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Importância do Branding para Marcas e Negócios

Música Música Você vê a Raissa, ela tá agora sendo garota propaganda da Louis Vuitton. As duas ali tão trazendo valor uma pra outra, né? Então eu acho que quando as marcas e as pessoas trazem valor uma pra outra, é legal.

O que não aconteceu, por exemplo, com os uniformes brasileiros na... falar eles perderam a oportunidade de mostrar que eles não era só uma loja de departamento e faz a roupa mais poderosa e possível as organizações que pensam na sua estratégia corporativa quanto eu quero faturar quanto o qual o market share o poder do branding é o que eu pago uma camiseta que tem um mickey diferente uma camiseta que não tem um mickey o produto pelo produto Às vezes, sei lá, a Samsung é melhor que a Apple em termos de produtos. Mas tem um outro status.

O usuário Apple que gosta do produto, ele quer tudo que seja da Apple, porque na cabeça dele é um padrão de qualidade. Você cria expectativas positivas. Esse é um poder que só o branding traz, da evolução. O que o cliente quer?

O que eu posso fazer? O que eu posso me manter relevante no cliente para construir esse branding icônico? E aí, esse jogo não para. É um jogo infinito.

Está começando o Primocast, o podcast oficial do Grupo Primo. E no programa de hoje, Kaique, a gente vai falar de branding. Ah, mas é de verdade?

Branding de verdade. Sem papinho furado com quem entende, com quem está há anos no mercado, com quem já fez muita coisa boa. Por isso, Kaique. Mas é branding mesmo, não é lançamento. É branding mesmo, Kaique, de verdade.

E por que eu estou falando isso? Porque estamos aqui hoje com o Anacolto, especialista em branding e design. fundadora e CEO da Anacoltube, uma das principais agências de branding do Brasil, se não for a principal, tá? E autora também do livro A Revolução do Branding, que eu fiquei muito feliz aqui de receber e eu vou querer, obviamente, depois que ela assine o meu livro. Tá?

Com certeza. Porque eu sou fanboy, tá? Ana, obrigado por ter vindo aqui falar com a gente.

Obrigada pelo convite. É um maior prazer estar aqui com os primos. É isso aí. E ó, esse programa vai ser demais, então já deixa aqui o seu like.

Já deixa suas 5 estrelas se você tiver no Spotify. Comenta também. Compartilha com todo mundo que você acha que está precisando de uma ajuda aí nessa área de branding. E comenta aí se você está fazendo alguma coisa de branding na sua empresa.

Quero ver. Duvido. Acho que você não está fazendo nada. Será?

O meu sobrinho que está tomando conta. Sempre é. Sempre assim. Sempre é o sobrinho.

Quero te convidar para você estar com a gente aqui numa manhã inteira. Porque a gente está abrindo aqui as... portas do Grupo Primo pra te ensinar a criar conteúdo. Dentro do Primo Estúdio, a gente tem uma experiência que é uma mentoria presencial dada por mim, pelo Lucas e pelo time que faz todos os tipos de conteúdos aqui dentro do Grupo Primo que vão te ensinar a criar conteúdo de verdade. Então, eu tô te falando que as pessoas que cuidam das redes sociais do Thiago Nigo e Bruno Perini, que fazem o Primo Cash, o Conselho e os sócios acontecer, o canal do Primo Rico e Você é Mais Rico, eles vão pegar na sua mão e vão te ensinar a como você...

criar conteúdo, como você vai fazer suas edições, como que você vai fazer suas estratégias de tráfego, como que você vai trabalhar o seu YouTube ou o seu Instagram. Tudo isso dentro de uma imersão incrível que eu preparei na mentoria presencial do Primo Estúdio. Então, se você quiser participar, são pouquíssimas vagas e é um grupo muito seleto. Eu tô falando de turmas de menos de 40 pessoas. Clique aqui no link na descrição.

ou no QR Code das telas, que você vai preencher ali uns dados para eu entender se é para você esse produto. Então, não perca tempo. Se você quiser aprender, criar conteúdo, clica aqui embaixo. Ana, me fala um pouco do tamanho da Anacolto Brand.

Quais são as marcas que vocês atendem? Já atenderam funcionários, escritório? Conta um pouco aí.

Vamos lá. Primeiro nós estamos fazendo 30 anos. Temos 30 anos no ano passado. Que legal, nós temos 30 anos de idade aqui Então a gente tem Acho que A gente tem um pouco menos de experiência, tá? É, um pouquinho menos.

Mas aí que a boa troca é essa, né? Sim. A troca boa é essa.

Eu, na verdade, a agência tem 30 anos, a gente chama da agência é faz fala, né? A gente nem fala que é uma agência de branding, porque a gente, nesses 30 anos, o que aconteceu? Eu morei muitos anos nos Estados Unidos, voltei em 93, falei, gente, o Brasil precisa de marcas fortes, a gente tem grandes negócios.

Décima economia, décima terceira, oitava economia do planeta. Sabe quantas a gente tem nas mais valiosas, nas cem mais valiosas do planeta? Nenhuma. Nossa, que vergonha, hein? Que vergonha, né?

Então a gente pode mais. Então o poder do branding é exatamente transformar isso. E aí eu acho que esse foi um pouco o propósito da agência, voltar com essa visão de que impulsionar o valor das pessoas e das organizações. E eu acho que é legal essa conversa aqui, porque... Branding forte começa nas pessoas, né?

Eu acho que isso é uma... Marcas são que nem pessoas. Você acha que a própria cultura da empresa acaba refletindo no produto final? Totalmente, totalmente. Cultura forte gera marcas fortes.

E a gente tem isso nas grandes referências. Vamos falar do Google, vamos falar da Apple, vamos falar da Nike. Começa de dentro pra fora. E com uma coisa que é muito importante também, né? Da gente entender.

O F faz e fala. Quem eu sou como marca? O que eu faço?

faço como proposta de valor de negócio e o que eu falo na minha comunicação. Então, o branding para a gente é essa gestão do valor do vai, faz e fala. Quanto mais alinhado tiver essa conversa, melhor é.

Então, ao longo da nossa história desses 30 anos, os primeiros anos foram 10 anos de design estratégico. Eu sou formada em design, fiz mestrado nos Estados Unidos, voltei. E aí, entendendo que design por si só é um logo, uma marca por si, ela não faz o verão.

não faz acontecer. E aí a gente se fez parcerias com empresas globais, com a Landa, sempre nesse foco de branding. Os segundos, né, a segunda década da agência foi consultoria de branding, então a gente fazia muitas consultorias e nesses últimos dez anos a gente começou esse lugar do é faz e fala, estratégico e execução.

Então hoje a gente é uma agência full service, no sentido de que faz estratégia de marca, faz entende proposta de valor do negócio, o que é um ponto de venda, o que é uma experiência de site, como é que você vende. E a narrativa de comunicação, a gente é uma agência full, com mídia, com tudo. Então, é um trabalho muito interessante, porque a estratégia é muito boa quando o seu cliente vê, percebe e decide pagar mais por ela.

Porque senão... É um PPT. E é um valor mais agregado do que só a consultoria, porque a consultoria você faz toda uma análise, entrega um PPT e ele tem que executar.

Exatamente. Eu já tenho, engraçado, eu já tentei contratar consultorias de branding aqui, para o grupo, porque a gente tem várias unidades de negócio aqui dentro. Sim, sim, sim.

E aí tem unidades de negócio que elas já tem um pouco mais, acho que a gente pode falar sobre isso, até que momento você deve contratar algum serviço desse tipo. Ou investir nisso, porque eu acho que tem unidades de negócio que já faturam bem, já tem uma quantidade de clientes que é ótima. Já saíram, já estão com poder. Então, já tem um pouco mais de maturidade.

Você fala assim, cara, legal, agora é o próximo passo. Porque eu vejo assim, por mais bem sucedida que essa unidade de negócio seja, a gente ainda tem que fazer esforço demais para vender. Você fala assim, cara, tem que criar datas comemorativas, trabalhar muito preço, desconto.

Falar para o cara, não, cara, assina isso aqui por R$29,90, você vai ganhar... Isso, isso, isso, isso. Você tem que ficar explicando toda hora o que é o produto. E mesmo assim, é uma marca que a gente...

E olhando para o Ottaotti, eu falo assim, cara, é uma marca que tem 120 mil pessoas ativas na plataforma. E você fala assim, cara, o porquê tem que fazer todo esse esforço? Aí entra nesse questionamento que você falou. Será que está na hora de investir? E aí eu queria fazer essa pergunta assim, o que é um entregável?

Vamos supor, a empresa vai procurar, a Colt fala assim, me salva. Tô meio perdido aqui, cara. Eu acho que tá na hora da gente fazer alguma coisa.

O que que é o entregável, assim? Então, o que que a gente... O que que na nossa visão o branding é?

Primeiro que não tem hora. Pra gente é que nem nascer. Você vai nascer com código genético. Você tem um código genético, seu código, seu código genético.

O teu desafio é desenvolver todos os seus talentos que o seu código genético traz. E que ele seja percebido. Então você pode ser uma pessoa perdida no mundo, não faz nada, não conquista nada.

Então ele é um pouco isso. Se você nascer entendendo já o seu papel no mundo, o seu código de ordem, o seu propósito, o seu impacto que você vai ter, quais são os atributos de marca que você quer ser percebido, qual é a tua proposta de valor do negócio que vai fazer diferenciação, se o cliente vai realmente dar valor a ela. E você tem uma narrativa muito clara, você encurta o seu processo.

processo de crescimento, tá? E você sai já com nível de consciência, de intenção muito claro que você quer construir. Você tem exemplo de alguma marca?

Tem, por exemplo, a gente fez Lingerie, conhece essa marca? Sim. Era um business plan da Brasília, assim, olha, eu quero ter uma oportunidade de mercado aqui. Não existe calcinha no Brasil, Lingerie é vendida nas lojas americanas, não tem valor nenhum, não tem uma coisa muito... Vão criar, e aí era uma oportunidade lá, uma vitória secret no Brasil.

Essa era um pouco a oportunidade que a gente tinha. Pior que ele lembra mesmo. E não é copiar, mas é entender o need dessa consumidora.

Porque ela ia lá para a roupa, que era uma calcinha muito fácil de usar, confortável. Ou ela tinha a do Lory, que era uma coisa muito vamp, muito gostosona. E aí a gente fez assim, qual é o tipo de mulher para todas as mulheres e o momento de cada mulher?

E com alguns tangíveis muito claros. Se o chão é perfeito, você vai, mede. E era um presente. Então, era um lugar que vira um lugar muito funcional de comprar uma calcinha pra um presente que era a lingerie. Por isso que o nome é lounge, lingerie.

Aí tem festa de noivas. A coisa virou... Ninguém dava presente de calcinha. Hoje em dia se dá.

