Oi pessoal, boa noite, bem-vindos. Lidiane, Alessandra, Joyce, Gislaine, Natânia, Edmara, boa noite para todo mundo, sejam bem-vindos. Estão me ouvindo?
Só fazendo um teste aí do som da imagem, tá tudo certo? Vocês estão me vendo e me ouvindo? Legal, Sheila, obrigada, obrigada, Samucas.
Legal, que bom pessoal, que bom que vocês estão presentes. Vou dar mais três minutinhos, tá? Para a gente começar. Sou a professora Beth, vocês já devem me conhecer pelo vídeo resumo, né?
Pelo vídeo de boas-vindas. Sou a professora tutora da disciplina. E tô aqui pra gente conversar um pouco sobre alguns pontos desse conteúdo que a gente tem aí pela frente.
Vamos dar dois minutinhos aqui, só pra os demais entrarem, de acordo com o nosso horário combinado, 19 horas. Vamos aguardar um minutinho. Legal, Samucas!
Você faz história, né? Salvador, que delícia! Thaís, Reginaldo, bem-vindos! A Elaine, Cristiane, Carmen, Ana Oliveira, devo ter perdido algumas pessoas aí no meio do caminho, mas são todos muito bem-vindos. A Elaine já está no hospitalar, bem-vinda Elaine.
Davidson, Cláudia, Mônica, Jéssica, muito bom. Turma boa, né? Uma turma grande.
Reginaldo, pedagogia, legal. Aí tá fazendo frio, Thaís. Eu também, eu tô no Paraná hoje e tá fazendo frio. Apesar que eu estou sempre em Ribeirão Preto, mas hoje eu tô fazendo o nosso encontro aqui do Paraná.
E tá bem friozinho aqui também. Bom, meus amores, eu acho que a gente pode começar, né? Eu vou...
Eu vou apresentar alguns pontos aqui para vocês, tá? Nessa nossa disciplina de relações étnico-raciais, ensino de história e culturas afro-brasileira, africana e indígena. Então, a gente tem como tópicos para esse nosso primeiro encontro, né? Os quatro primeiros... As quatro primeiras semanas.
do nosso conteúdo né então a gente fala um pouquinho sobre raça e etnia a cultura brasileira a cultura indígena e a influência dos povos imigrantes na formação da nossa história na formação da nossa cultura eu gostaria que vocês participassem manifestando aí pelo chat a as observações que tiverem, os comentários que quiserem fazer, tá? Tem aí o pessoal que faz história, que pode contribuir bastante aqui nas nossas considerações. A turma de pedagogia, enfim, todo mundo, né? Porque esse tema, esses temas que essa disciplina envolve, são importantes para todos nós, né? Eles dizem respeito.
A nossa história brasileira, mas eles dizem respeito à nossa inserção no mundo como cidadãos e também, principalmente, o que nos interessa aqui, é a percepção do ensino de história numa perspectiva mais crítica. Esse é o primeiro ponto, tá, gente, que eu trago aqui, que é justamente a gente pensar Na importância de um ensino de história a partir de uma perspectiva crítica, uma leitura emancipadora, que tenha a consciência reflexiva a respeito da existência de um mundo marcado por relações de dominação, pelas relações de colonização, numa perspectiva que foi durante tanto tempo... tempo embranquecedora da nossa cultura, da nossa sociedade, e que nós hoje trazemos a perspectiva de uma leitura crítica de história justamente para a gente aprofundar a nossa compreensão sobre as relações étnico-raciais, sobre a presença da cultura africana na nossa realidade, assim como a cultura indígena. formando aquilo que nós entendemos como realidade social e cultural brasileira. Então, isso se dá dentro de um contexto, que é um contexto marcado por cruzamentos importantes, que nós chamamos de contexto interseccional, que é marcado pela questão de classe, de raça etnia, de gênero, que conecta.
