Boa noite, sejam bem-vindos a mais uma palestra, mais uma noite do nosso primeiro simpósio brasileiro de atualização em neurofuncional, neuroclass. Gostaria já de agradecer a sua presença, você que está nos acompanhando aqui nessa noite. E antes de começarmos a palestra, só então reforçar um aviso, pessoal.
Em relação ao link de presença, para quem tem interesse ao certificado, então ele será disponibilizado ao fim do evento. Então o link será disponibilizado ali no chat, vai ter um QR Code aqui na tela também, tudo bem? E quem tiver alguma dúvida e quiser ir mandando ao longo da palestra para o nosso palestrante, ele estará acompanhando também.
Então... Então, dando início, com muita alegria que hoje eu recebo aqui uma pessoa que eu admiro demais. Então, eu fiquei super feliz de ter aceitado o convite, que é o Dr. Fábio. Ele que é uma das maiores referências que nós temos aí quando se trata de exames de neuroimagem, quando se trata na área de radiologia. Então, uma alegria muito grande para mim.
Então, sobre o Dr. Fábio Taqueda, ele é médico radiologista, membro do Colégio Brasileiro de Radiologia. tem especialização em neuroimagem na... na Média Imagem, Beneficência Portuguesa de São Paulo, e é idealizador do Neuroimagem na Prática. Doutor Fábio, mais uma vez, muito obrigado, viu, por ter aceitado esse convite.
Como eu disse, eu estou super feliz. Fique à vontade, viu? Obrigado, Rogério, obrigado. Hoje eu recebi o convite para falar sobre neuroanatomia, né, e...
aplicada no exame de imagem. E é o seguinte, pessoal, vocês vão perceber que o exame de neuroimagem é uma coisa simples. Lógico, existem doenças que são difíceis de serem interpretadas, mas as doenças do dia a dia, a neuroanatomia aplicada ao exame de imagem é uma coisa relativamente simples.
Então, de tal forma que... Quem sabe um pouquinho como eu acaba se destacando. O Rogério falou, ah, é uma referência em neuroimagem.
O fato é que são poucas pessoas que sabem, né? Então, é como aquele ditado. Em terra de cego, quem tem um olho é rei, né?
E por esse motivo que eu comecei também a investir bastante na parte de ensino online, ensino à distância, antes até da pandemia, né? Porque eu senti que tinha muitos... Vários colegas tinham dificuldades em coisas muito básicas, como eu vou mostrar aqui hoje. Então, acho que vocês estão vendo aqui já, né? Está aparecendo aqui a tela do exame, né, Rogério?
Tá, então beleza. Então, assim, dar essa aula aqui é uma coisa tão simples, tão simples, que eu nem uso slide. Eu uso essa ferramenta bem simples aqui de anotar. Então, é como se estivesse projetando o exame no quadro negro e estivesse fazendo anotações em cima do exame. E vai ser mais um formato assim, informal, então o pessoal que está participando, acompanhando pelo YouTube pode ficar à vontade para fazer pergunta, tá?
Não precisa aguardar até o final, e o Rogério também, quando tiver vontade, pode me interromper, tá? Tem 380 pessoas assinando, acho que eu nunca fiz uma live tão grande assim, Rogério, obrigado pelo convite. Então vamos lá, galera, vamos lá! Exame de neuroimagem. Então, exame de neuroimagem, a gente tem que se familiarizar primeiro com os planos mais comumente utilizados.
Então, a gente tem que conhecer os planos, porque eu vejo que o pessoal não está acostumado direito com o plano axial coronal, e daí vê uma alteração no exame de imagem e confunde lado direito, lado esquerdo. Então, eu vou passar rapidamente aqui com os principais planos. Então, o principal plano, o plano mais utilizado é o plano axial. O plano axial é como se a gente cortasse a cabeça nesse sentido, a cabeça do...
do paciente. E se a gente estivesse enxergando, vou fazer uma anotação aqui, aí você me diz se está aparecendo bem na tela, tá? Pra mim está aparecendo, mas talvez fique um pouco escuro na transmissão. Então isso aqui é um olho, tá?
Sempre vou usar um desenho de um olho aqui pra vocês terem uma noção do ponto de vista que a gente vai ter do exame. Então é como se a gente estivesse olhando a cabeça do paciente, esse corte da cabeça do paciente por baixo, né? De tal forma que... a gente vai ter uma imagem com esse aspecto aqui.
Esse aqui é o plano axial. É como se a gente cortasse a cabeça do paciente nesse sentido, virasse o tampo da cabeça e olhasse por baixo. Então é como se o paciente estivesse deitado na cama e estivesse no pé, aos pés do paciente.
De tal forma que se a gente estica o braço direito, a gente vai pegar o pé, qual pé? O pé esquerdo do paciente. E com a mão esquerda a gente vai pegar o pé direito do paciente.
Então por isso que a gente tem essa inversão de lados quando está olhando o corte axial. Um outro plano bastante utilizado é o plano sagital. Então, quando a gente tem uma visão frontal aqui da cabeça do paciente.
Se a gente fizer um corte aqui nesse sentido, e se estiver olhando desse ponto de vista aqui, o que a gente vai enxergar? A gente vai enxergar o plano sagital. Então, como se estivesse tendo uma visão lateral do corte da cabeça do paciente.
E o plano coronal acho que é mais intuitivo, né? Porque quando a gente olha de frente uma pessoa... a gente está acostumado, a gente sabe que se esticar a mão direita vai pegar a orelha esquerda da pessoa e vice-versa. Então, quando a gente tem uma visão frontal, eu acho que é mais intuitivo, o pessoal não tem tanta dificuldade para entender a relação anatômica ali no exame de imagem.
Então, o pessoal que está começando, o Rogério falou que seria um público bem heterogêneo, que estaria acompanhando a aula. Então, quando a gente pega o exame de neuroimagem, pode assustar um pouco, né? Então, assim, o que parece o encéfalo, né?
Quando a gente vê a superfície dele. Eu vou começar pela anatomia lobarm, tá? A gente pode falar de várias...
A gente pode dar uma parte mais geral e depois ir aprofundando e detalhando a neuroanatomia no exame de imagem. Mas eu vou começar pela anatomia lobarm, porque eu acho que é relativamente mais tranquilo e, ao mesmo tempo, é onde as pessoas têm muita dificuldade, né? Às vezes...
Olha o exame de imagem, não sabe se é horizontal, lobo frontal, paretal, se pela altura do corte está no paretal ou temporal, tem um pouco de dificuldade. Então, o que acontece? Quando a gente olha o exame de imagem, eu olho esse conjunto de sulcos, de fissuras, e eu acho que parece um mapa.
E o mapa, quando você olha um mapa de uma cidade que você não conhece ainda, no primeiro momento ele parece complexo. Então, joga o mapa de Londrina. A gente aqui de Londrina, se mostrar para o Rogério, se mostrar para mim o mapa de Londrina, a gente bate o olho ali, procura alguns pontos de referência, algumas avenidas principais e consegue se localizar.
