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Direitos Humanos e Política para Juventude

Olá, segunda série do Ensino Médio, tudo bem com vocês? Eu sou o professor Rosângelo Assis, de Filosofia. Estão preparados para a nossa aula de... e agora vamos lá? É o seguinte, a nossa aula é a aula de número 8. objeto de conhecimento, noções de direitos humanos e cidadania, processos de disputas sociais e políticas entre diferentes grupos, bem como o conhecimento e o respeito às diferenças linguísticas, culturais, religiosas, étnico-raciais, de gênero, tendo a compreensão que essas relações são historicamente construídas.

Problematização e desnaturalização das formas de desigualdade, preconceito, discriminação e intolerância no âmbito local, nacional e global. No detalhamento, vamos conversar nessa aula sobre ação de engajamento político nas diferentes juventudes. Preparados então?

Venham comigo, vamos à nossa aula! Muito bem! Olha onde nós estamos agora, né? Nós estamos numa área onde estamos construindo casas populares. Qual é o grande sonho, né?

É ter a sua casa própria. É ou não é verdade? Essa é apenas uma das políticas que fazem parte daquele manancial de políticas públicas que são importantes para que nós possamos nos sentir cada vez mais cidadão, tendo os nossos direitos políticos, nossos direitos...

os direitos civis, os nossos direitos sociais. E o direito à moradia é uma política pública sim, tá? E por isso que nós falamos, é uma política habitacional, perfeito? Então, nessa ideia toda, nós vamos conversar sobre o que é essa política, tá?

Qual o sentido da palavra política? Para que serve essa política como um todo? E como que essa política está sendo entendida hoje na nossa sociedade? Vamos lá, olha só.

O que é a política? Pronto, vamos buscar o conceito da coisa, né? Na filosofia nós temos muito isso, o conceito da coisa em si. Olha só, política, ela vem da palavra polis, é grego, tá?

Lá do grego, que significa cidade, estados. Quem já estudou aí em história, né? A civilização grega, sabe que a Grécia vai se desenvolvendo através dessas polis aí, das cidades e estados, né? Cabe? Cada cidade e estado aí tinha o seu governante, a sua maneira de agir, a sua cultura e tudo mais, tá bom?

Então, política vem daí, do grego polis. Designa o quê? A atividade humana que se refere à cidade. A ideia de quê, então? De bem comum.

Olha só, que bonito, né? A ideia de política, política, lá na sua origem, significa... O bem comum, tá certo? Na tradição grega, seria o quê? A arte de governar a cidade.

O governo de quem? O governo dos cidadãos, tá bom? Então, isso é a ideia de política, tá? O bem comum.

Quando nós mostramos aqui essa área sendo construída, nós estamos dizendo o quê? Nós estamos fazendo um bem comum. Para o cidadão, estou governando para o cidadão, estou governando para o povo. É essa a ideia, tá bom? Muito bem, vamos lá.

Então, o que é essa política, professor? É a atividade que diz respeito à vida pública. Ou seja, é a arte de governar, de gerir os destinos da cidade. A imagem que estava lá da política habitacional é isso. Eu estou fazendo o quê?

Eu estou governando, não para mim, mas para o cidadão, para o público, para todos. Eu estou gerindo a cidade. É essa a ideia. Então, seria esse, vamos dizer assim, o ideal filosófico do conceito de política. Ah, seria tão bom se isso fosse colocado em prática no nosso dia a dia.

É ou não é verdade? Vamos lá, então. A filosofia política, ela nos convida a essa reflexão, tá? Ela nos convida a essa reflexão que a ideia dessa filosofia política, ela contribui para quê? Para a nossa educação enquanto cidadãos.

E nos fornece... Uma base para o exercício da cidadania. Daí a importância dessa reflexão filosófica acerca da política. Nós precisamos, sim, refletir sobre o que é política. Nós precisamos, sim, conversar sobre o que é política.

Lembrando sempre, né? conversar de uma maneira madura, entendendo o conceito das coisas. Isso é muito importante. O grande problema é que a gente conversa de qualquer jeito. Esse é o grande problema.

Veja que eu ainda estou dando o conceito geral da ideia de política, para depois eu ir no particular, que é sobre a questão da juventude. A participação e a importância da juventude nesse processo todo aí. Será que é importante?

Será que os nossos jovens estão realmente entendendo hoje e participando das políticas? O que eles pensam em relação a isso? Muito bem.

