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Estratégias de Estudo Baseadas na Ciência

Olá pessoal, meu nome é Andrei Maier, eu sou professor doutor em Neurociências e é com enorme prazer que lhes dou boas-vindas a mais um episódio do nosso querido podcast Culpa do Cérebro. E no episódio de hoje quero conversar com vocês sobre técnicas e estratégias de estudo validadas pela ciência, que você pode colocar em prática ainda hoje e vão aumentar muito, muito a sua eficiência nos estudos. Esse episódio pessoal é na verdade a primeira parte de um grande episódio.

sobre como melhorar a memória, o foco, constância e disciplina nos estudos, que tem como objetivo trazer tudo que o estudante, independente da área, precisa saber para ele conseguir aumentar muito a eficiência dele nos estudos. E tudo, claro, como sempre, de acordo com a literatura científica, de acordo com a ciência. Mas como a quantidade de conteúdo é muito grande, pessoal, eu decidi dividir esse episódio em duas partes.

E nessa primeira parte, quero conversar com vocês sobre dois grandes temas. No episódio de hoje, quero conversar com vocês sobre dois grandes temas. Primeiro, começar a conversar com vocês sobre memória. Acho que para vocês entenderem como funciona a melhor técnica de estudo, como melhorar a memória, é fundamental que vocês entendam o que é memória, mais especificamente, como ela é formada, como ela é mantida e como ela é acessada no nosso cérebro.

Em seguida, quero conversar com vocês sobre a famosa curva do esquecimento, que eu sei que muitos de vocês já estão... devem ter ouvido falar. Se você já ouviu falar, fica ligado porque talvez tenha explicado de uma forma um pouquinho equivocada a curva do esquecimento.

Eu vou esclarecer aqui para vocês quem ela realmente é e o que ela significa. E para você que nunca ouviu falar de curva do esquecimento, saiba que trata-se de um conhecimento fundamental para você conseguir melhorar efetivamente o seu desempenho nos estudos, seja lá o que você estiver estudando. independente se você é aluno iniciante, se você é veterano, se você é professor. Você entender o princípio da tal curva de esquecimento, o que ela significa quando se fala de memória, é fundamental para você, no final das contas, conseguir de fato adotar técnicas e estratégias de estudo eficazes, eficientes, que realmente vão funcionar.

Em seguida, no segundo grande bloco do episódio de hoje, quero conversar com vocês efetivamente sobre técnicas de estudo. para você melhorar a memória do material que você está estudando. Claro que a gente vai falar sobre a melhor técnica de estudo de acordo com a ciência. Sim, existe uma melhor técnica de estudo, à luz da literatura científica, ela é mais eficiente do que outras e eu vou explicar para vocês.

Vou dizer quem ela é, vou explicar como ela funciona e, é claro, vou explicar como colocá-la em prática. Existe mais de uma maneira de você colocar a melhor técnica de estudo em prática. Eu vou explicar isso direitinho para vocês.

Para vocês. avaliarem qual a melhor maneira de vocês implementarem isso nos estudos de vocês. E num segundo momento desse segundo bloco do episódio de hoje, quero conversar com vocês sobre espaçamento entre as revisões. Como vocês vão ver ao longo do episódio, um aspecto fundamental, importante para a eficiência dos seus estudos é você revisar o conteúdo periodicamente.

E é importante que você tenha um espaçamento entre as revisões, um espaçamento temporal. Vou explicar melhor para vocês o que isso quer dizer, como colocar isso em prática e como realmente deve funcionar esse tal espaçamento das revisões. Isso tudo para vocês se munirem com o conhecimento científico das melhores técnicas e estratégias de estudo que vocês podem colocar na rotina de vocês. Isso tudo no episódio de hoje, pessoal, que como eu disse, é a primeira parte de um grande episódio. No próximo episódio, que seria a segunda parte, eu quero conversar com vocês sobre aquilo que você precisa para conseguir colocar a melhor técnica de estudo em prática, mas mais importante para você conseguir sustentar essa rotina de estudos por longo período de tempo, que é uma coisa importante para qualquer estudante, né?

