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Palestra sobre Santuário e Salvação

Bom, eu quero convidar então o nosso próximo palestrante, a nossa próxima aula. Lembre-se que nós estamos aqui numa grande sala de aulas. Então, quero convidar para que venha aqui, pastor e doutor Wilson. Paroski, ele é natural da cidade de Cianorte, lá do estado do Paraná, formado em teologia no Antigo Iaê, portanto, então é do Antigo Testamento também, formado em 1983, foi pastor distrital. redator da Casa Publicadora Brasileira, professor no Seminário de Teologia a partir de 1987. Portanto, nesse seminário aqui do Brasil, seminário que começou em São Paulo e depois mudou-se para cá, de 1987 até 2017, portanto, 31 anos lecionando para os alunos.

de teologia ou formando pastores no nosso seminário. Desde 2018, ele se tornou professor de teologia lá nos Estados Unidos, na Sauter Adventist University. Tem doutorado pela Andrews, terminou esse doutorado em 2003, fez um pós-doutorado na Universidade Heidelberg, na Alemanha, em 2011. autor de inúmeros artigos acadêmicos e populares, publicados em português, inglês, espanhol e alemão. Já publicou diversos livros também em várias línguas e em diferentes países, Brasil, Estados Unidos, Argentina e Alemanha. Foi o primeiro brasileiro a escrever uma lição da Escola Sabatina e você estudou a lição da Escola Sabatina do livro de Atos, escrito pelo doutor Parosky.

escreveu vários comentários bíblicos, a serem publicados em breve, um comentário sobre João e sobre Tito. Autor, adventista brasileiro, a publicar livro fora de nossa igreja. por outra editora que não fosse a Casa Publicadora Brasileira.

Tem livro publicado pela editora Vida Nova, tem outro livro publicado pela Sociedade Bíblica do Brasil, e todos esses livros foram certamente premiados. Há outros, eu acho que ele tem um dicionário de grego, eu tenho uma impressão. Eu tenho alguns livros lá em casa, publicados pelo doutor Parosky, e Deus seja louvado. Eu quero, diante desse público seleto... agradecê-lo por aceitar o nosso convite.

Você está acompanhado da esposa e da filha, depois você pode apresentá-las. Mas ele é professor, as aulas lá nos Estados Unidos começam, acho que no mês de janeiro, já começaram. umas aulas lá, mas ele... Eu acabei colocando ele numa saia justa, porque ele deveria estar lá dando aulas, mas ele aceitou o convite, conversou com a liderança da escola e prontamente aceitou para estar conosco.

E tenho certeza que, com muita alegria, com muita satisfação, ele dará essas aulas para nós. Muito obrigado, doutor Parowski, pela sua presença. Vamos recebê-lo com a salva de palmas. Bom dia a todos.

Uma alegria estar com vocês. Pastor La Roca, muitíssimo obrigado pelo convite, me sinto honrado. É uma alegria poder participar de eventos como este. Gosto de falar para pastores, gosto de falar para...

líderes de igreja, como gosto da sala de aula também. Nestas palestras que teremos, o pastor La Roca me deixou muito à vontade para escolher o tema. Na semana passada, participei de um concílio... semelhante a este, da Paulista Oeste, aqui mesmo no NASP, e falamos sobre liderança, liderança eclesiástica. Vários temas relacionados com este, várias palestras relacionadas com este tema.

Aqui, Conselho da Paulistana, como disse, o pastor La Roca me deixou livre para definir o tema e eu resolvi falar sobre o santuário. Serão quatro palestras sobre o santuário Quando nós pensamos em santuário Ou quando falamos de santuário O que é que nos vem à mente? 1844, a geografia do santuário, lugar santo, lugar santíssimo, o sacerdote, o sumo sacerdote, a mesa, o candelabro, o altar de incenso, o que nós pensamos quando falamos sobre santuário?

Neste mês de janeiro, um membro nosso da igreja de Campinas foi em dezembro, quando estive aqui para passar o Natal com a família me convidou para um jantar com um médico amigo dele E este membro nosso é um dentista, perdão, um oftalmo, e ele me convidou para um jantar com um médico, que é um cirurgião plástico de outra denominação evangélica. determinado momento, o objetivo do jantar era que nós conversássemos sobre um tema bíblico, e o tema era o santuário. E num determinado momento, aquele cirurgião plástico, de outra denominação... me pergunta, mas qual é a essência da doutrina do santuário? Em que ela me afeta, me beneficia hoje?

Se essa pergunta lhe fosse feita, qual seria a sua resposta? Como eu disse, estamos muito acostumados em falar da doutrina do santuário em termos da cronologia, em termos das datas, em termos do ritual em si. Mas, quando perguntamos... De que maneira isso lhe afeta hoje?

Esta é a minha primeira palestra. E vamos falar outras dentro desta temática. Talvez alguns que já estiveram comigo em outros concílios já tenham ouvido esta palestra, mas não todas.

Pelo menos algumas delas... são novas. Eu vou falar nesta primeira palestra sobre a cruz e o santuário.

Será que nós realmente precisamos dos dois? Um ano atrás falecia na Austrália Desmond Ford. Quem foi Desmond Ford? Desmond Ford foi um ex-teólogo adventista, nascido na Austrália, em 1929, portanto faleceu com 90 anos de idade, de uma família anglicana, tornou-se adventista... ainda na sua juventude, batizou-se em 1943, recebeu sua formação ministerial em nosso colégio, na Austrália, a Vondeio, em 1950. Em seguida, fez...

fez o bacharelado em teologia, em 1958, fez o mestrado em teologia nos Estados Unidos, em 1959, fez o seu primeiro doutorado na Universidade de Michigan, também nos Estados Unidos, em 1961, onde trabalhou com o Novo Testamento. Trabalhou com análise retórica nas Epístolas de Paulo, essa foi a sua dissertação doutoral. Na década seguinte, terminaria um segundo doutorado, desta vez na Universidade de Manchester, na Inglaterra. 1972, onde escreveu, a sua pesquisa doutoral foi sobre estudos em escatologia neotestamentária. E o seu mentor não foi ninguém, nada menos que F.F.

Bruce, Frederick Bruce. Frederick Bruce foi um dos maiores teólogos evangélicos do século passado, da segunda metade do século XX. Autor de inúmeros...

inúmeros, inúmeros, inúmeros livros e artigos, vários deles traduzidos para o português. Um autor bastante conservador. Desmond Ford foi professor de teologia em Avondale entre os anos de 1961 e 77, depois recebeu um chamado para os Estados Unidos, para o Pacific Union College, PUC, onde lecionou por mais alguns anos.

