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Estudo sobre o Tecido Nervoso

Muito provavelmente você já teve aquela percepção de que o ano passou muito rápido. Você chega lá pelo mês de novembro, dezembro, olha para trás de maneira reflexiva e pensa o ano passou voando. Isso não é uma percepção alterada, ela é real. Cientistas japoneses descobriram neurônios responsáveis por apagar memórias irrelevantes lá de dentro do nosso cérebro. O detalhe é que memórias muito repetitivas, condicionadas a um dia a dia, também muito repetitivo, com as mesmas tarefas, convivendo com as mesmas pessoas, podem ser interpretadas como desnecessárias ou irrelevantes.

E elas são apagadas, o que faz você diminuir a percepção temporal. De maneira oposta a isso, lá na sua infância, você tinha experiências novas a todo dia. Conhecia pessoas diferentes, estava no auge da sua criatividade. E cada memória estabelecida tinha relevância. O seu ano parecia ser enorme.

Quando diziam fulaninho, ano que vem você vai poder fazer isso, parecia uma eternidade, não é? Eu me chamo Guilherme, eu sou professor de Biologia e te convido. Vem comigo!

Tá atusada? Então chegamos ao último tipo de tecido dentro daquele estudo que chamamos de histologia humana. A gente vai falar de tecido nervoso. Lembre-se que a gente já estudou tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular. E vamos para esse que dentre todos os tipos de...

O tecido eu costumo dizer que é o mais nebuloso, o menos palpável. Por quê, professor? Porque o tecido nervoso é o que vai formar o sistema nervoso. Muitas vezes esses assuntos são dados em conjunto, inclusive. Eu vou seguir uma linha um pouco diferente, a gente vai trabalhar os tecidos, depois vamos para os sistemas, e lá no final dos sistemas a gente vai estudar o sistema nervoso.

Muitas vezes é necessário recapitular alguns tópicos da aula de tecido nervoso. para entender o sistema nervoso. Eu espero que você consiga fazer isso. Agora, por que nebuloso?

Quando a gente fala do sistema nervoso, é difícil compreender o seu funcionamento de maneira clara. Por quê? Porque quando você fala de sistema digestório, eu falo assim, sistema digestório é responsável por quebrar alimentos e absorver nutrientes. É fácil de você compilar isso na sua cabeça, é fácil de você entender essa função. Quando eu falo sistema respiratório é responsável por trocas gasosas, entra oxigênio, sai gás carbônico.

É fácil de você compreender também. A mesma coisa para sistema urinário, circulatório, hormonal, tudo. Agora quando entra em sistema nervoso, qual a função do cérebro, por exemplo?

De imediato as pessoas não sabem dizer para que o cérebro serve. Elas ficam com uma ideia de que o cérebro manda no corpo, o cérebro comanda o funcionamento. E não é bem isso que ele faz.

O cérebro é um local que vai trabalhar em cima de memórias. Então ele vai ativar determinadas regiões e em cima dessas regiões cerebrais ele vai efetuar algumas coisas. Então assim, esse efetuar tem a ver também com aquilo que você recebe no cérebro a partir dos seus sentidos. Então é um órgão que tem uma complexidade fisiológica.

bastante grande e por isso uma complexidade também de compreensão do seu funcionamento a gente vai começar do básico tá aqui vamos falar de tecido nervoso e vamos entender as células que compõem esses tecidos lembrem-se que tecidos são agrupamentos celulares e tecidos agrupados formam órgãos como cérebro como a ponte como o bulbo como tálamo hipotálamo e esses órgãos em conjuntos formam sistemas beleza então vamos lá tecido nervoso Qual que é a grande função desse tecido? Eles transmitem informações de uma parte do corpo à outra. essas informações a gente coloquei entre aspas entenda isso como um impulso nervoso é isso que está transmitindo um impulso nervoso que nada mais é do que uma pequena corrente elétrica essa corrente elétrica lá no neurônio vai induzir a produção de substâncias químicas na verdade a liberação de substâncias químicas o neurônio libera essas substâncias que estimulam um novo neurônio a criar uma nova corrente elétrica que lá no final vai induzir a liberação de substâncias químicas, que induzem um novo neurônio a gerar uma nova corrente elétrica.