Mas diante do que eu estou falando aqui para vocês, eu vou trazer aqui um poeta, dramaturgo, alemão, que ele falava a ideia de política. Bertolt Brecht, ele dizia o seguinte, o analfabeto político, ele falava sobre a questão do analfabeto político. Ele dizia, o pior analfabeto é o... analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, o preço do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. Olha só que interessante. Eu não gosto de polícia.

Eu não me interesso por política. Vai ser governado por alguém que gosta, que se interessa. E que muitas vezes vai usar isso daí em benefício próprio e não para o bem comum. E não para...

A cidade como um todo. Estão entendendo a importância de entender e de participar desse processo aí? Vamos lá.

Olha só. Filosofia e política. Pensar.

Na entrada da filosofia, a gente tem que pensar qual é a melhor maneira de organizar a nossa vida coletiva. Por isso que existe essa ideia de filosofia política. Por quê? Porque eu penso como vou organizar a vida coletiva, a vida política. o bem comum, tá?

E aí nós temos as instituições políticas que nos ajudam a isso, ou pelo menos deveriam nos ajudar a isso aí, que são os partidos políticos, as instâncias de poder. E aqui no Brasil nós temos, por exemplo, a divisão de poderes, né, que são três, o executivo, o legislativo e o judiciário. Essas são as instituições políticas, né, que organizam e que pensam aí a melhor maneira de organizar essa nossa vida coletiva aí. Dentro desse processo, também nós temos as práticas sociais, que é a vida comunitária e a vida escolar. Dentro da comunidade, as comunidades se organizam, as comunidades têm os seus líderes, não tem os líderes de comunidade?

A escola, a responsabilidade da escola de fazer com que a gente pense, com que a gente conheça, com que a gente... a gente estude, de levantar aquela vontade de participar e de ajudar na transformação dessa sociedade. Nesse sentido, nós temos as relações entre sociedade, informação e poder.

Então vem aquela ideia, quem é que exerce o poder? Quem é que exerce esse poder de fato? Vocês já devem ter ouvido falar aqui do nosso amigo que falava que a ideia de poder não estava mais aonde em quem, né?

Estamos estudando isso, que não existe, quem é que governa de verdade, quem é que me governa? Será que ainda é o Estado? Será que ainda é o Estado? Quem exerce esse poder me conhece?

Como que obteve esse poder? Como que chegou a esse poder? Isso é muito interessante. O poder é sempre uma relação.

E não uma prerrogativa dos governos, isso é um ponto de atenção, tá? O poder é uma relação, sou eu que através do meu voto te coloco nesse local. Isso é muito importante, tá? Não é uma prerrogativa, pronto, eu vou governar agora.

Por isso que a gente faz muitos questionamentos em relação às ditaduras. Perfeito? Vamos entender então aqui? Olha só, eu vou trazer para vocês aqui esses três poderes e o que cada um faz. Olha o legislativo aí.

O que faz o legislativo? Ele é o responsável para elaborar as leis. que todas as leis que nós temos que executar e que obedecer no nosso dia a dia, quem prepara é esse poder aí, é o poder legislativo. Nós estamos falando lá da Câmara, né?

A Câmara dos Deputados, do Senado Federal, são eles que analisam essas leis todas aí, são eles que elaboram essas leis todas aí, tá certo? Mas nós temos, além do poder legislativo, nós temos qual é o outro poder? nós temos o poder judiciário, extremamente importante.

A proposta do poder judiciário é que as leis elaboradas lá pelo Legislativo sejam aplicadas no dia a dia. Eu aplico essas leis, entendeu? E eu faço com que essas leis... Eu cobro para que essas leis possam ser obedecidas e da maneira correta.

E quem desobedece, quem sai fora prejudicando o outro, deve ser punido. Pelo menos essa é a ideia. nós temos também o poder o que?

Executivo. É aquele poder responsável para quê? Para administrar o Estado como um todo.

Propor leis também, para que o legislativo possa pensar, analisar e se concordar ou não, manda para serem executadas. E o executivo é o responsável por isso, para administrar todo esse processo aí. Um poder tem que estar alinhado ao outro, um poder tem que estar ajudando ao outro, mesmo que discordem. Isso é importante, faz parte da democracia.

Não precisam ser inimigos mortais, mas podem discordar sim. E é importante até que discordem, porque se ficarem todos unidos ali, quem vai ser prejudicado? Quem é?

O Estado como um todo. E quem faz parte do Estado? Nós, cidadãos.

Perfeito, então? Conseguiram acompanhar isso daí? Entenderam bem esse processo aqui?

Vamos lá, então. Olha só. No mundo de hoje, como é que está essa ideia de poder nesse mundo de hoje?