É verdade. Então, você muda a categoria. Você tem uma intenção muito clara. Fazer com que cada mulher seja o seu melhor no momento que ela está. Porque às vezes ela quer seduzir, às vezes ela quer ser super confortável com ela e pronto.

Cada mulher tem um desejo. E a gente foi entendendo esse need de mercado, entendendo nossa consumidora que ele queria e fazendo todo um branding muito assertivo. Começa pelo nome, lingerie, a cara, os partilhos, a mulher, o preto, o rosa. Então, a chance de você... e ela não existia.

Era um business plan e a gente trabalhou muito. Aí vocês pegaram o negócio do começo. Do zero.

Que legal. Então imagina você, e eu sempre falo isso para empreendedor, cara, você vai abrir um restaurante, você vai abrir uma loja de roupas, sem nada, sem pensar estrategicamente qual é a tua oportunidade de mercado, qual é a dor do seu cliente, como é que você vai fazer algo diferenciado e não fazer mais um. Porque senão o teu custo de alavancar o teu negócio...

É muito alto, é como você falou. Caraca, eu tenho que fazer tanto esforço pra aparecer, né? E é caro aparecer, é muito caro.

E que louco, né? A gente, por exemplo, a gente que é homem, a gente é meio burro pra esse negócio de lingerie, dar presente, né? É, pode dar um presente.

Por exemplo, pra mim é uma coisa óbvia. Eu digo assim, pô, se eu vou comprar uma lingerie, eu vou lá na lingerie. Pra mim é mais óbvio. Tipo, vou comprar um hobby, vou comprar alguma...

Exatamente. Vou lá. Então, porque a loja, tipo assim, ela já indica que é isso.

E aí tem... Agora que ela falou, realmente, você para pra pensar assim, pô, parece... Que outra que você fala assim?

Parece uma... Vou usar aqui. Parece uma Imaginarium de lingerie, que, tipo assim, é uma loja de presente. É.

É pra você ir lá e presentear. E aí tem uma coisa muito legal, porque aí é uma coisa super importante de todos os pontos de contato da marca venderem a mesma proposta de valor. Então, a experiência da loja, o lounge, o nome, a embalagem. tudo tem uma estratégia por trás.

Você fazer hoje alguma coisa que não seja estratégico é rasgar dinheiro. É perder tempo, dinheiro, energia. É estar nas redes sociais falando qualquer coisa.

E tem uma coisa muito importante no branding que é construir equities visuais, verbais. Vocês lembram da loja, vocês lembram da sacola. Então isso tem muito poder. O branding tem muito poder. De criar uma loja.

experiências memoráveis, de criar repertório diferenciado nessa cabeça de todos nós, que o consumo, né, ou rede social, sem falar nada de diferente, você morreu na praia. Então é um instrumental muito poderoso e quem não entendeu ainda que tem que usar, porque eu falo sempre assim, você tem que fazer um cartão. Você tem que fazer uma embalagem, se tiver um ponto de venda, você tem que fazer uma proposta de site, você tem que fazer uma proposta de como é que você vai vender o seu produto, uma narrativa consistente.

Pega a Nike lá atrás, em todo corpo tem um atleta. Cara, 50 anos fazendo essa construção de valor, uma narrativa muito consistente. E aí tem outro ponto do branding que você falou da evolução do negócio. Pô, será que eu estou no ponto certo?

Você tem que estar sempre se revisitando. Porque o contexto vai mudar, né? O teu contexto muda, os concorrentes mudam.

Mas se você tiver esse fio condutor do seu propósito, por exemplo, vamos pegar a Nike ou a Apple, né? Pense diferente. Challenge that's fat to score.

Você sai de um produto que era computador e hoje você vende um monte de coisa. Então tem outro lugar. O que o branding é muito importante é que ele amplia a sua oportunidade de negócios.

Porque você não está falando de um produto, você não está fazendo o branding de um produto, você está fazendo o branding de uma organização. Isso é engraçado você falar, porque até mesmo no caso da Apple assim, o usuário Apple que gosta do produto, ele quer que tudo seja da Apple, porque na cabeça dele é um padrão de qualidade. Ele quer misturar.

Não, não é nem só. Eu adoraria, por exemplo, que a Apple fizesse uma operadora. Eu falo assim, provavelmente vai ser um operador incrível. Você cria expectativas positivas. Esse é um poder que só o branding traz.

Que é muito diferente do marketing, entendeu? E por que você acha, Ana, que muitos empresários têm tanta dificuldade? Porque assim, acho que o branding você acaba construindo meio sem querer.

Mesmo que você não tenha intenção de fazer alguma coisa, ou não tenha profissionais especializados nisso. Vamos mais rápido. A gente... Acaba construindo.

Uma percepção você vai gerar no seu cliente. Mas eu vejo que às vezes muitos empresários falam assim, cara, eu acho que... Vou gastar tempo. Vou gastar tempo, vou gastar dinheiro.

É firula, é logo. Isso é logo. O cara confunde muito com logo, com design.

O cara pega uma inteligência artificial, três vendedores e fala assim, é isso que vende, é vendedor. E por que você acha que os empresários, muitos empresários, principalmente hoje, num momento de ROI tão imediato, tem tanta dificuldade de entender o papel do brand até como... Você falou, cara...

É um negócio que faz parte do negócio como um todo, não é o visual, entendeu? É o análogama do negócio. Então, esse livro, o livro tem um pouco esse propósito, né, assim, de tirar esses falsos dilemas do brain. Ah, é longo prazo, é curto prazo.

Não, curto prazo é só performance. Longo prazo é bem... Você tem mais uns 30 para eu distribuir?

Não, você pode comprar na Amazon. Você pode comprar. Já é um best-seller, entendeu?

Então, na Amazon lá, o boleto está lá. Está lá, está lá. Porque, assim, o que a gente faz?

Eu acho que tem dois contextos. Um é o global, né? E aí, eu acho que o fato de eu ter morado muitos anos nos Estados Unidos, de ter aprendido ali estratégia muito bem executada, né? Porque...

porque estratégia é boa só numa boa execução, e disciplina e processo. Tem uma palavrinha mágica que a gente traz para o Brasil, mas que é muito forte nos Estados Unidos, framework. Então assim, quando eu chego no Brasil e vejo as organizações, eu vejo elas extremamente indisciplinadas, não tem framework, as globais tem, você vai pegar uma Coca-Cola, framework, método para construção de valor, impressionante.

E aí a gente vê os brasileiros sem métodos, às vezes não tem nem budget. Sim, cresce muito na raça, né cara? E aí crescer na raça era viável no século XX, no século XXI, meu amigo, é muito complicado.

Você tem todas as métricas, todos os QPIs, você tem todas as redes sociais ali pra você ter informação, você pode chegar no seu cliente, você pode saber tudo. Então o jogo mudou muito do século XX pro século XXI. Hoje você pode e deve pensar estrategicamente. Primeiro, competição.

muito maior, competição global, e no Brasil eu acho que é assim, aí eu faço um recorte brasileiro, que eu faço um pouco, eu sou muito apaixonada pelo potencial que o Brasil não destrava, ele tem um potencial que é sempre esse país do futuro que nunca acontece e as organizações que nunca acontecem, as marcas que nunca conseguem ser globais, e ficam num enxuga-gelo, que é uma coisa muito triste, a gente fez um estudo do Brand Brasil falando... O Brasil é aquela criança prodígio que nunca cresce. E, pô, a gente não está aqui para ficar enxugando gelo, né? A gente já passou essa etapa.

Mas, olhando o Brasil, assim, economia muito fechada, aquele valor dos Estados Unidos que era muito client-driven, conheça o seu cliente. Aí a gente chega agora assim, não, você tem que ser client-driven, botar o cliente no centro. Mas é uma palavrinha que o brasileiro, as organizações, elas não entenderam o que é. Então tem...

Todas as metas. E outra coisa, eu acho que impactou muito, um mercado muito fechado, é a inflação nos pegou muito. Ah, isso é verdade.

Eu vou sobreviver. O país que sobrevive. Então, quem sobrevive é um verdadeiro, um pouco a gente está vendo aí nas atletas brasileiras ganhando essas medalhas.

Elas conseguem sobreviver a todas as adversidades que elas têm sendo brasileiras. E as organizações, eu acho que tem um pouco esse... mesmo mindset, né? Eu preciso sobreviver. É o prazo, é venda, venda, venda.

E quando você vê, você tá gastando um monte de dinheiro e não tá construindo valor. Que essa é a grande gestão do brain, né? É a construção do valor de verdade.

Então, assim, a gente tem muitos cases muito legais, e aí no livro e aí a gente pega, assim, a intuição, tem muita intuição. Quando você pega o Johnny Walker, lá atrás, o cara fez um whisky, ele falou assim... Eu preciso segmentar meu uísque, eu preciso fazer uma linha de uísques. Como é que eu vou me diferenciar? Aí ele pega e faz uma garrafa.

Qual é o formato da garrafa do Johnny Walker? Como é que é? Vocês sabem?

É, o Johnny é... Qual é o formato? É o único formato de garrafa... É meio quadrado.

É, meio quadrado. Exatamente. O Johnny Walker é o cara que fala de quê? De progresso, né?

Então, não é isso que falam de progresso, mas como assim? Mas ele foi construindo isso de uma forma muito... Na guerra, na Segunda Guerra Mundial, ele era a bebida de todo mundo. Ele virou mais famoso que a Coca-Cola. Ele teve uma oportunidade ali.

Ele construiu o quê? Uma linha. Black Label, Red Label, Blue Label.

Isso tudo em 1930, 40. Então, você vê que a intenção de construção, de diferenciação... de fidelização e de segmentação do seu cliente, como tá ali na raiz da coisa, né? Como a Coca-Cola, quando constrói, quando inventa o Papai Noel. Por quê? Tá dentro do propósito dela.

Eu quero trazer momentos felizes. Você vê que tudo é intencional. Aí talvez, né, os irmãos Walkers ali não tinham assim, ah, vou fazer um framework de branding.

Mas a intenção tava toda lá. Procter & Gamble. Então, tudo que a gente aprendeu no século XX de marcas que estão aqui, centenárias, Louis Vuitton, Procter & Gamble, elas agora a gente pode instrumentalizar com framework. Então, assim, não vou pensar no meu propósito. Não, pensa.

Você tem capacidade de... Qual é o seu papel no mundo? Então, eu queria te perguntar sobre isso assim. Qual que é o primeiro passo, assim, pra uma empresa, vamos supor, ela fala assim, cara, a gente devia estar começando a pensar nisso, né, cara, a gente devia estar começando a fortalecer a nossa marca, pô, ficar, baixar um pouco esse atrito de venda, ou esse esforço de venda, deixar a marca vender um pouco sozinha, como que faz pra empresa começar a pensar nisso, quais são os primeiros passos?

Eu acho que assim, tem, quando a gente trabalha na dimensão do instrumental, né, a gente vai... Trabalhar em algumas coisas que... Você conhece esse estudo, né?