todas essas influências que nós recebemos e que a gente precisa trazer para o ensino de história essa perspectiva, para que a gente também possa contar com a presença dessa visão crítica nas nossas políticas públicas e principalmente na política educacional, ou nas políticas educacionais que o nosso país enfrenta, não é verdade? Olha, boa noite pra quem tá chegando, que eu ainda não cumprimentei, tá? Sejam todos bem-vindos. Oi, é, acho que estou dizendo, né? Então, a gente começa aqui.
a fazer essa reflexão sobre a importância dessa perspectiva crítica. Estou tentando acompanhar o chat aqui, tem uns comentários que eu não entendi. Se puder ser mais claro, mais objetivo, Fábio Muniz Pires, eu te agradeço.
Pois bem, pessoal, então a gente tem muito que avançar. Quando a gente fala de ensino de história numa perspectiva crítica, nós estamos adotando... Uma contribuição que é importante na formação do professor, né? Basicamente, nós estamos falando com essa disciplina da formação do professor e também da formação do cidadão, né?
Já que nós todos somos cidadãos, né? Merecedores aí de uma consciência, de uma visão mais emancipada a respeito da realidade. E para isso, a gente passa... pela perspectiva do multiculturalismo, pela questão da pluralidade, no sentido de entender que vivemos numa sociedade marcada por desigualdades, mas também por diferenças que precisam ser consideradas, que precisam ser enfrentadas e levadas muito a sério. Ok?
Então é nesse sentido que a gente começa falando sobre raça e etnia, ou etnia e raça. Na verdade, o conceito de raça é um conceito exclusivamente... exclusivamente sociológico, no sentido de que não existem raças humanas.
Existe uma raça humana. Nós somos todos seres humanos. Então, quando nós falamos em raças, a gente está pensando, na verdade, em algumas categorias sociais que possuem as suas características marcadas.
fenotipicamente, são características fenotípicas como a cor da pele, o tipo do cabelo, o desenho facial, mas todos fazendo parte de uma mesma raça humana. Ao mesmo tempo, nós temos uma diversidade que é a diversidade étnica, que é aquela que tem. as variações com relação a fatores culturais, como a nacionalidade, a filiação tribal, religião, língua, as tradições que determinados grupos seguem e que vão definir, portanto, as várias etnias que compõem a nossa realidade sociocultural. Não só no Brasil, mas no planeta todo.
E especialmente no Brasil, a gente vai ter também... Isso aí, obrigada aí, gente. Estou tentando acompanhar aqui o chat. É, como mudar, né, Carlos?
Essa noção equivocada de raça, eu acho que partir do pressuposto de que nós temos uma única raça, de que nós somos seres humanos, é partir daí para entender que o que a gente fala, o que a gente usa como termo raça, é mais um sentido de fortalecimento da origem, das raízes. Quando algumas pessoas falam em raça, hoje, é preciso que elas considerem que a gente está falando de origem e raízes étnicas, né? E que dizem respeito a uma história que precisa ser considerada.
É o caso dos grupos étnico-afro-brasileiros, né? que trazem aí uma história que precisa ser resgatada, e também dos povos indígenas, que são os povos originários aqui do nosso país, que marcam a nossa origem maior, e que é tão pouco considerado. Nós todos sabemos o quanto é preciso a gente resgatar esse valor das etnias. indígenas e das etnias afrodescendentes, para que a gente possa compreender a história do Brasil.
Então, é nesse sentido que essa disciplina caminha. Então, como alguém aí comentou, para quem leu o material, para quem assiste às videoaulas, percebe o quanto nós somos formados por... todas essas grandes levas, essas grandes misturas de cultura, de vida, que envolvem a nossa linguagem, os nossos comportamentos e assim por diante. Então, quando nós falamos em raça, embora seja um termo ainda utilizado atualmente, É mais para se referir à questão do fenótipo de determinados grupos humanos, como eu falei agora há pouco, para se referir a tom de pele, desenho facial, a conformação facial, o tipo de cabelo, mas isso não muda o que nós temos como condição absolutamente única, que é a condição humana. O conceito de raça, ele não corresponde a nenhuma realidade natural, no sentido de colocar uma hierarquia.