Deem uma olhada aí nesse quadrozinho do lado. Eu achei ele sensacional, por isso que eu coloquei aqui na aula. Olha só. O poder econômico, vocês veem que está o quadro maior ali, porque hoje é isso, né?

O poder político, o poder público e o poder social impressado ali já. Quase já tem... é sem ar, vamos dizer assim.

Por quê? É assim que funciona. Norberto Bobbio foi um filósofo italiano que trouxe para nós essa ideia.

Nós temos a ideia do poder político, é um poder que o homem pode exercer sobre outros, a exemplo da relação entre governante e governados, povo e sociedade. Então, a ideia do poder político, alguém exerce esse poder, perfeito? Alguém vai lá e ter uma relação. relação entre alguém que exerce o poder e alguém que vai ser governado, entre o governante e o governado, entre o povo e a sociedade. É um poder legitimado, o poder político é um poder legitimado.

Legitimado pelo quê, professor? Pela tradição. Nós temos esse poder, por exemplo, a tradição, nós lembramos muito na nossa história do paternalismo, era aquele poder de pai.

Nós temos hoje o poder matriarcal também, porque hoje as mães comandam muito mais as famílias do que muitas vezes os pais. Então, é um poder tradicional que já vai sendo exercido ali de pai para filho. A obediência do pai. Filho em relação ao pai, nós temos o poder também despótico, que é aquele poder mais autoritário. Por exemplo, o poder de um rei.

E hoje nós falamos já não tanto em poder do rei, nós estudamos isso no absolutismo, mas o poder do ditador. O que tem de ditadores espalhados por esse mundo aí não é brincadeira, por esse mundão aí, que exerce o poder como se fosse um único dono. Do país, da cidade, da comunidade, existe sim, é um poder despótico, perfeito então? E nós temos o poder de consenso também gente, qual é a ideia do poder de consenso? É aquele poder democrático.

democrático é aquele poder que é exercido através de eleições, embora muitas vezes aconteça que essas eleições, às vezes em alguns países, a gente vê muito isso no noticiário, Aparece só um candidato, né? Para legitimar e dizer que é um poder democrático, ele se candidata sozinho, mas ninguém mais pode se candidatar. E ele vai dizer, o povo me elegeu. Mas lógico que foi eleito, só tem ele de candidato. É uma misturazinha ali, né?

É um poder despótico, né? Um poder ditatorial, fantasiado, né? Isso... Escondido naquele poder de consenso aí.

No Brasil, nós passamos, né? De um poder ao outro. Vocês estão lembrados disso daí? Olha só. Deixa eu ver quem é que vem aparecer aqui comigo.

Cadê? Dom João, vem cá, Dom João. Olha, Dom João chegando aí. Vem cá, Dom João. Vocês se lembram desse daqui?

Quem era Dom João? Dom João, rei de Portugal. Não é verdade?

Rei de Portugal, que também era o rei do Brasil. Não, porque... Por quê?

Porque o Brasil era colônia portuguesa, estão lembrados disso daí? Então, Dom João também era o nosso rei. A gente tinha que prestar reverência ao rei.

E não sei se vocês se lembram ali, quando Napoleão resolveu invadir a Europa, e aí foi invadir Portugal também, Dom João fez o quê? Fugiu de lá e veio embora com toda a sua corte. mais de 10 mil pessoas vieram todas para o Brasil, porque o Brasil ficava bem longe da guerra que estava acontecendo lá na Europa.

E Dom João se refugiou aqui. E nós tivemos o rei de Portugal. E do Brasil aqui com a gente, durante algum tempo.

Depois que Dom João saiu, deixou o filho dele. Estão lembrados? Que aí o Brasil passou a império. Dom Pedro I, Dom Pedro II. Mas depois de tudo isso, foi cancelado.

E aí nós tivemos quem? Nós viemos para a República. E uma das figuras centrais desse processo de transição estará aqui comigo também. Aqui. Seja bem-vindo, Marechal.

Marechal Deodoro da Fonseca, não é verdade? Foi aquele responsável pela transição do Império para a República. E é considerado o quê? O nosso primeiro presidente.

E aí o Brasil passou para quê? Passou para aquela ideia de uma política de consenso democrática, eleita pelo povo. E depois na história do Brasil vocês sabem que teve...

Teve momentos bons, mas conturbados também, nesse processo todo de democracia. Mas somos considerados um país democrático, de consenso. Perfeito, então?

Muito bem. Muito obrigado, Marechal. Vamos falar agora sobre Norberto Bobbio.

