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Riscos Psicossociais e Saúde Mental no Trabalho

Mar 16, 2025

Fatores de riscos psicossociais no trabalho

Introdução

  • Não há consenso sobre o termo Fatores de Risco Psicossociais no Trabalho (FRPT)
  • FRPT apontados como contribuintes para estresse e adoecimento físico e mental
  • Críticas ao uso do conceito de fatores de risco, defendendo uma abordagem ampla
  • Objetivo do ensaio: discutir limitações dos FRPT e a necessidade de uma abordagem integral na saúde mental dos trabalhadores

Contextualização do mundo do trabalho

  • A precarização do trabalho afeta saúde e dignidade dos trabalhadores
  • Mudanças no mundo do trabalho: flexibilização, intensificação e perda de direitos
  • Os modelos de gestão priorizam produção com menos recursos, mascarando a exploração
  • Crises econômicas acentuam a precarização e aumentam a insegurança e adoecimento mental

Dados sobre a saúde mental no trabalho

  • Transtornos mentais são a terceira causa de afastamentos no Brasil
  • Principais causas de incapacidade: depressão, alcoolismo, esquizofrenia, transtorno bipolar, TOC
  • A OIT destaca a relevância dos fatores psicossociais no estresse relacionado ao trabalho
  • Problemas de saúde mental frequentemente subnotificados

Bases conceituais dos fatores de riscos psicossociais

  • A OIT considera fatores psicossociais como interação entre ambiente e demandas de trabalho
  • Classificação dos riscos psicossociais por ISTAS:
    • Exigências psicológicas
    • Falta de influência/autonomia
    • Falta de suporte social
    • Baixa qualidade da liderança
  • Importância da participação dos trabalhadores nas avaliações psicossociais

Diagnóstico e avaliações psicossociais

  • Uso de ferramentas quantitativas para diagnósticos é comum, mas limitadas
  • Exemplos de ferramentas: COPSOQ II e HSE
  • No Brasil, Protocolo de Avaliação dos Riscos Psicossociais (Proart) é sugerido
  • Avaliações precisam estar conectadas a estratégias de sensibilização mais amplas

Limitações dos fatores de riscos psicossociais

  • Críticas ao conceito que examina agentes nocivos de forma isolada
  • Necessidade de uma análise mais abrangente das condições de trabalho
  • Avaliações psicossociais muitas vezes não consideram o contexto histórico e social
  • Risco de responsabilização do trabalhador por seu adoecimento

Considerações finais

  • Necessidade de uma compreensão crítica e ampla dos FRPT
  • Importância da participação dos trabalhadores no planejamento das ações de saúde mental
  • Limitações dos instrumentos de avaliação devem ser problematizadas
  • Foco deve ser em uma abordagem que considere as múltiplas dimensões e determinantes do processo saúde/doença no trabalho