Então, é isso que a gente tem que fazer. A gente tem que fazer como se estivesse aprendendo a ler um mapa. A gente vai pegando pontos de referência desse nosso mapa.
Aqui em Londrina, a gente pega, por exemplo, a Avenida 10 de Dezembro, a Avenida de Genópolis, algumas avenidas principais. E a partir dali a gente pode ir construindo o nosso conhecimento. A gente pode falar dessa avenida para lá, a gente tem tal e tal bairro.
Dessa avenida para cá, a gente tem esses bairros aqui. Então, a gente vai fazer isso. A gente vai pegar pontos de referência e ir construindo a nossa anatomia.
Então, deixa eu começar aqui pelo plano sagital. Pelo plano sagital, eu vou aqui no corte mais lateral. Olha só como essa linha...
Dá uma olhada nessa linha de referência. Então, esse corte sagital aqui, ele corresponde a um corte mais lateralizado na cabeça do paciente. Então, essa imagem corresponde a essa linha azul aqui no plano sagital e essa linha vermelha no plano axial.
Então, eu estou bem na região mais lateral ali do cérebro. Nessa região, na superfície lateral, região mais lateral, um corte mais lateral do encéfalo no plano sagital, a gente tem uma grande avenida aqui que é um... pode ser um ponto de referência interessante.
Essa avenida principal aqui é o sulco lateral, e foi descrita, esse sulco, o grande sulco, foi descrito por um pesquisador chamado Silvius. Então pode ser chamado de fissura de Silvius. Sempre que a gente for homenagear o Silvius, vamos supor que tem uma lesão meio extensa, cometendo toda a região aqui ao redor, junto a esse sulco lateral.
Se a gente for homenagear, a gente vai homenagear de forma... correta, né? Então, a gente vai descrever que é uma lesão pericilviana, né?
Vai homenagear o Silvio, Silvia, né? As vezes o pessoal descreve com I. Eu, particularmente, não gosto muito de epônimo, mas se for usar o epônimo, vamos tentar usar de forma mais correta possível. Então, essa grande avenida, esse sulco lateral que fica bem evidente, né?
Na superfície lateral do cérebro, ele vai separar alguns bairros, tá? Então, a gente vai ver o bairro... O lobo frontal, aqui mais anteriormente, ele vai ter o lobo paletal, logo atrás, ele é o lobo frontal, para baixo aqui a gente tem o lobo temporal, e mais posteriormente a gente tem o lobo occipital.
Eu vou começar pelo lobo frontal, porque é um bairro que é relativamente mais organizado, ele tem alguns marcos anatômicos, que pelo menos no exame de imagem, são mais facilmente reconhecidos. Então fica mais fácil a gente delimitar as sub-regiões desse bairro, do lobo frontal. E para começar a descrever o lobo frontal, eu vou começar aqui no plano axial, e eu vou subir o corte, olha só essa linha vermelha de referência, ou essa linha verde aqui no coronal, eu vou lá no topo da cabeça. Então eu vou lá no topo...
Os cortes mais craniais é que eu vou ter alguns marcos anatômicos bem interessantes. Então, o que vai delimitar posteriormente? Qual vai ser o limite posterior do lobo frontal?
Vai ser o suco central. Suco central. Então, aqui a gente tem o suco central.
E existem algumas dicas para a gente delimitar esse suco central. Existem algumas dicas para a gente delimitar esse suco central. A primeira delas é essa morfologia. Então, deixa eu apagar a medida aqui. Então, se vocês repararem, quando eu giro o corte, e eu dou uma girada aqui no corte axial, o suco central tem essa morfologia que lembra a letra grega ômega.
Lembra a letra grega ômega. Às vezes é uma letra grega meio distorcida. Então chama esse sinal aqui de sinal do ômega invertido, porque a letra grega, ômega, mas de ponta cabeça, quase de ponta cabeça.
Tem gente que chama sinal do gancho também, porque parece um gancho. Então, via de regra, esse sulco aqui que parece a letra grega, ômega, é o sulco central. Deixa eu ir descrevendo aqui do lado as dicas para o pessoal conseguir anotar. Então, sinal do... Ômega invertido.
Outra dica é localizar os dois sulcos aqui que tem uma orientação paralela, que são os sulcos pré e pós-central. Então esses dois giros, giros pré e pós-central, onde fica uma parte importante das áreas motores sensitivas primárias, eles têm uma orientação paralela aqui na superfície do dorso lateral, na convexidade cerebral. E eles vão delimitar aqui o sulco central.
Então, isso aqui é outra dica. Vou colocar aqui para vocês. Dois giros paralelos. Dois giros paralelos.
Uma outra dica que a gente pode procurar é o sulco frontal superior. É esse sulco aqui que ele corre no sentido longitudinal. Ele corre na direção aqui do maior. maior eixo do crânio, e ele é o sulco longitudinal mais superior. Então, o sulco frontal superior, ele via de regra, ele vai terminar no sulco pré-central.
Então, deixa eu descrever aqui, sulco frontal superior terminando no sulco pré-central. Então, se aqui ele está tendo o sulco pré-central, eu sei que o próximo sulco é o sulco central. Portanto, eu sei que aqui está o limite posterior do sulco frontal aqui na superfície do dorso lateral ou na convexidade cerebral. Deixa eu apagar aqui. Uma outra dica que a gente pode utilizar também é esse sulco aqui que fica tocando a superfície medial dos hemisférios cerebrais.
Essa morfologia... característica aqui, ela é chamada de sinal do bigode. Então fica aparecendo o bigode aqui no plano axial, lá no topo da cabeça, sempre lá na alta convexidade, é ali que a gente vai procurar esses pontos de referência.
Então aqui a gente tem o sinal do bigode. O sinal do bigode, ele corresponde a partes marginais do sulco do cíngulo, tá? Não se preocupem, para quem não tá acostumado por esse tempo, parece um palavrão, um nome que assusta um pouco.
Mas é uma coisa extremamente simples que a gente vai ver daqui a pouco quando a gente avaliar a superfície medial do lobo frontal. O lobo frontal é palietal, na verdade. Então aqui tem as pares marginais do suco do cíngulo. E qual que é a dica aqui desse sinal do bigode?
Via de regra, o suco central toca a superfície medial aqui do hemisfério cerebral. E o sinal do bigode, ou pares marginais, porção marginal do suco do cíngulo, ele fica um pouquinho posterior. em relação ao suco central. Então, quando você vai acompanhando o suco central, achou o sinal do bigode, o próximo suco, logo à frente dele, é o suco central. Então, existem todas essas dicas.