Tem um estudo de Harvard que fala assim, as pessoas que escreveram o que elas queriam no futuro, elas chegam muito mais perto do que elas, elas ganham mais, elas atingem seus sonhos. As pessoas que pensaram no seu futuro, mas não escreveram, elas são melhores. E as pessoas que não pensam no futuro, não escreveram e não falaram nada, elas ganham menos, elas estão perdidas no mundo, elas não conseguem emprego. Então você traz isso para uma visão de marca.

de branding. As organizações que pensam na sua estratégia corporativa, quanto eu quero faturar, qual é o market share, quanto eu vou crescer, qual é a minha meta, se você não pensar ao mesmo tempo na sua estratégia de branding e fazer com elas sejam casadas, isso é a questão. Se você pensar só quando você vai faturar, qual é a sua meta, qual é o seu price point, ela não vai alavancar o seu poder que o branding traz.

O poder do branding é o quê? Eu posso... pago uma camiseta que tem um Mickey diferente de uma camiseta que não tem um Mickey. Esse price point de diferença é o quê? É a marca.

É a marca. Você não pode desvalorizar isso. Você não pode achar que o papel do seu branding não é criar mais valor. Criar mais fidelização. Você falou isso, pô, se a Apple lançasse um carro, eu compraria, porque eu confio nessa marca.

Interessante, o brand está totalmente conectado com o futuro do business, né? O futuro e o presente. Ele pode inclusive te dar uma clareza melhor de futuro.

Sim, total. Quando você pega uma organização como o Google, que define o propósito, eu vou organizar as informações do mundo. Você vê que não é uma meta financeira, não é uma...

E isso que é uma diferença do corporate, da estratégia cooperativa, que é uma meta financeira, uma visão, quero faturar tanto, mas ela traz uma visão de amálgama. Quantos negócios o Google fez em cima desse propósito? Eu quero organizar as informações do mundo. Quantos?

Que a gente pega. Milhões. Então você expande o seu negócio com uma lógica de crescimento que é clara.

É porque você consegue até, dentro, eu acho, dos princípios da empresa e para atingir esse objetivo, você consegue ver outros periféricos. Claro. Se a meta do Google fosse só faturamento de AdSense, talvez eles não falassem, cara, como, né?

É, não preciso comprar um data center para centralizar as informações e organizar. Eu só tenho que vender mídia. Então, tipo assim, realmente vira uma parada totalmente diferente. E aí você vê as cores. Isso.

É. Estava aqui embaixo, vi uma camiseta, Google Educação. Eles não desperdiçam valor, né? Todos os apps deles têm as mesmas... As mesmas cores, as diferentes. Então, você vê que os equities que a gente chama, o valor de percepção das marcas visuais e verbais, eles estão diretamente ligados a um impulso de compra, a um desejo, a poder estar disponível, a querer, que a gente chama em inglês, willingness to pay, o desejo e eu quero pagar mais por isso.

Eu vou sair frustrado se eu não comprar isso versus aquilo, porque o produto pelo produto... às vezes, sei lá, a Samsung é melhor do que a Apple em termos de produto, mas tem um outro status ao usar ao comprar que me traz esse valor que eu quero ficar dentro dessa desse ecossistema de marca você acha que é um pouco disso que talvez o o varejo aqui no Brasil sofre um pouco porque é só uma briga de preço toda vez que você equacionar o seu valor, a sua briga de preço, você já perdeu o seu branding. Você já perdeu o seu poder.

E eu super concordo com você. O varejo no Brasil é guerra de preço. Quando você entra na guerra de preço, sabe quem sai ganhando?

Ninguém. Porque Casas Bahia foi... A maior anunciante durante 11 anos no Brasil, na década de 90 ali, qual o residual de marca que fica? Diferenciação.

Quando eu falo residual de marca é diferenciação, fidelização. o traço é isso é fogo né cara usar as novas gerações não consideram mais as várias também consideram eu sou eu sou livre mas eu vi eu falar que você acaba de Bahia anunciando preço preço minha mãe é mobiliado a casa com as coisas hoje minha mãe mandou o link da Amazon filha filho compra esse fogão para mim tá também na Amazon então tipo assim cadê o amor a marca que tinha Porque eu acho que o brand é isso, é um amor à marca que vai te levar pra sempre. É tipo, a Disney faz isso perfeitamente.

Sim, é um amor com entrega, né? Assim, aí a gente tem, que a gente chama, e a gente começa, e aí eu acho que esse é um desafio que a gente tem durante esses 30 anos, que muitos executivos, a gente trabalha com todos esses grandes, a gente trabalha Natura, Raiz, Havaianas, a gente trabalha com grandes, todas as, muitas grandes marcas. E aí era assim...

Mas eu vou investir, Nia? Vai me trazer retorno? Claro, você faz um ponto de venda alinhado com a sua proposta de valor, alinhado com a sua comunicação. Você vende 700% a mais.

É uma coisa impressionante. Primeiro, você tira, por exemplo, a gente está fazendo agora, mantequeira Happy Eggs, né? Ovos de galinhas livres.

Você tira, a primeira premissa aqui é commodity. Todo mundo tem. Esse princípio de commodity, todo mundo tem. Camiseta é commodity, água é commodity, isso aqui, né?

Coca-Cola é um... Tudo é. Então, esse é um primeiro princípio, tudo é comódico. E depois era, será que vale investir?

E aí a gente foi desenvolvendo métricas, porque eu acho que isso é um lugar também que o século XX nos dá, e eu acho que toda essa revolução digital é metas e métricas muito claras, né? Então a gente tem, sobre a ótica de produto, você conhece a sua marca, você tem um bom custo-benefício da sua marca, você tem diferenciais claros, então uma... onda que a gente avalia de valor.

Segunda onda que a gente avalia muito, e todas com QPIs, as pessoas, a sua marca cria identificação, essa marca é pra mim, é uma marca que eu gosto. Essa marca cria, esse negócio cria fidelização, eu compro uma coisa, uma segunda coisa, uma terceira coisa, isso é um problema muito sério, fidelização de clientes. Não adianta hoje se fazer uma oferta, comprar uma. É.

Cê tá. E a outra questão que também na onda que a gente chama, tô falando aqui das ondas de valor de pessoas, é essa marca cria conexão emocional comigo? A gente acha que não é, que a conexão emocional não é boa pra alguns negócios, não pra todos os negócios. É importante.

Por quê? Pra todos? Pra todos.

Me diz um negócio que a conexão emocional não é bom. Porque a gente tá falando de branding. diferente de marketing o marketing ele vai falar só com o consumidor ele vai fazer um push de venda o branding ele fala com quantos stakeholders com quantos públicos são importantes pro branding vocês trabalham numa empresa vocês tem conexão emocional com essa empresa?

com certeza vocês acreditam no propósito dessa empresa? vocês estão aqui gastando tempo ou construindo algo novo? é, construindo, é sim vocês tem investidores?

esses investidores eles tem conexão com vocês? tem é Então, o branding trabalha nessa esfera de todos os stakeholders. O consumidor é importante, ele faz a máquina girar. Mas a máquina hoje, principalmente, por exemplo, com startups, não necessariamente o driver é resultado de consumidor.

Às vezes é crescimento, às vezes é investidor. colaboradores importantes. Então isso é super importante da gente não achar... Ah, B2B, né? Empresas B2B não tem que ter conexão emocional.

Tem. É, no final das contas, relacionamento e carinho à marca também. Cara, você estava falando, eu lembrei que tem uma marca nova que entrou na minha vida, que eu tenho um filho agora, que é uma filha, né? É.

Pô, eu comprei uma coisa dessa marca... É. E tudo que eu preciso primeiro pesquisar se tem nessa marca pra antes procurar em outra. Olha que marca que é. É a Buba.

Buba? Não conheço. Que é a marca de brinquedos e periférico. Brasileira? É brasileira.

Vende banheira, vende brinquedo, vende tudo. Vou procurar, também não conheço. Não, então, mas é uma coisa que tipo assim, por exemplo, eu comprei primeira viagem, comprei um monte de coisa errada.

E aí uma das marcas, eu falo assim, cara, esse produto é bom. Será que as outras coisas que eu comprei errado tem nessa marca? Aí você vai lá e compra tudo periférico.

E eu acho que é um valor também que às vezes é tipo assim, cara, não conheço a história da marca, o logo não representa muita coisa pra mim, que é o nome. Não ainda, mas... É, mas é tipo assim, foi uma experiência tão boa do produto que me fez virar um cliente fiel pra adquirir basicamente toda a linha. Isso é muito legal. É tipo assim...

produto é importante, é super importante. Então, ele cumpriu o seu papel, que é a onda de duas pessoas. Você se identificou, você se fidelizou.

E tem mais uma terceira onda que, dentro dessa escala das três ondas de valor do branding, que é o propósito. Que é assim, qual o impacto que essa marca tem? Será que é uma marca que trabalha com ecossistema?

Será que ela é sustentável? Será que meu filho, se pegar isso, não vai? Ela mobiliza as pessoas. Vou dar um exemplo de uma marca brasileira que a gente... algumas marcas que eu acho que estão fazendo isso bem.

Uma marca, por exemplo, de chocolate que virou um presente super sustentável que é super legal. Qual é? Brasileira? Brasileira. Tem a Dengo?

A Dengo. Olha que legal. Chocolate brasileiro. Tem várias marcas de chocolate.

Começa pelo nome. Dengo. tem afeto depois o propósito, eles pagam mais pra agricultura, eles estão progando cacau na Bahia eles estão com um ecossistema super sustentável ele é um presente diferenciado quando você vai na loja, maior franquia tem 200 franquias agora de lojas próprias então você vê como eles começaram mas com todos os ingredientes produto diferenciado, tem uma proposta de valor muito clara... E fideliza a gente no nível de que é uma marca que nos representa. Então, quando eu vou dar um presente, eu não vou dar de outras marcas que não me significam muito, que é só um bom chocolate.

Eu vou dar dessa, porque ela está falando algo sobre a minha visão de mundo. E é um dos fundadores, e é também um fundador da Natura. Então, você vê que esse mindset de construção de valor está mudando.

E aí eu tenho certeza que em 20 anos, Essa lista de marcas mais valiosas do mundo, que a gente não tem nenhuma, nem 100, eu acho que pode mudar. A gente está saindo com marcas com ingredientes mais claros. Eles já sabem o jogo de construção de valor do século XXI, que não é só mais um chocolate, não é só mais um produto de criança.

O jogo é muito mais pesado. E se você puder capturar esse valor já na entrada, com nome, com marca, com... com produto bom, com fidelização, com propósito, cara, o jogo está muito mais rápido e a gente analisa muito marcas que estão crescendo agora, que estão inovando. Pega o iFood, é uma marca jovem, que está inovando, criando valor para o consumidor.

