Oi! Nós tivemos uns probleminhas técnicos aqui, mas já voltamos. Esse daqui é meu amigo Álvaro, para quem ainda não tinha escutado.
E hoje... Nós teremos espetáculo! Álvaro, quantos anos o Giramundo está fazendo? 50!
Nossa! Está novinho! Eu tenho 380!
É muito, hein? É! E que espetáculo que vai ser hoje? Bela Adormecida! A Bela Adormecida?
Aham! E que personagem legal que tem? Eu acho todos, eu vou falar os que eu acho!
A Rainha! Aham! O Rei!
Aham! O Arquimedes! Aham! O Arquibaldo!
Aham! A Bela, a Bruxa, a Bruxa Velha da Floresta. Ai, eu morro de medo de bruxa.
Você sabe que você tá falando isso pro Brasil inteiro, né? Hã? Aham.
Como assim? Você tá numa live. Ah, eu tô numa live?
É. Ah, deixa pra lá. É, ô Álvaro, semana que vem... Terça-feira, 19h, é qual o espetáculo? As Aventuras de Doutor Botica.
As Aventuras de Doutor Bolicha? Botica. Ah, Botica.
As Aventuras, né? É tipo o Boticário, mas só que é Botica. Ah, entendi.
E na outra semana? Aprendiz natural. O aprendiz natural. É, que fala sobre ecologia. Né?
Uhum. Hum. Muito bem. É.
Então, deixa eu ver se eu tenho mais perguntas. Hum, não tô sentindo meu nariz. É. Álvaro. Hum.
Você sabe que daqui a pouco vai começar, vai dar os sinais. É três que você sabe, né? Eu?
É três sinais, né? Aham. Antes, eu queria muito agradecer essa oportunidade de estar aqui com você, com os nossos amigos que estão em casa, né?
E agradecer... o Cine Teatro Brasil Valorec. A Valorec e o Instituto Unimed.
Por isso que vai ter espetáculo hoje e toda terça do mês de agosto. Né? Exatamente.
Muito bem. Então, tá tudo certo? Tá.
Tudo certo por aí? Tudo. Será que a bruxa tá lá já? Tô na arra. Ai.
É só boneco, calma. Ah, é boneco, né? Entendi. Tá bom.
Eu vou ficar aqui com você pra você não ficar com medo. De mãozinha dada. E o coronavírus?
Ah, mas pode eu passei álcool e a gente tá de máscara. Tá? Então tá bom. Então, pessoal, vamos começar! É!
Cuidado com a sua máscara, hein? Aham. AAAAAAAA Sou o Rei Bimbo I, filho do Rei Bomba, neto do Rei Bola.
Sou o maior rei do mundo, tenho de tudo. Castelo! Terras, lindos bosques, armas, exércitos, súditos leais, milhares, milhões de súditos, joias.
Riquezas, tudo, tudo. Mas, ai de mim, não tenho herdeiros. Ai, não tenho herdeiros. Ai, não tenho herdeiros.
O que vale um rei rico sem herdeiros? Oh, eu já andei por todo o mundo, fiz promessas, procurei fadas e... Feiticeiras, sábios e cientistas.
Oh, tudo em vão. Não tenho herdeiros. Ai, quem me dera ter um herdeiro. Ou herdeira. Oh!
Tive uma ideia! Vou mandar chamar meu adivinho real! Ah!
Isso mesmo! Meu adivinho real! Arquibaldo! Arquibaldo! Onde está o mordomo?
Arquibaldo! Sua majestade chamou? Sim, meu leal Arquibaldo.
Você sabe por onde anda Arquimedes, o adivinho real? Ele deve andar pelos... do castelo adivinhando coisas. Pois então, Arquibaldo, chame um rápido!
Depressa! Depressa, Arquibaldo! Depressa!
Chame Arquimedes! Arquimedes! Arquibaldo!
Chame Arquimedes! Arquimedes, chame... Chame Arquibaldo! Arquimedes! Chame Arquibaldo, depressa, depressa!
Depressa, depressa, depressa! Ai, que ideia real! Que ideia imperial!