Por que é importante saber mais de uma dica? Porque, às vezes, uma das dicas está... Às vezes, o paciente tem alguma variação anatômica, às vezes, o ômega, por exemplo, não está tão ômega assim, está um ômega meio torto. Às vezes, o suco central não acaba exatamente ali no suco pré-central. Então, é bom...
você saber conhecer mais de uma dica, porque às vezes uma delas pode não estar muito evidente. E quando você tem uma lesão expansiva, quando tem uma distorção do parênquima, você ter esse conhecimento aqui, né, de todas essas dicas vai ser bastante útil. Porque mesmo que você tenha um deslocamento do suco central para uma massa, por exemplo, as relações anatômicas vão estar presentes. O suco central vai continuar terminando no suco pré-central, os dois risos vão continuar paralelos, podem estar empurrados, podem estar deslocados pelo efeito expansivo, mas eles vão continuar paralelos, né. Então, é muito importante.
importante saber reconhecer essas principais dicas aqui. Por enquanto, tudo tranquilo? Tudo tranquilo, né?
Então tá. Então a gente tem o limite posterior aqui, né, da convexidade, da superfície dorso-lateral, né, do lobo frontal. Quando eu tô falando de superfície dorso-lateral...
Estou falando dessa superfície, estou tendo essa visão frontal aqui, então eu estou estudando essa superfície aqui por enquanto. Vou começar com essa superfície, depois eu vou aqui para a superfície medial, e depois lá na frente, no aspecto mais anterior do lobo frontal, a gente vai estudar a superfície inferior também. Então vamos começar aqui, falar tudo da superfície dorso-lateral ou convexidade cerebral. Então aqui eu já consegui delimitar o limite posterior.
E para estudar o restante, a superfície dorso-lateral, eu posso estudar nos diferentes planos. Então, uma dica aqui do sulco frontal superior, eu consigo ver aqui bem no plano axial, lá no corte mais superior. Para ter uma visão mais panorâmica da superfície dorso-lateral, do lobo frontal, eu posso avaliar através do plano coronal.
Então, eu posso procurar alguns sulcos mais profundos, como eu estou observando aqui à direita. que são sulcos frontal superior e sulco frontal inferior. Esses dois sulcos vão separados em três giros. Giro frontal superior, superior, médio e inferior. Tranquilo, não tem nenhum mistério.
Então, o suco frontal superior e inferior divide a superfície, a convexidade cerebral, em frontal e em giros frontais superior, médio e inferior. A separação aqui entre giros frontais superior e médio, eu consigo identificar facilmente no plano axial, como eu já demonstrei, identificando esse suco mais cranial, mais superior. O giro frontal inferior vai ser bem interessante da gente estudar aqui no plano sagital.
Por que é interessante estudar no plano sagital? Porque ele tem uma morfologia bem característica. Existem alguns ramos aqui do sulco lateral, ou fissura de sílvios, que a gente já estudou lá no começo, que vão dar uma morfologia característica aqui para o giro frontal inferior. Ele vai ficar com um aspecto de um M, tá vendo?
Ele fica parecendo um M. E essas ramificações, esses ramos aqui do sulco lateral... Vamos subdividir o giro frontal inferior em uma porção que está mais relacionada aqui à órbita. A gente está vendo uma pontinha aqui do globo ocular. A órbita está aqui, né?
Então, tem uma porção orbitária, uma porção que é triangular, chamada de porção triangular, e uma porção que é chamada de opercular. Na neuroanatomia, não só na neuroanatomia, na verdade, na anatomia, na anatomia dos peixes, na natureza. Sempre que a gente fala de opérculo, a gente está falando de alguma coisa que está recobrindo algo.
Então, no encéfalo, a gente tem os opérculos. As regiões operculares são as regiões do encéfalo que recobrem a ínsula. Então, tudo que recobre a ínsula, que é essa porção que fica escondida numa região mais profunda aqui do hemisfério cerebral, são chamadas de regiões operculares.
Então, essa região mais posterior aqui do giro frontal inferior, que é subdividida aqui. por essas unificações, mais uma vez, do sul colateral, é chamada de região porção opercular. Então, tem a porção opercular do lobo frontal, a porção opercular do lobo parietal e a porção opercular do lobo temporal. Então, são todas as regiões que recobrem aqui a isso.
Então, dessa forma, a gente consegue estudar, identificar facilmente aqui no exame de imagem, principalmente no plano sagital. Então, o plano sagittário é muito interessante para avaliar o giro frontal inferior, porque a gente consegue fazer essa subdivisão aqui do giro frontal inferior. Eu sei que o giro frontal inferior não é lóbulo temporal, porque está acima aqui do sulco lateral, que é aquela nossa avenida, nosso grande ponto de referência. lateral para baixo, a gente tem o lobo temporal.
Então, no plano sagittal fica muito mais fácil. No plano axial pode ser um pouco mais difícil para quem está começando. Às vezes você está nesse corte aqui, será que eu estou no giro frontal inferior ou já começou o temporal aqui? Pode dar uma certa dificuldade no começo. Então, no plano sagittal fica bem interessante esse tipo de estudo.
Agora vamos para a superfície medial. Então, lembrando mais uma vez que a superfície medial... a gente vai conseguir avaliar melhor no plano sagital.
Então, a superfície medial, a gente vai pegar essa superfície aqui, vou colocar o olhinho aqui de novo, e a gente vai ter esse ponto de vista aqui do nosso hemisfério cerebral. E o que a gente consegue identificar aqui no plano sagital? Vamos lá na superfície medial.
Aqui. Então, na superfície medial não tem jeito, tá? Eu não vou conseguir falar isoladamente do lobo frontal, porque o lobo frontal aqui na superfície medial, ele tem uma íntima relação com o sistema límbico, né? E a separação fica tão evidente assim com o lobo palietal. Então, eu vou estudar em conjunto algumas outras estruturas.
Na superfície medial, geralmente o pessoal tem facilidade para identificar o corpo caloso, né? O corpo caloso é mais fácil, tem que o corpo caloso. Então, eu vou começar por ele. e depois de subindo. Então está aqui o corpo caloso, que é um conjunto de fibra, de substância branca, comunicando um hemicélio cerebral com o outro.
Então quando a gente enxerga aqui o corpo caloso, não é nada mais que um conjunto de fibra, de substância branca cruzando a linha média. Superiormente ao corpo caloso, a gente tem um grande giro alongado, para ser errado. Está um pouco mais fininho. Então, é um grande giro alongado que ele abraça todo o corpo caloso.
É um giro bem alongado. E por ter essa morfologia alongada aqui no plano sagital, ele é chamado de giro do síngulo. Síngulo do latim quer dizer cinto. Então, é um cinto que abraça aqui o corpo caloso.
Grande giro alongado. Delimitando o giro do síngulo, a gente tem o sulco do síngulo. O sulco vai delimitar o síngulo. O síngulo é o sulco do síngulo. E quando chega na região mais posterior aqui, na superfície medial, ele tem um trajeto ascendente, que é a porção marginal dele.
Pais marginais, então, pais marginais, opa, pais marginais, sulco do símbolo. Pais marginais, porção marginal do sulco do símbolo. E vai terminar lá na convexidade, na superfície dorso-lateral do hemisfério cerebral.
como aquele sinal do bigode. Então, deixa eu colocar aqui os dois planos ao mesmo tempo, que vai ficar mais fácil de entender. Então, esse fiapinho aqui, essa porção ascendente aqui do suco do símbolo, ele vai terminar aqui na autoconvexidade, nesse bigodezinho aqui. Então, ele vai ser um ponto de referência, mais uma dica para a gente saber... identificar o sulco central.