Norberto Bobbio traz para nós a ideia, as formas de poder. Ele diz o seguinte, Bobbio. O que ocorre de fato não são os poderes executivo-legal. legislativo e judiciário, mas os poderes econômico, ideológico e político. Essa é a ideia de Norberto Bóbio, tá bom?

Nós não temos mais aqui, gente, olha só, essa ideia de poder executivo, legislativo e judiciário, embora eles estejam aí presentes, embora oficialmente sejam esses os poderes. Mas para Bóbio, esses poderes estão dissimulados, vamos dizer assim. Aonde? Na ideia econômica.

na ideia ideológica e na ideia política como um todo. Vamos ver lá, olha só. Quando ele fala do poder econômico, ele diz, se vale da posse de certos bens necessários e considerados como tais.

Isso significa que... Significa, divide-se em ricos e pobres, com base no primeiro, nos ricos. Quem manda são os ricos, não é?

É essa a ideia, o poder econômico é que manda, é quem determina. Se nós formos analisar com calma, é isso mesmo. Não é verdade?

O poder ideológico, tão importante como é o poder que o quê? Se baseia na influência das ideias formuladas por esse poder dominante. Por esse poder econômico dominante. Eu acho sensacional a imagem aí, que vocês vão mostrar aí, justamente o quê?

Os televisores comandando tudo. Quando eu falo como os televisores, é o meio de comunicação no geral, que determina o que a gente tem que pensar. Isso significa em sábios e ignorantes. Com base no segundo, nos ignorantes.

Quanto mais ignorante for, mais fácil de ser manipulado. Vamos jogar os Big Brothers da vida aí pra gente assistir, né? E a famosa ideia de pão e circo lá da... Roma Antiga. É essa a ideia do poder ideológico.

Baseado em quem? No poder econômico lá que manda. E tem o poder político.

O poder político é a estrutura burocrática, aquela que está ali, administrativa, a seu... o favor. Não tem mais aquela ideia de bem comum.

Lá da Grécia Antiga, é o poder que se utiliza da força. Ele vai chamar de coação. Eu sou coagido a fazer, porque se eu não fizer, eu vou ser punido.

Isso significa o quê? Fortes e fracos. Genericamente, superiores e inferiores.

É essa a ideia. É isso que o Bob traz pra nós. Por isso que a crítica de Norberto Bob Óbvio, nós vamos ver aí, ela fala o seguinte, todas as três formas de poder se fundamentam e mantém uma sociedade de desiguais.

Isso é muito forte, gente. Isso é muito forte. Olhem para mim.

Isso é forte, não é? A sociedade de desiguais. E quem vai questionar isso daí? Quem é que vai enfrentar isso daí?

Quem é que vai lutar contra isso daí? É por isso que a gente está, dentro da nossa aula, nós estamos falando de engajamento político das juventudes. E aqui nós vamos trazer um pouquinho para essa juventude. A participação política dos jovens...

Ela pode começar ainda ali na adolescência, mas a adesão deles às eleições, aos debates políticos, ainda é muito pequena. Infelizmente, ainda é muito pequena. A gente ainda vê uma velha guarda muito grande comandando tudo.

E os poucos jovens que se dispõem aí, algumas vezes, extremamente alienados, sem um preparo básico, político, social, até mesmo econômico. A pluralidade de pessoas nas discussões e decisões políticas, ela é importante. A pluralidade, não só alguns grupos.

Certo? A construção de políticas públicas mais abrangentes passa por isso, por essa pluralidade. As ações do governo para as juventudes, elas são chamadas de políticas públicas de juventude.

No Brasil, essas políticas públicas se fortaleceram nos últimos anos, foi inserido, por exemplo, o termo jovem na Constituição Federal, foi inserido, não tinha. Possibilitando o quê? Garantir um maior direito que as juventudes nunca tiveram antes no país.

Perfeito, então? Então, diante disso, a gente precisa, vamos ver aí, de uma ação de engajamento político das diferentes vetores. Vamos um pouco de história, entender isso daí.

Olha só, o tema... da efetivação de políticas públicas para a juventude é recente no Brasil. A partir dos anos 90 é que o tema passa a ocupar essas agendas governamentais. Mas é importante salientar que lá na década de 80, As lutas pela democracia na América Latina foram fundamentais. Então, mesmo considerando a preocupação dos governos, iniciada lá nos anos 90, foi somente no início dos anos 2000 que começaram realmente a surgir o quê?

Propostas para a elaboração de um plano nacional de políticas públicas destinadas à juventude. Até lá a juventude estava solta. De vez em quando a juventude...

