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Filosofia Moral (1/6) - Introdução á Filosofia

Vai na malinha, vai na malinha E aí, pessoas do bem, professor Beethoven, professor do mundo filosofia, do mundo Edu, e hoje é a nossa primeira aula, queridão, nossa primeira aula. E hoje eu vou explicar pra ti, então, como é que funciona, o que é filosofia, da onde veio e quais são as áreas que nós vamos estudar ao longo desse ano. Então, vem comigo!

Música Então, queridão, hoje é a nossa primeira aula de filosofia e o tema dessa aula é o que é filosofia? Quais são as suas partes? Quais são as áreas do conhecimento que nós vamos estudar? E como tu vai estabelecer um plano de estudos ao longo... desse ano de 2016. Olha só, eu quero que tu me diga como é que eram as tuas aulas de filosofia no ensino médio.

Eu quero que tu use da tua memória agora e tu me explique como é que funcionava as aulas de filosofia quando a professora entrava no último período de sexta-feira para dar aula. Eu não acredito que a aula de filosofia... Meu Deus, meu Deus, meu Deus, meu Deus... Não, Deus, por favor, não! Não!

Não! Beleza, aula de filosofia. Vamos vender a... Ah, eu trouxe uma lista do Avon maravilhosa.

Vem pra cá. Ganhei! Aula de filosofia agora. Vamos jogar truco.

Pega o truco. Choco aqui. Vem cá, vem cá, vem cá.

Vamos jogar truco. Vem, vem, vem, vem, vem. Cara, não dá nada.

Isso não cai no vestibular. Bota-se! Pois é, queridão, essa é a realidade, né?

A aula de filosofia no ensino médio muitas vezes era visto como a aula do vender avô, a aula do jogar truco ou a aula que não caía no vestibular. Com essa função do Enem agora, nós estabelecemos... Estabelecemos que a prova de filosofia e sociologia, elas comportam ao total 15 questões dentro da área de ciências humanas. Então, sendo 15 questões, isso vai ter que tirar um horário do teu tempo para te estudar, para te...

entender o que é e o que não é filosofia. Essas questões de filosofia e sociologia são questões tranquilas, não são questões difíceis, mas elas vão exigir de ti alguns conhecimentos muito técnicos e simples da gente aprender e eu vou te ajudar. Quando a gente começa a pensar filosofia, a primeira coisa que tem que vir na tua cabeça é que a filosofia ela é uma área do conhecimento. Aí tu vai me perguntar, mas o que é uma área do conhecimento?

Área do conhecimento são todas aquelas questões que a gente aquelas disciplinas que tu tens que estudar no teu dia a dia pra uma prova de vestibular ou pra uma prova de Enem. Como a física, a química, a biologia, a matemática, a redação. Essas são áreas do conhecimento.

E a filosofia é uma delas. Mas o importante é tu lembrar que a filosofia tem duas características muito peculiares. A primeira, ela é uma disciplina crítica. A capacidade da gente pensar o mundo que nos cerca criticamente e a segunda queridão a mais importante delas é que a filosofia é racional ela é uma reflexão crítica e racional tu poderia agora uma para me perguntar mas o que significa dizer que algo é racional não sei eu quando eu digo que algo é racional significa dizer que a gente tem certeza daquilo que a gente está dizendo razão ra Razão é tudo aquilo que nos dá clareza, distinção, sabe? Quando eu digo, por exemplo, que eu tenho razão sobre um assunto, é porque eu realmente tenho convicção de que aquilo que eu estou dizendo é correto.

Por isso que todo discurso racional, ele não pode ser confundido ou com discurso religioso, por exemplo, ou com discurso emotivo, emoção. Por isso que tem uma famosa música chamada Razões e Emoções. Essa música mexe comigo, quero deixar claro, porque meu coração é mais emotivo, confesso.

Mas quando a gente fala de razão e emoção, é muito importante que tu lembre que as nossas emoções, quando falam mais alto do que a nossa razão, aos olhos da filosofia, elas podem nos conduzir ao erro. Então na hora do vestibular ou na hora da prova do Enem, a emoção pode... pode até te atrapalhar a responder uma questão, mas a razão não.