Tem que estudar por semanas, meses, às vezes até anos. Então é importante a gente adotar estratégias que facilitem essa nossa capacidade de nos mantermos constantes e disciplinados. Nessa segunda parte, que vai ser o próximo episódio, eu vou conversar com vocês, quero conversar com vocês...

sobre estratégias, técnicas e ferramentas que vocês podem utilizar para melhorar a capacidade de ter foco nos estudos, foco de um modo geral, foco no material mesmo, e melhorar a capacidade de se manter disciplinado nos estudos. Beleza, pessoal? Agora, de qualquer forma, isso que eu vou dizer agora valendo tanto para o episódio de hoje como para o próximo episódio, que fique claro que todos os princípios que eu vou trazer aqui em ambos os episódios valem para qualquer tipo de estudo.

Independente se você está estudando para o vestibular, para o Enem, para concurso, está estudando um livro específico, está tentando se desenvolver profissionalmente, está estudando ao longo da vida toda, como é o meu caso, dependente do motivo, os princípios que eu vou trazer aqui, princípios neurofisiológicos baseados na literatura da neurociência, eles valem para qualquer tipo de estudo. E um segundo aviso... O que eu não posso deixar de dizer é que eu não vou trazer aqui para vocês um método que eu inventei, que é uma coisa que um monte de gente traz por aí. O método mágico que eu inventei, o método Andrei que vai fazer os estudos serem maravilhosos, pessoal.

Eu sou contra esse tipo de abordagem, até porque um método que eu inventei não necessariamente vai funcionar para você. Eu posso falar uma coisa que funcionou muito bem para mim, mas é uma parte, considerando o meu contexto, a minha individualidade pode não funcionar para você. Eu vou trazer aqui para vocês fundamentos científicos por trás das técnicas de estudo, estratégias de estudo, por trás de foco atencional, de mecanismos envolvidos com disciplina, de modo que você possa aplicar isso na sua vida da melhor maneira para você, beleza?

Como sempre, pessoal, cada momento, cada tópico, momento que eu abordo cada tópico ao longo do episódio está descrito aqui na descrição do episódio, independente da plataforma que você está. Até a próxima! assistir um bloco específico, é só olhar aí, mas como sempre recomendo que você assista, barra ouça o episódio como um todo, porque eu sempre tento trazer um raciocínio ao longo do episódio todo.

Eu sou contra a decoreba, tenho motivos inclusive neurocientíficos para isso, então eu sempre tento trazer um raciocínio que eu vou construir ao longo do episódio. Então a minha sugestão é que você tente assistir, barra ou ver o episódio como um todo, porque eu acredito que você vai tirar maior proveito do conteúdo do episódio. Para quem gosta de acompanhar... vídeos um pouco mais curtos ou quer revisar tópicos específicos do podcast recomendo o canal oficial do podcast ali o link para vocês se inscreverem tá aqui na descrição e também tá lá na página principal do canal né e para os profissionais pessoal especialmente você que é professor ou você que atua ajudando outras pessoas a aprender mais ajudando alunos aprender mais da melhor Recomendo que você conheça a pós-graduação em Neurociência do Comportamento. Tem um link aqui na descrição para vocês acessarem e conhecerem melhor.

Todos os tópicos envolvidos com aprendizado são abordados nessa pós-graduação. Desde mecanismos envolvidos com entrada sensorial, como ocorre o processamento de informação sensorial. Tem módulos falando só sobre emoções, controle emocional. Tem um módulo falando só sobre foco, formação de hábitos, aprendizado, sobre memória, sobre sono.

Todos os aspectos envolvidos, relevantes para o aprendizado, são abordados ao longo dessa pós-graduação, que eu considero, então, como um prato cheio para qualquer educador que queira melhorar a sua atuação profissional de um modo geral. Então, tem aí o link da descrição da famosa, já famosa, pós-graduação em Neurociência do Comportamento, que tem centenas de alunos. Fico feliz de dizer isso, né? Beleza, pessoal?

Agora, sem mais delongas, pessoal, vamos começar o episódio, efetivamente, sobre técnicas e estratégias de estudo. Vamos começar pelo seguinte, quero que você pense aí qual é o seu objetivo no final das contas. E eu vou dizer aqui qual é, porque eu sei que vale para todo mundo.