Se opunha fortemente... ao perfeccionismo adventista, ao conceito de que nós podemos e devemos alcançar impecabilidade moral nesta vida, antes da volta de Jesus. Eu devo dizer que este ensino prevaleceu na igreja adventista do sétimo dia, na primeira metade do século XX. Era o ensino adventista naquele período. Especialmente depois...

do falecimento do irmão White, em 1915, na metade do século passado, a ênfase começaria a mudar, mas ainda existem resquícios fortíssimos desse ensino em nosso meio, inclusive no Brasil. Desmond Ford se opunha fortemente a esse ensino, ao perfeccionismo de alguns autores adventistas que eram muito prolíficos em defesa dessa ideia, Andreessen e o australiano Brinson. Smith. Mas, no fim, Desmond Ford acabou se opondo também à doutrina do juízo investigativo. E em 1979 ele escreveu um tratado...

tratado de quase mil páginas, intitulado Daniel 8,14, o dia da expiação e o juízo investigativo. Neste material ele defendia as seguintes ideias. 1979, que a expiação foi completa na cruz, que 1844 é uma data fictícia, que a doutrina do juízo investigativo compromete a certeza da salvação, pela graça de Deus, A parte das boas obras sem as boas obras. E esta foi a ênfase central deste tratado de quase mil páginas, publicado ali em 1979. Foi marcada uma reunião, onde vários teólogos adventistas, onde Desmond Ford teve a oportunidade de defender suas teses, perante um grupo de teólogos adventistas, dois brasileiros estiveram lá a representar.

e no final da reunião, ele infelizmente não conseguiu convencer os demais teólogos adventistas ali presentes e como resultado disso, ele acabou perdendo sua credencial de pastor por se opor a uma de nossas, a nossa doutrina mais distintiva a doutrina do santuário naquele mesmo ano, 1980 ele acabou desenvolvendo um ministério paralelo um ministério não denominado intitulado Boa Nova Ilimitada. Era o nome do ministério dele. Boa Nova Ilimitada. Publicou, tinha algumas congregações, tinha vários seguidores nos Estados Unidos e na Austrália, na Oceania como um todo, Nova Zelândia. Continuou publicando, continuou escrevendo.

Finalmente, no ano de 2001, pediu o desligamento da igreja. Vindo a falecer. no ano passado, como eu lhes falei.

11 de março de 2019. Quase um ano atrás. Um de seus livros, um de seus últimos livros, É este aqui, intitulado em inglês, Write with God Right Now. É um título difícil de traduzir para o português, porque em inglês ele cria uma espécie de um trocadilho e significa mais ou menos assim, certo com Deus agora.

Right with God, right now. Certo com Deus, agora. Eu acho que essa é a melhor forma de traduzir esse título. Publicado em 1999. E neste livro, o Dr. Ford enfatiza, ele trabalha principalmente com Romanos capítulo 3, versículos 21 a 26. E a ideia dele é essencialmente aquela mesma daquele manuscrito. escrito de quase mil páginas do final dos anos 70. Expiação completa na cruz.

Tudo se completou na cruz. Tudo, tudo, tudo. A cruz, defende ele neste livro, era necessária por causa da justiça divina. Deus não pode perdoar o pecado de forma arbitrária.

Do contrário, ele não seria justo. Alguém tem que pagar o preço. Então, a cruz era necessária.

E a cruz é suficiente, diz ele Eu não preciso de mais nada além da cruz Nós não precisamos, portanto, de um santuário A cruz resolve tudo A cruz é absolutamente suficiente Se eu não preciso de um santuário Eu não preciso aguardar até 1844 para ter certeza da salvação Já estou salvo lá atrás E a salvação, portanto, aqui e agora Purificação total e definitiva do pecado na cruz. Não precisamos de um santuário. Na página 55 do livro, ele escreve o seguinte, o antigo dia da expiação não se refere ao século XIX. Claro que ele está pensando aqui em 1844. Ele aponta o antigo dia da expiação para a cruz de Cristo.

Foi lá que a expiação final e completa se realizou. O Calvário foi o único lugar de completa expiação. Nós olhamos apenas para o Calvário e não para um evento ou data inventada pelo homem.

1844 Essa interpretação, é claro, ela joga por terra a distinção entre as duas fases do ritual do santuário. O diário e o dia da expiação que ocorria uma vez por ano. Na argumentação dele, a distinção entre essas duas fases desaparece completamente. E uma segunda pergunta, um segundo ponto que eu levantaria é será que esta conclusão dele pode ser extraída de fato de Romanos capítulo 3 versículos 21 a 26, como eu lhes disse neste livro ele discute principalmente, ele começa o livro discutindo Romanos capítulo 3, versículos 21 a 26. Muito bem, nós vamos dar uma olhadinha nesta passagem agora. Vamos estudar esta passagem e vamos ver o que nós podemos...

podemos aprender sobre ela em relação a este tema. Antes disso, é importante que vocês tenham alguns pontos em mente, algumas considerações preliminares com relação à estrutura de Romanos. Romanos capítulo 3, versículos 21 a 26, deveria ser ali, é na verdade o centro da epístola.

Se nós pudéssemos indicar uma passagem... que é a passagem central de Romanos, é esta. Romanos, capítulo 3, versículos 21 a 26. Só para que você se familiarize um pouco com Romanos, depois de uma breve introdução, versículo 18, capítulo 1, versículo 18, Paulo começa sua argumentação. Romanos é uma epístola organizada tematicamente, ao contrário de todas as demais epístolas de Paulo.

Romanos é uma epístola organizada tematicamente, Romanos é bem organizada do ponto de vista temático Então ele começa a sua argumentação teológica no capítulo 1, versículo 18 E até o capítulo 3, versículo 20 Ele fala da realidade da universalidade do pecado Antes de falar sobre a solução Antes de falar sobre o remédio Ele indica, ele fala do problema Ele diz que todos os que estão em paz Todos nós somos irremediavelmente pecadores. É a realidade e universalidade do pecado. Note, ele gasta quase dois capítulos falando sobre este tema. O tema do pecado.

Enquanto não tivermos uma noção exata do mal que nos aflige. Nós não vamos apreciar devidamente a solução divina. E Paulo fala sobre o pecado E então, em capítulo 3, versículos 21 a 26 Ele fala da solução divina O que Deus fez?

Ele deixa bem claro na primeira parte que o problema do pecado é insolúvel do ponto de vista humano. Não há nada, absolutamente nada que possamos fazer com relação ao pecado. Ele deixa isso bem claro.