Cara, o iFood é jovem, mas parece tão velho na minha vida. Parece que usou há muito tempo. Como que a gente vivia antes? É, então, dá essa sensação.

Eu pedi uma pizza no final da semana passada e falei assim, cara, como eu pedia pizza antes? Tinha que ter um catálogo de telefones. E eles nasceram do catálogo, né? Então é muito legal ver como o negócio que vivem, que nasceram, isso que eu acho que é uma coisa muito importante das organizações entenderem. Você tem que buscar, e cada marca, você vê, eu adoro stories nas marcas, você pega Nike, tinha outro nome.

No meio do caminho virou Nike, mesmo iFood era um catálogo. Todo negócio bom, ele vai gerando essa relevância da evolução. O que o cliente quer?

O que eu posso fazer? O que eu posso me manter relevante no cliente para construir esse branding icônico? E aí, esse jogo não para. É um jogo infinito.

Nossa, e eu acho que uma dificuldade gigante é, na verdade, de comunicar tudo isso. Porque... O Kaique pensa num monte de cara que a gente convive com muitos empreendedores menores.

O cara sempre tem uma grande ideia, um grande produto e não sei o que lá. Aí quando o cara te conta... Você fala assim, irmão, ninguém liga pra isso, tá?

É muito complicado. Ninguém liga, só você. Aí o cara fala que ele traz um monte de profundidade.

Um peso, né? Você fala assim, cara, ninguém se importa com isso, cara. Ele traz um monte de profundidade e ele te mostra essa tampa. Aí você fala assim, tá, cara, eu não consigo ver isso que você tá vendo, né?

Cara, lembra na época que a gente investia num primo startups lá? Aí, às vezes, veio um cara super legal, cara, com uma ideia... O cara apaixonado pelo negócio.

Uma ideia de um banco, um banco digital para o jovem e tudo mais, e você fica pensando, cara, já existe o Nubank, cara. Exato, exato. E é ruim matar esse sonho, só que, tipo assim... E aí é uma pergunta que eu quero fazer, cara.

Como competir com uma empresa que tem um brain já tão forte? Porque às vezes você tem um negócio... Mas vamos pegar o Nubank.

Como entrar no mercado consolidado, né? A gente trabalha no mercado financeiro todo, Itaú, Unibanco, a gente trabalha muito no mercado financeiro. Talvez seja o mercado mais desenvolvido do Brasil. É, as três marcas mais valiosas do Brasil, nas 500, são três de banco. Então já dá pra entender aqui.

Mas é um mercado muito desenvolvido por causa da inflação, por causa, né, a gente é muito tecnológico. Mas é legal essa história do Nubank, né? Ele entrou com o quê? Ele foi resolver...

Um problema do consumidor. E a gente estuda muito, o cartão de crédito a gente já fez muito. Isso que eu ia falar, porque na época, o jovem não lembra, só que antigamente você conseguia um cartão de crédito com um ímite de 100 reais, era um par, né? Não, mas não é essa a dor.

Não era essa a dor? Não, a dor que eles resolveram, que é muito legal, e que tinha já, que a gente já fazia outros cartões e tal, era o cliente, o consumidor brasileiro tem muito medo do cartão de crédito, porque ele não controla o gasto dele. Ele vai... gastando, é um dinheiro meio mágico, né?

Passa, passa, passa, no final tá ferrado. O cara tinha uma surpresa na fatura. Uma surpresa na fatura, o que acontece se você não paga a sua fatura?

Imagina isso, Kaique. Que você ia receber a sua fatura por um envelope depois. É, que o surpresa... Você vai ser meio o que aconteceu?

Onde eu gastei? No Brasil, se você não pagar a fatura do cartão de crédito, o que acontece? 12% ao mês.

Então, assim, é mortal. Então, as pessoas tinham muito medo de ter cartão. Pra ser CD. Mas, E aí eles fizeram uma coisa muito simples, eu vou te dar muita clareza na sua fatura. Um extrato ali na mão, né?

Gente, é muito simples isso. Então o Nubank hoje que a gente vê, que vale mais do que o Itaú, temos valor de branding. Que doideia isso, né? É muito doido. Com muito pouco tempo, começando por uma dor muito clara de resolver, eu vou te dar o extrato muito fácil e sem anuidade, que era uma...

Máxima que ninguém queria fazer. Era o extrato. Eu lembro que já no banco tradicional, minha mãe só podia tirar X extratos por mês.

Exato. Você não podia ir no caixa e tirar o extrato na hora que você queria. Você tinha que pagar, né?

Você tinha que pagar pra tirar X reais. E é esse que é o modelo de negócio que eu acho que não existe mais, que é você punir o seu consumidor o tempo todo. É Blockbuster e Netflix.

O modelo de negócio do Blockbuster, 50% da receita do Blockbuster é em cima de... Vídeo atrasado. Vocês não pegaram o Blockbuster?

Pegamos, pegamos. Se atrasava o vídeo, você ficava pagando lá. O que que Netflix fez? Era caro, hein?

50% da receita do Blockbuster era em cima de atraso. Mas, gente, você fazer um modelo de negócio... Desculpa, mas você assistiu o vídeo no domingo e da domingo à tarde, umas 4 horas, você tem que devolver.

Era muito acaradíssimo. Era muito triste. Você falou assim, não, eu vou levar só segunda.

Mas, gente, olha a premissa do modelo de negócio. punir, punir, punir. A galera pagava manutenção de conta.

O que é manutenção de conta? É banco, entendeu? Então, assim, quando você vem e aí por isso que você entender e atender o seu consumidor, hoje é uma premissa que assim, não dá mais pra, entendeu?

Ah, vai fazer um negócio, mas eu vou ganhar em cima de multa, vou ganhar em cima... A gente esquece. Você tem que cativar e resolver um problema.

É, isso é interessante que você está falando, porque assim, os bancos, eles sempre tiveram muito dinheiro pra fazer excelentes filmes de propaganda, filmes comerciais e tudo mais. E eram filmes muito bonitos. Aí o cara faz desenho no ar, o que eu posso fazer por você hoje, blá, blá, blá.

Só que na realidade do dia a dia, era só tungada. Eu odeio, né? Todo mundo, eu odeio banco.

Banco é um mal necessário. É um mal necessário. Todo mundo tem que ir na agência, que desgraça, né? Não sei o quê. E o Nubank não tinha dinheiro para fazer tudo isso, mas o produto falou por...

por si só, né? Porque ele mostrou que, tipo assim, não, cara, a gente é amigo, a gente é democrático, a gente é simples, a gente tá no seu celular. Quer ver uma mudança simples que eu acho que quase ninguém percebeu?

Na época dessa transição dos bancos digitais com guerra com os bancos tradicionais, na internet batia muito na tecla de abra sua conta grátis. Hoje eles não usam mais esse grátis porque ninguém mais... quem cobra é louco, entendeu? Porque antigamente o grátis era o diferencial.

Hoje quem cobra é maluco. Então, tipo assim, hoje... a sua conta.

Mas a gente também vem junto disso uma experiência muito boa, que a gente chama do Consumer Experience, muito boa, um app muito fácil. É imbatível o app. Como é que é a cor do Nubank?

Qual é o nome do Nubank? Vocês sabem a cor do Nubank? Sim, roxo.

Então assim, virou equity, virou, além da categoria, ela virou referência e aí a gente chama do poder do branding icônico. Tem muito pouco... tempo essa história.

Você vê que consistência, experiência, identificação e um propósito, isso tudo tá muito alinhado. O é, faz e fala do Nubank é muito alinhado com o propósito. Não desperdiça em nada, sabe? E aí, eu digo assim, se você não souber, e aí quando a gente pega, assim, marcas nas redes sociais, cada hora fala uma coisa, cada hora tem uma cor, cada hora tem um equity, não tem nada, entendeu? porque, e aí você a gente analisa quem cresce quem tá realmente fazendo e aí ele consegue o que?

Sair de cartão para um monte de outras ofertas, porque ele pegou o cara ali e começa a Total. Interessante, né, porque se você traz um fator um pouco mais humano, que às vezes os executivos tem um pouco de dificuldade em olhar isso, porque tá muito driveado no Copy strategy, brain strategy. É, num negócio que você fala assim, cara, o semestre é a meta, é o número, é a grana. Não faz. E aí você fica muito nessa guerra de curto prazo.

Aí aparece um cara do nada, como o Nubank, no mercado que, cara, tava todo mundo navegando tranquilo, sozinho. Eu tinha cinco bancos de mão. Eu falo, cara, temos só a gente aqui. Os caras vieram, eles estão atrapalhando todo mundo. E é curioso que a gente trabalhe com ele, do outro lado, enfim.

E isso já aconteceu várias vezes, assim, com beleza também, acho que, por exemplo, Natura lá atrás, né, com grandes empresas, belezas globais. Não, essa marca aqui não vai me atrapalhar não, de repente vira uma marca global, de repente quando você menos espera, e isso é uma coisa importante também, o concorrente não é mais o concorrente direto, o Itaú, o Santander, o Madeira, eles não concorrem mais. O concorrente mesmo são esses caras que vêm de optar. e entrar com novas propostas de valor e que realmente aí viram, tiram do bolso, entendeu? Acho que esse que é um lugar também importante a gente olhar.

Não existe mais esse olhar da concorrência para o lado, né? Agora você não sabe mais quem está disruptando quem. Quem vai roubar o bolso de quem?

Se é o Google Pay, se é o que é o Paypal. Mas eu acho que também, eu acho que já vira um outro trabalho. Eu imagino muito que o Nubank, ele vai... ter que, ele é jovem, então ele vai ter que aprender a envelhecer, porque o público vai envelhecer com ele, então o cara que ele abriu conta com 20 anos, daqui 20 anos ele vai ter 40, talvez ele vai ter um cargo já executido e tudo mais, se o Nubank não atender, ele vai ter que sair de lá.

Mas então, é só uma premissa pra todos. E no mesmo caso, o Itaú, se o Itaú não se renovar, ele não vai conseguir... Pegar aquele cliente de 17 até ficar com ele até 90, entendeu? Porque o cara que já tá, sei lá, tem 70 anos, que tá no Itaú, daqui a 30 não tá mais entre nós. Vai virar a fruta seca no Natal.

Eu acredito que daqui 50 anos a gente não terá mais frutas secas no Natal, cara. você já viu jovem comendo fruta seca? é verdade isso é uma coisa de vó mas nunca soube seca nunca soube seca você bebia vinho na sua adolescência?

não bebia, e o gin voltou com tudo do nada do nada na farinha não tem gin inteirinha do nada não, tem uma estratégia por trás é só pra gente não achar que o dado está agora, um grande desafio das organizações hoje é se manter relevante exigente É cada vez mais difícil, né? É cansativo, cara. Então, assim, o jogo é infinito, você não para nunca, né? Então, assim, quando a gente fala do branding cônico, quais são os critérios para você avaliar o branding cônico, sempre buscar a diferenciação, porque a diferenciação de hoje não é a da...