Por que não pensei antes no meu sempre leal e muito dedicado Arquimedes, o adivinho real? Ele sabe tudo, adivinha tudo! Quando chove, quando não chove, quando for sol...
Quando não faz som Que bicho deu ontem Que bicho vai dar hoje Arquimedes sabe tudo Arquimedes sabe tudo Arquimedes sabe tudo Leal, Arquibaldo Majestade Leal, Arquibaldo Majestade Leal, Arquibaldo Majestade O adivinho real, o leal E dele dedicado a Arquimedes. Sua majestade? Meu leal Arquimedes, como é sabido por todos, e ainda mais por você que adivinho, este pobre rei, que tem de tudo, não tem herdeiros. Ah, você deve imaginar, você deve imaginar ou adivinhar. Ei, levante-se, Arquimedes.
Majestade! Você deve imaginar que isto só nos traz a mim e a rainha grandes tristezas. De que vale este castelo lindo? De que valem tantas terras, tantos vales? De que vale a lealdade de meus súditos?
De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar? De que vale você, Arquimedes? Você!
Você! Sim! Sim! Arquimedes! se eu pobre rei e amanda pobre rainha se não temos um herdeirinho ah um Só um herdeirinho.
Ai, majestade. Ai, Arquimedes. Portanto, Arquimedes, me adivinha aí se eu vou ter ou não um herdeiro.
Sim, majestade. Arquimedes. Sim, majestade.
É pra já. Sim, majestade. Haha! Taitunga, patunga, tunga, nagiodarapa, tapatapitunga!
Oh, potências divinas! Oh, potências infernais! Oh, espírito de porco! Oh, espírito de vaca!
Dá-me forças para conhecer o futuro! Ah, dê-me forças para saber o que vai acontecer amanhã. Oh, ourobo perdeta! Oh, ourobo gambeta!
Oh, bicho preto do fim do mundo! Ajudai-me! Ajudai Arquimedes a saber o que deve saber! Foram embora, mas deixaram uma bola de cristal.
Nela lerei o futuro. Olhem como brilha, como brilha! Oh bola de cristal, redonda como a terra, brilhante como o sol.
Diga-me... O rei vai ter um herdeiro? Responde! Responde, ó espelho do futuro!
Que vejo nela? Que vejo nela? Está tudo tão enfumaçado! Não vejo nada!
Ah! Está aparecendo qualquer coisa! Que coisa linda!
Tão rosada, tão delicada, que lindos olhos! Ah, que maravilha! É uma menina!
Que linda princesinha! Que linda princesinha! Bilu, Bilu, Bilu, Bilu, Bilu!
Ela sorri! Ela sorri! O rei vai adorar! O rei vai adorar!
Vai morrer de alegria! Viva! Viva!
que barulheira ficou doido hein ficou doido escute o abordomo preste atenção O rei vai ter uma princesinha! O rei? A rainha!
A rainha! Os dois! Ah! Entendeu? Ó leal mordomo!
Entendi! Ó leal adivinho! Vai então!
Ó leal e real mordomo! E chame sua majestade o rei Bimbo I para que eu lhe dê a auspiciosa notícia. vai auspiciosa notícia não é à toa que hoje eu sou considerado o maior adivinho do mundo modéstia à parte O rei vem vindo! Ufa!
Ufa! Ufa! Sua majestade?
Acalme-se! Sim, sim, o que você quiser! Meus dotes sobrenaturais, que aliás justificam o alto conceito que sua majestade tem por este seu humilde servo, me autorizam a comunicar a sua majestade sereníssima. Que... Sim, Arquimedes!
Me autorizam a comunicar a sua majestade que... Sim, meu sempre e leal Arquimedes! Breve, breve, brevíssimo! sua majestade terá um herdeiro oh oh oh não sim não sim sim sim aliás uma herdeira linda Linda herdeira Não!
Sim! Não! Sim!
Sim! Sim! Festa no reino!
Festa no reino! Festa no reino! Dez dias de festa! Dez dias de festa! Dez dias de festa!
Avisem a todos os súbditos do reino! Avisem ao mundo inteiro! Festa no reino!
Nãããããããããããããããããããã Ainda dorme, como é linda! Bom dia, minha rainha! Bom dia, meu rei!