Ele escreve com todas as... as letras do alfabeto, com diferentes ênfases, figuras tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado não há um justo, não há um sequer todos pecaram e então agora ele apresenta a solução divina vamos ao texto, o texto está aqui você pode acompanhar em sua bíblia se você quiser Romanos capítulo 3 versículos 21 a 26 mas agora, diz ele Sem lei Se manifestou o que? A justiça de Deus Testemunhada pela lei e pelos profetas Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem. Porque não há distinção, ele já deixara isto bem claro.

Não há distinção, todos pecaram e carecem da glória de Deus. Sendo justificados de que forma? Gratuitamente por sua graça mediante a redenção que há em Cristo Jesus. A quem Deus propôs no seu sangue como propício.

Iniciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus. E agora a passagem começa a ficar um pouquinho complicada. Por ter Deus na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente para ele mesmo, Deus, ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

Muito bem. Esse texto está falando, sem dúvida alguma, da morte de Cristo. Ele fala, a solução para o problema do pecado é a cruz. A morte de Cristo na cruz.

Ali nós encontramos uma referência clara. clara, ou é uma referência indireta, mas ela é clara o bastante, a morte de Cristo na cruz, quando fala no seu sangue, sangue que foi derramado na cruz, no versículo 25, Paulo também fala agora, ele usa essas locuções adverbiais de tempo, agora, no tempo presente, isto é, foi no ano 31, Paulo estava escrevendo isso aqui aproximadamente no ano 58, 27 anos depois da morte de Cristo, Cristo, e ele fala, agora, no tempo presente, uma referência ao evento histórico da cruz, que ocorrera alguns anos antes. Muito bem, aqui está a referência do seu sangue, aqui o primeiro adverbio, agora, e aqui o segundo, no tempo presente. Paulo está falando da cruz de Cristo, certo?

E ao falar sobre a cruz, nesta passagem, ele usa duas... metáforas, duas ilustrações. A primeira destas metáforas é a palavra redenção e a segunda a palavra propiciação. Eu deveria abrir um pequeno parênteses aqui para dizer que a Bíblia é muito rica em metáforas quando se trata da doutrina da salvação. A doutrina da salvação é apresentada na Bíblia de diversas formas, sob várias formas.

figuras, várias metáforas, redenção é uma delas, propiciação é outra, justificação é outra, adoção é outra, santificação é outra, são todas metáforas que visam a explicar aspectos diferentes, mas relacionados da doutrina da salvação. O que a metáfora da redenção significa? A palavra grega politrosis. Redenção era, ela evoca o contexto do mercado de escravos que existia na época do apóstolo Paulo. Era muito comum escravos serem vendidos no mercado, mercado de escravos.

E então, a redenção, um escravo poderia ser redimido. de sua função mediante o pagamento do seu custo. Esse escravo custa tanto, paga-se o valor e esse escravo está livre. Então, daí vem o contexto, a imagem de redenção, redimir um escravo, pagar o seu vador e colocá-lo em liberdade.

O Antigo Testamento fala sobre isso, esta metáfora, a metáfora da redenção é encontrada diversas vezes no Novo Testamento. Então, quando a Bíblia fala em redenção, ela é... evoca o contexto do mercado de escravos.

Paga-se o valor do escravo e coloca-se em liberdade. O que Jesus fez na cruz? Jesus pagou o preço e nos colocou em liberdade. É uma metáfora.

A outra metáfora usada por Paulo nesta passagem é propiciação. Propiciação, a palavra grega é hilasterion, usada no versículo 25. E esta palavra implica em sacrifício. sacrifício, a ideia de propiciação é uma ideia que vem dos contextos pagãos da antiguidade, onde um sacrifício era realizado para apaziguar um Deus, o Deus estava irado, uma inundação por exemplo, uma epidemia, um terremoto, isso significa que Deus está irado, então sacrifícios são realizados para apaziguar este Deus, para propiciação. Propiciar a este Deus.

Claro que nós não acreditamos nesse mesmo conceito, mas Paulo usa uma linguagem conhecida de seus dias. A ideia de propiciação. E com essa ideia, ele visa comunicar a verdade de que a morte de Cristo satisfaz a justiça de Deus.

Nós não temos um Deus irado que precisa ser apaziguado, mas nós temos um Deus justo, cuja justiça precisa ser... satisfeita. Deus não pode passar a mão na cabeça de alguém e falar, está tudo bem, você errou, mas está tudo bem, não se preocupa não, vou te salvar mesmo assim.

Deus não pode fazer isso. Isto comprometeria a sua justiça. Nós servimos a um ser moral, a um Deus...

moral, ele mesmo falou, no dia em que comeres certamente morrerás, o salário do pecado é a morte, a alma que pecar esta morrerá, é o padrão de justiça divino, Deus não pode passar a mão na cabeça do pecador e falar, está tudo bem, fica tranquilo, sua justiça precisa ser satisfeita. para que o pecador possa ser salvo. O preço precisa ser pago, o sangue precisa ser derramado. Nesse sentido, Jesus é, ou providenciou, a propiciação. Jesus é o cordeiro sacrificado.

No Antigo Testamento havia o cordeiro sacrifical, e Jesus é o cordeiro de Deus. Deus, que tira o pecado do mundo. O perfeito sacrifício, o perfeito sacrifício, que traz, que satisfaz a justiça de Deus, para que Ele possa... finalmente salvar.

Paulo usa essa metáfora da propiciação diversas vezes em seus escritos. Vamos falar um pouco sobre esse conceito, a justiça de Deus. Nesta passagem, Paulo se refere à justiça de Deus ou sua justiça quatro vezes. Duas vezes na primeira parte da passagem, versículos 21 e 22, e duas vezes...

nos versículos 25 e 26. Na primeira parte, versículos 21 e 22, a expressão grega de kaiosine teu, que significa justiça de Deus, e nas outras duas referências, de kaiosine autu, significa sua justiça, sua de Deus, claro. Portanto, justiça de Deus ou sua justiça, mencionadas quatro vezes. Aqui está a primeira. Mas agora, sem lei... e se manifestou a justiça de Deus.

E aí ele continua dizendo, testemunhada pela lei e pelos profetas, justiça de Deus, mediante a fé. E aí a próxima, a terceira referência está aqui, para manifestar a sua justiça, sua justiça. Por ter Deus na sua tolerância, deixar impunes os pecados anteriormente cometidos, tendo em vista a manifestação da sua justiça.

Quatro vezes a expressão justiça de Deus ou sua justiça. Muito bem, o que estas expressões significam? Aqui em Romanos capítulo 3, versículos 21 a 26, existem duas interpretações, ou duas possibilidades.