O seu objetivo, inclusive, é de estar ouvindo esse episódio do podcast. No final das contas, pessoal, o seu objetivo, por favor me corrija se eu estiver errado aí nos comentários, mas no final das contas, o seu objetivo é, um, adquirir conhecimento, provavelmente uma grande quantidade de conhecimento. Você quer manter esse conhecimento com você, consolidado aí dentro da sua cabecinha, no seu cérebro. e para você poder, no final das contas, lá no futuro, em algum momento, acessar esse conhecimento. Então, você quer adquirir, manter e acessar esse conhecimento para fazer uma prova, para fazer uma apresentação, para aplicar na sua prática profissional, para explicar para alguém alguma coisa específica sobre memória, o que quer que seja.

No final das contas, é isso. Agora, para a gente melhorar isso, pessoal, o primeiro passo que a gente tem que inevitavelmente dar é entender como que acontece o processamento desse tipo de memória. É importante que vocês entendam as... etapas de processamento da memória, desse tipo de memória especificamente, para a gente conseguir entender o que a gente pode fazer para otimizar o processo como um todo. Antes de mais nada, pessoal, entendam o seguinte, acho que eu já dei uma pincelada sobre isso agora há pouco, mas existem diferentes tipos de memória.

Eu não vou entrar em detalhes para falar todos os tipos de memória, não vem ao caso agora, mas só quero que vocês primeiro saibam que existem diferentes tipos de memória. E a memória da qual a gente está falando aqui é uma memória que a gente chama de memória declarativa. Uma memória que você consegue, como o nome sugere, falar, declarar verbalmente.

Então, colocando em outras palavras, são aquelas memórias de episódios específicos ou de fatos específicos. Qual é a capital de Paris? O que você fez ontem? O que te falaram há três dias atrás?

O conteúdo desse podcast? Aquele conteúdo de livro-texto, de livro de um modo geral, é um tipo de memória que a gente chama de memória declarativa. Existem outros tipos de memória, mas a gente vai falar desse tipo de memória. E esse tipo de memória tem algumas etapas de processamento que é importante que vocês conheçam, alguns de vocês talvez já conheçam, mas eu acho que não custa nada a gente repetir para garantir que estamos na mesma página. A primeira etapa da aquisição, manutenção e evocação dessa memória é, ou como vocês imaginam, é a aquisição.

É um processo que a gente chama na neurociência de codificação. Então a primeira etapa da memória declarativa é codificação. É o momento onde o seu cérebro transforma um conteúdo, uma informação externa, em um código, que é o código do cérebro, que são os sinais elétricos sendo ligados em várias áreas do cérebro, são conexões do cérebro sendo modificadas.

Então, você tem o primeiro momento em que aquela informação externa, o conteúdo desse podcast, o conhecimento que você adquiriu ali numa leitura de um livro, isso tudo é transformado num código por um processo que se chama decodificação. Vários processos impactam esse primeiro, vários fatores impactam esse primeiro processo. Entre eles, um dos mais importantes é o foco atencional, óbvio.

Você precisa ter foco atencional no conhecimento para o seu cérebro conseguir processar adequadamente essa informação e codificá-la, beleza? O que está fora do foco atencional, então, por exemplo, agora você está prestando atenção no que eu estou falando aqui. Está me vendo, talvez, ou se você estiver no Spotify, por exemplo, você está só me ouvindo, mas está prestando atenção.

O que quer que tenha do mundo que está fora do seu foco atencional, do mundo sensorial, o seu cérebro pode até processar, mas a tendência é essa informação ser muito menos consolidada, ela fica menos, né? Então, por exemplo, nesse exato momento você está prestando atenção no que eu estou falando, mas seu cérebro está detectando informações que vêm do seu corpo. Então a roupa que você está usando está estimulando o seu corpo, essa informação está chegando, está sendo processada, de certa maneira está sendo codificada.

Mas essa informação tende a não ficar com a gente. Então, o foco atencional é muito importante para, como a gente vai falar mais para frente, justamente priorizar o processamento de uma informação específica em detrimento de outras. Então, nesse exato momento, o seu cérebro está priorizando o processamento das informações relacionadas ao que eu estou falando aqui. A minha voz, a minha imagem está priorizando essa informação em detrimento de outras. Isso é um processo ativo, pessoal.

cansa, exige esforço por parte do cérebro, mas para frente nesse episódio ainda eu vou voltar a falar disso, para a gente entender até um pouquinho melhor o que a gente pode fazer para melhorar o foco atencional e consequentemente melhorar o seu desempenho nos estudos. Mas então a gente tem esse primeiro momento de codificar a informação, essa codificação muito impactada pelo seu foco atencional, óbvio, que por sua vez é impactada por outros fatores super importantes que a gente vai comentar nesse episódio também. O primeiro fator é motivação. O quão motivado você está para me ouvir vai impactar a sua capacidade de prestar atenção em mim, que por sua vez vai impactar a sua capacidade de adquirir essa informação do podcast de um modo geral.