Hein? Psiu! Ela dorme! Ela dorme!
Bom dia, neném! Bom dia, mais linda princesinha! Ah, minha cara, rainha Amanda, que nome lhe daremos? Que nome lhe daremos? Magda, Tânia, Priscila...
odete lia esmeralda esmeralda hum esmeralda não rosa Cristina, Roberta, Maria, Benedita, hum, Princesa Benedita, não, Benedita não, Rosália, Ana, Hortência, hum, Hortência não, minha rainha como a chamaremos, como a chamaremos? Magda Não Tânia Não Priscila Oh, não Odete Não Lia Não Esmeralda Não Rosa Não. Lola.
Não. Cristina. Também não.
Roberta. Não. Maria.
Não. Benedita. Não.
Rosália. Não. Ana. Não. Hortência.
Não. A princesinha vai se chamar Bela. Bela, como soa bem, bela, bela, belazinha, belinha. Com licença, majestade. Entre, Arquimedes!
Venho conhecer sua alteza real, a princesinha, que só conheço de a ter visto na bola de cristal. Venho conferir. É ela mesmo. Que linda!
Que bela! Bela! Você é de fato um ótimo adivinho, Archimedes!
Como sabe que o nome dela será Bela? Hã? Como adivinhou o nome da princesinha?
Somente eu e a rainha sabíamos que o nome dela será Bela. Ah, meus poderes, majestade, O que me conta de novo, meu adivinho? O que vai pelo reino? Majestade, a alegria reina no reino.
Os passarinhos cantam alegremente. As vacas cuidam dos bezerrinhos. As borboletas enfeitam o céu. Os peixes nadam nos regatos. Os regatos cantam.
O céu azul se enfeita com nuvens brancas. As frutas amadurecem o sol. O sol ilumina tudo com sua luz de ouro.
O ouro abarrota as arcas de sua majestade. E sua majestade... Eu... Nada... em felicidade ea felicidade está no rosto do povo que sorri e ri à espera da festa a festa a festa arquibaldo arquibaldo majestade está na hora da mamadeira pro nenê não a festa é a festa o nenê fez a festa mas eu não sei trocar fraldinhas majestade Oh meu Deus!
Oh meu Deus! Arquibaldo! Arquibaldinho! A festa! E a festa do batizado?
Ah! A festa! Como você é um mordomo real, Arquibaldo!
Quero que organize a maior festa que já houve no mundo! Com fim de todos os barões e baronesas deste e de outros... Que virão com seus ricos mantos bordados em ouro e prata Chame todos os condes e condessas Que virão em ricas carruagens puxadas por lindos cavalos brancos Chame todos os duques e duquesas Que virão com ricas vestes e com largos chapéus ornados com leves plumas dançando ao vento E meus colegas reis e rainhas dos países vizinhos Que virão em ricas comitivas na frente os guardas reais com lindas bandeiras coloridas. Seguidos pelos tambores e clarins.
E por fim as carruagens douradas faiscando ao sol. Chamem os músicos e os poetas que o povo cante. Que venha o circo com suas feras e domadores.
Que o povo se divirta. Os trapezistas, os palhaços, os mágicos e equilibristas. Que o povo ria.
as fadas as fadas majestade sim chamei as fadas todas as fadas do reino sem faltar nenhuma majestade no que me consta só temos três que não falte nenhuma Nenhuma, viu? É fácil. Só temos três. Pois as fadas serão as madrinhas da princesinha.
E lhe concederão todas as graças do mundo. Que não falte nenhuma. As fadas são três. Primeiro, a fada dos ares e dos ventos, que anda sempre vestida de azul e que traz nas mãos um passarinho. Segundo, a fada dos rios e dos lagos, que anda sempre vestida de verde e que traz sempre nas mãos um peixinho.
E terceiro, a fada das montanhas, que se veste de cor de rosa e traz sempre nas mãos um raminho de flor. Ho, ho, ho! Não conheço nenhuma delas.
