Olá pessoal, aqui é o Fábio da Boson Treinamentos e neste vídeo vamos continuar nosso curso de modelagem de dados. Vamos falar desta vez sobre os níveis de modelagem. Bom, a história é a seguinte, a gente costuma classificar o processo de modelagem de dados em três níveis.
A gente vai chamar esses níveis de modelo conceitual, ou nível conceitual, modelo lógico e o modelo físico. Sendo que o modelo conceitual... é o nível mais alto, mais próximo da abstração, e o modelo físico é o nível mais baixo, mais próximo do projeto físico do banco de dados em si.
E a gente pode abreviar esses modelos como MCD, modelo conceitual de dados, ML... CLD, modelo lógico de dados, e MFD, modelo físico de dados. Legal?
Vamos lá. Bom, vamos ver agora esses modelos um a um rapidamente. Então, o modelo conceitual é a primeira fase da modelagem.
Você vai fazer a representação do mundo real, ou seja, do objeto que você quer transformar em um banco de dados, utilizando uma visão simplificada desses dados e os seus relacionamentos também. Então, a gente vai determinar nesse modelo... quais são as informações que vão ser armazenadas no banco de dados, o que precisa ser armazenado dentro do banco de dados. Nesse nível, o projeto ainda é independente do sistema de gerenciamento de bancos de dados, ou seja, ao criar um modelo conceitual, o seu modelo vai poder ser aplicado em qualquer software de gerenciamento de bancos de dados.
Então eu posso utilizar esse mesmo modelo para criar o banco no SQL Server, no Oracle Database, no MySQL, no Postgre e assim sucessivamente. Então eu tenho um exemplo aqui do modelo conceitual. Vamos supor que eu precise criar um banco de dados para uma loja e nesse banco de dados eu vou ter uma função para cadastrar os produtos que são vendidos na loja.
Então no modelo conceitual eu vou fazer um levantamento dos dados necessários para fazer esse tipo de cadastro. Por exemplo, eu vou perguntar para o meu cliente o que você precisa armazenar a respeito desses produtos na loja? Ele vai me dizer o que precisa.
armazenar o nome do produto, é importante, a categoria, se os produtos são classificados, se é um produto de limpeza, se é de higiene, se é alimentício, padaria, etc. Um código do fornecedor para cada produto, tipo de embalagem, se é pacote, se é caixa, se é maço, como é que está armazenado esse produto fisicamente, tamanho, quantidade e outras informações. Então nesse nível, no modelo conceitual, a gente vai recolher... essas informações que eu vou utilizar posteriormente nos próximos níveis. Depois disso, os detalhes da implementação ainda não vão aparecer.
Então não tem como dizer, o banco de dados vai ficar assim. A gente só está recolhendo os dados e começando a montar o quebra-cabeças da modelagem. Mas a gente já vai ter detalhes suficientes para poder descrever os tipos de dados requeridos.
Então aqui a gente já vai conseguir saber o tipo de informação... que se refere o nome do produto, a quantidade, o preço do produto e as outras informações que a gente vai recolhendo. No caso do nosso exemplo que eu acabei de falar. Depois disso entra o modelo lógico. O modelo lógico ainda tem conceitos que o usuário consegue entender, mesmo o usuário leigo.
Olhando com um pouquinho de orientação ele consegue entender o que está acontecendo ali ainda. Mas já está mais próximo do modelo lógico. físico.
O banco de dados já começa a se delinear. Aqui, nesse nível, o projeto ainda é independente do sistema de gerenciamento de banco de dados. Então ainda dá para você pegar esse mesmo modelo e aplicar em vários softwares de gerenciamento de banco de dados.
diferentes. E aqui a gente faz a especificação lógica dos dados, num formato que vai ser adequado posteriormente ao banco de dados escolhido. A gente começa a definir os tipos de dados aqui.
Então aqui, por exemplo, a gente tem um diagrama em cima, que é um diagrama que a gente chama de diagrama de entidade e relacionamento. Tem uma representação desse diagrama que vocês vão aprender nos próximos vídeos como fazer, inclusive, isso daqui. Aqui a gente já começa a ter informações como...
com mais níveis de detalhe. Por exemplo, eu tenho aqui o funcionário, tenho o departamento, eu tenho informação de que o funcionário tem um nome, uma identificação do setor onde ele trabalha, um cargo. Eu sei que ele trabalha em um departamento específico, o departamento tem nome, tem uma identificação do setor.