Essa porção marginal do sulco do cíngulo vai delimitar posteriormente uma região quadrada que é chamada de lóbulo paracentral. Primeiro vamos delimitar o lóbulo paracentral e depois descrever porque ele é importante. Então, o lóbulo paracentral é...
posteriormente, pela parte marginais do suco do cíngulo, e anteriormente tem um ramo que nem sempre está presente, tá? É meio variável isso aqui, mas tem um suco mais profundo aqui, que é o suco paracentral. Então, o suco paracentral é delimitado anteriormente, a gente tem essa região aqui, que é chamada de lóbulo paracentral. O que tem de importante aqui no lóbulo paracentral?
Só retomando aqui, no plano axial, a gente consegue ver os giros pré e pós-central. No giro pré e pós-central, A gente vai ter as áreas motora, então, área motora fica aqui no giro pré-central, área motora primária, né, e área sensitiva primária de boa parte do corpo. Então, essas áreas motora e primária, áreas motora e sensitivas primárias, elas vão ter uma continuidade na superfície medial do hemisfério cerebral, né.
Então, quando a gente faz aquele estudo lá do homunculus de Penfield, seja motor ou sensitivo, tem um desenho lá do homúnculo, ele não termina aqui, ele se continua na superfície medial. que é essa região aqui chamada de lóbulo paracentral. Então, dessa forma, a gente consegue delimitar com uma certa facilidade a região do lóbulo paracentral. Então, sempre que o paciente tiver uma lesão que você conseguir identificar no plano sagital, aqui na próxima linha média, envolvendo-se córtex na superfície medial, o paciente pode ter um déficit motor sensitivo envolvendo os membros inferiores. Além disso, também aqui está a parte do controle esfinteriano voluntário.
Então, o paciente pode ter um déficit no controle esfinteriano. tem lesões nessa região também. Então a gente tem aqui, deixa eu desenhar de novo aqui, o giro do símbolo abraçando o corpo caloso, o lóbulo paracentral. Anteriormente aqui ao giro do símbolo, a gente tem uma continuidade, assim como aqui é uma continuidade, representa em boa parte uma continuidade dos giros pré e pós-central, aqui a gente tem uma continuidade do giro frontal superior.
Então toda essa superfície que a gente está vendo é uma continuidade do giro frontal superior. que tem gente que diferencia, chama de giro frontal medial. Uma continuação na superfície medial do giro frontal superior. Essa região aqui do giro frontal medial, giro frontal superior, que fica aqui à frente do órgão paracentral, fica uma área importante que é chamada de área motora suplementar.
Área motora suplementar. E anteriormente, a área motora suplementar vai ter um limite mais ou menos... Passando aqui, a gente está traçando uma linha imaginária pelo rosto do corpo caloso subindo, a gente vai poder delimitar mais ou menos anteriormente a região da área motora suplementar.
Então, de lobo frontal aqui na superfície medial, o que a gente vai ter? A gente vai ter o giro frontal medial, ele continua aqui mais anteriormente, ele faz uma curva, ele passa aqui inferiormente pelo... abaixo aqui da região do corpo caloso e forma essa região aqui basal do lobo frontal. E posteriormente, qual vai ser o limite? Vai ser a pares marginais do sulco do cíngulo?
Não vai ser, né? Porque nessa região quadrada aqui eu tenho uma extensão na superfície medial, principalmente dos giros pré e pós-central. Então, esse finalzinho aqui de sulco é uma pontinha do sulco central.
Então, o sulco central é o que delimita, né? Então, daqui para frente eu tenho o lobo frontal. Daqui para trás eu vou ter o lobo parietal.
Está tudo tranquilo? Por enquanto, nenhuma dúvida? Beleza.
Podem me interromper, tá? Como vocês estão vendo aqui, é um formato bem informal. Então, não precisa ficar com vergonha de me interromper.
É, é um bigode estiloso, né? É um bigode que parece do Salvador Dali, né? Pra ter uma referência mais moderna aí, pra quem não sabe quem é Salvador Dali, é a máscara lá da Casa de Papel, né?
Então aquela máscara lá representa o... Então é um bigode mais estiloso, né? Com a pontinha pra cima. Então, dessa forma a gente já deu uma visão geral aqui da superfície medial, a convexidade, a superfície do orço lateral. E vamos olhar a superfície inferior.
A superfície inferior é bem tranquila e a gente vai ter que usar um pouco da imaginação aqui também. Como vocês podem ver, a superfície inferior do lobo frontal, ele se apoia aqui na região do teto orbitário. Então ele tem uma orientação meio oblíqua aqui, né? Então eu vou angular um pouco o corte para tentar ver o máximo possível da superfície inferior num corte só. É meio difícil, mas eu vou tentar aqui.
Então quais estruturas que a gente pode delimitar aqui na superfície inferior? A gente pode ver esse grande giro alongado, esse aspecto reto, que é o giro reto. Não tem segredo, né?
Giro reto. E daí a gente tem um conjunto de sulcos aqui na superfície inferior. que nem sempre, nesse caso aqui não está muito bem delimitado não, mas a gente tem que tentar usar a imaginação.
A gente vai tentar desenhar aqui um H. Então, conseguindo desenhar um H, a gente vai conseguir separar a superfície inferior, o restante, além do giro reto, em giros orbitários de forma intuitiva aqui. Não tem muito segredo.
É giro orbitário anterior, posterior, medial e lateral. De modo geral, a gente descreve como lesões na região fronto basal. No máximo, separa aqui o giro reto.
na hora de descrever o nosso laudo radiológico. Então, dessa forma a gente conseguiu ter uma visão geral de como fazer uma subdivisão do lobo frontal. Então vamos partir para o lobo parietal. Deixa eu só mudar a angulação aqui, que ficou meio torto.
Lobo parietal. Então o lobo parietal, se do suco frontal para frente... Eu tenho o lobo frontal, do suco central para trás eu tenho o lobo paletal, que vai começar aqui no giro pós-central, que é onde fica a parte importante da área sensitiva primária. E daí, do lobo paletal para trás, a gente passa a ter um pouco menos de previsibilidade dos macros anatômicos.
Então, a gente não consegue ter tanto detalhamento como a gente tem lá no lobo frontal. Aqui que a gente vai... poder identificar geralmente no lóbulo parietal. Aqui na superfície dorso-lateral, na convexidade do lóbulo parietal, a gente pode ver esse sulco aqui, que tem uma orientação longitudinal, que é o sulco intraparietal, que vai separar essa convexidade ou superfície dorso-lateral do lóbulo parietal em lóbulo parietal superior e lóbulo parietal inferior. Lóbulo parietal superior e lóbulo parietal inferior.
no lóbulo paretal. inferior, a gente vai conseguir estudar melhor aqui no plano sagital. No plano sagital, a gente vai ter dois giros importantes aqui no lóbulo paletal inferior. A gente vai ter esse giro aqui, que vai funcionar como se fosse uma capa para essa porção mais terminal, mais posterior, mais marginal aqui do sulco lateral ou fissura de sílbios. Então, a gente tem aqui um giro que vai recobrir essa porção marginal.
que é chamado de giro supramarginal. E posteriormente ao giro supramarginal, a gente vai ter o giro angular. Então são esses dois giros que vão ficar localizados aqui na região do lobo parietal inferior. Imagino que o Rogério estude mais a parte funcional, eu gosto de chamar isso aqui de área cortical parietal posterior.
