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Estudo dos Domínios Morfoclimáticos do Brasil

Olá, pessoal! Tudo bem? Eu sou a professora Larissa Mesquita, professora de Geografia, e hoje nós vamos falar sobre domínios morfoclimáticos. Antes de começarmos, eu gostaria de fazer um convite bem especial. Se inscreva no canal, clique... aqui no sininho, assim você vai ficar por dentro de todas as atualizações. Cada vez que um novo vídeo for publicado aqui, você será notificado. Isso não é legal? Sem contar que o conteúdo todo é gratuito. Então não perca tempo, né? Se inscreva aqui no canal do Brasil Escola e fique por dentro de tudo. Vamos lá? Bom, queridos, domínios morfoclimáticos. Está aí uma expressão muito comum nos estudos da geografia física, não é mesmo? Mas, afinal de contas, o que vem a ser um domínio morfoclimático? Bom, por definição, domínio morfoclimático... é um conjunto de elementos naturais que formam uma unidade paisagística. Ou seja, é um conjunto formado por todos os elementos da paisagem natural, por exemplo, relevo, hidrografia, tipo de solo. tipo de vegetação de um lugar e que acaba dando àquela região uma unidade, uma cara. Esse conceito foi desenvolvido nas décadas de 1960 e 1970 pelo geógrafo Assis Absaber. E desde então ele vem sendo cada vez mais utilizado, não só em provas de Enem e vestibulares, mas também nos livros didáticos de geografia como forma de estudo das paisagens naturais do Brasil. O Brasil, por ser um país muito grande... ele foi classificado, ele foi dividido em seis domínios morfoclimáticos, mais as faixas de transição. Nós vamos falar de cada um deles. Bom, vamos começar pelo maior dos domínios morfoclimáticos do Brasil, o domínio amazônico. Então, em toda a área onde o domínio amazônico está concentrado, nós vamos ter basicamente os mesmos elementos naturais. Por exemplo, floresta equatorial amazônica é a vegetação típica, e daí você precisa conhecer... todas as características da floresta equatorial amazônica. Densa, latifoliada, perene. Vou deixar disponível aqui a videoaula sobre a Amazônia para você ficar por dentro de tudo. O relevo é basicamente constituído por planaltos nas porções norte e sul e planície na porção central. Hidrograficamente, é uma região muito rica, porque é a região da bacia amazônica, a maior bacia do Brasil e também do mundo. Os solos são muito profundos. uma vez que a quantidade de chuva é intensa na região, dá uma formação bastante intensa no solo, mas são pobres em nutrientes. Por isso, desmatar a floresta para desenvolver agricultura, pecuária, não é um bom negócio ambientalmente falando. O que sustenta a própria floresta é a própria floresta. com uma quantidade incrível de matéria orgânica que é lançada todos os dias sobre a superfície. Um aspecto marcante do domínio amazônico é o clima equatorial. Lembre-se, ele se caracteriza basicamente por umidade alta e temperaturas altas o ano todo. Já o domínio caatinga se caracteriza pela presença do clima semiárido, o tropical semiárido. É aquele clima super quente, com chuvas irregulares e mal distribuídas ao longo do ano. O clima da região da Caatinga gera a vegetação de Caatinga, que se caracteriza por árvores de pequeno porte, com capacidade de armazenamento de água e com uma característica do xeroformismo, ou seja, elas são adaptadas a períodos longos de seca. Os solos são rasos, embora sejam ricos em nutrientes, e a hidrografia da região se caracteriza pela presença dos rios intermitentes, ou seja, Rios que secam durante um período do ano, com exceção do São Francisco, que passa pelo sertão nordestino, mas é um rio perene, ou seja, não seca em nenhum momento. Na porção central do Brasil, nós temos então o chamado domínio cerrado. Bom, como o próprio nome já nos leva a pensar, é a região onde predomina a vegetação do cerrado. Troncos tortuosos, raízes profundas, árvores de pequeno e médio porte, esparsas, são as características básicas dessa vegetação. O clima da região, que dá origem, inclusive, à vegetação do cerrado, é o tropical semiúmido. também pode ser chamado de tropical continental ou tropical típico. É um clima que se caracteriza pelas temperaturas elevadas o ano todo e o que chama atenção são duas estações bem distintas no que diz respeito às chuvas. São as chuvas concentradas no verão e a estiagem prolongada. no inverno. Duas estações clássicas caracterizam aqui o clima tropical semiúmido. Os solos são muito ácidos, são pobres em nutrientes, mas são muito aproveitados para a agricultura e para a pecuária. normalmente é preciso fazer correção química para que esse solo se torne produtivo. O