A razão te dá segurança daquilo que tu tá dizendo. Segurança daquilo que tu tá marcando. Então a primeira dica é filosofia é essencialmente racional.

Sabe que tem algumas coisas que me deixam bastante preocupado quando o meu aluno vai fazer uma prova de filosofia na hora do Enem ou na hora do vestibular. Eu quero confundir razão e senso comum. Achar que isso é a mesma coisa. Ou achar que filosofia tá fundamentado no senso comum.

Essa é uma distinção que tu tem que aprender a fazer. Uma coisa é o discurso racional, outra coisa é o discurso que vem do senso comum. Mas aí tu me pergunta, Gordo, qual é a diferença entre uma coisa e outra?

Não sei. Pensa então agora comigo o seguinte, ó. Quando a gente fala a palavra senso comum, lembra que senso comum é aquilo que foi construído como a opinião da maioria. Me diz uma coisa.

Qual é a opinião da maioria com relação à beleza? Qual é a opinião da maioria em relação a gosto? Ei, sonzeira! Não! Não!

Qual é a opinião da maioria em relação às questões políticas? É que não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que a minha. Mentira! Bem, percebeu então o quão difícil é estabelecer... Estabelecer um gosto para o senso comum?

Estabelecer critério para senso comum? Quem me garante que o padrão de beleza é esse que a gente acabou de ver? Quem me garante que a melhor ideologia política é essa ou aquela? Quem me garante...

que o melhor gosto é esse ou aquele. Esse é o grande problema em relação ao senso comum. O senso comum é aquilo que nós chamamos na filosofia de algo acrítico. Porque ele se estabelece na opinião da maioria. Enquanto a filosofia, ela te estabelece critérios, critérios, elementos, para que possa fazer com que você pense corretamente acerca de um assunto.

Então fica muito ligado na hora da prova e perceba se a alternativa da questão... ou ela está sendo orientada pelo senso comum ou ela está sendo orientada pela racionalidade. A filosofia, ela é sempre racional, diferentemente do senso comum, que é acrítico. Bom, agora eu quero que tu faça a seguinte pergunta pra mim.

Gordo, o que que eu vou estudar em filosofia? Não sei. Quais são as matérias que mais caem na prova do Enem?

Não sei. Me responde essa. Não sei. Uma das matérias que volta e meia aparecem na prova do Enem, queridão, é ética e moralidade. Esse é um dos nossos primeiros módulos de aula.

Saber diferenciar o que é ética do que é moral. E principalmente ver como as questões éticas estão inseridas no nosso dia a dia. Pega o exemplo de uma das questões que caiu nos últimos anos falando sobre bioética.

Esse é um assunto muito corriqueiro e é importante que tu saiba se posicionar. O que eu quero que tu lembre é que se cair uma questão envolvendo ética e moral, pensa que nós estamos falando de valores, nós estamos falando de cultura, nós estamos falando de hábitos e costumes que fazem parte do nosso dia a dia. Então essa é uma das primeiras áreas que vale a pena dar uma boa olhada. Olha só, eu sei que nem todo mundo gosta de política. Aliás, quando entra nesse cenário política, tem um velho ditado que diz que política e religião e futebol a gente não discute.

Pois a filosofia quer mostrar o contrário pra ti. Política, religião, são coisas que dá pra gente discutir sim. Dá pra gente debater sim.

E um dos temas que nós vamos abordar no nosso segundo módulo são as questões políticas. Que envolvem a estrutura do nosso país. Que envolvem a estrutura...

das questões sociais. Um dos assuntos bem recorrentes na prova e que vale a pena tomar cuidado são os teóricos contratualistas, por exemplo, são teóricos como Maquiavel, que traz questões políticas essenciais e os desafios da democracia para os anos seguintes. Essa questão da democracia é extremamente importante e a gente vai conversar sobre isso.

Mas é só política e religião que nós vamos conversar, porque futebol não dá, né? Não, não, não! Eu só queria poder dar alegria ao meu povo.

Não! Agora eu vou... Vou te falar uma palavra meio difícil, mas não é tão difícil assim. Epistemologia. É?