O mesmo vale para o seu grau de alerta. O grau de alerta, se você está mais ou menos solento, mais ou menos alerta, impacta muito a sua capacidade de ter foco atencional e consequentemente codificar a informação que você está tentando aprender, beleza? Já já a gente vai voltar para falar disso tudo especificamente. Tudo bem? Num segundo momento, pessoal, logo depois que o seu cérebro codificou aquela nova informação, ela pode ou não começar a ser consolidada.

É a segunda etapa do processamento da memória. Que seria aquela memória começar a ficar mais consolidada, mais firme. É como se fosse uma escultura de argila enrijecendo.

Então a memória começa a ser consolidada. Esse processo, pessoal, começa enquanto a gente ainda está acordado. Então, novos conhecimentos que são adquiridos, eles começam a ser consolidados enquanto nós estamos acordados.

Tem como otimizar isso, vou falar mais para frente. Pessoal, vou falar de várias estratégias e ferramentas que você pode adotar para melhorar os seus estudos de um modo geral, inclusive a consolidação de novas memórias, beleza? Então, isso já começa a ser consolidado enquanto a gente está acordado.

Mas um processo importantíssimo para consolidar novas memórias é o sono. Por isso que eu sempre falo que para qualquer um, especialmente estudantes, o sono é importantíssimo, porque ele é muito importante para continuar esse processamento da memória e para esse processo que a gente chama de consolidação da memória. Uma terceira etapa do processamento de um modo geral, mais ou menos, é uma que a gente chama de... então, depois da consolidação.

evocação, mais ou menos depois da consolidação, né? Colocando de uma forma mais didática aqui. Evocação, que é você evocar aquela memória, você lembrar a memória, reativar a memória.

Então, você codificou. Talvez tenha consolidado, você pode agora reativar essa memória que está ali no seu cérebro, na sua biblioteca de conteúdo. Uma coisa que muita gente não sabe, pessoal, é que para você lembrar, para você evocar uma memória, você também precisa de foco.

Você precisa de foco para aprender coisas novas e para lembrar aquilo que você aprendeu. É por isso que muitas vezes você pode ter um branco. Qualquer fator que impacte a sua capacidade de controlar o seu foco atencional, por exemplo, Falta de sono, ansiedade demais, tomou café demais, qualquer coisa que impacte a sua capacidade de controle atencional, controlar o seu foco, pode te impedir de acessar informações que você tem. Então, você estudou pra caramba, você tem uma quantidade de informação enorme aí no seu cérebro, com certeza, de um conteúdo de uma prova, por exemplo, chega na prova, você dormiu mal no dia anterior, você está muito ansioso, você não consegue controlar seu foco direito, você não vai conseguir achar essa informação.

Aí você tem aquele famoso branco, né? Que é o que acontece quando a gente está muito nervoso, né? Todo mundo já passou por isso. Está muito nervoso, você não consegue achar uma memória que você sabe que você tem. Às vezes é uma palavra muito simples.

Isso é uma... nada mais é do que um lapso atencional. Não é que a memória não está ali, é você que não está conseguindo achar ela, tá? E de novo, motivação e grau de alerta vão impactar a sua capacidade de lembrar também, né?

E por fim, muito importante que vocês entendam, especialmente quando a gente for falar da melhor técnica de estudo, né? É importante que vocês entendam essas duas etapas. Primeiro, você pode evocar a memória, como eu acabei de comentar, reativar aquela memória. E aquelas memórias que são reativadas, pessoal, presta atenção agora. As memórias que são reativadas, que você lembra, que você evoca, elas passam por um outro processo de consolidação.

Por um processo que a gente chama de reconsolidação. Entendem? Então, a todo momento, o seu cérebro está adquirindo novas informações e ou... evocando memórias antigas e em ambos os casos essas informações, quer elas sejam novas ou antigas, elas passam por um processo de consolidação.

No caso de uma informação nova ela começa a ser consolidada. No caso de uma informação antiga que você lembrou, ela passa por um outro processo de reconsolidação. Quanto mais vezes você evocar uma memória, mais ela vai ser consolidada, mais firme ela vai ficar.