Então, essas informações são correntes elétricas, são impulsos nervosos que vão passando de neurônio ao neurônio. E quando você efetua alguma ação, por exemplo, mexer os seus dedos, lá do seu cérebro está sendo disparado... Existe um negócio chamado de potencial de ação, aí dispara uma corrente elétrica, que eu vou chamar de impulso nervoso, que vai estimulando neurônios em sequência até que isso chegue ao seu músculo. Quando chega lá no músculo, como a gente já viu na aula anterior, você vai ter um neurônio liberando substâncias químicas nos músculos do seu dedo, uma substância chamada de acetilcolina, e isso faz você contrair a musculatura. Beleza?

Então é um arranjo realmente complexo, fisiologicamente, e com muitos detalhes de funcionamento. E é isso que eu quero começar a explicar para vocês aos poucos por aqui, tá? Então, o tecido nervoso está presente no sistema nervoso e, portanto, tem uma origem ectodérmica.

Lembra lá das aulas de embriologia? Nós tínhamos três folhetos embrionários. Ectoderme, mesoderme e endoderme. A gente tem todo o teu sistema nervoso, portanto, tecido nervoso, de origem ectodérmica. Hectodérmica.

A ectoderme forma a sua epiderme, os anexos à epiderme e também o teu sistema nervoso. Professor, agora o que é o sistema nervoso? É mais ou menos isso que eu desenhei para vocês. A gente separa esse sistema nervoso em duas grandes porções, o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. Isso a gente vai estudar mais para frente na aula de sistema nervoso.

Esses dois tipos de sistema nervoso são diferentes principalmente com relação às suas funções. Eu não vou detalhar essas funções agora, mas o sistema nervoso central... Ele está mais bem protegido em função do seu protagonismo dentro do sistema.

Então a gente está super protegendo a porção chamada de encéfalo, que é toda a porção do sistema nervoso central que fica dentro do seu crânio. Lá a gente tem cérebro, cerebelo, ponte, bulbo, tálamo, hipotálamo. Então tudo isso faz parte do encéfalo.

E protegendo a medula espinhal, que também é sistema nervoso central, você tem a coluna vertebral. Também é muito importante, você sabe que uma lesão de medula espinhal pode trazer sequelas irreversíveis ao corpo de uma pessoa. Agora, partindo dessa medula espinhal, que faz parte do sistema nervoso central, a gente vai ter nervos. E nervos nada mais são do que feixes, conjuntos de neurônios.

E esses conjuntos neuronais... vão formar o sistema nervoso periférico. A gente vai ter nervos que são de ordem voluntária, ou seja, você manda neles, vamos dizer assim de maneira grosseira, e nervos que são de ordem autônoma.

Autônoma quer dizer que ele vai ser comandado por impulsos não controlados. Então o controle do seu batimento cardíaco, da taxa respiratória, tudo isso ocorre de maneira autônoma. A gente vai ver isso melhor lá na frente no sistema nervoso.

Beleza? Então o teu tecido nervoso está dentro do sistema nervoso. Agora, prof, o que é o tecido nervoso?

É um conjunto celular. E dentre essas células nós temos dois grandes tipos. Os chamados neurônios, que correspondem mais ou menos a 10% de todo o teu tecido nervoso. E os gliócitos, as antigamente chamadas células da glia.

Então, o teu tecido nervoso tem dois padrões celulares. As células neuronais e as células gliais ou gliócitos. Os gliócitos correspondem a 90% da tua massa de tecido nervoso.

E é interessante que esses gliócitos têm uma taxa proliferativa relativamente alta. Eles podem se multiplicar em grande quantidade. Inclusive, é eles que fazem você crescer o teu tecido nervoso. Quando você nasce, você tem um cérebro bem pequenininho. A quantidade de neurônios até pode se multiplicar às vezes, né?

Mas, em geral, você vai regredindo a quantidade de neurônios. Existem algumas regiões do teu sistema nervoso que permite a renovação de neurônios, que existe a multiplicação de neurônios. Mas por muito tempo a gente achava que não, que os neurônios estavam presentes dentro do seu corpo desde a época de feto, de desenvolvimento fetal, e a gente ia perdendo neurônios a cada dia.

A cada hora a gente vai perdendo neurônios. Esses não aumentam o volume do teu tecido nervoso. Agora, o que faz o teu cérebro, que era pequenininho quando você nasceu, ficar do tamanho que ele é hoje?

O aumento das células gliais, dos gliócitos. E professor, o que são esses gliócitos? A gente vai ver no nosso próximo quadro. São células auxiliares. Quem funciona mesmo, quem é a célula importante desse tecido, é o neurônio.