Como que é a nomenclatura que você usa mais, Rogério? posterior, você faz a análise mais funcional, né? Tá. Então, são esses macronatômicos que a gente consegue dividir.
Pelo menos a gente consegue dividir ali, né? Lóbulo parietal superior, inferior, e consegue definir se tiver uma lesão, estudando aqui pela reconstrução sagital, pelo menos, a gente consegue identificar se a lesão está no giro supramarginal, se está no giro angular. Quando a gente vai aqui na superfície medial, fica mais fácil se a gente revisa aqueles marcos anatômicos. Então, a gente bate o olho aqui, daí já tem que lembrar do suco do símbolo, a porção marginal do suco do símbolo. Tem esse finalzinho aqui.
Parece que ficou meio torto essa reconstrução aqui. Deixa eu tentar. Tá aqui.
Pronto. Então, eu tenho a parte marginal do suco do símbolo, que é o suco... a pontinha do sulco central.
Então daqui para trás eu vou ter o lobo parietal. Então a gente tem que lembrar que parte aqui do lobo parietal central faz parte do lobo parietal também, mas a gente vai ter de forma mais bem delimitada aqui uma região que é chamada de precúnio. Por que é chamada de precúnio?
Então aqui a gente tem esse grande sulco aqui mais bem delimitado, que é o sulco parieto-ocipital. Suco parieto ocipital. Não tem segredo, né? Você separa o lobo parietal do lobo ocipital aqui na superfície medial. A gente não está falando exatamente do lobo ocipital agora, mas aqui na superfície medial do lobo ocipital a gente tem essa região aqui que é chamada de cúnio.
Tem esse formato de cúnio aqui que é chamado de cúnio. Então, o que está na frente do cúnio é o pré-cúnio. Então, o pré-cúnio... Ele vai ser delimitado anteriormente pela parte marginada, aqui do sulco do símbolo, e posteriormente aqui pelo sulco paretocipital. Então essa região aqui, mais posterior, na superfície medial, é o precúneo.
Então dessa forma a gente consegue ter essa delimitação mais precisa aqui do lobo paretal na superfície medial. Eu vou continuar aqui na superfície medial e já começar a descrever o lobo ocipital. O lobo paretal a gente não vai avaliar a superfície inferior, né?
Logo abaixo do lobo occipital a gente não tem uma superfície inferior, como a gente tem no lobo frontal e no lobo temporal, por exemplo. Então, eu vou continuar aqui já na superfície medial falando do lobo occipital. A gente tem aqui o sulco pareto-occipital, separando o lobo paretal do lobo occipital. Aqui a gente vai ter um suco importante que é o suco calcarino.
Então o córtex visual primário fica junto, aqui é o suco calcarino. E inferiormente aqui a gente já tem a tenda cerebelar. Tenda cerebelar ou tentório. Tenda cerebelar ou tentório. Que de modo geral a tenda cerebelar vai ajudar a dividir o nosso compartimento.
intracraniano, em um grande compartimento acima da tenda ou tentório, que é chamado de compartimento supratentorial, e um compartimento que fica abaixo dele, que é o compartimento intratentorial. Então, a gente usa essa nomenclatura aqui também, intratentorial, ou abaixo do tentório. A gente pode usar essa nomenclatura aqui também para descrever se a lesão está supratentorial, intratentorial, ou também...
o compartimento infratentorial chamado de fossa posterior. Então tá, aqui a gente tem a tenda cerebelar, que vai ser o limite inferior daqui para baixo, e já vai ter a fossa posterior, o compartimento infratentorial, aqui já vou estar enxergando o cerebelo. Então é isso aqui que eu consigo enxergar na superfície medial, o cúneo. E esse giro, esse giro aqui...
Conforme a gente vai correndo as imagens aqui no corte sagittal, você vê que ele é um giro que fica alongado, ele se continua, conforme eu vou correndo os cortes, ele se estende mais anteriormente lá em direção ao lobo temporal. Por ter essa configuração aqui mais alongada, ele também é chamado de giro lingual. Giro lingual, que faz parte de um giro bem alongado, chamado de giro ociptotemporal medial. Na anatomia a gente tem muito disso, nomes autoexplicativos.
Olha só, giro ocipitotemporal. Então é um giro que está tanto no lobo ocipital quanto no lobo temporal. Essa porção mais posterior que faz a superfície medial do lobo ocipital também é chamada de giro lingual.
Giro lingual. É bem alongado, parece uma língua. Então são essas duas regiões anatômicas importantes que a gente consegue avaliar aqui no plano sagital. Na convexidade aqui do lobo ocipital, a gente não tem estruturas anatômicas tão bem definidas assim.
Na verdade é difícil até de separar o lobo ocipital. da convexidade do lobo temporal e do lobo parietal. Aqui na região mais inferior, a gente tem um marco anatômico que a gente pode identificar no plano axial, que é um suco que é um pouquinho mais profundo, ele se destaca um pouco em relação aos demais, mas para quem está começando pode ser um pouco difícil, que é a incisura pré-occipital. Então, a incisura pré-ocipital, ela vai delimitar anteriormente aqui o lobo parietal.
Se está com dificuldade, uma dica é você procurar ou numa imagem pós-contraste ou numa imagem ponderada em T2, uma estrutura vascular que vai ficar mais proeminente nessa região, que é a veia de Laber. A veia de Laber, ela via de regra, ela via de regra, ela corre aí nessa incisura pré-ocipital. Então, as veias corticais, né, Ah as artérias, elas ficam com esse aspecto bem escuro aqui, que é chamado de flow void.
Então, os prótons passam de forma tão rápida nessas estruturas vasculares que não gera sinal, então fica escuro, né? A gente não tem geração de... A gente não tem captação de sinal. Então, tem uma veia cortical que é um pouco mais proeminente. A gente tem que ir no corte quase lá no tentório, tá vendo?
Aqui é a tenda cerebelar, ou o tentório. Então, quando tá no corte lá em... quase chegando na base do lobo occipital, identificou a veia de labir, a gente tem a veia de labir, a veia de labir aqui à direita, um pouquinho menor, mas geralmente ela ocorre na incisora pré-occipital. Então isso aí pode ser uma marca anatômica interessante para você saber se está no lobo occipital ou no lobo temporal, mais inferiormente. E mais superiormente, a gente pode usar o suco pareto occipital mais uma vez.
Então o suco pareto occipital A gente conseguiu ver aqui no plano sagital de forma mais fácil. É um suco bem proeminente, que separa os lobos parietal do occipital. Mas esse mesmo suco a gente pode identificar também no plano axial. É só a gente correr os cortes.