O conta grátis já não é mais diferenciação. E muito rápido, né? E muito rápido. Então, assim, diferenciação o tempo todo. Dois, criar relevância.

O seu contexto vai mudando, você tem que criar... A gente tem um case que eu acho que eu adoro, que a gente usa muito, o Lego, né? Lego, teve uma época de Lego que era brinquedinho de plástico.

Coisa bobinha. Bobinha pra menino. E quando o mundo dos games, o mundo, né, tava bombando e o Lego se viu, gente, eu não lanço um produto novo há 10 anos.

Marca mais querida na época. Sempre cresceu, de repente estagnou. Mas voltaram com tudo, porque... Tem 30 jogos, né? Pô, Lego é a marca mais amada.

O único jogo que a Fortnite fez um spin-off foi do Lego. Que é o Fortnite Lego. É o único. Mas você vê que é uma marca que nasceu em 1930 como um bonequinho de plástico. Literalmente, é.

Um bonequinho de plástico. Um bonequinho de plástico. Então não é sobre o produto, é sua capacidade de se manter relevante no jogo, no contexto.

E parece que virou um negócio que as grandes marcas querem fazer uma colab com a Lego. A Nintendo fez, sei lá quem fez. Aí eu vou completar o branding icônico, que é se manter relevante e criar propriedade.

Quais são as propriedades? O Leguinho, que era um produtozinho de plástico, poderia ser, ele virou o quê? Uma propriedade. Então, o jogo, o filme, as cidades, as lojas, né, é muito legal isso. E depois é manter a consistência, porque também não é jogar tudo fora.

Isso o brasileiro adora jogar tudo fora, né, olha o passado, ah não, isso aqui não serve mais. Vamos fazer um nome novo? Vamos fazer...

Não, gente, olha pro seu passado, você tá aqui há 80 anos, alguma coisa você fez muito certo. Sim. Você não destravou ainda, talvez, todo o seu potencial.

Mas... Olha com carinho o seu passado, olha pra trás. Mas eu achei mania mesmo, porque eu lembro que quando... Deu o boom do CD, em qualquer lixeira tinha caixas e caixas de vinil, assim, caixas e caixas. Jogando tudo fora.

Eu fui na Retro Game... Hoje, hoje, é tipo assim, cara, pra você achar um vinil... Ah, e o MP? Nossa, mas...

Eu fui na Retro Con, esse final de semana, no evento live videogame, e tinha um VHS, né? Eu tinha muito VHS quando eu era criança, né? E, cara, VHS de 200 reais. VHS de... Eu falo assim, minha mãe acho que jogou tudo fora.

Então, saiu o DVD, mesma coisa. Minha mãe comprou um monte dos filmes que eu... E tudo em DVD.

Virar lixo, né? E ela pegou todos aqueles... E deu, assim, ó.

Deu 20 filmes da Disney pra vizinha, assim. Eu falo, gente, tchau. Então isso é muito legal pra ver que o mercado é muito dinâmico.

Ele se reinventa, ele se ressignifica. A gente tá sempre em busca de se manter relevante. E as estratégias por trás também, né?

Assim. A gente não ara nada, de repente volta com tudo. Então, assim, existe sempre uma intenção, uma estratégia de ressignificar aquilo que era um produto para o momento presente.

Sim. Agora, você acha que tem marcas, você vê marcas grandes falando só da boca para fora? Você fala assim, essa marca está tentando entrar no negócio do momento, está tentando ser boazinha, está tentando tomar um posicionamento. É, toda essa coisa de SD, né, toda essa coisa que fica meio chata, meio boring, meio sem relevância.

A própria Apple mesmo falou assim, ah não, a gente não tá mandando carregador porque a gente é verde. Claro, é porque... Tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá bom, tá punir as empresas. Ai, Coca-Cola é um líquido de açúcar e água, é ruim para a saúde. Assim, a Coca-Cola, como empresa, ela está se reinventando.

Ela tem hoje o posicionamento de saúde, ela tem um maior portfólio de bebidas, água, sucos. A Coca tradicional, se você pegar um índice de açúcar de hoje, de 10 anos atrás, é tipo assim, cara, reduziu drasticamente. E o portfólio dela é muito maior. Então a gente tem que acreditar.

É, eu tava vendo lá que McDonald's e Chipotle, que é aquela cadeia mais natureba dos Estados Unidos, McDonald's tá caindo porque é uma questão de fast food e ela tá crescendo porque é uma coisa mais natural. Então assim, o que vai dançar é quem não se adaptar. A onda nova de sustentabilidade, de relevância, de fazer com mais impacto, isso é dado pro século XXI, é dado.

E vai dançar quem não quiser se adaptar. Ah, não, eu sempre fiz isso, não vou... Então, eu acho que esse cara dança.

Mas... E o cara que só fala, ele não faz, né? Então, por isso que volta na questão do é, faz e fala, né? Entende quem você é, faz e adequa o seu processo, as suas coisas, os seus produtos, os seus serviços.

E fala bem essa narrativa, né? Por exemplo, a narrativa... Eu falo sempre da princesa da Disney.

Ela podia falar, gente, princesa do século XXI, essas mulheres todas feministas, né, ganhando todas as medalhas do Brasil. Isso não existe mais. Não. Ela readaptou, ela não jogou fora um equity de princesa.

A Branca de Neve, todas essas princesas existem, mas com um outro olhar. Eu posso, eu não preciso mais do príncipe, o poder está em mim, né? Então, em vez dela jogar fora todo um equity que ela construiu de princesa, não, ela é a princesa corajosa, é a ruiva, é a...

Isso é uma coisa que a gente tem que aprender muito a fazer. O react de Alhadinho, no filme original, o desenho, ela tinha que casar com um homem para ele virar sultão e ela esposa do sultão. No novo, o pai ignorou essa regra e ela virou sultão.

É Frozen, a história com a irmã. Então, a gente precisa muito entender o contexto também, para não jogar... O banho, o filho, a água, tudo fora. Até porque você precisa tomar cuidado que ao mesmo tempo que você precisa vender Frozen, você precisa continuar vendendo Cinderela, né? Ela ainda é um asset da empresa.

Mas ela é uma princesa, Frozen é uma princesa. Entendeu? Então assim, são dois tipos de princesa pra talvez dois tipos de público. Sim, total.

Teve um podcast que eu mencionei também, teve um caso de uma atleta americana, que ela... Que ela levantou um ponto curioso das grandes marcas de atletismo. Ela é uma paralímpica, ela não tem uma perna, ela usa aquela perna mecânica.

E ela levantou uma polêmica que ela fazia em todas as lojas que expõe um manequim com uma perna mecânica. Ela foi tentar comprar um único par de tênis e a marca não vendia. Dava um desconto de 15% e tudo mais.

Também eu acho que é um jeito que as marcas estão aprendendo E estão tentando se adaptar a todo o mercado. E tem momentos que não vai conseguir fazer, né? Sim, sim, sim.

E é isso, assim, o que eu acho que tem de lição nisso, até a história da Nike, né? Lá na década de 90, sendo a marca mais valiosa de esporte, aí começam a ter essas acusações pela imprensa, não tinha nem rede social na época, de trabalho escravo, trabalho infantil. As ações da Nike caem absurdamente.

E o primeiro depoimento, se eu, assim, não, mas a gente não tem as fábricas, a gente só tem a marca, isso não é responsabilidade minha. Aquelas bolas made in Paquistão. É, exato. E aí o consumidor falou assim, não, o jogo é diferente agora, você é responsável pelo seu ecossistema.

E aí eles tiveram que se retratar e falou assim, ok, tá certo, a gente agora é responsável pelo nosso ecossistema. Então não tem mais essa desculpa, né? A gente vê isso, Lipto, que é a marca mais... de chá da Unilever também, que tinha toda a questão de chá perdendo espaço, muito comoditizado na Inglaterra, por exemplo.

E aí produtores de chá na África, na Índia, e eles falaram assim, vou fazer um ecossistema totalmente sustentável, vou fazer um programa inteiro de trabalhar, pagar mais, educar esse cara que está plantando chá na Índia, na Paquistão, na África. E aí virou a marca mais valiosa, né? De chá da Inglaterra, o Lipton. Que é uma coisa muito legal de você ver essa regeneração dos business, sabe?

Eu super acredito no branding nesse lugar de dar espaço para as organizações se regenerarem. Porque não vai ter mais espaço só para consumo, gente. Sim.

O século XXI está aí para nos provar que a gente não pode só consumir. A externalidade de um business hoje é responsabilidade. De todos nós.

E como que você vê, você falou assim, pô, a gente não pode jogar tudo fora, o que a gente já construiu e tudo mais, mas como que você vê uma marca que ela precisa se reposicionar? Ela já tem um posicionamento, já tem anos, já tem uma tradição, mas ela precisa mudar algumas coisas. Sim, sim.

Então, a gente fez, todas as marcas precisam evoluir. Assim, parou, parou. Deu uma estagnada, não dá pra ser o mesmo cara, né?

Acabou, né? Então assim, isso é uma premissa do negócio. É que nem escada rolante. Você tem que estar subindo o tempo todo, porque os seus concorrentes vão estar sempre nessa evolução.

Então um jogo é um jogo infinito. Mas tem uma hora que a marca começa a ser um detrator de valor, né? Ela passa a ser uma alavanca. A marca, o papel do branding é ela abrir... Ela tem que ser maior do que o negócio, né?

O papel do branding, pra ela abrir negócio. Você poder contratar, você poder ganhar investidor, você poder suas ações valorizarem, você poder comprar mais produtos. Quando ela passa a ser um detrator do negócio, aí você tem que falar, caramba, minha marca não está mais me ajudando. Ela está me atrapalhando.

Então, por exemplo, a gente fez Ultragás há quatro anos atrás. Uma empresa que vendeu GLP, bujão de gás, durante 80 anos. Marca super inovadora, trouxe bujão de gás para o Brasil e tal. E a marca, o logo em si, era um esforçadinho, um carinha empurrando o bujão de gás. Hoje eles estão...

Com todos os tipos de energia, trabalham com todas elas, biometano, energia elétrica, não tem mais só o bujão. E aquele logo dos forçadinhos, assim, não dá. Parece um negócio muito braçal, né?

Não, e assim, primeiro o nome, né? E depois um logo que é totalmente aquém do modelo de negócio. Então eles fizeram todo um planejamento estratégico de expansão de novos tipos de energia, definiram o propósito que é a sua energia para melhorar o mundo.

E aí a gente refez a marca, todos os equitos, toda a extensão de portfólio de produtos. E hoje, o tagline, por exemplo, que a gente trabalha muito nesse posicionamento é somando energia. Então a gente soma energia de todo mundo. A gente tem hoje energia elétrica, biometano, todas essas energias.

E saiu de um segmento somente de GLP para um segmento de energia. Olha a expansão de negócio. Que se essa marca só com esforçadinha, tem esse case aí no livro, e é trazer, né?