Vou repetir porque isso é importante pra caramba, especialmente quando a gente for falar de qual é a melhor técnica de estudo que você deve aplicar nos seus estudos, caso você queira que essa informação fique com você por bastante tempo. A memória, quando ela é reativada, ela passa por um outro processo de consolidação. Quanto mais uma memória é reativada, mais consolidada ela fica no seu cérebro, mais firme ela fica no seu cérebro.

mais fácil vai ser você de resgatar essa memória no futuro. Mais tempo essa memória vai te acompanhar ao longo da vida. Isso é um princípio básico que vale para absolutamente qualquer memória.

Quer ela seja certa ou errada, quanto mais reativada ela for, mais ela vai ficar com você, mais fácil vai ser você acessá-la no futuro. Beleza? Então esses são os processos básicos, o processamento daquele tipo de memória, pessoal, que a gente chama de memória declarativa.

Agora, um fato. fato científico muito importante que todos precisam saber, se é que vocês já não sabem. A maior parte do que a gente se expõe ao longo do dia é esquecido.

Vocês devem ter ouvido falar a seguinte frase, o cérebro é uma máquina de aprender. Está correta essa frase. Nosso cérebro é uma máquina de aprender, a gente está aprendendo todos os dias, o dia inteiro, quer você perceba ou não, o aprendizado não acontece só em sala de aula.

O aprendizado acontece o dia inteiro, qualquer coisa relevante acontece na sua vida, seu cérebro vai processar e se considerando que é algo importante, ele vai memorizar alguma coisa daquilo, beleza? Então, o aprendizado acontece o tempo todo, nosso cérebro é uma máquina de aprender, é isso que garante, inclusive, a nossa incrível capacidade de se adaptar a diferentes situações, diferentes meios e a nossa capacidade de aprendizado. Agora, uma outra frase que poucos dizem, mas é que é igualmente correta, é que o nosso cérebro é uma máquina de esquecer.

Nosso cérebro não quer memorizar tudo. Isso nem é funcional, nem é interessante. Nosso cérebro quer memorizar apenas aquilo que ele considera relevante.

A maior parte daquilo que a gente vivencia ao longo do dia, de um modo geral, claro, André, mas eu viajei para não ser aonde, e eu lembro de muita coisa. Claro, porque você estava em um ambiente novo, muita coisa nova, seu cérebro considerou aquilo importante de ser memorizado. Mas no dia a dia, com a repetição, A tendência é a gente não lembrar a maior parte do que a gente fez, do que a gente foi exposto. Te convido a tentar lembrar aí o que você comeu no café da manhã há 13 dias atrás, 17 dias atrás. Você nem lembra se você tomou café da manhã, né?

Ou mais ainda, há dois meses e meio atrás. Você lembra? Você não vai lembrar, né?

A maior parte do que a gente expôs é esquecido. Nossa, você é uma máquina de esquecer. É uma máquina de selecionar aquilo que é relevante, aquilo que não é, e aquilo que ele não considera relevante, vai embora.

E por que eu estou dizendo isso, pessoal? Porque isso traz um belo de um desafio para um estudante que precisa adquirir uma quantidade enorme de conteúdo novo todos os dias. Andrei, como é que eu faço, então, para fazer o meu cérebro entender que aquilo que eu estou estudando é importante, que deve ficar comigo, porque eu vou fazer uma prova daqui, sei lá, quantos meses, quantos anos.

Tem formas de fazer isso? Tem formas de você ajudar seu cérebro a fazer isso. Não é mágica.

Eu vou falar dessas maneiras nesse episódio ainda. Mas entendam isso. Que o nosso cérebro, o natural dele é esquecer a maior parte daquilo que a gente é exposto.

E isso ficou bem claro no experimento que muitos de vocês já devem ter ouvido falar. Apesar de ter sido um experimento bem mal feito. Que caracterizou aquilo que a gente chama de curva do esquecimento.

Foi um experimento, pessoal, para quem não sabe. Realizado por um camaradinha chamado Herman... Ebbinghaus, lá em 1985, um experimento que ele fez com ele mesmo, se propondo a tentar memorizar uma lista de palavras, de sílabas, que não tinham significado nenhum, tipo, id, zof, siglas, assim, sem significado, memorizar, né, e aí, o que ele fez?