entre possíveis raças. Essa hierarquia que nós temos que combater, ela não existe. Isso já foi defendido por muito tempo equivocadamente e cada vez mais nós estamos aprendendo, entendendo que nós somos multiculturales, nós somos marcados por diversidades muito grandes. E essa multiculturalidade, essa pluralidade que nos marca, é que precisa ser levada em conta, principalmente quando a gente fala em etnias. Então, a etnia é um termo utilizado para se referir aos grupamentos humanos ao longo do tempo, ao longo do espaço, que possuem entre si algumas identidades.
algumas semelhanças, seja em relação à linguagem, seja em relação a costumes, a práticas sociais e até mesmo a religião. Então, a etnia envolve um sistema simbólico que implica em representações a respeito de quem nós somos, quem somos nós, quem somos... e os diferentes de nós né os nós o nosso e o outro tá quer dizer a essa conexão né entre quem nós somos quem o outro é pessoal já pegando o gancho aqui eu fiz uma questão lá para atender a primeira atender que vocês vão começar a fazer na próxima semana né É justamente sobre essa distinção entre etnia e raça.
E lá eu vou colocar, vou colocar para vocês por esses dias mesmo. Eu coloco os slides, Lisana. Então, e na TD1 eu estou perguntando para vocês sobre essa diferenciação entre raça e etnia. E por que a gente pode considerar... que o conceito de raça é um conceito sociológico.
Alguém gostaria de responder isso agora, aqui, assim, de bate-pronto? O que diferencia, aí, com as palavras de vocês, o que diferencia a etnia de raça? Vamos ver, alguém manda aí, rapidinho, só para a gente fazer um bate-bola.
é isso a etnia vai mostrar a nossa origem exatamente Cláudia as etnias mostram a O que não dá para entender, Shirley? Eu estou falando de raça e etnia, desde o momento que eu comecei. Ai, eu estou achando engraçado isso. Isso, Natânia, muito bem, Natânia. Vida inteligente na classe.
Maravilha, Natânia, parabéns. Muito bem, Edu. Isso mesmo.
Que bom que tem alunos que estão entendendo. Eu fico muito feliz. Aqueles que não estão entendendo, não se esqueçam, é preciso ler muito.
É preciso ler muito para encontrar as luzes. Samuca está dizendo, a raça refere-se à questão sociológica e biológica, que na verdade não existe, né, Samuca? Enquanto a etnia é uma questão cultural.
Muito bem, Samuca, isso mesmo. A raça e a raça humana, a Fran está dizendo, a etnia é a cultura, são os traços culturais, são as nossas características próprias de determinados grupos. Muito bom, pessoal, é isso aí mesmo.
Raça ligada à biologia, como se usa na ciência, e etnia é a parte demográfica, a parte cultural. Isso mesmo, Sandra, parabéns. Basicamente, gente, nós temos aqui uma distinção que mostra para a gente que nós somos seres humanos que habitamos o planeta. que temos as nossas origens, as nossas raízes históricas, sociais, culturais, e isso não nos faz diferentes como espécie humana, mas isso nos faz diferentes culturalmente falando, pelos nossos comportamentos, pela nossa forma de agir. pela nossa identidade, pela nossa religiosidade e assim por diante.
Então, a gente percebe o quê? Falando agora sobre a cultura brasileira, que é uma cultura marcada por diversos povos e, portanto, por diversas etnias. É isso que a gente está querendo chamar a atenção aqui.