Não dá mais. Interessante, é o que a gente tá falando de conseguir comunicar um pouco da nova mensagem, né? Se não, o cara pode olhar e só pelo subconsciente, acho que os caras só vendem bujão de gás, acho que eles não fazem nada mais.

Exatamente. E isso tem um peso muito grande, né? Você olha uma pessoa, o impacto da imagem, a gente não pode subestimar.

Ah, sou super moderno, sou super... E aí a marca é velha. Os concorrentes são iguais. Aí a gente avalia muito, a concorrência, você se diferencia, você consegue construir algo diferenciado, seus hectares são únicos, como o Nubank construiu o roxo. Não, é tudo um patchwork, sabe?

Aquela coxa de retalho, você não sabe muito bem o que você está fazendo, quais são os seus valores, qual é a sua visão de mundo, qual é o seu look and feel. Se você pensar no anúncio da Coca-Cola, você vai pensar três coisas aqui que vão estar nesse anúncio. Qual vai ser? Eu pensei no urso.

Eu pensei no urso polar também. Urso polar. Urso polar. Ou você pensa na onda.

É isso. Vermelho, vai ter vermelho. Vermelho, caminhão.

Vai ter, né? Alguém abrindo uma... Aquele barulho. Isso tudo é muito intencional, sabe? Que a gente chama do power application.

O poder das... Se você tá num negócio que tem uma embalagem, o FedEx, você tem a embalagem do FedEx, você tem o caminhão do FedEx. Pô, sempre quis.

Recebeu uma feira do FedEx? Sempre quis. O YouTube manda para o FedEx, mas no Brasil não vem aquele caminhãozinho legal. Mas você vê aqueles...

O Mercado Livre agora entrega de caminhãozinho bonitinho, elétrico. O Mercado Livre é uma marca que cresceu muito. Essa é uma marca legal.

E parece que foi do nada também. Porque era uma marca que parecia que só tinha golpista. Era.

Vendendo lá dentro. Hoje é o LX que virou isso. É uma marca que construiu... Que loucura, né? Uma marca que eu gostava, que era nesses marketplaces de pessoas comuns que vendiam, tinha uma época que eu adorava garimpar coisas assim, era o Enjoy.

Só que o Enjoy, ele passou por uma onda para captar... Investidor. Investidor e usuário.

abriu pra massa, virou também, virou um negócio com um monte de coisa falsa lá, e eu falei assim, puta saco. Aí você enjoo o meio. É, estragou a marca pra mim, eu era um cara que consumia, e eu falei assim, putz, meu, virou outro negócio, não quero mais.

Isso é ruim, né, cara? Isso é ruim, isso tem que tomar muito cuidado, né, assim, com a entrega, porque se você diz assim, a entrega de valor... Ela é muito importante. Hoje em dia a gente tem muito pouca paciência. É a mesma coisa, a gente pega o Uber e demora 10 minutos.

Gente, não dá, 10 minutos, peraí. Cancelar, cancelar, né? Cancelar, cancelar. Então esse, a gente tem um consumidor muito exigente. É, e tem aquele também que é tipo assim, cara, basta uma experiência ruim pra sujar pra sempre, cara.

Você falou de Uber, eu não uso o 9-9 porque eu tive uma experiência ruim, cara. Exato. Eu nunca mais. Basta uma, isso é uma coisa muito cruel até.

Eu, papai, é. Assim, porque basta uma experiência ruim. para você perder o seu cliente.

Isso é uma coisa que, aí para reconquistar, por isso que a gente chama assim, você saber a tua proposta de valor, você fidelizar, você criar conexão emocional, a tua possibilidade de perder, de churn, ela é maior. Então assim, cara, o cara errou, mas assim, foi uma vez que ele errou. A marca que não tem crédito no banco, ela vai embora muito rápido, sabe? Ela não quer mais esse cara.

Nossa, fidelizar é... Fidelizar é desafiador. Eu adoro ir na...

Quando eu tenho que comprar alguma coisa, tipo farmácia e tudo mais, eu adoro ir na São Paulo. Só que as lojas da São Paulo... O Kaique, pra quem não sabe, gente, o Kaique é o cara da farmácia.

Ele é o cara que... Ele chega ao lugar... Agora com o filho pequeno, então... Ele vai... Cara, que farmácia que tem por aqui?

Agora eu vou jogar uma pra você. Ele é esse que vai abrir muita farmácia no Brasil. Agora eu vou jogar uma pra você, pra Durante São Paulo. As lojas estão tão judiadas ultimamente...

Que tipo assim, cara, a do lado ali tá tão mais brilhada do que a sua. Qual que é a sua farmácia favorita? A gente fez o...

É a Drogada de São Paulo. É a Drogada de São Paulo. A gente fez a experiência das lojas. É, então, cara, mas faz quando vocês fizeram ela? Ah, já tem uns 10 anos.

Então, tem que revoltar, cara, porque... Ó, Drogada de São Paulo. A loja tá judiadinha, cara. Tá judiada, é. Tá judiadinha.

Tem que fazer. Porque você olha assim e fala assim, pô, parece... Pô, normalmente em São Paulo a farmácia parece um mega-shop, assim, meu... Os prateleiros tudo amassado, sabe?

Tipo, uma experiência meio... É. Meio assim, cara, estou gastando 200 reais aqui num negócio da velha. E isso é um ponto, está vendo?

Porque o teu inconsciente, o teu cérebro, ele vai computando essas experiências. E aí você vai perdendo o que a gente chama dos ex, que são os créditos do banco. A gente fala, bom, uma marca forte, ter problema, tem muito crédito para gastar. Estou rico, vou gastar uns 3 deles.

Marca que não tem muito crédito, você perde e já fica no negativo, muito rápido. E aí Você não pode... Pode perder esse jogo, sabe?

Você vai construindo crédito. Fidelização, acho que é um grande jogo que traz o teu consumidor para o centro e essa métrica também de NPS. Quais são as métricas que você está vendo que estão ganhando o jogo? Você está com pulso no consumidor e o Valômetro, que eu estava falando dessa ferramenta que a gente fez, que avalia o branding nas métricas de produto, pessoas e propósito.

Você... consegue avaliar todos os QPIs que você está jogando o jogo, sabe? Porque é isso, você tem que avaliar todas as suas métricas. Essa é uma dificuldade, na verdade, de como metrificar as minhas estratégias de brand.

Pô, beleza, refiz toda a estratégia aqui, legal, gastei uma grana, maravilha. E agora? Porque a gente está acostumado muito hoje a colocar tráfego pago, pô, botei aqui 10 mil, voltou 30 mil, perfeito.

Isso eu acho que a performance no mercado brasileiro tinha coisa da mídia. Tudo era mídia, Globo. De repente entrou performance.

Aí tudo virou performance. É a mesma anabolizante. Você tirou, ficou fraquinho de novo. Não é saúde, é anabolizante. Então para você medir o poder de um branding forte...

Você precisa de menos anabolizante. Você precisa ser saudável. E aí, se você só jogar o jogo da performance, você tá ferrado, como você tava ferrado lá, como as Casas Bahia gastou milhões na Globo e, no final, o residual de valor é muito pouco. Nossa, boa lição, né?

Sabe uma marca que tá conseguindo fazer um bom trabalho? O Rony, cara. Ele tem um branding ali na veia dele.

Ele consegue vender calça por mil reais? Ele tem um branding na veia dele. Calma aí, tá? Depois a gente fala sobre isso. Devagar.

Mas tipo assim, as lojas estão bonitas, tipo no nível assim que você olha, você dá uma confiança pra loja. Sim, sim. Que hoje, por exemplo, uma Brooksfield no Brasil, você parece uma loja que eu levo meu vô, tá ligado? Porque é uma loja que envelheceu mal. É verdade, é verdade.

Envelheceu mal. Você fala assim, pô, é uma loja de tiozão a Brooksville. Só que quando eu tinha 17 anos, você fala assim, cara, que loja legal, vou entrar, que bonito, de rico. Você achava que era gringa.

Agora virou o contrário, virou uma... É, loja velha de... Uma loja velha de terno.

E a reserva virou uma grife que você fala assim, caraca, vou vir. Aquela de camisa, que era uma marca super legal, esqueci o nome. Que todo mundo usava camisa da...

Dudalina? Dudalina, né? É Dudalina. Dudalina.

Dudalina também sumiu. Era um negócio diferente. Era um negócio chique.

Era, já tinha... Olha a perda de valor, né? Era único. Tinha outro lá fora, tinha muitas. A Lacoste também aqui no Brasil, ela deu uma errada numa estratégia.

Que a Lacoste no Brasil... Será que errou? Eu gostaria de perguntar isso.

Não sei, cara. É muito bom você nos perguntar isso. Eu não sei se ela errou, porque agora eu sei... Mas eu acho que ela acertou agora.

Vou explicar. Quando saiu a última temporada de Sintonia, ela fez um investimento forte no segmento funk e tudo mais. Eu vim da ZL, cara, lacoste em peso.

A molecada vai para o baile, lacoste, calça. Lacoste tem valor. Só que eu acho que o que eles erraram?

Eles pegaram alguns pontos em lugares errados e mudaram toda a roupagem da loja para estilo ZL. Então o cara pegou um ponto em Itaim Bibi, que conversa com um cara que vai de alfaiataria, vai comprar pólo e tudo mais. E colocou uns logos gigantescos no peito que parecem um cara que é pro baile funk. O que você acha desse movimento?

A Lacoste fez isso ano passado? Fez. Só que o que ela tá fazendo esse ano? Ela tá direcionando.

Ela faz três campanhas agora. É uma pro esporte, é uma pra pessoa comum e uma pro funkeiro, que eles até pegam MCs. Então, por exemplo, eu que tenho muito amigo da Zé Lito e tudo mais, eu sou impactado pelos ads de funkeiro da Lacoste.

Você provavelmente não vê mais. Não, com certeza não. Porque você não é esse público.

Eu acho que tem aí uma coisa que é importante da gente olhar. Ele precisa expandir o público, então acho que essa é uma estratégia que todo mundo precisa. Só que ela precisa manter os equities claros.

Se ela vacilar nisso, ela perde valor para todo mundo. E esse que é o risco, você começa a democratizar num nível que acaba... Ninguém tem valor, ninguém quer usar mais. É, me lembro quando, não sei se vocês lembram de uma campanha que a Mercedes, quando lançou aquele Mercedes A, aquele compacto pequeno, que ela lançou com uma música de funk, assim, pesada.

E aí, os consumidores, mas não é isso que eu espero da marca. A expectativa tá quebrada no código genético da marca. Isso é muito perigoso.

O cara compra, o homem se passa a diferenciar dos outros e o cara se tá popularizando. Exato. E aí, você dá ruim pra todo mundo. Eu acho que quando você, você pode segmentar, mas você tem que entender... quem é o público e o que tem em comum nesse código genético.