Você não entende nada de fadas! Com as fadas estamos em ordem. E que não faltem os melhores pratos e os melhores vinhos. Adeus, meus leais serviçais. Pensem na festa!
para o cardápio de uma festa como esta preciso empregar meus dotes oh nunca vi homem ter dote quem tem dote é noiva oh adivinho vai por acaso se vestir de noiva oh oh oh é uma pena que hoje em dia os mordomos sejam tão ignorantes Ó mordomo, quando falo de meus dotes, falo de meus poderes sobrenaturais. Que poderes? Poderes sem haveres.
Com um salário igual o seu, prefiro mesmo ser mordomo, que pelo menos abre e fecha a porta do castelo e dá ordem na copa e na cozinha. Meu Deus, quanta ignorância. Ó mordomo, vai anotando o que eu disse. aí os pratos que eu for adivinhando adivinhar prato prato a gente faz come e lava mas adivinhar só um velho caduco pode adivinhar prato vou adivinhar os pratos que mais agradarão aos nobres e ao povo anote pode falar Para o almoço do primeiro dia...
Para o alvoroço da minha tia... Salada de legumes com salmão dourado... Fritada de cardume com roupão lavado...
E creme de cogumelos... E espreme um bom chinelo... Pato assado com ameixas... Rato amassado sem queixo...
Com um bom risoto de camarão... Com dois gafanhotos e um escorpião... Como bebida... Um bom vinho.
Com formiga, hum... Um bom ninho. Ninho seco? Não, suave. Ninho suave.
Vou ter que perguntar ao passarinho. Sobremesa. Morangos com chá. Chantilly.
Calango com frenesi. Isto sim vai ser difícil. Pronto? Pronto. Vou chamar os cozinheiros.
Que almoço, meu Deus! Que almoço digno de reis! Olha, olha, a festa começou, quanta gente, nunca vi tanta gente Quanta gente, quanta gente, e vejam lá, ah, é o conde e a condessa, o barão, a baronesa Quem é aquela mulher gorda, vestida de seda, com uma enorme touca na cabeça?
É a marquesa, e aquele homem magro, vestido de preto, mancando de um lado só É o padre, cego e só, não enxerga um palmo adiante do nariz E aquele homem de enorme boi de andar tão esquisito. Com uma guitarra a tiracolo, é o maior poeta do país vizinho. Quando canta, faz chorar os touros bravos e gemer os passarinhos.
E aquele tão curvado, andando de costas, olhando pra cima, pisando de lado, com um manto escuro e largas botinas. É um filósofo desempregado. Quer mudar o mundo, pobre coitado. Está vendo no seu lado, um que anda pisando leve, com os olhos apertados? É um pintor que ao invés de pintar retratos, gosta de pintar quadrados.
É outro desempregado. Olha lá que alvoroço que correria. O que acontece lá?
Onde? Onde? Onde? Lá! Lá!
Lá! No meio, três figuras. Cada uma de uma cor.
Azul, verde, rosa. Vem vindo pra cá, o povo atrás. O povo atrás.
Vem vindo pra cá. Meu Deus! Meu Deus!
Asfaltou! As fadas! As fadas!
As fadas! As fadas! As fadas! As fadas!
Avisem o rei! Avisem o rei! As fadas enfim chegaram. Vamos ver o que elas trazem de bom para a nossa princesa. Vou anunciá-las.
As fadas! Oh, quanta honra! Senhoras minhas fadas!
Senhor rei, viemos para conhecer a princesinha. Viemos para abençoá-la. Viemos para lhe conceder todas as...
graças da vida. Como são generosas, senhoras minhas fadas. Venham conhecer o meu tesouro. Minha princesinha, sou a fada dos rios e dos lagos. lhe concedo dons maravilhosos.
Que sua alma seja límpida e alegre como os regatos. Que sua vida seja tranquila como as águas dos lagos e que sua bondade seja profunda como o leito de nossos rios. Adeus, seja feliz! Minha princesinha, sou a fada dos ares e dos ventos, e lhe concedo ricos dons. Que sua sabedoria seja ampla como os ares, e que seu pensamento seja rápido como o vento.
Adeus, seja feliz. Minha princesinha, sou a fada das montanhas e lhe concedo dons que lhe trarão a felicidade. Que seja sempre livre e feliz como os pássaros que alegram nossas montanhas.