A cultura brasileira, ela possui... várias influências de várias etnias ela recebeu influência dos povos desde o contexto colonial né a gente já tem os povos originários que já estavam aqui presentes que são os povos indígenas né são os povos que já viviam nas terras brasileiras antes disso aqui ser chamado de Brasil né é com influência também dos portugueses, dos europeus, de um modo geral, mas principalmente dos portugueses, e dos africanos, que aqui vieram também trazendo diversas etnias. Os africanos que vieram para o Brasil, principalmente, praticamente, exclusivamente, na condição de escravos. Eles trouxeram várias origens africanas, né? Então, também compuseram na cultura brasileira essas várias etnias.
Então, nós temos uma diversidade muito grande, né? Exatamente, Samucas. Os nossos colonizadores, eles fizeram o chamado apagamento cultural, porque eles se...
impuseram sobre os povos originários, sobre os indígenas, e colocaram a cultura europeia, eurocêntrica, como se ela fosse a cultura superior. Além disso mesmo, e além também, como o Rafael está dizendo, além dos franceses e holandeses que invadiram o Brasil, e aqui também impuseram. à sua própria cultura, num processo de colonização bastante intenso, que enfraqueceu a cultura dos povos originários, que enfraqueceu e apagou culturalmente as raízes étnicas dos povos africanos. Então, nós temos uma realidade marcada por esse...
essa forte interferência de povos que foram economicamente e politicamente dominantes, que se impuseram sobre nós. Sim, muitos africanos que morreram nos navios, uma política de embranquecimento. da nossa sociedade, da nossa cultura, isso é uma parte bastante forte da nossa realidade.
Então, pessoal, quando a gente fala da cultura brasileira, a gente pega esses dois lados. Esse que a gente está mencionando aqui, que é o fato de que nós recebemos influências das mais diversas, Mas, ao mesmo tempo, essas influências tentaram apagar tudo aquilo que a gente tinha, tanto por parte dos indígenas, quanto o que nós recebemos por parte dos povos africanos. Então, a realidade étnico-cultural brasileira, desde o início, é marcada pelos conflitos étnicos.
Há um processo... como vocês já mencionaram aí, há um processo de aculturação, de apagamento étnico, com forte violência. A gente sabe o quanto foi marcada por violência a história do Brasil.
Sim, Márcia, sem dúvida. Isso é parte de um processo de colonização, você tem razão. É parte de uma realidade cultural da época, que era eurocêntrica. O que é o eurocentrismo?
É a valorização superfortalecida de uma cultura europeia em detrimento... de outras culturas. A Europa se colocava como centro do mundo, né? E naquela época, eles se consideravam realmente superiores.
Eles viam o restante do mundo como inferiores, né? E assim a nossa história foi se costurando, foi se fazendo dessa maneira. Exatamente. Hoje, Márcia, é isso mesmo. Hoje nós temos informações, nós conseguimos revisitar a história, mas tudo aquilo que aconteceu deixou marcas profundas na forma como nós brasileiros nos enxergamos, porque nós somos ao mesmo tempo um grande caldeirão cultural, no sentido da gente ser uma junção de tantas influências e isso é muito bonito.
a grande diversidade cultural que marca a nossa realidade, mas, ao mesmo tempo, essa diversidade foi sendo mantida às custas de muita luta, porque foi com muito sangue e muita resistência por parte de culturas minoritárias que os povos oprimidos conseguiram manter. a sua a sua história a sua trajetória né exatamente dia a gente vai aproveitar essa colocação aqui da Cíntia né assim que eu tá dizendo tudo um processo todo esse processo cultural foi terrível hoje ainda tem mais um outro nome que é o racismo e o racismo né Cíntia que é um racismo disfarçado, é um racismo velado, né? Então, aí eu também já vou puxar para a segunda questão da nossa ATD. Então, olha, a primeira questão da ATD é sobre raça e etnia, tá?
Que a gente já mencionou aqui e que vocês bem colocaram a distinção, né? O quê? como se chama uma, como se chama a outra, e por que sociologicamente somente que a gente utiliza ou deve utilizar o termo raça. A segunda questão da ATD é sobre o chamado racismo velado, ou aquilo que foi denominado por autores brasileiros como o mito. da democracia racial.