Costes, por exemplo, né? Então, eu acho que ela, se ela botar tudo no mesmo saco, ela vai se perder. Mas você pega, sei lá, Louis Vuitton masculino na França com o Pharrell trazendo uma visão totalmente moderna, totalmente... Mas ele nem uma hora vai contra o código genético, apesar que ele fala de cowboy, ele fala do americano, ele fala...

Ele realmente... Mas os códigos da marca estão todos ali construindo valor o tempo todo. Então, o problema é você ficar mais, né, pra um lugar do que pro outro. E aí, quando você rompe com o seu código genético, as pessoas rejeitam. Isso é uma coisa que você tem que prestar muita atenção.

O Lucas, na época, deu uma rejeitada. Ele falou assim, porque você não se identifica. Você falou assim, pô, mano. Você não se identifica. Pô, os caras cagaram no negócio.

Você não se identifica. Você fala assim, isso aqui não é mais a minha marca, né? Eu fiquei com o pensamento... Agora você pode segmentar, você tem Adidas, você tem Adidas Original, por exemplo.

É muito bem construída Adidas Original e Adidas. Se você tiver um público que vai se segmentando tanto, a ponto que você precisa de marcas que tenham submarcas específicas, aí você vai pensando nisso. É porque eu fico pensando assim, até que ponto é só uma questão de... Às vezes, ideologia de quem está trabalhando lá no momento, ou...

Ideologia não devia entrar no papo de Brand. Exato, ideologia tipo assim, rasa... Porque você fala assim, cara, você está trabalhando na La Costa, que é uma marca centenária, blá, blá, blá.

Às vezes, uma ideologia de momento, o time que está lá agora, pensa dessa forma, não deveria poder mexer nisso, entendeu? Isso... Isso é muito ruim nas empresas que muda diretor de marketing, muda isso, joga tudo fora.

Marcas globais isso acontece muito pouco. No Brasil acontece muito, principalmente na linha de influenciadores. É, eu tenho reclamado bastante disso. É, isso é uma outra questão.

Eu acho que influenciador entrou também nesse jogo, né, assim, de qualquer coisa vale. E isso é muito perigoso. É um pouco...

quando você tinha as personalidades representando marcas. Lembro de uma época que tinha Gisele Bündchen falando de cinco marcas. Aí você diz assim, quem é que está falando aqui? É a Gisele Bündchen ou são as marcas?

Você distancia, então o personagem fica mais forte do que a sua marca. Isso, de novo, é uma estratégia de branding fraca, uma estratégia de marketing, não é uma estratégia de branding. Porque a estratégia de branding ela tem que sempre fortalecer o código genético da marca, sempre.

Se ela fere, ela não vai ser uma boa estratégia. Ela pode evoluir, ela deve evoluir, criando ressignificados. Pegar as Olimpíadas agora de Paris. A França se reconstruiu em termos de significado, em todos aqueles ectos do logo. Do mascote, do lavanda nas pistas que são roxas por causa da lavanda, no jogo aberto do Sena, da democracia, da Revolução Francesa.

Olha que interessante, ela pega todas as exécutas franceses e traz pra valor presente, mas ela não joga nada fora. Ela pode usar, pode, enfim. Então acho que isso é uma questão interessante da gente pensar, sabe?

O que eu vou... E Lacoste é uma marca que vem com... É evoluindo bastante, né? Ela poderia ter ficado ali com uma marca de esporte, depois ela evolui para uma marca de estilo de vida. Agora ela está voltando um pouco mais, fez o filme, né?

Está trazendo tênis aqui como core, né? Pô, pior que os tênis deles são bonitos, cara. O tênis é legal mesmo.

O tênis é bonito. É, o tênis, o jogo. Ah, tá.

É. A gente sempre confunde. Ela está com a Zendaya. Ah, é verdade.

Não, a Zendaya não é dela, é da... Desculpa. Não, é verdade, mas eles estão investindo pesado. A Lendai é da UNO, né?

Eles sempre investiram bem no tênis. Sim, sim, sim. É, o código deles é tênis, né?

O Alacoste nasceu com jogador de tênis. No jogador, é interessante. E o que você acha?

A gente falou um pouco de influenciadores, e a gente falou anteriormente sobre, às vezes não é o concorrente direto, né? Hoje a gente vê influenciadores com as próprias marcas, né? Principalmente marcas de beleza, né?

A gente vê lá a Virginia, a Boca Rosa e tal. É, a Fenty, a Rihanna... O que você vê desses movimentos? Você acha que a galera está fazendo um bom trabalho? Eu acho o seguinte, eu acho que eles estão entendendo que tem um poder de negócio muito grande nas mãos.

Então, você pega uma Rihanna, que ela tem, sabe, ela tem linhas e linhas de negócio. A Gloop, ela tem, assim, então, esse trend de personalidades. Fazendo negócios é muito forte e não tem volta, porque as redes sociais abriram para isso e você, Casimiro... Cara incrível, fez um business que não tem pra ninguém. Então isso é uma tendência muito forte, cabe a gente, as organizações, e aí o desafio é elas virarem organizações.

Se a gente vê o Boca Rosa teve problema de entrega, teve problema de... aí é organização como negócio. Se você é influenciador é muito bom.

Tem uma nova camada. Tem uma nova camada de complexidade. Se você não tiver muito estruturado por trás, é aquele negócio.

Estratégia corporativa e estratégia de branding. E é diferente, cara. É porque, tipo assim, sei lá...

É o que você falou, tem que ser... Agora ela é responsável pelo ecossistema todo. Todo. Ela não está entregando a Natura, né?

O produto é dela. Mas isso que é o diferente. E aí ela tropeça nisso, né? Isso que é o diferente.

Por exemplo, a Natura tem um problema de logística, o consumidor vai falar com a Natura. Quem é a Natura? É um CNPJ.

Vai bater lá no... Mas ela virou agora um CNPJ. A boca rosa virou. Mas mesmo assim, se você comprar e ver o problema, o saque é o Instagram dela, a rede social, é a pessoa que me entregou. É, a galera vai nela.

Não é o CNPJ, foi ela que me entregou. Mas aí esse que é o modelo que ela vai ter. É o jogo, né? Esse é o jogo que ela vai ter.

Mas é um jogo que está todo mundo jogando, né? Acho que é legal a gente entender que tem... O Brasil é um país dos influenciadores, né?

Acho que é importante entender. Mas que isso não muda o lugar da estratégia de branding. Aí também pode questionar, fez rosa, não fez rosa, fez sim. E a estratégia corporativa, de novo, se você quer realmente construir negócio de valor, você tem que juntar as duas.

Então, a não entrega de serviços de produto, o produto estava com bastão ruim, quebrou. Enfim, são coisas do business que todo mundo tem, mas a tua capacidade de reagir é que vai ser... O tronfo.

É, tem agora o Felcataté, Zulanda e a Virgínia lá, que perfume é fedido, né? É, aí todo mundo, aí a capacidade de resiliência, de resposta que a gente tem. Mas o que a gente vê nos influenciadores é uma capacidade de comunicação muito grande, uma autenticidade que as marcas talvez perderam ao longo. É assim, eu tô falando pra você. Então esse jogo de autenticidade, de ser uma marca que eu me identifico, que é um valor muito grande das marcas, se elas ficam só corporativas e chatas, ninguém quer.

Eu tenho defendido que eu acho que as marcas deveriam olhar os influenciadores não só como, olha, me vê aí três stories, um feed, um reels. É tipo assim, cara, você não quer ser conselheiro criativo de conteúdo da minha empresa não? Porque o conteúdo que você faz é um negócio mágico e eu estou precisando disso aqui.

Exato. Entendeu? E seus valores estão alinhados também. É isso que eu falo, eu acho que na contratação de influenciadores rola muita ideologia, entendeu? Hoje o cara...

Eu vejo que muitos times de marketing não olham ainda assim, pô, esses influenciadores aqui são estratégicos para que se são, esses daqui para awareness, esses daqui fortalecem o meu posicionamento, não. É muito pelo viés de gosto pessoal. Cara, eu gosto desse cara, que eu acompanho ele, então é ele que é seu contrário. Aí você vai gastar muito dinheiro e vai enxugar muito gelo.

É, porque realmente quando você... Você pega um exemplo aqui da Rihanna. Pô, a Rihanna enche estágio, coloca 45 mil pessoas pra ouvir ela cantar.

Tem consistência, tem... Pagam, tem consistência, tem valor. Então, tipo assim, cara, se ela consegue engajar as pessoas nesse nível, ela tem muito valor a agregar dentro da sua empresa pra ajudar você na estratégia que foi pra comunicar com o público final. E eu acho que uma coisa que tá acontecendo muito legal, você vê Beyoncé, né? Eu sou muito fã da Beyoncé porque eu acho que ela faz uma carreira de valor muito grande.

Então ela lança esse cowboy, esse novo disco, nada ali é de graça. A capa, o cavalo branco, é um cavalo que nasce preto e vira branco, e ela... pega coisa da música country e é uma pessoa preta cantando.

Ela traz todas as histórias de origem. Ela pega os Beatles e faz uma música. Ela lança a capa do disco Cavalo.

É mais cara do que a capa do disco normal. Você paga mais 100 dólares pra comprar aquela capa. E ela tem todo um componente de trazer Levens, trazer Louis Vuitton.

Nada ali tá desamarrado. É. Então, o que eu acho que a gente tem que aprender é amarrar melhor essas histórias, que é o product placement que antigamente fazia... Você vê um seriado americano, tá tudo ali falando de marca, mas você nem nota que é uma merchandise.

Sim. Aqui a gente ainda tem esse lugar que não tá bem costurado, a estratégia se nota que, gente, agora fulano tá vendendo vivo na novela das oito. É tão...

É. É tão... A coisa vai tão pouco fluida. Sim, total.

É tipo, você vê o Batman versus Superman lá. Tipo assim, o Bruce Wayne quando pega o Renegade dele, ele não fala, é vou entrar no meu Renegade. É 1.0 Ele não fala isso, ele só entra no carro e dirige Mas é claro pra você É muito fluido Aí você vê o Jornal das 9, ela fala assim Não, pera aí que eu tenho que lavar a roupa agora Porque é um momento importante Aí pega o omo assim, coloca no negócio e coloca Você sabia que o omo lava até 3 meses mais?

Agora não me preocupo com as crianças brincando na lama É tipo assim, fica muito nítido Que é uma publicidade Isso a gente não aprendeu a fazer direito ainda Agora também nunca é Eu não sei se não aprendeu Não ou se a marca não se contenta só com a exposição do produto. Porque eu acho que, por exemplo, se fosse... O mesmo caso da Jeep.

Se fosse a Jeep Brasil falando uma ponta na novela, será que a marca não ia exigir que ele fale o nome do carro pelo menos para entrar antes? E no cinema, não. No cinema, o cara só entra no carro.