E eu também sei, através dessa letrinha N, desse número 1, que num departamento eu posso ter vários funcionários e que um funcionário só trabalha num único departamento nesta empresa modelada, nesse exemplo aqui. Então esse tipo de informação vai aparecer no modelo lógico. Não se preocupe nesse momento em entender como é que se faz o modelo lógico. Porque a gente vai fazer isso tudo passo a passo a partir dos próximos vídeos. Primeiro a gente tem que entender esses conceitos.
E depois a gente gera o modelo físico. A partir do modelo lógico vai ser derivado um modelo físico. E aqui a gente vai detalhar a estrutura das informações que vão ser guardadas no banco de dados.
Então toda a estrutura física. Tabelas, campos, que são atributos, relacionamentos entre eles, os tipos de dados, quantidade de informação. Então aqui por exemplo, eu estou fazendo a estrutura de um cadastro de um cliente.
Vamos supor que eu tenha que armazenar no meu banco informações sobre o seu banco. os clientes da minha loja. No modelo físico eu teria algo parecido com isso. Eu teria campos com seus respectivos nomes, como o ID do cliente, o nome do cliente, o endereço do cliente, os tipos de dados específicos daquele campo.
Então, por exemplo, o ID do cliente é um número inteiro. Já o nome do cliente e o endereço são campos do tipo carácter, alfanumérico, por exemplo. E os tamanhos.
Então, o meu campo ID cliente vai ter um tamanho de 4. 4 o quê? Pode ser bit, pode ser byte, depende de como você está lidando com os tipos de dados. O campo nome do cliente 30, 30 bytes, por exemplo, são caracteres. Endereço 40 bytes e assim por diante. Ou 40 caracteres, que dá no mesmo, o caractere equivale a um byte geralmente.
Então, aqui você começa a modelar de tal forma que, posteriormente, isso vai se transformar no banco de dados. E aqui, conforme você vai definindo os tipos de dados, tamanhos e outras informações, o modelo já vai ficando mais amarrado. ao sistema de gerenciamento que você escolheu para o banco de dados. Assim você vai utilizar o sistema de gerenciamento mais adequado para o seu caso.
Muito bom. E a gente chama então esse esquema desses modelos, desses níveis, conceitual, lógico e físico, de arquitetura de três níveis. E essa figura aqui ilustra direitinho, resume direitinho do que se trata.
Você tem o mundo observado, o mundo externo. onde se encontra o que você quer modelar e transformar em um banco de dados. E a partir daqui você vai derivando os modelos nesta ordem. Modelo conceitual primeiro, ainda bem abstrato, bem com ideias.
modelo lógico, já podendo ser representado na forma de diagramas e ilustrando as relações entre os elementos e o modelo físico, já bem detalhado, prontinho ou quase pronto para ser transformado em um banco de dados real. Claro que tem uma série de técnicas e processos que a gente aplica em cada um deles para poder chegar no resumo correto dos dados, na informação correta que a gente vai armazenar nos bancos. E aí, depois de tudo isso, a gente consegue gerar o esquema do banco.
de dados. O que é o esquema do banco de dados? É a definição do banco que foi especificada durante o projeto. E a gente armazena toda essa definição em um item chamado dicionário de dados. Mais pra frente vocês vão aprender a fazer um dicionário de dados também.
O esquema, ou esquima em inglês, ele não vai mudar. É muito raro ele mudar durante a vida do banco de dados. Uma vez que você tenha feito a arquitetura, ele deve permanecer daquela forma, a não ser que haja necessidade de uma mudança muito drástica.
ou que você tenha, por exemplo, cometido um erro durante a modelagem. Nesse esquema que a gente vai definir as tabelas, os campos, relacionamentos, visões, funções e outros elementos que vão compor o banco de dados. E a gente vai trabalhar com esses caras todos aos poucos também.