Isso eu estou pegando as colocações, as colaborações de vocês para a gente perceber justamente o seguinte. Aqui no Brasil, o racismo sempre existiu, faz parte da nossa história, entendendo o contexto de dominação, de colonização, de... a escravização mas nós passamos por uma trajetória de consideração desse racismo de uma maneira muito disfarçada muito velada é como se no Brasil não existisse racismo só que a gente sabe que existe né É porque com essa perspectiva da mistura dos povos né As tensões raciais aqui existentes, elas ficaram um pouco obscurecidas, né? Mas isso não quer dizer que não existam tensões raciais no Brasil. Isso, Samucas.
Boas contribuições você está trazendo para a gente. Isso mesmo. Isso mesmo, Samu.
Também, Natânia, o racismo existe de diferentes formas, com diferentes faces, e não é somente em relação ao afrodescendente, não é exclusivamente em relação ao negro. A gente tem o racismo com o indígena. Existe no Brasil ainda uma visão muito...
Muito dicotômica, que separa povos, que vê algumas regiões como superiores em relação a outras. Só que tudo isso sempre foi muito disfarçado, muito velado. Então, alguns autores, como por exemplo Florestan Fernandes, chamaram isso de mito da democracia racial.
Justamente sobre isso que eu quero que vocês falem na ATD, tá? Na segunda questão da ATD. Eu pedi para vocês darem uma pesquisadinha, baseando-se no material, e pesquisem a respeito desse mito da democracia racial. Samucas, deixa eu ver o que você está me perguntando. perguntando se é factível que o racismo ou a injúria racial acabe um dia no mundo, ou essa é uma questão utópica.
Eu acho que a gente consegue reduzir, Samucas. Acho que a gente consegue reduzir, acho que a gente consegue ter mais, como nós estamos fazendo, tomando mais consciência, tendo uma visão mais crítica a respeito. Mas extinguir... acabar com alguma forma de racismo, eu acho muito difícil. E temos, como a Cláudia está dizendo, além de ser velado, ainda temos ali a nação do povo.
Fala com propriedade, trabalhei na área social por muito tempo. Obrigada, Cláudia, está gostando da aula, muito obrigada. É uma aula para a gente fazer uma reflexão aqui.
São muitas pessoas, para fazer a mediação do chat, fica um pouco corrido, né? Mas, continuem aí, eu estou passando os olhos aqui, acaba acreditando que não, pois o ser humano sempre procura algo para falar que é superior ao próximo, né, Carlos Alberto? Realmente, o ser humano é um ser complicado, né?
E tá na raiz do Brasil, como alguém escreveu aí, passou rapidinho e perdi o nome. Realmente, gente, então é sobre isso que eu quero que vocês falem na ATD, tá? Não precisa ficar procurando resposta pronta.
Coloquem a interpretação de vocês, o que vocês entenderam a respeito, tá? Isso que é bacana de fazer, tá bom? Tá muito presente mesmo. E ainda hoje, né, nós vemos denúncias, situações de racismo, de discriminação racial, né, étnico, racial, no mundo do futebol, por exemplo, no mundo dos esportes, a gente vê onde não poderia existir, né, de modo algum, e ainda a gente vê isso acontecendo, né.
Então, pessoal, isso mostra... que nós temos, sim, uma realidade marcada por tensões raciais, com um tipo de racismo muito particular, que foi bem sucedido, no sentido de que ele foi velado, disfarçado. E quanto mais velado e disfarçado, menor a consciência que as pessoas têm a respeito. Por isso, é importante... Ana Patrícia, na ATD, vocês vão falar, na primeira questão, vocês vão falar sobre raça e etnia, a diferença entre uma e outra, e vão falar sobre o que é esse mito da democracia racial, que é esse racismo velado que existe na nossa sociedade, esse racismo disfarçado.
Sem dúvida, Márcia. Eu acredito sim. Na religião há uma forte discriminação e principalmente as religiões de matriz afro, africana, de matriz africana, são as que mais sofrem discriminação.