A primeira delas é a justiça como um dom, a justiça como um dom, é a justiça que vem de Deus. Significa assim, todos pecaram e portanto carecem da glória de Deus. Deus, todos são injustos, mas Deus não vai admitir nenhum ser injusto no céu, eu preciso de justiça para ser salvo, então a justiça que eu não tenho, me é concedida por Jesus, então essa justiça de Deus, é a justiça que vem de Deus, é a justiça como um dom, a justiça que vem de Deus.

vem de Deus. O pecador não tem, e Deus dá, graciosamente, àquele que crê. Justiça.

Outra possibilidade é, como um atributo, quando nós falamos em justiça de Deus, nós estamos nos referindo a Deus, como um ser justo. Deus é justo. Justiça de Deus, igual Deus é justo. Portanto, existem duas possibilidades. Justiça como um dom.

Dom, a justiça que vem de Deus, justiça como um atributo, como uma qualidade de Deus. Deus é justo. A interpretação tradicional é de que nos versículos 21 e 22, a ideia ali, nas duas primeiras referências, a ideia ali é a de um dom, a justiça que vem de Deus para o pecador. Ao passo que nos versículos 25 e 26, a ideia é diferente, é a de um atributo. atributo, então nos versículos 21 a 22, Paulo estaria falando...

do dom da justiça de Deus para o pecador já nos versículos 25 e 26 ele estaria falando da justiça de Deus como uma qualidade de Deus Deus é justo esta é a interpretação traduzida e é a interpretação que eu considero correta. Tenha uma olhada nos versículos 21 e 22. Mas agora, está se referindo à cruz de Cristo, sem lei, salvação... ocorre a parte da lei. Agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus, testemunhada pela lei e pelos profetas. Justiça de Deus mediante a fé em Cristo Jesus.

Notem agora, para todos. Então, é uma justiça que é otorgada a todos. Todos quem?

Todos que creem, porque não há distinção, pois todos pecaram e... E carecem dessa justiça, carecem da glória de Deus. Então agora, sem lei, essa justiça que é um dom, essa justiça que me é concedida, foi manifestada, porque somos pecadores, todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados.

Então essa justiça é a justiça que eu recebo e que me justifica, que me torna um ser justô. Porque somos pecadores Mas Deus só pode salvar pessoas justas Ou vamos colocar assim para não haver confusão Deus só pode salvar pessoas justificadas Como que Ele vai me salvar se eu sou pecador? Ele me justifica Ele me dá a justiça que eu não tenho Ele me concede a justiça que eu preciso Esta é a justiça de Deus como um dom Então não é só o que Deus me diz Há dúvida de que Paulo está falando aqui na justiça que é para todos os que creem, sendo justificados gratuitamente mediante a redenção que há em Cristo Jesus.

É a justiça que vem de Deus. Costumamos, às vezes, chamar de justiça imputada. Deus imputa essa justiça ao pecador. Já nos versículos 25 e 26, As próximas duas ocorrências da expressão justiça, sua justiça. Então aqui está a primeira.

A quem Deus propôs no seu sangue como propiciação mediante a fé para manifestar a sua justiça. Por ter Deus na sua tolerância deixado impunes os pecados anteriormente cometidos, tendo em vista a manifestação da sua justiça. Eu já disse para vocês que a interpretação tradicional é de que nos versículos 21 e 22, é um dom, já nos versículos 25 e 26 a justiça é um atributo, aqui nestes versículos Paulo não está mais falando daquilo que Deus dá ao pecador, Paulo está falando única e exclusivamente de Deus.

única e exclusivamente de Deus, então ele diz assim que como resultado da morte de Cristo, Deus manifestou que ele é um ser justo Manifestar a sua justiça. Deus manifestou, Deus revelou, Deus demonstrou que ele é um ser justo. E agora Paulo fala algumas coisas complicadas que eu já vou tratar. Por ter ele na sua tolerância deixado impunes pecados anteriormente cometidos, tendo em vista então a manifestação da sua justiça.

Agora ele comprovou, ele demonstrou que ele é um ser justo. Quando? No tempo presente, na morte de Cristo Para ser ele mesmo o quê?

Justo e justificador Então aqui Paulo está falando de um atributo de Deus Então notem, Paulo está falando de duas coisas Justiça que ele concede E um atributo divino O Deus a quem nós servimos É justo ou não? Como equacionar a salvação do pecador com a justiça? de Deus, porque Deus falou, no dia em que pecares, certamente morrerás, como pode Deus salvar o pecador, se ele é um ser justo, é disto que Paulo está falando aqui, ele salva e ele é justo ao fazê-lo, como pode Deus salvar o pecador e ainda assim ser justo, manter a sua justiça. Como pode? Então o contexto imediato aqui demonstra claramente que Paulo está falando da justiça divina como um atributo e este é um argumento racional para a necessidade da morte de Jesus como eu já lhes disse várias vezes, Deus não pode simplesmente salvar Ele não pode simplesmente salvar.

O preço precisa ser pago, porque ele é um ser justo. Então a pergunta é como que a morte de Cristo, como que a salvação se relaciona com a questão da justiça de Deus? Como fica esta questão? É disso que Paulo está falando aqui.

Muito bem. Eu quero dar algumas evidências para vocês agora de que Paulo de fato está falando da justiça como um atributo. Nós vamos dar uma olhada no contexto.

Paulo usa, nos versículos 25 e 26, duas vezes uma palavra grega, endexis. Esta palavra é traduzida na Almeida Revista e Atualizada e na Nova Almeida por manifestar. Aqui está. A quem Deus propôs no seu sangue como propiciação mediante a fé para manifestar a sua justiça. E, de novo, tendo em vista a manifestação da sua justiça.

sua justiça, a palavra grega aqui é indexis, acontece que existem outras palavras para manifestar, como por exemplo o verbo fanerou, que Paulo usa lá no versículo 21, no mesmo contexto, este sim significa manifestar, revelar, tornar conhecido conhecido, lá no capítulo 1 Paulo também usa a palavra apocalipto, visto que a justiça de Deus se revela, se manifesta, se torna conhecida no evangelho, muito bem, o ponto que eu quero destacar É que indexis é mais forte Indexis não significa só manifestar Vai além disto Indexis significa prova Evidência O propósito de indexis é convencer Comprovar Era uma palavra muito utilizada nos dias de Paulo Nos contextos jurídicos Uma evidência que se destina a convencer ou da inocência ou da culpa. Então, era uma palavra que era discutida, era uma espécie de prova, certo? Portanto, a antiga corrigida, que ela não é tão ruim assim, e a nova versão internacional, traduzem por demonstrar. E eu acredito que esta é uma tradução bem melhor do que manifestar.