Bom, então, mais para resumir o que a gente está falando, quais são as etapas que a gente vai realizar para desenvolver um banco de dados? A primeira etapa é especificação e análise de requisitos, ou seja, entender o que o cliente precisa. e fazer uma análise para poder descobrir quais informações eu vou utilizar e quais eu posso descartar para esse banco de dados. E essa é uma fase extremamente importante e no vídeo passado eu falei um pouco a respeito dela. Esses requisitos têm que ser...
que ser documentados inclusive. Depois entram os níveis de modelagem, que é o nível conceitual, projeto conceitual, baseando-se nesses requisitos. O projeto lógico, que vai ser expresso no modelo de dados, por exemplo, o modelo relacional, que também falei no vídeo passado, gerando os diagramas. E o modelo físico, que é um projeto físico, onde a gente vai definir especificação para armazenar, acessar o banco de dados, fazer a implementação do banco de dados posteriormente. E aí...
Você vai fazer a inserção de dados reais, podem ser dados simulados, obviamente, e fazer a manutenção do banco de dados. Dados simulados, no caso, se a gente for fazer testes nesse banco. E a manutenção quando o banco já está em produção e, claro, de vez em quando a gente precisa fazer algum tipo de manutenção nesse banco, limpezas de dados, backups, etc.
Essas são as etapas do desenvolvimento de um banco. de dados de forma bem simplificada. Aqui no nosso curso a gente vai passar etapa por etapa e a gente vai fazer um projeto completo, do começo ao fim. Nesses primeiros vídeos a gente entende essa parte teórica, bem conceitual, o que é isso, o que é aquilo, para depois ficar mais fácil durante o projeto.
o processo de modelagem do banco, do nosso banco de exemplo, fica mais fácil entender o que está acontecendo e saber o que está acontecendo. Mas a gente vai modelar o banco do começo ao fim, incluindo uma análise de requisitos. Vou jogar nos próximos vídeos aí um problema. para o qual a gente precisa ter um banco de dados. A gente vai especificar e fazer uma análise e aí mandar bala nos projetos conceitual, modelo lógico e modelo físico.
E as tarefas que a gente vai realizar basicamente são essas daqui. Identificar entidades, atributos e relacionamentos, porque a gente vai trabalhar com modelo relacional. No vídeo passado também falei a respeito disso. A gente vai fazer a criação e associação de chaves, primária, estrangeira e outros tipos de chaves. E aplicar um processo.
chamado de normalização, para reduzir redundância e também para que o banco de dados não apresente problemas futuros. A gente vai ter uns vídeos para falar sobre normalização, formas normais, primeira, segunda, terceira, formas normais, e depois eu vou explicar para que serve a desnormalização também, que é um processo que eventualmente a gente pode realizar. E para finalizar, o que a gente vai gerar a partir do nosso próximo vídeo?
A gente vai... falar sobre o modelo entidade relacionamento o mer o mer é um modelo que a gente utiliza para fazer o nosso projeto de banco de dados a gente fala em modelagem de dados significa na verdade que a gente vai trabalhar com esse tipo de modelo que consiste nos elementos entidades relacionamentos e atributos no próximo vídeo a gente vai falar o que é o mer e depois a gente vai falar separadamente o que é uma entidade que é um relacionamento que um atributo para a gente poder criar o nosso projeto esse modelo é refinado usando técnicas específicas, como a técnica da normalização que eu citei agora há pouco, e depois a gente vai implementar no banco de dados físico. Aliás, nesse curso a gente também vai fazer isso. No final de tudo, quando a gente tiver a modelagem pronta, a gente vai criar o banco mesmo, para mostrar que ele funciona.
Eu vou puxar um sistema de gerenciamento de banco de dados, pode ser uma SQL, SQL Server, depende do que estiver disponível na hora, a gente vai criar o banco e vai ver ele em funcionamento. Beleza, pessoal? Então é isso aí.
Esse foi um vídeo bem simples. Obrigado. bem tranquilo, mas para passar essa informação do que são os níveis da modelagem, para você ter uma noção teórica um pouco melhor.
E no próximo vídeo a gente começa a falar sobre o modelo de entidade de relacionamento em si. Então é isso aí, espero que você tenha gostado. Aproveite para se inscrever aqui no canal da Boson Treinamentos e também para visitar o nosso website, que é o www.bosontreinamentos.com.br. Obrigado e até a próxima!