Que seja bela como as flores que enfeitam nossos vales. E que a sua voz seja suave como o som da brisa nas ramagens. De hoje em diante, será minha filhada e eu serei sua madrinha. Adeus. Seja feliz.
Viu, rainha Amanda? Nossa filha será uma grande princesa. Ah, quantos dons!
Que senhoras fadas mais maravilhosas! Este reino será o mais feliz do mundo. E a última fada viu o reino.
minha amanda ela disse que é a madrinha da princesinha sim meu rei nossa princesinha será muito feliz majestade majestade majestade arquibaldo arquibaldo arquibaldo vem aí uma fada velha feia e furiosa quem como quando onde Está furiosa porque não foi convidada para a festa. Posso saber quem é a infeliz que não foi convidada? Uma fada velha, feia e furiosa. Impossível. Só temos três fadas e todas foram convidadas.
Como é esta fada velha? É velha! E o que mais?
É muito feia! Só? É furiosa!
Ah! Me esqueci de convidar a bruxa velha da floresta! Ela é muito velha, muito feia e muito furiosa.
É uma feiticeira muito má. Só sabe fazer maldades. Vive de comer sapos com farofa de aranhas. Só bebe água de brejo com criolina.
Vive dentro de uma árvore podre, cercada de escorpiões e mandoruvás. A noite faz uma fogueira e dança com o diabo. Tudo que ela olha seca na hora. Onde ela pisa, não nasce mais grama.
O passarinho que voar por cima dela cai morto. Só escapa um pulo. Até figa abre os dedos.
A bruxa velha da floresta. Quando meu avô era criança, a bruxa velha já fazia e refazia pragas grandes. E ela tem uma risada! Majestade!
Acho que está na hora de ir embora! Espera aí que eu vou ajudá-lo! Desta maneira, me dá arrepios!
Ai, meu amor! Então, este é o reizinho idiota Que teve a petulância De não me convidar para a festa Rei Bimbo, Rei Bomba, Rei Bola E esta é a tal de Rainha Amanda, muito chique, ah, mas que audácia, não me convidar para a festa, mas vocês não perdem por esperar. Cada fada concedeu um dom para a princesinha, não é? Pois eu também vou conceder!
vai crescer muito bonitinha, mas antes que complete 15 anos, vai espetar o dedo numa agulha e vai morrer! Morrer! Fiz bem em não ir embora Bem que eu desconfiava que a bruxa velha da floresta maquinaria qualquer maldade. Fiquem tranquilos, meu rei, minha rainha.
Embora eu não possa desfazer a praga da bruxa, bem que eu posso transformá-la. Não podemos evitar que a princesinha pique o dedo numa agulha, mas transformarei sua morte em um sonho de cem anos. em um lindo sonho de adolescente.
Quando um jovem príncipe a encontrar, ela despertará. Esperemos, esperemos! Vamos ver com certeza que no fim desta história o bem vai triunfar! Ó muito leal, adivinho!
Ó muito leal, mordomo! Como vão as coisas, meu velho Arquimedes? As coisas continuam coisas, e eu cada vez mais velho.
Você tem razão. realmente cada vez mais velho. Muito velho. E você cada vez mais mal educado.
Não sei como continua sendo um mordomo real, apesar de tanta ignorância. Eu também não. Quando...
batem à porta do castelo eu vou abrir já está aberta vou dar ordem aos cozinheiros já cozinharo estou velho você também está caindo de velho olhe quem vem vindo lá é a princesinha Bom dia, sua Alteza Real! Bom dia, Arquimedes! Bom dia, meu bom Arquibaldo! Passeando, minha princesinha, está um belo dia!
Estou colhendo flores! Hoje é o dia do meu aniversário. Faço 15 anos e vai haver uma linda festa.
Não nos esquecemos, princesa. Hoje é um grande dia para todos do reino. Como vocês são gentis.
Até logo, meus senhores. Até logo, alteza. 15 anos. Como passa o tempo.
Ela hoje está uma bela mocinha. E não espetou o dedo na agulha até hoje. A rainha não deixa que ela se aproxime nem de costura, nem de...