O assunto aqui não é apenas de que Deus revela Mas é o de que Deus Vamos lá Deus prova Deus demonstra Vocês estão me entendendo? É mais do que simplesmente revelar Deus comprova Deus demonstra Deus evidencia Então notem A quem Deus propôs no seu sangue Está falando da morte de Jesus Como propiciação mediante a fé Para fazer o que? para comprovar que ele é justo.

Então a morte de Jesus comprova que Deus é justo ao salvar o pecador, para demonstrar sua justiça. E mais a frente ele diz, tendo em vista a demonstração, a comprovação da sua justiça. Então quando Jesus morre na cruz, a justiça de Deus, a justiça salvífica de Deus é comprovada, é demonstrada. É um termo forte, é um termo jurídico, é um termo forense.

Então essa é a questão. a primeira evidência, nós temos uma outra evidência, que é a palavra tolerância, que é usada no versículo 25, em grego é a palavra anoque, aqui está ela, dêem uma olhada nesta passagem, a quem Deus propôs no seu sangue como propiciação mediante a fé, para demonstrar a sua justiça, por ter Deus na sua tolerância, feito o que? Deixado impunes. pecados anteriormente cometidos, a coisa começa a ficar complicada aqui agora, vamos então para essa outra expressão, deixar impune, a palavra grega ali no versículo 25 é a palavra paresis, e esta palavra significa condescendência voluntária, transigência, a ideia é algo intencional, é algo voluntário, a ideia é passar por alto, Deixar impune, fechar os olhos para alguma coisa. Essa é a ideia.

E do que é que o texto está falando? Aqui está ela. Está falando da morte de Jesus, a quem Deus propôs no seu sangue, como propiciação mediante a fé, para provar, para demonstrar a sua justiça, por ter ele, na sua tolerância, feito o quê?

Deixado em... impunes os pecados anteriormente cometidos. Vixe!

Tendo em vista a demonstração da sua justiça no tempo presente, para que ele, então, possa ser apresentado como justo. Esse texto está falando que Deus deixou pecados impunes. Está ficando bonito aqui. O texto está falando...

Eu nunca havia estado num ambiente assim Primeira vez na vida, tem pra tudo, não é? O texto está dizendo que Deus deixou pecados impunes Irmãos, isso aqui é importante Deixar pecado impune não condiz com a justiça de Deus É por isso que Paulo fala que agora ele provou sua justiça porque ele deixou pecados impunes Deus fechou os olhos ao pecado É uma transigência, Deus passou por alto, é algo voluntário Deixar pecados impunes é algo contrário à natureza moral de Deus A Bíblia é muito clara, Deus não inocenta o culpado E eu já repeti várias vezes com vocês, no dia em que comeres, certamente morrerás A alma que pecar, esta morrerá Este é o padrão É o moral de Deus Deus não inocenta o culpado Ele não pode Se ele inocentar o culpado Ele compromete a sua justiça Ele compromete a sua justiça Inocentar o culpado coloca a justiça de Deus sob suspeita. E o que Paulo está dizendo, irmãos, é que Jesus, como hilasterium, como propiciação, agora, vindica...

Vindica as ações passadas de Deus. O verbo vindicar significa validar. Validar.

Significa demonstrar que Deus estava certo. Então o que Paulo... Paulo está dizendo é de que a morte de Jesus na cruz vindica, valida as ações salvíficas de Deus no passado.

Porque Paulo fala, Deus deixou impunes pecados anteriormente cometidos. Agora, de que forma Deus deixou pecados impunes? Um teólogo do século XI, pastor Edilson Valiante, ele era britânico, né?

Teólogo do século XI, Anselmo Ele dizia que Deus deixou pecados impunes no passado No Antigo Testamento, no período do Antigo Testamento Por não punir pecado Não punindo, foi assim que Deus deixou pecados impunes Mas aí eu pergunto Como a cruz demonstra a justiça de Deus em relação a pecados passados e não punidos? Alguma coisa não bate, a equação não fecha Se Deus não puniu e por isso deixou pecados impunes, como que a cruz demonstra que Deus é justo? Se ele não puniu. Ele continua, ao morrer na cruz, não punindo.

As pessoas do Antigo Testamento continuam lá, mortas ou vivas, continuavam lá. Então, falta alguma coisa na equação. E é por esta razão.

Que o argumento requer algo diferente, uma interpretação diferente. O argumento de Paulo tem a ver com perdão. Tem a ver com pecados perdoados.

Em outras palavras, de que forma Deus deixou pecados impunes no Antigo Testamento? Ao perdoá-los. Quando Deus perdoava pecados no Antigo Testamento, no período do Antigo Testamento, Ele estava fazendo vistas grossas ao pecado.

Ele estava fechando os olhos ao pecado, deixando pecados impunes. Por quê? Por que? O sangue do cordeiro tinha efeito propiciatório? Não, o sangue do cordeiro não tinha efeito propiciatório.

Então alguém poderia perguntar, mas com base em que Deus está perdoando pecados? Com base em que? Vocês entenderam a relação? Deus deixou... pecados impunes ao perdoar pecados, porque ele não tinha ele não havia morrido ainda na cruz, Cristo não havia morrido, o preço não havia sido pago, quando Deus perdoou Adão, ele deixou o pecado de Adão impune, ele não tinha um preço para pagar, eu paguei o preço do pecado de Adão, estou perdoando Adão, tinha Deus?

Não tinha. Quando ele perdoou Abraão, quando ele perdoou Moisés, quando ele perdoou Davi, a todos os personagens no Antigo Testamento, era como se Deus estivesse deixando pecados impunes, porque ele não tinha crédito para o pagamento. Sim, você pode dizer, mas Apocalipse fala que Cristo é o Cordeiro morto desde a fundação do mundo.

Jesus morreu lá atrás na fundação do mundo? O que é que Paulo fala? No tempo presente. Agora A morte de Jesus ocorreu no ano 31 da nossa era E não antes da criação do mundo Antes da fundação do mundo Jesus é o Cordeiro morto antes da fundação do mundo Na intenção divina Mas não de fato Deus sempre teve o controle da coisa na mão, mas para todos os efeitos e propósitos, Jesus não havia morrido.

É a mesma coisa. A Bíblia fala do momento em que Deus ressuscitou a Moisés, Judas, capítulo 1, versículo 9. E ali diz que Jesus teve que... Que lutar, brigar com o inimigo, com Satanás, por causa do corpo de Moisés. Por quê? Com base em que Deus vai ressuscitar Moisés?