Se invocava, né? Essas políticas foram surgindo e aparecendo. Vocês devem lembrar dos caras pintados ali, né? Vocês devem lembrar da época, o gigante acordou. Então, tudo isso daí foi a força da juventude fazendo mudanças, transformando esse país.

Ou seja, mostra que a nossa juventude, ela é importante nesse processo aí. Os nossos jovens, eles são fortemente a favor do voto. Mas, olha só que interessante... não sentem que ele seja uma ferramenta democrática suficiente para alcançar as mudanças. E para esse processo aí, vamos destacar três pontos nesse pensamento.

Por que que o jovem sente que ele é um jovem democrático? Vamos lá, primeiro, os jovens, eles valorizam a política e a sua participação social, mas eles enxergam com desconfiança os partidos e políticos que preferem o quê? Se engajar em causas concretas, né?

Para eles, a política seria corrupta, violenta, desconectada do povo, centrada em interesses próprios, inflexível e pouco aberta à participação. Então, pra que eu vou me... me envolver.

Um segundo ponto, o consumo de informações desse público se dá, estou falando da juventude, sobretudo a partir das redes sociais, é o boom das redes sociais, né? E muitos declaram, comumente, curtir conteúdos de outras pessoas como influenciadores digitais. O que a gente tem de influenciadores digitais aí, que muitas vezes falam sem base nenhuma, sem conceito nenhum da coisa, e a gente acaba... muitas vezes curtindo.

O Facebook seria como a menos utilizada hoje. No lugar do Facebook, a gente pega mais o que hoje? Instagram, TikTok e outros que estão surgindo aí. São os mais utilizados e aí os jovens usam muitas vezes para ver conteúdos mais leves, humorísticos, geralmente de amigos e familiares, e aí não assistem, não se preocupam tanto com conteúdos mais políticos.

E o terceiro e mais importante que eu acho sensacional, diz assim... Todos dizem sentir receio de serem enganados por meio de mensagens falsas, os famosos fake news, que estão espalhados aí. Espalhados aí.

Nessas redes sociais, ninguém sabe mais o que é verdade e o que não é. Assim, afirmam que, embora a mídia hegemônica também seja parcial e enviesada, é no ambiente online que a desinformação é abundante. Ou seja...

Não percebem também, né? Então, eu quero me engajar, mas tem todos esses problemas aí. Então, gente, olha, a gente vai percebendo assim, os nossos jovens estão cada vez mais protagonistas do cenário público brasileiro. Temos muitos jovens...

jovens que já estão aí nesse mundo político, por exemplo. Porém, apesar do ímpeto da juventude, é notório ainda o quê? A falta de estímulo do poder público quando o assunto é educação política para os adolescentes.

De acordo com o balanço ali do TSE, o número de jovens alistados para votar nas últimas eleições é o mais baixo da história. Para mudar esse cenário, o que a justiça eleitoral fez? Contou com o apoio de artistas, influenciadores digitais, personalidades, instituições públicas, privadas e da mídia, convidando esse público a se envolver na política, motivando o senso cívico e o dever ético com a democracia.

Estão percebendo como está difícil? Então eu vou concluir dizendo o seguinte, olha só, a base, a educação de base negligenciada, ela reflete diretamente na capacidade de tomada de decisões. por parte dos jovens.

E a falta de conhecimento faz com que tenham seus votos influenciados e até descartados. Qual é a saída, então, professor, para tudo isso? Alternativas que estimulem o consumo de...

De informação, não apenas por jornais, mas por livros. Valorização do comportamento ético, investimentos na cultura, na cultura local, né? Entender isso daí. E um sistema de proteção do sistema que costuma apagá-los.

Olha só, um sistema que os proteja do sistema, para que eles possam se mostrar. Por isso, gente, que eu vou concluir com essa frase aqui, que diz assim, olha, a transformação passa pela educação. E que esta não deva se limitar a um serviço oferecido pelo Estado.

Olha só que frase interessante, né? Passa pela educação, mas não pode se limitar apenas a um serviço oferecido pelo Estado. Significa o quê? Eu tenho que ir atrás, eu tenho que ser protagonista, eu tenho também que buscar. Porque se eu apenas esperar, vão me dar o mínimo.

O mínimo. E muitas vezes, esse mínimo ainda vai vir cheio de fake news para confundir ainda mais a minha cabeça. É isso aí, juventude! Vamos lutar, vamos continuar acreditando e vamos nos engajar cada vez mais!

Tchau, tchau! Até a próxima!