Bom, não é tão difícil assim. Epistemologia é a área que, dentro da filosofia, a gente estuda a origem e a formação do conhecimento humano. Como que um homem ou uma mulher apreendem uma informação e transmitem essa informação pra alguém?

Por exemplo, quando a gente debate as questões ligadas à ciência, nós estamos fazendo um debate epistemológico. Então, toda vez que tu estiver fazendo a prova e aparecer lá a palavra epistemologia, saiba que isso é uma das áreas da filosofia que estuda a formação do conhecimento. Quando tu entrar numa aula de Química, por exemplo, quando tu entrar numa aula de Física ou entrar numa aula de História, pergunta ao teu professor. Qual é o objeto de conhecimento que a disciplina dele estuda? Ele vai estar te dando uma dica epistemológica.

Mas a área que o Jojo trabalha com vocês, ela é uma área de meu interesse. Aliás, o Jojo é de meu interesse. Bom, a área do Jojo é uma área de nosso interesse.

Só que aqui ela recebe um nome um pouco mais chique. Ela recebe o nome de estética. Estética é uma palavra que foi criada por um cara chamado Alexandre Balgarden e esse cara disse que nós podemos estabelecer critérios racionais e filosóficos pra estudar o belo, né?

Pra estudar os fenômenos que envolvem a arte e a criação. Então, sim. É possível relacionar filosofia e arte. É possível, sim, relacionar a filosofia e a estética.

E essa é uma das áreas que nós vamos estudar esse ano. Existem algumas preferências nossas em todas as áreas, né? Eu, particularmente, gosto muito daquilo que é associado à área da antropologia. É um tema que é comum pra filosofia, pra sociologia. pra história e pra geografia.

Isso é um assunto que a gente vai tratar no que nós chamamos de interdisciplinariedade. Dá pra gente misturar muita coisa. E por que eu disse que tem uma preferência em relação a isso? Ora, porque a antropologia é o estudo do homem como um ser social. É o homem dentro da sociedade.

É o homem do seu gueto, na sua vila. É tu dentro da tua casa. Como é que tu estuda? Quais são os teus sonhos? Quais são os teus projetos?

E é isso que a gente estuda na antropologia. Uma das nossas últimas aulas desse nosso módulo de filosofia vai tratar sobre o papel do homem dentro da sociedade. O homem e os seus valores. E é disso que fala... o que nós chamamos de antropologia filosófica.

E aí, falta uma última pergunta, né? Essencial pra gente entender o que é filosofia. Será que dá pra relacionar filosofia e história? Será que eu e o Bussunda a gente pode casar em alguma dessas aulas?

Delícia! Ai, que delícia! E a resposta é muito simples.

Claro que dá! Porque a base essencial de toda filosofia é a nossa construção histórica. Então, em todos os momentos que a gente for estudar a partir de agora, nós sempre teremos uma referência histórica.

Como que a ética se comporta na Grécia? Como que a moral se comportava na Idade Média? Como que as questões políticas floresceram no período moderno? Então, sempre... Todas as nossas referências terão uma relação histórica.

E aí tem um detalhe muito importante. Existem alguns períodos históricos que precisam ser respeitados. E são eles.

O primeiro período chama-se período arcaico, ou período mítico. Aqui a gente vai dar uma olhada sobre a formação da filosofia e do mito. E é importante tu não confundir filosofia e mitologia. Porque são coisas muito distintas.

A gente vai ter uma aula sobre isso e vale a pena tu dar uma olhada. Porque mitologia é algo anterior à reflexão filosófica. Primeiro período, período arcaico.

O segundo período chama-se período pré-socrático. O nome é bacana, né? Pré-socrático, da ideia de tudo aquilo que vem antes de Sócrates. Eu prefiro até chamar esse período de naturalista. Pode aparecer...

ou pré-socrático ou naturalista. Foi os primeiros grandes pensadores, os caras que estudavam o que nós chamamos de Físis, a natureza, a origem do cosmos. Ainda não havia filosofia, mas já havia reflexão.