O salário do pecado é? A morte, o que é que Moisés merecia? A morte E Satanás se levanta e fala Aham, o senhor é um ser justo ou não é?

O senhor não disse que a alma que pecar essa morrerá? Por que o senhor está querendo ressuscitar Moisés? Satanás tinha razão ou não?

Claro que tinha Ele estava trabalhando com a própria justiça de Deus Satanás estava certo E a Bíblia diz assim, que Jesus não entrou num debate jurídico com Satanás Leiam depois o versículo 9 com atenção Jesus não entrou num debate jurídico com Satanás Ele simplesmente falou assim, o meu pai vai cuidar disso no momento certo Se dá licença eu vou ressuscitar o meu servo Meu pai vai cuidar disso no tempo certo, você dá licença, eu vou ressuscitar o meu servo A ressurreição de Moisés colocou a justiça de Deus em cheque Então quando Deus perdoava pecados, ressuscitava pecadores, ele estava como o que? Deixando pecados impunes Quando Deus ressuscitou Moisés Ele emitiu um cheque predatado. O resgate desse cheque teria que aguardar quantos anos? 1.400 anos.

Você vai comprar um carro, você escolhe o carro, e aí você preenche o cheque e diz para o vendedor, olha, saldo só daqui 1.400 anos. O que o vendedor vai falar? Ele não vai falar nada. Ele vai ligar para a polícia. Tem um débil mental aqui.

Precisa estar em outro lugar. Por favor, venha pegá-lo. Foi o que Jesus fez.

Toda vez que Deus perdoava, toda vez que Deus ressuscitava, Ele estava deixando pecados impunes. O Antigo Testamento fala que o sangue de cordeiros não tem poder efetivo para perdoar, para redimir. O sangue de cordeiros era um símbolo do que ocorreria no futuro. E o sangue que realmente redime, que propicia... Foi derramado no ano 31 da nossa era, por isso que Paulo fala agora Muito bem, deixa eu só passar esse slide aqui O versículo 26 fala que agora então, já que Jesus morreu na cruz Deus deixou impunes pecados anteriormente cometidos Agora sua justiça foi demonstrada, foi comprovada E ele é...

Justo e justificador, daquele que tem fé em Jesus, diz ele, até a cruz, Deus era apenas uma dessas duas coisas, prestem atenção, prestem atenção, até a cruz, até o ano 31, Deus era apenas uma dessas duas coisas, o que ele era? Justificador, ele justificava, mas ele não estava sendo justo. Ele não havia pago preço, sua justiça estava em cheque, até a cruz.

Para nós não imputarmos nenhuma injustiça ao caráter de Deus, nós temos que olhar a coisa da perspectiva da soberania divina. Deus sempre soube o que ele estava fazendo. Deus sabia que a morte de Cristo ocorreu.

Não era apenas um jogo de dados. Algo que poderia ou não acontecer. Deus sabia o que iria acontecer. É o princípio da soberania de Deus.

Mas em termos concretos, palpáveis, Deus estava sendo injusto. Deus estava sendo injusto. Deus não tinha saldo, ele não havia pago o preço Agora, diz Paulo, agora ele é ambas as coisas Quando ele justifica, agora que Jesus morreu, ele é também justo Agora ele é também justo. Nós temos que entender, irmãos, essa frase aqui é uma frase que eu gosto.

Pecado é um problema humano. Pecado é um problema humano. Você pecou, se vire. Você vai morrer. Você vai pagar por isso.

Pecado é um problema humano. Adão não precisava ter pecado. Precisava? Não. Pecado é um problema humano.

Foi escolha de Adão. Pecado é um problema humano. Mas no exato momento que Deus perdoa, o pecado passa a ser um problema dele.

Vocês entendem isso? O pecado passa a ser um problema de Deus No exato momento que ele perdoa Ele transfere pra si a responsabilidade sobre o pecado A pergunta lógica é Mas com base em que o senhor está perdoando? Então quando Deus perdoa Ele parece comprometer a sua justiça A cruz mostra que Deus sempre foi justo ao perdoar pecados Agora sua justiça é comprovada Ficou clara, ficou demonstrada, patente a todo o universo Agora o cheque foi compensado, obrigado Redenção, propiciação no tempo presente A justiça de Deus foi satisfeita, o preço foi pago E Deus aparece Perante todo o universo, em sua justiça, Deus é um ser justo.

Sempre foi, desde o primeiro momento. A cruz, portanto, valida, vindica, sanciona as ações salvíficas de Deus no passado e no futuro. A cruz sanciona, valida, vindica as ações salvíficas de Deus Deus tem o direito de perdoar Tem Deus o direito de perdoar? Sim, Ele tem.

Por causa do quê? Da cruz. Deus tem o direito de perdoar. Em sua justiça. Mesmo tendo dito, o salário do pecado é a morte.

No dia em que pecares, certamente morrerás. Apesar de tudo isto, Deus tem o direito de perdoar. Por quê? Ele pagou o preço.

Ele proveu o sangue propiciatório. E a cruz não só confere a Deus o direito de perdoar, como a cruz também é tudo o que Deus necessita para perdoar. Prestem atenção nisto.

A cruz é tudo o que Deus necessita para perdoar. Por favor. Coloquem, gravem isso em sua mente e eu vou trabalhar com esse conceito a partir de agora. A cruz é o antítipo de todos os sacrifícios do Antigo Testamento, incluindo-se do dia da expiação. Todos os sacrifícios que apontavam para a cruz de Cristo se cumpriram quando Jesus morreu, no ano 31. Inclusive os sacrifícios do dia da expiação.

Muito bem, por que então um santuário? Se a cruz é tudo o que Deus precisa para perdoar, por que um santuário? A palavra hilasterium, propiciação, Também é usada na Bíblia para aquela tampa de ouro sobre a arca.

Algo que nós traduzimos em nossas versões como propiciatório. Ali está o primeiro e o segundo compartimento do tabernáculo. E no segundo compartimento havia uma arca de ouro contendo as tábuas dos 10 mandamentos Sobre ela, dois querubins, condendo a sua face Ali, aquela tampa da arca era chamada de hilasterion, era chamada de propiciatório. Por quê?

Porque era ali que ocorria a propiciação. Por quê? Porque esta arca representava o quê? O trono de Deus, a presença de Deus. A presença de Deus, Deus mesmo em pessoa, estava no santuário representado pela arca do concerto, contendo as tábuas dos dez mandamentos.

Me farão um santuário para que eu possa habitar no meio deles. É assim que Deus habitava entre seu povo, simbolicamente. Sua glória estava lá.

quando o santuário foi completado, a glória de Deus veio e inundou o santuário. Havia uma evidência, até eu diria, física da presença de Deus, mas era uma referência simbolizada pela tampa do propiciatório. Símbolo supremo da presença de Deus.