Agora, para o neurônio funcionar, ele precisa de ajudantes. E esses ajudantes a gente vai chamar de células gliais ou gliócitos. Corresponde a 90%.

Corresponde a 90%. do teu tecido nervoso, beleza? Nesse quadro, então, a gente vai falar de neurônio. Dá uma olhada nele, olha que bonitinho.

O neurônio é dividido mais ou menos assim em três partes, tá gente? Então você tem o corpo celular, essa massa que você tem maior do neurônio, com a grande quantidade de citoplasma. Lá a gente encontra também o núcleo, a gente chama isso aqui de corpo celular.

E partindo do corpo celular, a gente tem prolongamentos citoplasmáticos. Cada prolongamento desses aqui, ó... A gente vai ter um nome, tá?

Então a gente chama eles, em geral, de neuritos. Então você tem um neurito, outro neurito, outro neurito, outro neurito, outro neurito e um neuritão. Esse neurito maior a gente chama de axônio.

O axônio vai conduzir um impulso nervoso até a chamada terminação axônica, o finalzinho dos axônios. E lá no final dos axônios, normalmente, a gente vai ter liberação de substâncias químicas que estimulam o... próximo neurônio e assim vai subsequentemente.

Agora esses neuritos menores que a gente tem aqui, ó, ao redor do corpo celular formando essa cabeleira a gente chama de dendrito. Então tudo isso é neurito. E aqui você tem dendritos e esse neurito maior a gente chama de axônio. Qual que é a diferença entre o dendrito e o axônio?

O dendrito, pessoal, ele tá envolvido em receber, vamos colocar assim, ó, receber informações, tá? Ele recebe informações É gerado um impulso nervoso, percorre o axônio e o axônio libera informações para o próximo neurônio. Então a gente vai ver isso melhor depois na parte fisiológica desse tecido, ou seja, como ele funciona, mas a gente já pode antecipar. A gente vai ter sempre o impulso nervoso se deslocando no sentido dendrito-axônio, dendrito-axônio.

Ele pode, às vezes, começar direto no corpo celular, mas é sempre no sentido do dendrito para o axônio. Nunca do axônio para o dendrito. Então você tem corpo celular, dendrites e axônios. Ô professor, ao redor do axônio você desenha umas capinhas.

Exatamente, são capinhas. Essas capinhas são de uma substância chamada mielina, um tipo de lipídio. E essa mielina vai formar as bainhas de mielina.

Então você tem uma bainha de mielina, bainha de mielina, bainha de mielina. Depois já vai entender melhor qual que é a função dessa bainha. Mas guardem, ela está aqui. E quem produz a bainha de mielina não é o neurônio.

É uma célula. forma auxiliar um gliocito Beleza então tá aí a estrutura do neurônio importante e aí claro a gente tem classificar os neurônios né existem tipos de neurônios e a gente vai classificar eles com alguns critérios a gente tem os neurônios classificados quanto a forma e quanto a função quanto a forma Olha só toda vez que você tiver a partir de um corpo celular vários neuritos olha aqui 1 2 3 4 5 6 Você tem vários neuritos aqui. A gente vai ter um neurônio chamado de multipolar.

Tem vários polos. Então a partir de um corpo celular, vários neuritos. Esse segundo tipo, se você perceber, ele tem um neurito para cima, que vai ser um dendrito aqui, e um neurito para baixo, que é mais longo, que é um axônio.

Esse tipo de neurônio, ele só tem dois polos e não vários polos. Portanto a gente chama de bipolar. Esse tipo de neurônio não tem nada a ver com transtorno bipolar.

É só questão do formato dele mesmo. E esse último tipo de neurônio, ele engana um pouco. Porque quando você olha para o corpo celular, parece que só tem uma saída. Uma saída.

Então você pensa assim, se aqui tem várias saídas, é multipolar. Se aqui tem duas, é bipolar. Aqui você está vendo uma só, uma.

Então seria unipolar, mas não é. Porque essa uma saída logo se divide em duas. Então você tem um neurito para cima e um neurito para baixo.