Vai correndo os cortes axiais, corre para cima e para baixo. Quando você viu um suco mais profundo aqui, na superfície medial, lembrando que essa superfície que a gente está vendo aqui no plano sagital, Essa superfície que você está vendo aqui no plano sagital. É a mesma coisa que essa superfície aqui, olhando de lado.
Então, você está vendo de lado essa superfície aqui. Então, procura aqui na superfície medial um suco mais profundo. Esse aqui é o suco pareto-occipital visto no plano axial.
E daí a gente vai correndo, você vê que ele tem uma orientação oblíqua. Deixa eu colocar a linha de referência, vocês vão conseguir entender de forma mais fácil. A gente vai correndo aqui os cortes, o suco pareto-occipital. Você vê que ele vai... ele vai começar a ficar mais posterior, porque o suco paretal tem essa orientação oblíqua, ele vai ficando mais posterior.
Daí, quando acabou o suco paretocipital, o suco mais profundo aqui na superfície medial, eu sei que eu não tenho mais lobo ocipital, aqui eu só tenho lobo paretal. E na superfície aqui dorsolateral, na convexidade cerebral, eu vou ter uma linha imaginária, comunicando esse suco paretocipital aqui mais superiormente. A incisora pré-occipital lá embaixo. Então, de modo geral, você traz uma linha imaginária aqui, acompanhando o suco pareto-occipital, você consegue fazer uma divisão aqui no plano axial entre lobos paretal e occipital.
Então, as vezes sei que os bairros aqui na região mais posterior não são tão organizados assim. Por isso que eu gosto sempre de começar a descrever a anatomia lobárnia pela região frontal. Tá certo? Então, vamos para o lobo temporal.
Lobo temporal. Travou? Não sei.
Travou? Tá ok aí, Rogério? Eu não sei se travou não, hein?
Ah, beleza. O lobo temporal, eu gosto de começar aqui pelo corte coronal, porque eu consigo ver, ter uma visão panorâmica de todo o lobo temporal. Deixa eu ver um corte aqui.
Esse corte aqui está interessante. Da mesma forma que lá no lobo frontal, eu vou procurar o sulco mais profundo. Primeiro vamos ver onde está o lobo temporal. Acho que está fácil para o pessoal reconhecer.
Esse sulco mais profundo aqui é o sulco lateral ou fissura de Silvius visto no plano coronal. Aqui a gente tem o sulco circular da ínsula, que delimita a ínsula aqui. E aqui o sulco lateral.
Daqui para cima tem... o lobo frontal e daqui para baixo tem o lobo temporal. Então tudo isso aqui vai ser... vai compor o lobo temporal. Então eu tenho esses dois sucos mais profundos aqui na superfície lateral que vão separar o...
peraí, ficou com muita notação aqui, ficou meio feio. Então eu vou separar aqui em giros temporais superior. Médio e inferior.
São dois sulcos. Frontal superior e inferior. Vamos separar em giros temporais.
Temporais superior e inferior. Separando giros temporais. Em giros temporais superior, médio e inferior. O... Não sei se...
Acho que aqui no lado direito está mais fácil. O corte aqui está pegando meio oblíquo. Então aqui acho que vai ficar mais fácil de identificar.
Sulco temporal superior e sulco temporal inferior. Giros frontais... Giro temporal superior, giro temporal médio, giro temporal médio e giro temporal inferior.
O giro temporal inferior começa aqui na superfície lateral e continua aqui na superfície inferior. Ele começa aqui na superfície lateral e continua aqui na superfície inferior. O próximo giro aqui, já na superfície inferior, ou região basal do lobo temporal, vai ser um giro chamado de giro fusiforme. Giro fusiforme. Na sequência aqui, a gente tem o giro para hipocampal, que fica ao lado da formação hipocampal, numa região aqui que é chamada de porção mesial do lobo temporal.
Então, toda essa região aqui que eu estou circulando, a gente descreve como porção... mesial do lobo temporal, que engloba o dígito para hipocampal e formação hipocampal. A formação hipocampal é esse rocambole, esse conjunto de estruturas que ficam enroladas aqui, e é preferível chamar de formação hipocampal porque ele engloba não só o hipocampo propriamente dito, o hipocampo propriamente dito seria o corno de Amon, mas uma região cortical adjacente ali do subícono. e o giro denteado, então é preferível chamar essa, é melhor chamar de formação hipocampal, porque você não corre o risco de errar. Quando você tem mais genéticas, a chance de você acertar é maior.
Então você tem a formação hipocampal aqui, que parece um rocambole, uma estrutura arredondada, no plano coronal, e esse primeiro giro que a gente observa aqui é o giro para hipocampal. Deixa eu ver aqui no lobo temporal como que a gente pode continuar. Então, superfície lateral. Superfície lateral, então.
Vamos começar a superfície lateral. Aqui a gente tem uma visão panorâmica, né? Então, vamos ver a superfície lateral do lobo temporal aqui no plano sagital.
Quando a gente vai aqui no plano sagital, logo abaixo aqui do sulco lateral, o piscina de Silvius, começa o lobo temporal. O primeiro giro vai ser o giro temporal superior. do ponto de vista funcional, o que é importante saber reconhecer, o que tem de importante, que no aspecto posterior, classicamente, é descrito como uma área chamada de área de Wernicke.
E junto aqui ao giro temporal superior, tem um giro que tem uma orientação transversa. Ele vai correr, deixa eu colocar aqui no plano axial, que vai ficar mais fácil de entender o que é uma orientação transversa. Então você vê que o giro temporal superior, o giro temporal médio, eles têm uma orientação mais anterior ou posterior.
Tem esse giro temporal aqui, que é um giro temporal que tem essa orientação transversa aqui, tá vendo? Ele corre quase que horizontalmente. Então quando eu vejo aqui no plano sagital, conforme eu corro as imagens no plano sagital, ele vai ficar com esse aspecto de bolinha aqui, que é o giro temporal transverso ou giro de Heschel.
que é onde fica o córtex auditivo primário, giro de reixo. Eu posso observar assim, no plano sagital, e como ele é meio oblíquo, aqui no plano coronal ele também fica uma bolinha, conforme eu vou correndo os cortes. Ele fica logo junto aqui ao giro temporal superior, tá certo? É isso.
E o giro lingual, lembra que eu falei que o giro lingual faz parte do giro ocitotemporal medial. Aliás, deixa eu continuar falando da formação hipocampal. A formação hipocampal parece um rocambole enrolado no plano coronal, essa estrutura meio enroladinha aqui no plano coronal.
No plano axial, ele é uma estrutura alongada, ele parece um... Parece um camarão, né? Quando você olha no maior eixo aqui, deixa eu angular os cortes aqui no plano axial, a gente consegue enxergar o hipocampo em toda a sua extensão.
É uma estrutura alongada, parece um camarão. E inferior, medialmente a ele, a gente tem essa estrutura aqui que é o giro para-hipocampal, que é esse giro aqui. O primeiro giro que fica adjacente ali à formação hipocampal.