Nem de bordado. Acho que a bruxa velha também está velha demais e perdeu a força. Você não entende nada de bruxas.
Bruxa que é bruxa, quanto mais velha, pior. Adivinho também. Quanto mais velho, pior. Mordomo burro como este não presta pra nada quando moço. E quando fica velho, piora.
Vamos ver se o passarinho cai no alçapão Grande o meu castelo! Há quanto tempo moro aqui e não conheci ainda este pedaço. Boa noite, minha senhora!
Boa noite, passarinho! O passarinho... Passarinho vem chegando.
Piu, piu. O que a senhora está fazendo aqui a estas horas? Não sabe que hoje é a festa do meu aniversário?
Ah, trabalhando, passarinho. Estou terminando um bordado. Piu. Borda, bordadeira! Um bordado?
Minha mãe nunca me deixa bordar. Deixe-me ver. Oh, como é lindo! Que pena eu não poder bordar. Por que não?
Por que não? Borda! Borda, passarinho! Oh, não posso. Um pouquinho só!
Só! Só, passarinho! É tão fácil!
Fácil, tão gostoso, tão bonitinho. Um pouquinho só não deve fazer mal. Deixe-me ver.
É assim? Sim, passarinho. É assim, sim.
Sim. Borda mais. Borda mais. Ai, feri meu dedo.
Vingança! Vinguei-me! Vingança!
Vinguei-me! O que aconteceu? O que aconteceu?
Bela, onde está você? A princesinha espetou o dedinho na agulhinha! Bela!
Bela! Oh, Bela! Que linda festa de aniversário! Belzebub, fique com vocês!
E eu! Oh, que pena! Logo hoje que completa 15 anos! Oh! Ficarei aqui ao lado dela!
Pobre filhinha! Como está linda! Ficarei aqui ao lado dela! Que bruxa mais malvada!
Vai dormir a pobrezinha! O jeito é a gente esperar que ela desperte. Velho do jeito que está, nunca vai ver a princesinha acordar. Apesar de sua bolice, acabou de falar uma verdade. Quando a princesa despertar, quem sabe se nós todos do reino já não estaremos mortos.
Oi, oi, oi Ouvi bem o que eles disseram Eles têm razão A princesinha vai dormir por muitos e muitos anos Quando o príncipe a despertar depois de tantos anos, ela não encontrará mais as pessoas de quem tanto gosta. Portanto, vou fazer com que todos durmam também. EEEE A fada das montanhas fez com que todos do castelo dormissem Para esperarem o príncipe Não vai haver príncipe algum Vão dormir séculos e séculos Pois nenhum príncipe vai entrar neste castelo Hehehehe Vou deixar o meu terrível dragão um bafo quente Vigia com a entrada do castelo Para não deixar ninguém entrar Bichinho, bichinho, bichinho Vem, bafo quente Vem, bafo quente Vem me ajudar Aí, queridinho Fique aqui bem vigilante E não deixe ninguém entrar no castelo Quem tentar entrar, queridinho Você estraçalha com seus dedos E depois queima os pedaços com seu bafo quente.
Que lugar sombrio! Buh! Parece que há muito tempo que não mora ninguém por aqui. Oh, eis o habitante desta triste terra. Bom dia, meu bom homem.
Bom dia, meu bom Fidalgo. Como vê, me mandaram plantar batatas. É, estou vendo. Mas...
Mas bem, que você podia ter escolhido um lugar mais alegre? Ah, meu bom Fidalgo. Meu avô me dizia que aqui já foi o reino mais alegre do mundo.
E que ainda voltará a ser. Por enquanto é o que é. Dizem que lá no castelo todos dormem há 100 anos.
Dormem há 100 anos? Que coisa mais estranha! Me dá vontade de ir dar uma olhada. Oh, isso é que não pode ser, meu jovem.
Há um dragão horrível vigiando a porta que não deixa ninguém entrar. Quem tentou, não voltou. Meu bom homem, você tem a honra de falar com o príncipe Dom Ramon de Cascores, que percorre o mundo em busca de aventuras e que não tem medo nem do diabo, quanto mais de um mísero dragão.