Então ela é pseudo. unipolar que que é pseudo é falso parece uma saída só mas na verdade são duas pseudo unipolar beleza aí com relação à função dos neurônios você tem aí os neurônios chamados de sensitivos os motores e os associativos Olha que eu coloquei aqui para vocês três regiões do corpo um órgão do sentido pode ser por exemplo a sua pele sentindo uma substância quente tá pegou sei lá uma batata na sua mão imediatamente como ela estava muito quente você largou beleza você vai receber isso por um neurônio sem incentivo essa porção que você tá enxergando aqui é um dendrito de um neurônio que é pseudonipolar ó o tipinho dele aqui ó é pseudonipolar o dendrito recebeu a informação passou para o axônio e isso foi lá para sua medula espinhal então órgão do sentido no caso foi a pele que sentiu calor e aí a medula espinhal aqui embaixo Quando você tem esse tipo de reação imediata de soltar alguma coisa que é quente, a gente vai ter um ato reflexo. Esse ato, que é, digamos assim, um reflexo involuntário, ele é desencadeado não lá pelo seu cérebro, ele é desencadeado diretamente pela medula espinhal. Então você teve um estímulo muito exagerado de dor na sua mão, ou de calor excessivo, e imediatamente, sem você querer, você largou ali com uma medida protetiva. É um movimento antagônico.

Aquilo que você estava fazendo, você estava pegando a batata, agora você está largando a batata. Um movimento antagônico. Isso é desencadeado.

pela medula espinhal. O que a medula vai fazer? Ela vai pegar essa informação ali, que vem em grande quantidade, por vários neurônios que foram estimulados, e dizer, opa, peraí, a gente deu um perigo aqui, a pessoa pode se queimar. E aí ele vai associar diretamente, sem mandar isso para o comando cerebral, a informação que veio por aqui, com um neurônio associativo para um neurônio motor. O neurônio motor é aquele que vai lá no músculo efetor, que vai efetuar a ação de...

Abrir a mão. Então você pegou a batata e imediatamente você largou a batata. Isso é um neurônio motor. Então o neurônio sensitivo percebeu esse estímulo. O associativo comunicou o neurônio sensitivo com o motor.

E o neurônio motor estimulou o músculo efetor a largar a batata. Isso é um exemplo que eu estou dando para vocês. Quando a gente estudar sistema nervoso, vocês vão ver que esses exemplos se aplicam a várias situações diferentes. Beleza, meus queridos? Então, ó.

Forma. multipolar, bipolar e pseudounipolar. Função, ele pode ser sensitivo, quando ele percebe alguma coisa. Associativo, quando ele comunica dois tipos de neurônios lá na medula espinhal.

E o motor, que vai agir na efetuação de uma atividade muscular. Beleza? Gente, segura aí, eu vou trocar o quadro e a gente já volta.

Pra gente finalizar então, vamos falar dos gliócitos, ou células da glia, ou células gliais, e suas funções. Eu desenhei esses gliócitos para vocês associados a um neurônio. Lembrem, né?

Eu já comentei naquele momento anterior que esses gliócitos são células de apoio, células que vão dar suporte ao bom funcionamento do teu tecido nervoso porque elas vão dar suporte ao neurônio. E a partir disso o neurônio funciona numa boa. Então a gente tem função de nutrir o neurônio, proteger o neurônio, limpar o neurônio. Tudo isso vai ser função dos gliócitos.

Eu desenhei o neurônio para você aqui, ó, corpo celular, dendritos. axônio com a bainha de mielina então já está falando neurônio mielinizado e desenhei as células auxiliares ao redor eu numerei pra você está então o número um é o astrócito astro do grego que diz estrela tem uma célula de formato estrelado na verdade todas elas têm esse formato né mas tudo bem então as trocas aqui e notem que esse astrócito está conectado ao neurônio mas também há um capilar sanguíneo. Lembrem-se que os tecidos vão receber nutrientes, oxigênio, a partir dos capilares. Também é a partir dos capilares que se removem os excretas dentro de um tecido.

Então o astrócito vai ter uma conexão com isso aí, a gente já fala dele. Aí o número 2 é o oligo. dendrócito. Olígodo grego quer dizer pouco e dendro é relativo aos dendritos, essas ramificações que a gente tem do corpo celular. Eles têm poucos dendritos.

Dendritos pouco ramificados, né? Células de poucos dendritos. Eles vão ramificar, né?

Na verdade, não. Eles vão expandir o seu citoplasma e enrolar ao redor do axônio e eles têm uma relação com a bainha de mielina. Eu não desenhei pra vocês, mas eu coloquei aqui as células de Schwann.

Células de Schwann vão ter uma função parecida com a do oligodendrócito, porém dentro do sistema nervoso periférico. O oligodendrócito está no sistema nervoso central. E as células de Schwann, olha que nome bonito, Schwann. Se fosse em português seria X-U-A-T-I-L, né?