É que no plano axial ele... vai terminar mais anteriormente nessa região mais protuberante aqui, que é chamada de húncus. Então, o húncus é a terminação ali, a região mais anterior do giro paraíba e pôr-campal.
O giro paraíba e pôr-campal determina essa região aqui chamada de húncus. E adjacente ao húncus, a gente tem essa estrutura ovalada aqui, que parece uma almôndega, que é chamada de amígdala. Amígdala realmente quer dizer almôndega. Então a gente tem essa estrutura ovalada aqui que é chamada de amida. Então são estruturas importantes do sistema límbico que a gente tem aqui na porção mesial do lobo temporal.
A gente tem essa estrutura ovalada que fica logo à frente do hipocampo, que é a amida. E o término aqui do giro para hipocampal, que é o húncus. O húncus se projeta aqui nessa região, que é chamada de cisterna crural. Eu não vou falar hoje sobre as cisternas aqui da base, mas é um espaço licuólico aqui.
um espaço subaracnoide mais proeminente, onde está o cúmulo glicórico maior. Mas aqui a gente consegue observar a relação anatômica importante que tem aqui com o nervo óculo-motor. O nervo óculo-motor ele sai dessa cisterna aqui, que é a cisterna interpoduncular, e ele tem um trajeto muito próximo aqui ao húncus, né? Então isso aqui é uma relação anatômica importante na avaliação principalmente dos pacientes com trauma ou com alguma lesão expansiva, que faz um deslocamento medial do húncus, né? Se o unco se desloca medialmente, ele comprime facilmente o nervo óculo-motor.
E daí, por comprometimento das fibras parasimpáticas, da enervação parasimpática do nervo óculo-motor, o paciente acaba ficando com uma anisocoria. Então é isso do lobo temporal eu acho que esses são os principais marcos anatômicos que a gente consegue observar, então com esses pontos de referência que eu falei pra vocês é possível pelo menos ter uma localização é possível você abrir um exame e saber dizer onde está a lesão, onde está a alteração radiológica do paciente E a partir do conhecimento funcional que vocês têm aí com o Rogério, com os outros professores, é possível fazer uma correlação clínica radiológica com a anatomia lobárbica. Quando a gente passa aqui para a região profunda, escolhe aí, Rogério, se é uma ventricular ou anatomia profunda aqui dos hemisférios cerebrais, porque eu acho que não vai dar tempo de falar de tudo, não. Nunca usa a base, tá? O que a gente consegue identificar facilmente no exame de imagem na região dos núcleos da base?
A gente tem o núcleo caudado. O núcleo caudado é um núcleo que é bem alongado e fica difícil a gente individualizar ele em um corte único. Porque ele tem uma estrutura bem alongada. Esse aqui é o núcleo caudado, tá vendo?
Ele tem uma estrutura bem alongada, ele forma um C, ele vai até a região adjacente ali. o corno temporal do ventrículo lateral. Então ele tem uma orientação bem alongada, bem curvilínea, então a gente não consegue delimitar ele em um único corte.
Mas tem alguns pontos, algumas porções deles, do núcleo caudado, que são facilmente definidas no corte axial. Uma dessas regiões é a região da cabeça, que a gente chama de cabeça do núcleo caudado. Ela ajuda a dar essa conformação aqui dessa região aqui do ventrículo lateral, que eu... o corno frontal do ventrículo lateral.
Então, o corno frontal do ventrículo lateral, ele tem essa morfologia curvilínea aqui, bem afilada, devido a essa impressão causada pela cabeça do núcleo caudado. Então, quando você estiver diante de patologias, doenças que evoluem com distúrbios motores e que tem como substrato patológico um processo degenerativo, com atrofia do núcleo caudado, como doença de Hanchton ou... ou síndrome de Huntington-like, tendo uma atrofia da cabeça do núcleo caudado, você vai acabar tendo uma proeminência maior aqui do corno frontal do ventrículo atral. Então, existe uma íntima relação na morfologia, no volume do núcleo caudado, na cabeça do núcleo caudado principalmente, com a morfologia do sistema ventricular. E mais posterior e superiormente, eu vou correr aqui os cortes, na linha de referência, eu vou subir um pouquinho, e aí eu vou...
cortar agora essa região mais superior aqui do núcleo caudado. Então tem essa região mais superior do núcleo caudado que acompanha o corpo do ventrículo lateral, que é o corpo do núcleo caudado. E daí a cauda da região mais póstura inferior aqui do núcleo caudado fica mais difícil de identificar no exame de Maia.
A gente costuma identificar geralmente lesões no corpo do núcleo caudado e cabeça do núcleo caudado. Mas lateralmente aqui, a gente consegue facilmente identificar um outro núcleo da base aqui, que é o putame. Então aqui a gente tem a cabeça do núcleo galdado, a gente consegue delimitar aqui o putame, mas medialmente aqui a gente tem o globo palio, que fica um pouco mais difícil, um pouco mais apagado, geralmente a gente vai ver situações patológicas. quando tem um depósito de substâncias causando alteração de sinal no globo páreo.
E mais medialmente aqui a gente tem o tálamo. Quando a gente fala de tálamo, a gente não está falando de núcleos da base não, mas é interessante delimitar ele aqui quando vai estudar essa anatomia da região profunda, porque o tálamo em conjunto com os núcleos da base aqui nesse nível, ele ajuda a delimitar essa região aqui que é a cápsula interna. Então, no exame de imagem, a gente consegue identificar essas três regiões da cápsula interna.
Existem outras regiões da cápsula interna, mas não são tão facilmente delimitadas no exame de imagem. Então, quais são essas regiões que a gente consegue definir com certa facilidade aqui nos cortes axiais? É o ramo anterior da cápsula interna, o joelho da cápsula interna e o ramo posterior.
No ramo anterior é por onde passa o trato frontopontino. Aqui no joelho passa o trato córtico bulbar. E aqui no ramo posterior é por onde passa o trato córtico-espinal. Então, sempre que a gente procurar por lesões e que justifique uma hemiplegia ou paresia do paciente, a gente vai procurar por lesões acometendo essa região do ramo posterior da cápsula interna. A gente tem uma região também, uma porção retrolenticular e infralenticular, mas, como vocês podem ver, não fica tão bem definido assim pelo exame de imagem.
Retrolenticular e infralenticular porque... Esse conjunto aqui entre o putame mais o globo bário forma um núcleo chamado de núcleo lentiforme. Parece uma lente, que é chamado de núcleo lentiforme.
Lateralmente aqui, a gente tem a cápsula externa. A gente tem essa faixa. Você vê que a gente tem três camadas aqui, né? Cápsula externa, essa camada aqui de substância cinzenta, que é o claustro.
E mais externamente, a gente tem a cápsula extrema. E um pouquinho mais superficial. vou mudar só um pouco o janelamento aqui, a gente já vai ter o córtex da ínsula. Então, a gente tem o córtex da ínsula, que eu esqueci de falar, na anatomia lobar, também é importante falar da ínsula.