Mas você pode pegar as séries todas, assim, que eu acho que a gente ainda tem uma coisa da estratégia. Isso que você falou, assim, a estratégia é meio ainda... O amálgama da estratégia não está muito claro.

Então você pega uma pessoa que você gosta, aí você não vê o 360, porque o que vale hoje é o 360. Ela está no Instagram, ela está na loja, ela está na hora da compra. Essa integração é o que vale, não é só aquele momento. Sim, pontual. Eu acho que ainda falta uma amálgama maior de fazer. Não necessariamente...

Eu acho que essa é uma estratégia que a gente precisa olhar bastante. Como é que essas marcas e negócios e pessoas... Nas Olimpíadas, por exemplo, eu acho que é legal essa integração. Entendeu?

Não tem mais... Você vê a Raíssa, ela está agora sendo garota propaganda da Louis Vuitton. E ela faz... É meio natural.

As duas ali estão trazendo valor uma para a outra. Então, eu acho que quando as marcas e as pessoas trazem valor uma para a outra, é legal. O que não aconteceu, por exemplo, com os uniformes brasileiros na... Pelo amor de Deus! É valor ali?

tem valor, não tem construção de valor ali. Tem um, eu paguei pra estar ali como... E aí a coisa não vai pra ninguém, entendeu?

Porque isso que eu acho que é uma coisa bonita da gente entender. Quando vai pra um, vai pra todos. A construção de valor, ela é para todos. É interessante o que você falou, né? Não é só uma relação de eu paguei para estar ali, é por isso.

O transacional, gente, não vale mais. Mas eu vou te falar, eles perderam a oportunidade de mostrar que eles não eram... Tipo assim, eles podiam ter criado uma... Muito oportunidade.

A gente não é só uma loja de departamento, entendeu? E faz a roupa mais estilosa possível. E trazendo o eco dos brasileiros, entendeu?

Porque todos os gente quer o Brasil. O que? Pô, meteram uma onça, um jeans...

Por exemplo, uma loja da Gap, né? Da década de 90. Uma saia... Podia ser uma loja da Gap.

Uma saia evangélica. Uma saia evangélica. Chinelo. E vambora. Não, a gente gosta de desperdiçar valor.

A gente gosta de desperdiçar valor. Chinelo, saia, jeans, hein? Isso eu acho que o brasileiro deixa rolar.

Sabe um branding do Brasil que eu acho cafona demais? Ah. A gente...

Quando os caras mandam... Os gringos, quando vem gringo pra cá de divulgar filme, músicos e classe, você fica fazendo o cara comer fritura, tomar cachaça. Você fala assim, cara, o que você vai comer? Pastel, caipirinha e brigadeiro. Você fala assim, cara, peraí.

O que a gente vai além, né? A gente não come isso todo dia. Aí o cara fica...

Aí o Hugh Jackman vem aqui, ele fala assim, nossa, eles comem isso todo dia. Adora coxinha. Como será que eles sobrevivem, né?

Se eles comem feijoada todo dia, gente. Eu acho tão cafona. Você fala assim, cara, lá no Rio mesmo tem o assador, a churrascaria que a gente adora.

Cara, leva o cara no assador, come uma puta carne, olhando pro pão de açúcar, pro mar, o avião pousa atrás da churrascaria. Mano, é maravilhoso. Aí você leva o cara no boteco pra ele ficar em pé, cara, tomando litrão, comendo fritura. Ah, cara, gente, que coisa cafona.

Eu fiquei com vergonha de ver o Hugh Jackman fazendo essas coisas, tá? Ele veio aqui se entupir. o primeiro cara de fritura, o cara fitness.

Hum, tapioca, gostoso. Mas é esse lugar da construção de valor que a gente patina muito. E aí as organizações patinam também, entendeu?

Então você vê que uma cultura do Brasil, junto com as organizações brasileiras, é uma cultura só, né? Cara, mas... Mas pegou, o negócio que você falou da Olimpíada Eu tinha até esquecido, mas pegou muito, cara Quando você olha os uniformes dos outros Você fala assim, cara, o que aconteceu? Sabe o que parece?

Parece alguém que não foi avisado da festa Não sabia que era uma festa E é uma oportunidade É uma oportunidade De você expor o país E é lindo, você vê aquela cena Maravilhosa da Rebeca Com as duas meninas americanas Reverenciando Isso As pessoas de fora reverenciam mais a gente do que a gente se reverencia, sabe? Total. E isso a gente precisa mudar.

E o livro fala muito disso, assim. Vamos dar valor porque tem valor? Vamos começar a olhar valor? Tem uma... No final do livro eu falo muito isso, porque...

Até a questão da Amazônia, por exemplo. O João Maria Salles escreveu um livro sobre a Amazônia que eu achei super interessante. Ele foi entrevistar as pessoas da Amazônia que foram povoar a Amazônia, com o governo militar.

Vamos povoar a Amazônia, porque se a Amazônia não tivesse ninguém. Então vamos povoar. Então trouxeram. Voaram-se só massa.

Tem um monte de bicho aí. Aí os caras que vieram povoar a Amazônia falam, né? Não, aqui antigamente não tinha nada. Agora eu plantei.

Como assim não tinha nada? Tinha a floresta mais poderosa do... planeta, com a maior biodiversidade do planeta.

Então, a gente não consegue olhar o valor dentro do nosso país. E a gente precisa mudar isso. E o Brenner tem que mudar isso.

Por isso que a gente fala da evolução com a revolução. Vamos dar valor, tem valor. E depois, tipo assim, o brasileiro faz isso com o Rio de Janeiro, depois fica ofendido que quando retratam o Brasil no filme, é só samba, selva, selva e...

Samba, caipirinha. Lógico, quando você traz o cara aqui, você traz o... Gente, tá o diretor de cinema, tá o diretor do filme, tá não sei o que lá.

Você só dá isso pra ele, só dá pandeiro na mão dele, ele vai achar que é só isso mesmo. E eu adoro a Anitta por causa disso, porque ela... Ela rompe tudo isso.

Ela vai com tudo. Ela faz um bom trabalho nisso. Ela rompe todo esse negócio.

E ela fala, é isso, eu sou assim, eu gosto do funk, eu gosto da favela. E ela usa isso a favor. Sim. Ela usa todo mundo. Ela vai para o desfile do Otigal, mas linda.

Dentro do acordo. Ela não vai de funkeira no desfile. Não menosprezando, mas é porque o contexto é outro. Ela vai, entendeu? Então, acho que ela sabe usar o contexto a seu favor.

O Brasil não sabe usar o contexto a seu favor. É verdade, concordo. Quero te convidar para você estar com a gente aqui numa manhã inteira, porque a gente está abrindo aqui as portas do Grupo Primo para te ensinar a criar conteúdo. Dentro do Primo Estúdio, a gente tem uma experiência que é uma mentoria presencial dada por mim, pelo Lucas e por um time que faz todos os...

tipos de conteúdos aqui dentro do Grupo Primo que vão te ensinar a criar conteúdo de verdade. Então eu estou te falando que as pessoas que cuidam das redes sociais do Thiago Nigo e Bruno Perini, que fazem o Primo Cash, o Conselho e os Sócios Acontecer, o canal do Primo Rico e Você é Mais Rico, eles vão pegar na sua mão e vão te ensinar a como você criar conteúdo, como você vai fazer suas edições, como que você vai fazer suas estratégias de tráfego, como que você vai trabalhar o seu YouTube ou o seu Instagram, tudo isso dentro de uma imersão incrível. que eu preparei na mentoria presencial do Primo Estúdio. Então, se você quiser participar, são pouquíssimas vagas e é um grupo muito seleto.

Eu estou falando de turmas de menos de 40 pessoas. Clique aqui no link na descrição ou no QR Code das telas que você vai... preencher ali uns dados para eu entender se é para você esse produto.

Então, não perca tempo. Se você quiser aprender, criar conteúdo, clica aqui embaixo. Ana, obrigado por ter vindo aqui conversar com a gente.

Quem quiser adquirir o livro, como que encontra? Está na Amazon? Está em tudo.

Está em todos os lugares, todas as livrarias. Está na Travessa, está na Amazon. Legal.

Acho que vale uma leitura super fácil. Tem cases brasileiros, tem cases globais. Tem muita história legal e eu fiz questão também de trazer um pouco de brasilidade, um pouco das empresas que a gente trabalha, que são muitas, e muitas histórias globais também, que eu acho que a gente tem que aprender. Então eu acho que é um livro fácil também de ler.

Legal. Espero que vocês gostem. Boa, a revolução do branding. Então é só você ir na Amazon procurar. Você já percebeu que a Havaiana Ela fez você não chamar o chinelo de chinelo, você chama de Havaianas.

Sim, Havaianas é um case. Isso é muito forte, né cara? Havaianas é demais, né?

É, tá cada vez mais forte, global, a gente faz um trabalho com eles globais. Já falei isso aí, uma vez eu fui pra Portugal lá, eu vi um grupo de adolescente falar assim, cara, vou no shopping hoje comprar minha Havaianas. O que você falou assim, cara, mas que legal, cara.

Uau, uau, né? Lógico, né? E todo brasileiro tem mais de um par de Havaianas.

Também tem isso. É pra todo mundo. Isso é uma coisa legal da Havaianas.

Todo mundo tem. Não tem essa coisa, né? Ah, é pra... É pra todo mundo. É muito...

E esse é um valor brasileiro também, né? Sim. Muito legal. Gente, ó. Livro, Amazon.

Curte o vídeo. Se inscreva no canal. Isso. Ana, como que te encontra nas redes sociais? Onde você atua mais aí?

Hoje eu sou CEO de três empresas, tem a agência na Couto, tem a plataforma de educação que é a Laje, que é uma coisa que a gente gosta de disseminar, método e framework, e tem o Valômetro que é a nossa gestão, a nossa ferramenta de gestão de valor. Tem as redes sociais dessas três e tem a minha que é a Ana G. Couto, que também, enfim, eu sou mais low profile, não sou uma influenciadora, mas estou lá também, então... Estamos juntos.

É, vai lá, gente, perguntar, tirar dúvidas. Você está trabalhando de verdade, né? Não dá tempo de estar postando conteúdo.

Eu adoro esse tipo de pessoa. Que trabalha e você que inventou. Eu sou mais para autoridade de saber o...

E todo mundo aí que se acha especialista de brand, de marketing digital, lê esse livro, gente, para vocês entenderem o que é brand. É, senão você vai ficar pelo caminho aí. Vai passar dois anos e ninguém mais vai lembrar de você.

Não, e vamos combinar que aprender é bom, né? Aprender é a única coisa que te muda de patamar é aprender. É, é isso aí.

Muito obrigado. Obrigado a vocês. Gente, já deixa aqui suas cinco estrelas no Spotify. Curte, compartilha.

Um grande abraço. Até o próximo episódio. Tchau.