtude, a conduta, a moralidade estava na causa, na inspiração, naquilo que me motiva.
Mas qual o efeito que essa ação vai ter? Qual o resultado que isso vai trazer pra minha vida e pra sociedade? É aí que entra a segunda parte dessa história. Os chamados teóricos consequencialistas.
Pra que a gente possa entender o que é consequencialismo, eu vou te contar uma história bem conhecida e que é muito possível que o teu professor do teu colégio tenha falado isso em algum momento e agora eu vou te ajudar a relembrar um tempo de colégio. Senta que lá vem a história. Imagine que você está dentro de um trem e que você é o maquinista.
O seu trem está em alta velocidade. Só que existe um grande problema. O seu trem, ele irá colidir... Com dois vagões de trem que estão vindo em sentido contrário ao seu. No vagão de trem A, estão as pessoas que você ama, seu pai e sua mãe.
No vagão B, estão... São 30 trabalhadores da construção civil, 40 pessoas com mundo dia a dia. E quem terá que tomar essa difícil decisão será você.
Tu escolhe colidir o trem com o vagão onde está o teu pai e a tua mãe e todos morrerão. Ou você decide escolher que o trem colida onde estão os 30 trabalhadores, 40 pessoas comuns no dia a dia e todos morrerão. morrerão. Qual é a tua escolha? Teu pai, tua mãe, aqueles que tu ama, que tu deseja, que tu confia ou os 30, 40 trabalhadores do outro vagão de trem?
A decisão é tua. Você liga, você escolhe, você decide. O Deus me vê!
Se a gente for pensar nas nossas escolhas pessoais, a resposta não é muito difícil. Ah, prof, meu pai... Meu pai e minha mãe são as pessoas que eu amo, vou salvá-los porque, obviamente, são as pessoas que eu conheço e que eu quero bem.
Pois para a filosofia moderna e, mais especificamente, essa teoria chamada de consequencialismo, essa não é a escolha certa. Nós temos que optar por uma atitude... altruísta. O consequencialismo, ele defende que quanto mais altruísta você for, mais virtuoso você será. Profi, o que...
O que é ser altruísta? Altruísmo é a capacidade que a gente tem de pensar no outro, de pensar na sociedade, de pensar no bem comum. Altruísta, queridão, é o oposto de uma pessoa egoísta.
Quanto mais coletivo você pensar, mais virtuoso você será. Essa é a concepção que está por trás da ideia do Stuart Mill, do consequencialismo. Por isso que no exemplo do vagão de trem, a escolha em salvar a vida dos 30 trabalhadores e sacrificar a vida do teu pai e da tua mãe seria, nessa questão, a atitude mais correta.
Já parou para imaginar o impacto que isso teria na sociedade? a consequência que isso teria no meio social? Então, toda vez que aparecer uma questão envolvendo filosofia moral e o tema é consequencialismo, pensa assim, qual é a consequência da ação?
Qual é o resultado da ação? Se esse resultado gerar prazer, benefício... para o maior número de pessoas possível, isto é virtuoso.
Ou, como alguns autores costumam dizer, o princípio da máxima felicidade. Se a gente for pegar as últimas provas do Enem, tu vai perceber o quanto esses conteúdos são recorrentes na prova. Volta e meia, aparece uma questãozinha falando sobre a preocupação com o meio ambiente, com os problemas sociais, a relação do indivíduo com a sociedade, ou até mesmo uma questão específica sobre autores. Nessas questões sociais, lembre-se, queridão, que toda vez que a gente sai do egoísmo, que a gente sai da individualidade e a gente passa a se preocupar com o coletivo, isso é uma atitude altruísta.
Se tu pegar o altruísmo lá do período moderno e tu trouxer ele para os dias atuais, pensa, por exemplo... que reciclar o lixo da tua casa pode ser uma atitude altruísta. Tu não tá fazendo isso só para o teu bem.