Então é fundamental que a gente pense isso mesmo que vocês estão colocando aí, no papel da escola, na conscientização. na inserção dessas questões no currículo, né? Por isso o ensino de história deve ser pautado nessas reflexões a respeito das nossas raízes, das nossas origens.
Para que a gente não conte a história somente pela perspectiva do colonizador. Para que a gente consiga contar a história a partir de uma outra perspectiva, né? De uma perspectiva mais real.
mais crítica, que promova a chamada decolonização, é a retirada daquela condição de colonizados que nós sempre vivemos. A gente pode dizer que sempre... Então, Miro, alguns autores consideram que sempre foi velado aqui no Brasil. Outros já dizem que não, né? Que hoje tá mais velado, mais disfarçado.
É uma postura, é uma postura. É porque não conhecem, né, Márcia? Exatamente.
Quando não se conhece, a ignorância fala mais alto, né? E a ignorância é prima e irmã do preconceito, né? A ignorância é a prima irmã do preconceito.
Quando nós conhecemos as coisas, nós deixamos de lado os preconceitos e as formas de discriminação. Exatamente, ensinando os nossos alunos, defendendo uma perspectiva plural da nossa realidade. É isso que nós precisamos aprender a fazer, ok? E não é só a sua, né, Lidiane?
Quem de nós não é fruto de várias misturas, né? Quem de nós? Nós só somos. Nós somos resultado de tantas influências, né?
O racismo velado está em todos os lugares, quando muitas vezes... Opa, peraí. Isso mesmo, exatamente.
Muitas vezes não somos recebidos em determinados lugares e isso vai ter a ver com aparência física, com manifestações culturais. Você vai entrar, Pamela? A Pamela está perguntando como é que faz a atividade. Quando você entra na plataforma, no SGA, vai ter lá atividade avaliativa. Aí você clica nela, atividades avaliativas, você vai clicar e vai ter a ATD, a ATD1.
Mas ainda não abriu para vocês, tá? Vai abrir na segunda-feira. Pode ficar tranquila, que ainda dá tempo de você se ambientar, viu?
O ser humano tem em si um lado mau, se ele não tem caráter e amor, ele fará acontecer em vários âmbitos algum tipo de racismo, seja na pele, na cultura, na religião, na classe social. Isso mesmo, Danieli, é verdade. Daí a importância da gente estar trazendo essa reflexão sempre à tona.
para que a gente, de fato, consiga questionar e ir contra essa forma de ver o mundo, essa forma equivocada de ver o mundo. Bom, então, gente, falando um pouquinho dessas influências, nós temos a influência da história e das culturas dos povos indígenas. A colonização dos povos indígenas no Brasil, nas nossas terras, né? Ela é marcada por uma história de exclusão, de dominação, de dominação constante, né? E com a chegada dos europeus, como a gente estava falando agora há pouco, houve uma disputa por território, por riquezas, por pedras, por madeira, por tudo, né?
E eles... aqui encontravam e quiseram retirar. E grande parte dos povos tribais foram dizimados, muitos povos tribais foram dizimados, seja pelas armas e até mesmo pelo contato que trouxe as infecções mortais. Então, grande parte dos povos indígenas também foi escravizada.
obrigada a usar sua força de trabalho. E essa força colonizadora dos portugueses e espanhóis transformou muitos dos indígenas também em mercadoria de exportação para a Europa. Alguns indígenas permaneceram, foram submetidos à cultura europeia, outros conseguiram fugir.
conseguiram romper com essa opressão, com essa colonização tão cruel, e mantiveram-se nas suas tribos em diversos territórios que nós sabemos que são tribos ainda hoje longe da civilização. Mas nós sabemos que comparativamente ao que já existiu no Brasil, nas terras brasileiras, brasileiras... O que a gente tem hoje é muito pouco. Os povos indígenas realmente clamam por ajuda, por reconhecimento.