Ó, amiga sua louca, presta bem atenção. Esse é o período mais top da filosofia. É o chamado período clássico. Aqui nós temos três joias raras, maravilhosos, divos, suculentos e necessários.

É o Sócrates, o Platão e o Aristóteles. Por isso que é chamado de período clássico. Porque é aqui que nasceu toda a...

grande corrente filosófica, e aqui que todos os outros autores vão buscar suas inspirações. Sócrates, Platão e Aristóteles. Tem até uma brincadeirinha que dá pra gente aprender. SPA. Sócrates, Platão e Aristóteles.

Existe um período que apareceu na prova do Enem 2014 e apareceu na prova 2015, que é o período helênico. Esse é um período que surge em algumas escolas filosóficas e alguns personagens bem importantes para a filosofia, como, por exemplo, Epicuro, que é o cara da moderação. Então aparecem aqui escolas como o Epicurismo, o Estoicismo...

o cinismo, e esse processo volta e meia aparece nos vestibulares. Então vale a pena dar uma olhada, e é por isso que é chamado de período de transição, porque ele sai da era grega clássica... e prepara a Idade Média.

Alguns colegas meus aqui do Mundo Edu, e alguns alunos meus mais próximos, sabem de uma fase da minha vida bem importante. Eu fui seminarista, né? Eu tinha um sonho na minha vida, que era ser padre. E isso, de certa forma, ainda existe até hoje, porque eu sou um cara muito assim, de Deus.

E esse processo tá muito ligado a esse período histórico, que a gente chama de Idade Média, ou Período Medieval. É o momento que a gente vai estudar... A filosofia e o cristianismo, duas coisas que podem ser relacionadas com uma certa dificuldade, confesso, mas que volta e meia aparecem nas provas do vestibular.

Todo mundo tem algumas preferências dentro das suas áreas, dos seus autores, das suas pessoas. Eu tenho as minhas. Eu curto muito o chamado período moderno da filosofia. Aqui a gente vai estudar teóricos como Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau. A gente vai dar uma olhada nos teóricos iluministas e a gente vai ver a importância que esse período teve, principalmente na diferença entre o que é racionalismo e o que é empirismo.

Então aqui, queridão, aqui tem que ter uma tensão redobrada. E para finalizar essa conversa, temos o último período histórico, que é o período contemporâneo. É o período em que nós estamos vivendo até hoje. Aqui nós vamos encontrar Nietzsche, a gente vai encontrar Sartre, Simone de Beauvoir, autores como o próprio Peter Singer, que esteve no Brasil há poucos meses, e nós vamos estudar todas essas correntes filosóficas mais recentes, e que fazem parte do debate filosófico.

Então, o período contemporâneo... É o momento da atualidade e a gente vai conversar coisas do nosso dia a dia bem próximos da nossa vida. Como, por exemplo, o uso das redes sociais.

Adoro rede social. Me adiciona. Hashtag Betoversantos.

E aí, guerreiros do Enem, tudo tranquilo? Tudo na boa? Tá favorável?

Tá tranquilo, tá favorável. Tá tranquilo, tá favorável. Tá tranquilo, tá favorável.

Vai! Um brinde pro Zé Calcado. Tá tranquilo. É da foda! Essa foi nossa primeira aula, né?

A gente conseguiu estruturar aqui o que é filosofia, qual é a diferença de filosofia pra senso comum. A gente conseguiu ver quais são as áreas que nós vamos estudar na filosofia desde a E. política, teoria do conhecimento, falamos até de arte nessa aula de hoje e nós terminamos falando rapidamente sobre os períodos históricos que fundamentam o nosso conhecimento. Então nós temos um longo caminho pela frente.

O que eu quero, queridão, o que eu quero é que tu me acompanhe nesse processo. A gente precisa se cativar, já diz a minha camiseta, né? Nós somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos.

Então nós estabeleceremos uma relação de muita parceria, de muita amizade, de muito companheirismo. Quero que tu conte sempre com a ajuda desse gordinho aqui pra tudo que tu precisar e uma coisa eu te garanto, queridão. Uma coisa eu te garanto, querido. rumo ao topo do Enem.

Um beijão e até a próxima.