Então, a ínsula é esse lobo que fica mais escondido, fica nas profundezas aqui do hemisfério cerebral, escondido pelas porções operculares, são aquelas que recobrem a ínsula ali na convexidade cerebral. A gente tem esse suco aqui, mais profundo, que é o suco circular da ínsula. Tá certo? Então é isso Tem bastante coisa interessante Que é bem tranquilo de falar aqui De tronco cefálico Sistema ventricular Mas eu acho que por uma questão de tempo aqui A gente não vai conseguir dar continuidade Mas se o pessoal quiser Se você achar interessante pode continuar Em outro dia, outra aula Ou, sei lá, fica à vontade Eu sei que você tem uma agenda para cumprir Muitos convidados para...
Tranquilo, viu Fábio? Na verdade é assim, é muita coisa para uma aula só mesmo, né? Até convidar o pessoal que ainda não conhece o trabalho do Fábio, gente, que tem um trabalho muito legal lá no Instagram, então segue ele, eu deixei o arroba aí para vocês.
Tem um canal aqui no YouTube também, que é Deuro Imagem na Prática, a gente está mandando os links para vocês aí no chat, tá? Você quer comentar também do curso, Fábio, para quem quiser aprofundar? É, deixa eu...
Na verdade, não preparei nada, não. O Rogério perguntou, ah, você tem o link do curso? Deu, mandei para ele, mas não preparei nada, assim. Então, é o seguinte, pessoal. Eu faz um pouco mais de um ano que eu comecei a fazer cursos, um curso online, desenvolvi um curso online chamado Neuroimagem na Prática.
Qual que era a ideia do Neuroimagem na Prática? Como vocês podem ver, o conhecimento de neuroimagem, especificamente da neuroimagem, não é um conhecimento tão... complexo assim, ele é extremamente simples, sabe?
Mas eu vejo que muitas pessoas não têm conhecimentos básicos, como o que eu mostrei aqui, simplesmente porque não tiveram acesso a esse aqui na formação. É impressionante um exame tão importante, quem acompanha visitas de neurologia, de cirurgia, desculpa, eu não tenho tanta experiência com as visitas da Físio. Mas é uma parte muito importante na avaliação do paciente e mesmo assim o pessoal não tem conhecimentos básicos.
E o neuroimagem na prática, como o próprio nome diz, a ideia dele é abordar principalmente as coisas básicas, os raciocínios do dia a dia e de forma muito prática. Então, os alunos, eles abrem exatamente esse sistema que eu utilizei para fazer aula. Então, eu ensino eles a mexer em todas as ferramentas, a fazer as reconstruções.
Então eles tentam interpretar por conta própria o exame e depois conferem a solução dos casos. Então é uma abordagem bem prática, com doenças do dia a dia. E o problema é o seguinte, o Neuroimagem na Prática é um curso de 12 meses. Então tem pessoal que se assusta um pouco, acha que não vai dar conta de associar com a rotina de estudos ou de trabalho. E fica meio confuso, né?
Não sabe exatamente qual é o momento certo de começar a fazer o curso. E também acaba ficando um pouco caro, porque para ter acesso ao exame de qualquer lugar, eu tenho que contratar servidor. Enfim, tem um monte de curso que acaba ficando um pouco inacessível para algumas pessoas, né?
Então, estão acontecendo inscrições nessa semana, só nessa semana, até sexta-feira, inscrições do 50C, que é um formato mais básico do Neremagem na prática. E eu resolvi fazer esse formato mais básico porque eu via que, mesmo com o acesso ao conteúdo mais básico do Neuroimagem na Prática, o pessoal começava a voar já, sabe? O pessoal começa até... conta pra mim que na rotina o pessoal procura pra tirar as dúvidas, sabe? Então acaba virando meio que uma referência de neuroimagem, porque realmente, pessoal, 90% da neuroimagem não é uma coisa complexa.
Então basta você ter um olho em terra de cego pra você realmente se destacar. E percebendo isso, eu achei que por muito tempo eu fiquei meio indignado, né? Que não ensinaram neuroimagem. formação, da graduação, e daí eu decidi em vez de ficar reclamando só, falar vou fazer um projeto aí pra disseminar esse conhecimento, né então o Neuroimagem na prática ele tem já tá com mais de mil alunos, né, mas mesmo assim tem muita gente que não consegue participar por esses motivos daí eu fiz 50C e a gente tá tendo as inscrições nessa semana, até sexta-feira, o Rogério colocou o link aqui na descrição, né, mas é isso estouramos o tempo aí, desculpa Rogério E também peço desculpa, eu tenho que sair pra dar outra aula agora.
Fábio, que honra, viu? Que aula fantástica. Obrigado mesmo de coração, fico super feliz.
Pra quem não sabe, gente, na minha época de residência, a gente acompanhava as visitas, né, clínicas da medicina e tudo mais. Sempre o doutor Fábio dava um show, né? Eu conheci esse trabalho dele na internet recentemente. inclusive fiquei super feliz e com certeza recomendo para quem quer aprofundar em neuroimagem sem dúvidas tem que seguir ele lá, quando ele falou do curso também eu acho super importante porque assim, quem é da área da reabilitação a gente não usa exame de neuroimagem para diagnóstico mas sim para melhorar a avaliação, então como que você conhecer um exame de imagem pelo menos você ter as noções básicas vai ajudar a nortear a sua avaliação e tudo mais, quando você identifica que determinada estrutura foi envolvida, isso é essencial mesmo. Então, Fábio, obrigado de coração.
Nem sei como te agradecer, obrigado mesmo, foi uma grande honra aqui pra mim. Obrigado por esse convite. Eu que agradeço, olha o tanto de gente assistindo, meu Deus do céu.
Obrigadão, viu? E pessoal, agradecer também a vocês. Um abraço.
Tamo junto. Agradecer também, pessoal, a todos vocês que assistiram aí conosco nessa super aula. Vai ficar gravado. O pessoal estava perguntando, né? Falou, nossa, quero assistir essa aula de novo já e tudo mais.
Então, pode assistir quantas vezes vocês quiserem. Como eu disse, tem mais aulas lá no canal do... O doutor Fábio, então já deve estar o link também aí pra vocês conferirem, já se inscrevam no canal, tá?
Hoje em dia a gente tá passando por um momento ímpar, né? Que tem muitas pessoas aí extremamente profissionais disponibilizando até conteúdo gratuito, então... aproveitem aí, beleza?
Mais uma vez, obrigado de coração, viu Fábio? Um abraço, Leandro, valeu! Tamo junto! E gente, então finalizando nosso terceiro dia do evento, então obrigado por terem participado com o... o link das inscrições já deve estar aí embaixo em algum lugar para vocês aí lembrando que tem 15 minutos para se inscrever então durante esses 15 minutos se vocês tiverem algum problema aí manda lá no chat que a gente ajuda vocês a resolverem tá então já passando gente que o nosso próximo encontro é na quinta-feira tá então não é na quarta anota aí na