É uma luta constante. E uma forma de a gente reconhecer a importância desses povos é justamente a gente contar a sua história. Daí a importância de ter a história dos povos indígenas.
nos nossos currículos, né? É sobre isso que a gente está falando, né, gente? A gente está falando sobre a importância de ter a cultura indígena, não só num dia do ano, falar que é o dia do índio, né?
Não, mas é a cultura indígena, a história indígena presente no currículo, presente na sala de aula, presente nas escolas, de uma maneira intensa, né? Ainda existe um genocídio, a Márcia está chamando atenção aqui, com os povos Yanomamis, a exploração infantil, isso mesmo, Márcia, é terrível, né, tudo o que aconteceu, o massacre que aconteceu, mas o que ainda acontece com esses povos, à medida que são desconsiderados, e nós precisamos de políticas públicas, de... Uma política que realmente considera as populações indígenas, né?
Isso mesmo. Que legal, Jorcicleia, que legal que você teve esse convívio, que bacana, muito bom. Eu tô lendo aqui os comentários, muito bom, gente, bacana tudo que vocês estão dizendo. Os nossos povos originários sofreram muito, né?
E ainda sofrem, né? E ainda sofrem. Daí a necessidade de nós questionarmos tudo isso. Sim, exatamente, Eduardo.
Existem professores que não se dão conta ou se dão conta e por isso mesmo praticam o racismo, né Eduardo? A gente sabe que muitas vezes de onde nós não esperamos que o racismo surja, parta, ele parte. E isso é mais chocante ainda. Hum, Vanessa, o caráter a gente não pode mudar com política pública, mas pelo menos a gente pode dar exemplos, a gente pode dar punição, e através da punição mostrar para os outros que aquilo está errado, né?
Eu concordo com você que há pessoas que nem as leis conseguem mudar, mas pelo menos isso, quando há uma punição... isso serve de referência para que outras pessoas evitem de agir de determinada maneira. Isso mesmo.
Muito bem. Samuca, Márcia, isso mesmo. Só que só amor não basta, né Sandra?
A gente tem que ter amor... concordo acho bonita essa ideia mas a gente tem que ter também a consciência crítica para poder lidar com as situações em que o racismo preconceito a discriminação aparecerem né exato e quantas circunstituações de bullying né que são praticadas e que levam crianças e adolescentes a um sofrimento no ambiente escolar. Recentemente, a gente teve um caso de um garoto que se suicidou, um adolescente, era negro, era homossexual, sofria bullying na escola. E, pelo menos, essa é a notícia, como foi divulgada. Então, é importante que a gente trabalhe com isso, tanto no plano coletivo...
dos currículos, da agenda escolar, mas também que a gente trabalhe isso no plano da individualidade, daquilo que cada um sofre e sente em relação a tudo isso, né? Sim, somos todos obrigados a respeitar, exatamente. Essa é uma obrigação, isso mesmo. Isso, Cláudia. Muito bem.
Então, pessoal, nós temos então essa realidade dos indígenas. São, são discursivas. Michele. Exatamente, Vanessa, bem colocado, isso mesmo. Gente, além, só para a gente já ir finalizando, porque a gente só está amarrando aqui algumas ideias, tentando pincelar algumas coisas, a gente tem também a presença dos povos imigrantes, que são muitos na história do Brasil.
que marcam, portanto, mais um aspecto da nossa pluralidade, da nossa multiculturalidade. A cultura brasileira é vasta, é diversa, nós temos influências das mais variadas e nós temos a presença dos vários imigrantes. Então, nós temos, além dos colonizadores, nós temos também...
aqueles que vieram trabalhar, como os italianos, os alemães, os japoneses. Depois nós tivemos também as levas de sírios-libaneses, de chineses, de poloneses. O Brasil é um país plural em todos os seus aspectos.