O Santíssimo era como que o local da habitação de Deus entre seu povo. O Santíssimo. O santuário, quanto mais para dentro do santuário, mais santo ele ficava. O pátio era santo. O santo era mais santo que o pátio.

E o Santíssimo mais santo que o santo. Porque era ali que Deus, simbolicamente. Amém.

habitava, símbolo supremo da presença de Deus entre o seu povo, e o lugar onde se realizava a segunda fase do ritual da expiação, ou propiciatório, interessante que o ritual do santuário envolvia duas fases, na primeira o animal era morto, Então vinha a segunda fase, que ocorria uma vez por ano, no dia da expiação. Primeiro vinha o sacrifício. Por que o sacrifício? Porque a vida está no sangue.

A alma que pecar esta morrerá, o seu sangue tem que ser... Por quê? Porque a vida está no sangue. Conceito bíblico. O sangue faz expiação pelo pecador.

Levítico 17, 11. O sangue faz. De que forma o sangue faz expiação? Primeiro lugar, pelo conceito de substituição.

O sangue do cordeiro substitui a vida do pecador. Certo? O sangue do cordeiro substitui a vida do pecador. Identificação.

Ao colocar as mãos sobre a cabeça do animal e confessar os seus pecados, o que o pecador estava fazendo? Ele estava se identificando. O animal passava a ser uma extensão dele.

Passava a representá-lo. Ele era o pecador e ele transferia seus pecados para o animal. Ele se identificava com o animal. Ele transfere a culpa. E então...

transferência, o sangue carrega a culpa para onde? para o interior do santuário o pecador traz o animal, coloca as mãos sobre a cabeça, confessa sua culpa se identifica com o animal o animal recebe a sua culpa, e aí o animal morre em seu lugar, só que quando o animal morre em lugar do pecador, para onde o sangue era levado? para dentro do santuário, por quê?

Por quê? O pecado é um problema humano, mas uma vez perdoado, o pecado passa a ser um problema de Deus. Quando Deus não paga o preço, quando Deus não tem saldo, Ele assume a responsabilidade. O sangue era transferido para o santuário porque Deus... se tornava responsável pelo perdão cometido.

O sangue do pecador maculava as mãos de Deus. Vocês entendem essa linguagem? Comprometia a justiça de Deus. Cada vez que Deus perdoava no Antigo Testamento, antes da morte de Cristo, o perdão comprometia a justiça de Deus.

O sangue era conduzido até o Santíssimo. Deus assimilava a responsabilidade, a culpa pelo pecado, contaminação, porque o sangue carregava o pecado, ele também contaminava o santuário. O sangue comprometia as ações salvíficas, a justiça de Deus. O sangue era levado porque Deus estava assumindo responsabilidade pelo perdão.

Deus assumia a responsabilidade. Pelo perdão Então em primeiro lugar Havia o sacrifício Onde o sangue era conduzido A responsabilidade era transferida Para Deus E a segunda fase do santuário Do ritual, dia da expiação A segunda fase do santuário era o dia da expiação Onde o santuário era purificado Aquele registro de culpa Que havia sido transferido para Deus Era finalmente retirado E Isto acontecia na segunda fase, no dia da expiação. Todos os dias, o sangue era levado.

Deus assumia a responsabilidade pelo perdão. As mãos de Deus ficavam manchadas pelo pecado. No momento que Ele perdoava.

O pecado é um problema humano, mas o pecado perdoado passa a ser um problema de Deus. E então, uma vez por ano, a responsabilidade era retirada de Deus. Quando a justiça de Deus era comprovada, demonstrada.

O dia da expiação não era um dia de perdão, não tratava de perdão. O perdão ocorria no sacrifício diário. Importante isto, a palavra perdão não é utilizada em Levítico 16, que descreve o ritual do dia da expiação. A palavra perdão não é utilizada em Levítico 23, 27 a 32. Perdão ocorria antes. Ele está relacionado com o perdão Mas não é o momento de perdão O momento de perdão é na hora que o animal morre Ali ocorria a eliminação final dos pecados Duas coisas distintas, portanto, perdão, no momento que Deus perdoa, Deus assume a responsabilidade pelos pecados E finalmente, a eliminação dos pecados, é a transferência final para Satanás, que foi o originador de tudo.

Lembrem-se, Satanás não está pagando o pecado de ninguém. O perdão já foi pago, o perdão foi obtido. No sacrifício. A responsabilidade última por todas essas mazelas, desgraças do universo, serão colocadas sob o seu originador, seu causador primordial, Satanás. Então, prestem atenção nesses dois pontos aqui.

Ambas as coisas precisam ser vindicadas. Precisam ser validadas. O perdão e a eliminação final do pecado.

O direito de Deus de perdoar precisa ser vindicado, precisa ser validado. Por que o direito de Deus de perdoar precisa ser validado? Senão Deus seria um ser injusto, arbitrário. É o perdão quem eu quiser A hora que eu quiser Do jeito que eu quiser É assim?

Não, Deus é um ser justo É um ser moral Então tudo isso que eu tenho falado para vocês O direito de Deus de perdoar precisa ser validado, precisa ser vindicado. Senão, Deus poderia ser acusado de arbitrariedade. Em segundo lugar, algo mais precisa ser perdoado.

É a disposição do pecador para ser perdoado, porque a Bíblia diz que o perdão ocorre àquele que crê. Deus não perdoa por atacado, Deus não perdoa irrestritamente a quem quer que seja, Ele perdoa aquele que crê. Ele perdoa aquele que crê. Muito bem.

Preste atenção agora. João 3,16. Para que todo aquele que nele crê.

Salvação é unicamente pela? Pela fé. Deus não vai salvar a todos.

Existem por aí os chamados universalistas. Eles acreditam que Deus vai salvar todos os seres humanos, inclusive os anjos maus. Os anjos que pecaram. Esse conceito é chamado universalismo.

A Bíblia não diz isso. A Bíblia diz que Deus salva aquele que crê. Aquele que crê.

É pela fé somente. Portanto, irmãos, prestem atenção e agora aqui é o X da questão. O perdão tem dois lados. É o lado daquele que o emite, que o confere.

E o lado daquele que o recebe. Prestem atenção nisso aqui, o perdão tem dois lados, o lado daquele que o confere e o lado daquele que o recebe Isso tem que ver com esses dois pontos em cima, o direito de Deus de perdoar, esse é o lado de Deus A disposição do pecador para ser perdoado é o lado humano Estamos juntos aqui? Perdão tem dois lados O lado de Deus Pergunta é, tem Deus o direito de perdoar?