Foi memorizar a lista num dia e depois ele se testou pra ver quanto que ele lembrava dessa lista de palavras ao longo de vários dias, né, e ele viu que no primeiro dia ele já tinha esquecido em torno de 50%, né, Ou seja, no dia seguinte ele já não lembrava 50% do conteúdo que ele lembrava logo depois de estudar, no primeiro dia. Uma semana depois ele já tinha esquecido 70%, duas semanas depois em torno de 80%. Se vocês jogarem no Google curva do esquecimento, vocês vão ver lá um monte de imagem da curvinha. É um experimento que foi muito mal feito, do ponto de vista científico, a gente nem pode considerar ele como válido, sendo muito honesto com vocês. Mas ele é interessante para ilustrar um princípio que eu acho que todo mundo tem que estar ciente.

Um conhecimento que você adquiriu hoje, se você não fizer algo a respeito, que eu já vou dizer o que é, a tendência vai ser você esquecer ele ao longo dos dias seguintes. Isso é meio óbvio, né? Você estudou hoje, a tendência é boa parte ser perdida.

Eu acho que as pessoas, o legal dessa curva de esquecimento é porque ela ilustra o quanto você pode perder. Muito mais do que as pessoas tendem a imaginar. Se você conversar com uma pessoa que estudou hoje e perguntar para ela o quanto ela vai lembrar do conteúdo daqui uma semana, ela provavelmente vai superestimar o quanto ela vai lembrar. Provavelmente.

Ela vai falar, ah, eu vou lembrar uns 80%. Só que se você aplicar um teste nela daqui uma semana, você vai ver que ela vai lembrar muito menos. Tipo, em vez de ela lembrar uns 80%, ela vai lembrar uns 30, 40. E isso é...

É ilustrado por outros estudos, né? Estou comentando que esse estudo que caracterizou inicialmente a cor do esquecimento, ele nem é válido do ponto de vista científico, mas tem vários outros estudos que mostram esse princípio de que, de fato, se a gente não fizer algo a respeito, a tendência é o conteúdo ser perdido. Uma memória que você foi exposto só uma vez, uma informação que você foi exposto só uma vez, nosso cérebro tende, não é sempre, mas tende a entender que não é tão relevante, apareceu só uma vez na sua vida, não deve ser algo tão importante. E você vai perdendo isso ao longo, na verdade, ao longo das noites.

Porque é durante o sono que você costuma ter a maior parte dessa seleção do que é que fica e do que é que vai embora. Então, muito do esquecimento dessa seleção acontece enquanto a gente está dormindo. Então, tenha em mente, pessoal, que a tendência é a gente ir perdendo aquele conhecimento com o tempo, a não ser que você faça algo a respeito para impedir o conhecimento.

Então, primeiro, tome muito cuidado. com o quanto você acha que vai lembrar no futuro. O que os estudos mostram, como eu disse para vocês, é que dependendo da forma como você está estudando, especialmente se você está estudando, lendo e relendo conteúdo, assistindo uma aula e reassiste a aula, que é a forma como muitos estudantes estudam, a forma como eu estudei durante muito tempo, e adianto que já é a pior técnica de estudo de todas. Se você estuda dessa maneira, a tendência é você superestimar o quanto você vai lembrar no futuro.

Então, se você... Ouviu esse podcast, digamos. Aí você fala, ah, legal, eu acho que eu aprendi uns 80% do que o Andrei falou.

Se eu te perguntar quanto que você acha que você vai lembrar do conteúdo desse podcast daqui uma semana, a tendência vai ser você superestimar isso. Mas provavelmente você vai lembrar muito menos. Então o que a gente pode fazer para evitar o esquecimento abrupto?

Talvez no dia seguinte você já não lembre 50%. É coisa para caramba, né? Então se estudou um negócio hoje, amanhã você já esqueceu 50%, você vai ter que estudar de novo.

O que você precisa fazer para evitar o esquecimento? Você precisa revisar o conteúdo. Algo que na ciência a gente chama de prática de recordação.

Você ter uma prática de recordar aquela memória. Lembra que eu falei para vocês agora há pouco que uma memória que é reativada, ela passa por um outro processo de consolidação? Se você não reativar a memória, as chances dela ser perdida são muito maiores, porque ela não vai ser reconsolidada.