Tu tá fazendo isso para o bem de uma sociedade, para o bem do todo, do coletivo, da humanidade. Então, uma atitude sustentável, quem sabe, é uma atitude altruísta. Por isso que os autores consequencialistas, eles estão muito preocupados em nos explicar que o valor moral da nossa...
ação está no resultado, no efeito. Essas questões de vestibular, principalmente na prova do Enem, quando eles trazem esses assuntos mais polêmicos, os autores eles sempre dão ênfase ou para a causa da ação ou para o resultado da ação. Se a intencionalidade do ato determina a moralidade, isso é Kant.
Se a resposta, se o resultado da ação determina a moralidade, isso é consequencialismo. Causa e efeito. Essa é a grande questão.
central do período moderno. Quando as questões são mais polêmicas, isso envolve muitas vezes a escolha do indivíduo. O indivíduo é o que vai determinar, o sujeito moral é o que vai determinar. o que é melhor e o que é pior. Toda escolha, muitas vezes, é movida por interesse.
E o interesse, ele é sempre nocivo. A dica aqui é você lembrar que se a ação é por interesse, ela é sempre imoral. Se a ação é por dever, ela é sempre moral. Quando a questão trata do resultado da ação, existem sempre duas alternativas que podem te incomodar. O resultado pode ser para o bem da sociedade ou o resultado pode ser para o bem pessoal.
Quando a resposta é para o bem da sociedade, tu já sabe, né? Altruísta. Pensar no outro, pensar na sociedade, pensar no impacto que isso vai gerar para o bem comum.
Essa postura egoísta, ela é nociva aos olhos da filosofia. Pensar. Pensar socialmente, pensar no todo, é altruísta.
Pensar no indivíduo é egoísmo. Aos olhos da filosofia moderna e aos olhos do utilitarismo, quanto maior a preocupação com a sociedade e menor a preocupação com si próprio, mais virtuoso tu serás. Pensar essa lógica do coletivo e do indivíduo...
individual na sociedade atual não é uma coisa muito difícil né eu jamais poderia falar mal de rede social muito menos da internet porque eu amo rede social e eu uso muito internet e eu gosto muito desse nosso vínculo que nós estamos criando mas na concepção de alguns sociólogos o advento da internet essas redes de comunicação elas nos tornaram mais individualistas. Nós acabamos esquecendo a importância das relações interpessoais. E isso, do ponto de vista filosófico, pode ser um perigo. É importante que a gente conviva.
É importante que a gente estabeleça relações. É importante que a gente estabeleça afetos. Porque é nas relações que nós saímos desse mundo egoísta que a filosofia nos ensina. Obrigado.
Por isso que nós temos um desafio. O desafio é nos tornarmos pessoas melhores. Seja em casa, seja na sociedade ou até mesmo na internet. Tudo que é postado na internet nos compromete.
Seja uma foto, um momento, uma circunstância, tudo que compartilhamos está dito. E é por isso que nós possuímos um compromisso moral com aquilo que opinamos e somos na sociedade e também na internet. Olha, guerreiros do Enem, eu vou dizer uma coisa pra vocês.
Essa é uma das aulas mais pesadas do nosso plano de estudo. Essa é uma aula daquelas assim, ó, da gente poder assistir uma, duas, três vezes sem problema. porque o assunto é muito gostoso e ele vai te ajudar muito a fazer uma boa questão na hora da prova.
Por isso, queridão, vai lá, anota, revisa, assiste de novo, compartilha com teu colega. colega, assiste mais uma vez, manda uma dúvida, escreve a duvidazinha pra gente que a gente vai te ajudar e a gente vai te responder. Interage nas nossas redes sociais e pode ter certeza que assim como no mundo real, no mundo da internet, as relações morais e éticas elas são as mesmas.
O que tá dito, está dito. O que tá assumido, tá assumido. Nós somos o reflexo daquilo que... que muitas vezes nós postamos na internet, tá bom?
Um super beijo e até a próxima aula. E lembre-se, rumo ao topo do elemento.