A segunda pergunta é o lado humano Está Deus correto? Aqui está o pastor Vicente Então vou personalizar a ilustração Tem Deus o direito de perdoar o pastor Vicente? Sim ou não? Esse é o lado do perdão O lado divino do perdão Agora o outro lado Está Deus correto ao perdoar o...

pastor Vicente, é aquela segunda parte, é a disposição do pecador para ser perdoado, porque a salvação é unicamente pela fé, então essa segunda pergunta, está Deus correto ao perdoar o pastor Vicente? Tem a ver com? Se ele? Aceitou ou não Se ele creu ou não Deus não pode sair distribuindo perdão Porque ele diz que o perdão é unicamente pela fé Somente aquele que crê Então ambos os lados do perdão precisam ser vindicados Deus precisa ter o direito legal de perdoar E ele tem que estar correto ao perdoar A e B Estamos juntos?

Vamos lá. Locais de vindicação. Onde que Deus adquiriu o direito de perdoar? Na cruz.

Então a pergunta é, pode Deus perdoar? Tem Deus perdoar? o direito de perdoar?

A resposta é sim, ele pode ele é justo ao perdoar porque Jesus morreu é a redenção é a propiciação então Deus tem o direito de perdoar Agora, a segunda parte Está Deus correto ao perdoar o pastor Vicente? Eu pergunto, como que a cruz demonstra isso? A cruz demonstra, primeira parte, que Deus tem o direito de perdoar Mas como que a cruz demonstra se o pastor Vicente creu ou não?

A cruz não demonstra se o pastor Vicente creu ou não Nós precisamos de algo mais E é aqui que nós precisamos do santuário Aqui que nós precisamos do santuário, e portanto, o santuário vai acessar, vai avaliar, vai investigar a relação do pastor Vicente com Deus Para ver se ele creu, para ver se ele aceitou Portanto, pressupõe uma espécie de investigação ou avaliação, daí a ideia de juízo Somente quando ambos os lados do perdão são clara e plenamente vindicadas É que a culpa, a responsabilidade legal pode ser finalmente retirada do próprio Deus Deus perdoa o pastor Vicente, o pecado dele é transferido para quem? Para Deus, até que ele demonstre que o pastor Vicente realmente creu Que ele estava certo ao perdoar o pastor Vicente Quando ele demonstra que ele estava certo ao perdoar o pastor Vicente A responsabilidade é tirada de Deus, o santuário é purificado Somente quando ambos os lados do perdão são claros e plenamente vindicados é que a culpa, a responsabilidade legal pode ser finalmente retirada do próprio Deus. Pergunta, é a cruz necessária?

Sim, a cruz é absolutamente necessária, é o preço do resgate, é o sangue propiciatório. Deus só pode perdoar por causa da cruz, do contrário Ele comprometeria a sua justiça. E o sacrifício de Cristo foi perfeito, foi completo. Hebreus fala nisso, não precisamos de nenhum outro sacrifício. No Antigo Testamento, eram muitos os sacrifícios.

Todos os dias, todos os dias. Eram muitos. O sacrifício de Cristo foi único, perfeito, completo. Ele garante a Deus o direito de perdoar todo aquele que? Que crê.

Mas a cruz por si só não pode demonstrar que Deus é justo ao perdoar A e B. A cruz demonstra que Deus pode perdoar. Mas a demonstração de que ele está correto ao perdoar A e B, só pode ocorrer, só ocorre no santuário. É no santuário que a genuinidade da nossa fé é válida.

e dá, dá, é no santuário, irmãos nós temos que entender o ritual do santuário de uma perspectiva muito simples, Deus é um ser justo, tudo o que Ele faz, as suas ações salvíficas precisam ser absolutamente Absolutamente justas. Absolutamente justas. Para que ele não seja responsabilizado por nada.

Por nenhum dos pecados existentes nesse mundo. Pergunta. É o santuário necessário? Santuário é necessário. Somente um processo de avaliação.

Um processo avaliativo, jurídico. Pode demonstrar nossa aceitação de Jesus como nosso Salvador. E qual é a mensagem do central?

E aqui eu quero antecipar alguns conceitos que eu vou desenvolver mais tarde. Qual é a ideia central do santuário? A ideia central do santuário tem a ver com a validação da nossa fé.

Muitas pessoas pensam que no santuário as nossas obras serão avaliadas. Eu vou tocar sobre isso nas próximas palestras. A mensagem central do santuário é a certeza do perdão.

Porque Deus perdoa com base na cruz. E o santuário vai provar que Ele fez a coisa certa com aquela pessoa. O ritual do santuário se destina a demonstrar a certeza do perdão.

Esta é a mensagem central do santuário. E aqui eu poderia citar Romanos 8, 31 e 34, Hebreus capítulo 10, 12. 9 a 23. Romanos 8, Paulo fala que Jesus intercede por nós. E nada, ninguém será capaz de nos condenar por causa da intercessão de Cristo.

Em Hebreus 10, Paulo fala entremos pelo novo e vivo caminho que Ele nos abriu. Com confiança, com certeza. Com certeza. Me lembro quando era garoto, veio um pregador, pregador adventista que muitos de vocês conheceram, muito folclórico, pastor Nogueira, lembram-se do pastor Nogueira?

Pastor Nogueira, foi lá na igreja... Cianorte, no interior do Paraná Ele começa o sermão falando assim Quantos dos irmãos tem a certeza da salvação? Eu havia sido batizado fazia uma ou duas semanas 11 anos de idade Quantos aqui tem a certeza de que estão salvos em Cristo Jesus?

Minha vontade era levantar a mão Eu havia acabado de ser batizado Eu olhei para o pastor da igreja Lá na plataforma Pastor da nossa igreja Pastor Nogueira era um convidado Pastor da igreja, mão baixa Olhei para o primeiro ancião da igreja Que era o meu pai, mão baixa Olhei para a dona da igreja A minha avó, mão baixa E em poucos segundos ali eu entrei em pânico, por que eu fui batizado? Ah, dizia que te batizo para o perdão dos seus pecados e eu não estou salvo. Foi a minha primeira crise existencial, espiritual. Primeira crise. Mas vocês se lembram dos pregadores de outrora?

Olha o seu nome pode estar passando neste momento no santuário celestial Era cada chicotada lá na frente A gente só baixava assim A doutrina do juízo Que se destina a fundamentar, a nos dar a certeza da salvação Era usada no sentido contrário Para nos deixar em dúvida da salvação Essa foi só a primeira parte, tem mais a caminho. Obrigado pela atenção.