Então, a gente tem, desde o período da colonização, essa questão da pluralidade. de uma forma perversa, que foi uma colonização imposta, mas a gente tem depois as levas migratórias, que estão interessantes no Brasil, que mostram que o país, como a gente sabe, carrega uma história de luta, mas também carrega uma história de muitas conquistas. Então, é muito bonito o que nós temos no Brasil em termos de... de cultura, exatamente Lidiane, marcando a nossa culinária, a nossa diversidade cultural presente na culinária, nos nossos sotaques, na nossa linguagem, nas nossas religiões, exatamente.
Muitos judeus também vieram para o Brasil, alguém está lembrando aí, o Davis está lembrando aí, isso mesmo. A nona da Lidiane veio trabalhar no Paraná, isso mesmo. Então, é um mundo dentro do Brasil, Edmara, olha que frase mais linda.
Parabéns, Edmara, é isso mesmo, é um mundo dentro do Brasil. Nós somos um mundo marcado, nós somos um país marcado por vários mundos aqui dentro, né? Isso mesmo. Então, a gente tem essas características, né, são tão plurais. e que precisam sempre, sempre ser consideradas.
A minha preocupação, pessoal, nessa primeira aula era fazer uma introdução, até para poder conhecer um pouquinho a dinâmica de vocês. Agora estou vendo aqui que vocês são bem participativos. Na próxima, nosso próximo encontro, vou bolar de uma maneira que vocês...
Deem as suas contribuições, que a gente aproveite mais a contribuição de vocês, viu? Que vai ser bem legal. E como é o primeiro contato, né? Estou conhecendo vocês hoje.
Eu que adorei, viu? Gosto muito quando a turma participa. Nesse caso, nem consegui, peço desculpas, não consegui acompanhar todos os comentários, né? Gostaria de ter lido em voz alta todos os comentários.
Mas, mesmo assim, acho que é um momento muito gostoso. Eu também adoro o encontro virtual, viu, Daiane? Acho que é um momento dos alunos se colocarem, da gente fazer uma troca, né?
E sobre a atividade prática, a Lil de Lene está perguntando, né? Gente... Eu gravei um vídeo explicando as atividades práticas. Mas é uma coisa bem simples.
A primeira atividade vocês vão falar através de slides. E as outras atividades vocês vão falar de maneira dissertativa. Então está bem tranquila, não precisa se preocupar. Assistam o vídeo que eu postei, que está bem explicativo.
E leiam direitinho o que se pede em cada uma das atividades, tá? Eu vou postar para vocês os slides, ok? Vocês já têm acesso ao vídeo resumo, já está disponível. E fica também o link desse nosso encontro, né? Para quem não pôde comparecer hoje, para quem quiser ouvir depois, tá?
Mas lembrando mais uma vez, foi uma aula introdutória, né? Um start para a gente começar as nossas reflexões, as nossas considerações. Mandem mensagens no chat, qualquer dúvida que tenham, ou qualquer conversa que queiram ter, eu estou sempre à disposição, tá?
Agradeço, viu? Pessoal, agradeço a Mucca pela participação. Isso mesmo, Daiane. Edmara, eu já mudei.
Eu coloquei dentro de cada atividade. Tem o vídeo explicativo, tá? Eu tirei, tinha colocado como se fosse uma outra atividade, mas não podia fazer dessa maneira.
eu modifiquei então o link tá lá dentro da própria atividade só linkar que vocês vão assistir pelo YouTube tá bom deixa o meu abraço então para vocês viu um grande abraço conto com vocês na próxima espero que brigada essa Lucas teve gente aí que reclamou né mas eu acho que é Um pouco de ansiedade por parte de alguns alunos. Mas está ótimo. Qualquer dúvida é só falar, gente.
Manda nas mensagens. Próximo encontro a gente tira as dúvidas. E fica tudo certo, tá bom?
Agradeço muito, viu? Pela participação e pela presença. Um beijão pra vocês, ó. Beijo e boa noite. Bom descanso pra todo mundo.