Olá estudante! Hoje vamos falar sobre o Primeiro Reinado. Como vimos no vídeo sobre a independência do Brasil, Dom Pedro I tornou o país independente em 7 de setembro de 1822, dando início ao período do Primeiro Reinado, que perdurou até 7 de abril de 1831. Com isso, o país, ao contrário de todas as nações sul-americanas, com exceção do México e Haiti, tornou-se uma monarquia ao invés de uma república, após conquistar a sua emancipação. E à frente do campo da aclamação, Dom Pedro I foi coroado.
A independência, entretanto, não foi reconhecida de imediato, principalmente devido ao fato de algumas províncias serem fiéis ao governo português e não apoiarem o fim da colonização, tais como Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, e Cisplatina, que iniciaram conflitos armados contra as tropas brasileiras. As províncias da Bahia e Cisplatina foram as que mais resistiram e só foram vencidas no final de 1823, o que concluiu o reconhecimento do Brasil no cenário nacional, porque internacionalmente isso ainda demorou um pouco. O primeiro país a reconhecer a independência do Brasil foram os Estados Unidos em maio de 1824, o que impulsionou o combate à dominância da Europa no continente americano. Os portugueses, por sua vez, somente reconheceram a emancipação de sua antiga colônia em 1825, e ainda cobraram por isso. Eles receberam 2 milhões de libras em indenização e exigiram que o Brasil não incentivasse e tampouco apoiasse a independência das colônias portuguesas localizadas na África.
É interessante mencionar que a Inglaterra, para reconhecer a independência, exigiu que o Brasil mantivesse os acordos comerciais estabelecidos no período joanino e se comprometesse a acabar com o tráfico negreiro, o que não adiantou de muita coisa, já que a abolição da escravatura só ocorreu oficialmente em 1888, mais de 60 anos depois. Como no início de 1824, Os conflitos internos estavam controlados e o Brasil já iniciava um processo de reconhecimento internacional de sua emancipação, o Império se organizou para retomar a elaboração da Constituição do país. Sim, retomar, porque a Constituinte já havia iniciado seus trabalhos no final de 1823. Porém, os Constituintes e Dom Pedro I tinham interesses bem conflitantes.
Haja vista que os deputados defendiam uma monarquia constitucional, enquanto que o imperador queria uma monarquia absolutista. Os constituintes chegaram, inclusive, a elaborar um projeto de constituição em assembleia. No entanto, ele desagradou o monarca, que convocou tropas, dissolveu a assembleia, ordenou a prisão de seus opositores e exigiu que fosse elaborada uma nova constituição com o conselho de estado formado por ele. Isso ocorreu em 12 de novembro de 1823 e ficou conhecido como a Noite da Agonia. No fim das contas, prevaleceu o desejo de Dom Pedro I e em 25 de março de 1824, a primeira Constituição Brasileira foi otorgada e adivinha só, ela reforçava a centralização do poder nas mãos do imperador.
Sabe como? Bom, nós temos três poderes, certo? o executivo, legislativo e judiciário.
Mas a Constituição de 1824 estabeleceu um quarto poder, o poder moderador. Basicamente ele se sobrepõe a todos os demais no intuito de garantir o equilíbrio e manter a paz, ou simplesmente dava plenos poderes ao imperador para que este pudesse interferir e ter a palavra final em todas as decisões do país. A Constituição de 1824 também estabeleceu outras determinações, tais como definiu a forma de governo monarquia constitucional hereditária, de modo que o poder seria passado de pai para filho. Estabeleceu também o voto censitário indireto, definindo que apenas os homens maiores de 25 anos de idade e com renda anual mínima de 100 mil réis teriam direito ao voto. Além disso, A Constituição garantiu algumas liberdades individuais, como por exemplo, o direito à propriedade privada e à liberdade de religião, mas desde que o culto de outras religiões que não fosse a católica fossem realizados de maneira particular ou doméstica, já que, em contrapartida, o catolicismo se tornou a religião oficial do país.
Assim, o Brasil se tornava um estado centralizado, unitário e autoritário. E foi esse autoritarismo do imperador o principal motivo que levou à sua renúncia. Haja vista que, conforme as insatisfações e críticas eram publicadas, Aumentava mais e mais o clima de revolta no país.
A insatisfação era tão grande que voltaram a surgir rebeliões de caráter separatistas, como a Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina, por exemplo. O conflito entre brasileiros e portugueses se intensificava constantemente. E na noite de 13 para 14 de março de 1831, isso resultou em um confronto nas ruas da então capital do país, a cidade do Rio de Janeiro. Evento que ficou conhecido como a Noite das Garrafadas, pois as principais armas utilizadas no conflito foram garrafas quebradas e cacos de vidro. Dom Pedro I estava tão alinhado com os portugueses que no dia 5 de abril de 1831, ele nomeou um ministério composto de seus apoiadores, a maioria portugueses, que ficou conhecido como Ministério dos Marqueses.
E então... No dia 6 de abril, diversos grupos brasileiros se reuniram à frente do campo da aclamação e exigiram o retorno do ministério que antes era formado por liberais brasileiros. Inclusive, as próprias tropas imperiais colocaram-se ao lado do povo. E então, no dia 7 de abril de 1831, sem conseguir contornar a crise, Dom Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho, Dom Pedro II.
que com apenas 5 anos de idade não poderia assumir o trono e o país passou a ser governado por regentes, dando início ao período regencial. E aí, gostou do vídeo? Então curta, compartilhe, inscreva-se e acione o sininho de todas as notificações para não perder nenhum vídeo. Você também pode apoiar o nosso canal tornando-se membro dele por apenas R$ 2,99 ao mês.
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