Vou entrar no castelo com dragão ou sem dragão. Adeus. Vou deixar minhas batatas para outro dia.
Ah, aí está a delírio fera! Toma! Golpe baixo!
Toma! Toma! E mais esta! Toma!
Toma! E toma! Ah! Ah! Está morto este bicho estúpido!
Agora, vamos ao castelo ver o que há por lá! Como dorme? Não acorda de jeito nenhum?
Eis outro dorminhoco. Acorde! Acorde!
Acorde! Tem um sono bem pesado para quem está dormindo há 100 anos. Oh! Que linda criatura! Deve ser a princesa dona deste castelo e também como dorme.
E esses dois outros devem ser seus pais, o rei e a rainha. Ah, como é linda! Gostaria de me casar com ela. Deve ter lindos olhos.
É você, meu príncipe. Muito me fez esperar. Agradeço o destino que me escolheu para despertá-la, minha princesa.
De hoje em diante, tudo farei para fazê-la feliz. Você é mesmo o príncipe que em meus sonhos viria me despertar. A fada minha madrinha o descreveu muito bem.
Todos dormem ainda. É hora de despertar. Meu pai, minha mãe.
Minha filha. Oh, minha filha, eis o príncipe que veio me acordar. Dom Ramon de Cascores, ao seu inteiro dispor, majestade.
Muito lhe agradeço devolver-nos a felicidade, Dom Ramon. Este reino será o que era antes. Voltará a ser o lugar mais feliz da Terra. Devemos isso à sua coragem.
Peça-nos o que quiser e será prontamente atendido. Nada mais desejo no mundo, Majestade. do que a mão de sua adorável filha em casamento.
Ah! Bom, pois se ela quiser... Oh, quero sim! O caro Fidalgo a terá, pois assim se cumpre a profecia de sua madrinha, a fada da montanha.
Minha cara rainha Amanda, voltaremos a ser felizes. Vamos comemorar as botas de nossa filha com uma grande festa de muitos dias. Desta vez não teremos aborrecimentos, você verá. Arquibaldo, acorde, acorde Arquibaldo. Prepare a festa.
Festa? Que festa? Outra festa?
A festa do casamento da princesinha. Uai, ela já acordou? Arquimedes, acorde, acorde, Arquimedes.
A princesa vai se casar com o príncipe Dom Ramon de Cascores. Vamos dar uma grande festa. E desta vez, veja se não... Não esquece de convidar a bruxa velha da floresta.
A bruxa? Quando ela souber que se acabou o encantamento, não vai querer vir nem por todos os sapos do mundo. Música Desta vez não nos esquecemos de convidar ninguém Que entre a nossa convidada de honra! Ei, acorde, sa...
Me ajuda! Ei! Bafo quente!
Me ajuda, bafo quente! Senhora Dona Bruxa da Floresta, como você é muito má, e quanto mais velha vai ficar, vai piorando? Melhor será que de hoje em diante não aborreça mais ninguém.
Vou transformá-la num velho sapo inofensivo. Um, dois e três. Música Boa noite pessoal, boa noite pessoal de casa, nós somos o Giramundo Teatro de Bonecos, gostaríamos de agradecer mais uma vez ao Cine Teatro Brasil Valorec, a Valorec e ao Instituto Unimed que está possibilitando o Giramundo comemorar os seus cinco anos. 50 anos, é isso aí. Fiquem de olho no Instagram do Giramundo, que é Giramundo Grupo.
E no nosso canal do YouTube, Giramundo. E acompanhem lá, a gente está tendo oficinas online. Em setembro, a gente vai abrir oficina online para as crianças de manhã.
E a tarde tem a campanha SOS Gira Mundo, visita guiada ao museu, muita coisa legal acontecendo. Terça-feira que vem a gente tem as aventuras do Dr. Butica, às 19h, aqui no canal do Youtube do Cine Teatro Brasil Valorec. É isso aí, um beijo para vocês que estão em casa. Muito obrigada mais uma vez e até semana que vem.
Beijo! Pra chegar terça que vem, é que eu quero ver mais um Esplêntaco no Giramundo Com o Dr. Gutica, no canal Cine Brasil, eu quero muito ver!