A República de Platão - Livro 1

May 14, 2024

A República de Platão - Livro 1

Introdução

  • Participantes principais: Sócrates e Glauco
  • Contexto: Sócrates desce ao Pireu acompanhado por Glauco para rezar e observar uma festividade em homenagem à deusa.
  • Interlocutores: Polímaco, Lisias, Eutidemo, Trasímaco, Céfalo.

Conversa Inicial

  • Céfalo inicia a conversa falando sobre a velhice, alegando que seus prazeres agora vem mais da conversa do que dos prazeres corporais.
  • Velhice é normalmente considerada uma fase de lamúrias, mas Céfalo argumenta que depende mais do caráter do homem do que da idade em si.
  • Ele cita Sófocles sobre como a velhice traz paz e liberdade dos desejos.

Discussão sobre Justiça

  • Definição Inicial: Céfalo sugere que justiça é dizer a verdade e devolver o que se tomou de alguém. Sócrates questiona essa definição com exemplo das armas dadas a um amigo insano.
  • Intervenção de Polímaco: Ele propõe que a justiça é fazer bem aos amigos e mal aos inimigos, baseado em Simonides.
  • Argumentação de Sócrates contra esta definição.
    • Ele argumenta que fazer mal a alguém não é justo, já que a justiça deve tornar as pessoas melhores, não piores.

Trasímaco Entra na Discussão

  • Alegação: Trasímaco afirma que a justiça é o que convém ao mais forte (o poder constituído/governante). Define um conceito relativo e pragmático de justiça.
  • Refutação de Sócrates: Argumenta que o governante, enquanto governante, busca a conveniência de seus súditos e não a sua própria. E prossegue provando que governar é uma arte que deve ser entendida como servindo ao mais fraco.

Debate sobre Benefícios da Injustiça

  • Trasímaco argumenta que a injustiça, quando em escala grande, como na tirania, traz felicidade e poder ao injusto.
  • Ele compara a justiça a uma ingenuidade sublime, enquanto a injustiça é associada à sabedoria e vantagem.
  • Contraponto de Sócrates: Injustiça gera conflito e é inerentemente prejudicial para o funcionamento harmonioso tanto de um Estado como de uma alma individual, desenvolvendo a tese de que a injustiça traz desarmonia e enfraquece a colaboração.

Conclusão Temporária

  • Justiça como Virtude da Alma: Sócrates sugere que a justiça é uma virtude da alma necessária para cumprir sua função de governar e deliberar bem. Assim, uma alma justa viverá bem e feliz; uma alma injusta viverá mal e miserável.
  • Contestação Final: Assentado que a justiça é sabedoria e virtude, enquanto a injustiça é maldade e ignorância, Sócrates sustenta que a justiça é mais vantajosa que a injustiça.