relevo do domínio cerrado, predominantemente, é o planalto. Os planaltos aqui do centro-oeste são basicamente constituídos em grandes... grandes estruturas, bastante desgastadas, e a presença de chapadas é uma característica bem forte do domínio cerrado. Na porção meridional, ou seja, na porção sul do Brasil, podemos destacar o domínio das araucárias. É o domínio, naturalmente, onde a vegetação nativa era, pelo menos, a mata de araucária. A mata de araucária é aquela vegetação que se caracteriza pela presença específica do pinheiro do Paraná, uma planta acicofoliada, de grande pó. esparça e que foi historicamente muito devastada. A sua madeira foi utilizada para a produção de casas, para a indústria moveleira, produção de papel, enfim. E hoje, graças à expansão da fronteira agrícola no sul, isso culminou com a retirada quase que total dessa vegetação. O clima típico desse domínio é o clima subtropical, ou seja, é um clima onde as quatro estações do ano são bem marcadas. Então lá de fato existe um um verão quente, um inverno frio, primavera e outono funcionando ali como estações de equilíbrio. E as chuvas são regulares e bem distribuídas ao longo do ano. Existe também a forte presença da massa polar atlântica nessa região. Então os invernos acabam sendo bastante rigorosos, especialmente nas regiões serranas, nas regiões mais altas. O relevo clássico é constituído pelos planaltos e chapadas da Bacia do Paraná. É um relevo bastante acidentado, especialmente mais... mais próximo do litoral. Os solos são amplamente utilizados para agricultura, porque são férteis. Nessa região está a maior parte dos solos chamados de terra roxa, os solos férteis do Brasil meridional. Bom, ainda no sul do Brasil, ainda sob domínio do clima subtropical, surge o domínio das pradarias, ou domínio dos campos, né? Aquela vegetação típica do sul do Brasil, do Rio Grande do Sul, onde as gramíneas... predomina, os campos ou pradarias que também se estendem ali pela Argentina, pelo Uruguai, acabam sendo a cara desse domínio. O relevo é mais aplanado, há a presença de coxilhas, estruturas mais arredondadas, comuns naquela região, e os solos também passam por um processo um tanto específico, que é a chamada arenização. Esse é um problema onde o solo basicamente vai perdendo com o tempo a sua capacidade de reter água. E os solos dos campos ou das pradarias estão bem sujeitos a esse problema. Bom, e para finalizar esse conjunto de domínios morfo-climáticos, nós temos de falar... claro do domínio dos mares de morros. Percebe que esse é o único domínio que não recebe o nome da vegetação típica. O domínio dos mares de morro é uma região onde se estendia a Mata Atlântica, mas ele recebe o nome de mares de morros porque justamente quando essa classificação foi concebida pelo professor Assis Absaber, segundo ele próprio, o relevo era o elemento natural que mais saltava aos olhos, uma vez que a vegetação já tinha quase todo o tamanho. desaparecido. Então o relevo serrano, a presença de muitas serras é a grande característica do domínio dos mares de morro, que se estende desde o litoral nordeste do Brasil até parte do sul. Bom, o clima tropical úmido é o clima típico do domínio dos mares de morro e como eu disse a vegetação de Mata Atlântica, grande porte, densa, latifoliada e amplamente devastada desde o processo de colonização do Brasil, é a vegetação. nativa dessa região. Bom, e para finalizarmos, para concluirmos o nosso raciocínio aqui sobre os domínios morfo-climáticos brasileiros, é preciso considerar que o professor Assis Absaber, quando classificou os aspectos naturais do Brasil, quando montou essa classificação dos domínios, ele entendeu que em algumas regiões as vegetações se misturam, os climas se misturam, os relevos se misturam. Nessas áreas onde é possível encontrar características de um domínio e de outro, ele considerou a possibilidade de existir uma faixa ou zona de transição. Quando se observa o mapa da divisão dos domínios morfoclimáticos, então é possível observar entre os domínios essas áreas, onde um domínio se mistura com o outro, portanto não pode ser caracterizado na sua individualidade, considerando apenas os fatores naturais daquele lugar, mas sim a mistura de fatores de dois ou até três domínios. no mesmo ambiente. Bom, queridos, espero que vocês tenham gostado da nossa videoaula sobre domínios morfoclimáticos. E antes da gente se despedir, vamos fazer a lição de casa. Curta o vídeo, compartilhe com seus amigos, acesse os links na descrição e acesse também as nossas redes sociais. Assim você vai ficar por dentro de todas as informações. Tchau, tchau!