Schwann. Então aqui a gente tem as células que estão dentro do sistema nervoso periférico. Beleza.

E aí por último a gente tem a micróglia. São células menores ameboides. Células que são amebinhas, que tem uma relação com o teu sistema de defesa.

Elas são macrófagos modificados. Em umas aulas atrás, a gente estudou qual a função do macrófago, uma célula fagocitária. E a micróglia vai fazer justamente isso.

e eu não quero que vocês decorem esse desenho porque não faz sentido né você nunca vai ser questionado com relação ao formato dessas células ou como elas são dentro de uma imagem até porque isso que não é uma imagem real né fica uma representação didática que eu fiz para vocês o mais importante são as funções então a gente vem para cá e vamos trabalhar as funções função da célula número um o astrócito ele tem função de nutrição gente olha só o capilar associado aqui ó ele tem esses pezinhos que se plantam sobre os capilares e conseguem retirar nutrientes do capilar sanguíneo, mandar lá por processos difusórios para o neurônio, e ao mesmo tempo retiram excretas do neurônio e jogam para dentro do capilar. Como a gente tem uma malha muito complexa de células dentro do tecido nervoso, e nem sempre os capilares conseguem chegar até todos os neurônios, a gente precisa de células facilitando esse processo. Imagina você ter um neurônio aqui e um capilar aqui. O neurônio não está chegando no capilar e nem o capilar no neurônio.

Como que ele vai fazer para se nutrir? Através de astrócitos. Dá para dizer que o astrócito funciona meio como uma ponte de comunicação da célula neuronal com os capilares sanguíneos.

Beleza? Outra função importante, sustentação. A maior parte do teu tecido nervoso vai estar enredado com...

como se fosse uma teia muito complexa e quem sustenta essa teia são os astrócitos. A última função que eu coloquei ali tem a ver com regeneração e isso também tem a ver com o lance da sustentação. Se você tiver uma lesão em qualquer parte do tecido nervoso, a parte que foi lesionada vai ser recuperada com células denominadas de astrócitos.

Inclusive isso é muito importante porque esses astrócitos comunicam os neurônios que às vezes não se deterioraram dentro dessa lesão, então... com os capilares. Então você tem uma região de lesão, aqueles poucos neurônios que sobreviveram dessa lesão, ainda conseguem se comunicar com os capilares e se manterem viáveis por causa da presença dos astrócitos.

Então está ali as três funções mais importantes deles. Aí, o 2 e o 3, são os oligodendrócitos e as células de Schwann. Eu coloquei aqui para vocês, olha, eles formam a bainha de mielina. Então eles vão fazer essas expansões citoplasmáticas e enrolar ao redor do axônio.

As células de Schwann se enrolam mesmo, a célula vai se enrolar. Não é um dendrito que se enrola, é a célula como um todo. E os oligodendrócitos têm essas expansões que eu desenhei aqui para vocês.

A diferença que a gente tem, que é importante para uma prova de vestibular, por exemplo, é que o oligodendrócito está dentro do sistema nervoso central, cérebro, cerebelo, ponte, bulbo e a medula espinhal, e a célula de Schwann no sistema nervoso periférico. Beleza? Por último, nós temos os nossos pequenos macrófagos do tecido nervoso.

São macrófagos modificados. Lembra dos macrófagos? Células ameboides que realizam atividade fagocitária.

Aqui eles fazem exatamente a mesma coisa. Funcionam como células de limpeza do tecido nervoso. É muito comum a gente ter perda de pedaços citoplasmáticos, dendritos, neurotransmissores, convesículas, substâncias ali que são indesejadas e a micróglia é o...

é o tipo de célula que vai limpar o teu tecido nervoso. Vai fagocitando pedaços citoplasmáticos que são indesejados e mantém a funcionalidade desse tecido sempre ok. Beleza, gente?

Tá aí. A gente conheceu os tipos celulares do tecido nervoso. Na próxima aula a gente vai falar um pouquinho a respeito da condução do impulso nervoso, da transmissão do impulso nervoso.

Beleza? Fica aí que eu tenho um recado final para você. Eu espero que você tenha gostado dessa aula. Não esquece que ela faz parte de um projeto que visa oferecer biologia sempre de maneira clara, objetiva, didática e gratuita para qualquer tipo de estudante do Brasil.

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Um grande abraço, fique bem, tchau, tchau. Valeu!