Via de regra, pessoal, tenha em mente o seguinte, uma coisa que eu gostaria que tivessem me falado, me ensinado lá na escola. Se você não revisar, você vai esquecer. E isso é importante tanto para o estudante como para o professor.

O professor tem que saber que ele ensinou uma coisa essa semana. Na semana que vem, se os alunos não tiverem feito alguma prática de recordação, algum tipo de revisão, e tem melhores maneiras de fazer isso, já vou explicar quais são, se ele não revisar de alguma maneira o conteúdo depois da aula, na semana seguinte ele já vai ter esquecido, sei lá. 50%, 70%, 80%, 90%, ou seja, perdeu pra caramba do conteúdo da aula anterior.

Então isso é interessante até que professores saibam disso, né? Se não revisar, vai esquecer. Agora, Andrei, beleza, como é que eu faço?

Caramba, Andrei, não sabia como é que eu faço pra impedir o esquecimento. Eu quero garantir que aquilo que eu tô lendo eu vou lembrar depois, que senão é perda de tempo. Tem toda razão em se preocupar com isso e sim tem maneira de evitar o esquecimento. Agora, antes de dizer qual é...

A melhor maneira, eu quero te fazer uma pergunta, para garantir que você está... Para te ajudar a memorizar esse conteúdo tão importante. Pensa na maneira como você estuda, tá? Agora, pensa agora na forma como você estuda, seja lá qual for o conteúdo que você está estudando.

Na sua rotina de estudos, ou nos seus estudos, você tem algum tipo de prática de recordação? Você tem algum tipo de revisão? Depois de ler um livro, você... Tem algum tipo de forma de revisar o conteúdo do livro?

Depois de ouvir um podcast, você tem alguma forma de revisar o conteúdo do podcast? Como, se você tem? Se você não tem, você já sabe o problema disso.

As chances são de que você vai esquecer a maior parte daquilo que você está estudando em poucos dias. Isso pode ser importante para você ou não. Ah, André, mas eu vou fazer uma prova amanhã.

Então, beleza. Se sua preocupação é ir bem em uma prova que você vai fazer amanhã... Talvez isso não seja tão relevante, mas se sua preocupação é manter esse conteúdo por vários dias, semanas, meses ou até anos, você precisa revisar o conteúdo.

Grifar e reler o conteúdo é uma péssima técnica de estudo. Então, Andrei, eu estou revisando, eu grifo quando eu estou lendo. Legal, pode ajudar, dependendo de como você grifa, porque se você grifa o texto todo, você não está ajudando o seu cérebro a selecionar o que é importante.

O legal de grifar é você realmente marcar palavras e termos chaves que são realmente, que merecem realmente destaque. Se você está grifando o texto inteiro e a intenção é ajudar seu cérebro a visualizar o que é mais relevante, você não está ajudando muito. Mas de qualquer forma, está grifando.

E se você faz a revisão relendo o conteúdo, é uma péssima forma de revisão. Então, de novo, para você não esquecer, você precisa revisar. Reler o conteúdo. Ou reassistir uma videoaula, ou escutar novamente um podcast é uma péssima forma de revisar o conteúdo. Péssima.

Uma péssima técnica de estudo. Beleza? André, eu faço resumo ou mapa mental.

É bom? Depende. Depende de como você faz. Talvez você esteja fazendo de uma maneira que é uma... Desculpa, linguajar uma merda.

Talvez você esteja fazendo de uma maneira que realmente vai ser eficaz. Qual que é a melhor maneira de revisar um conteúdo para impedir o esquecimento? A melhor maneira é aquela maneira que a gente chama de ativa.

Na ciência, a gente chama isso de prática de recordação ativa. Seria, num linguajar mais popular, uma revisão ativa. Mas o que é o componente ativo, Andrei?

É eu reler o conteúdo enquanto eu estou correndo na esteira? É eu fazer um polichinelo? Não, o ativo se refere ao esforço... Não é esforço físico, é esforço mental. A melhor maneira de você evitar o esquecimento é você tentar evocar uma memória sem consultar o conteúdo.

É você ter o esforço mental de tentar encontrar uma informação, quer você consiga ou não encontrá-la, para reativar essa memória e aí ela ser reconsolidada. Então, de novo. Tem duas maneiras de você reativar uma memória.

Digamos que você leu um livro. Vou dar um exemplo aqui para ficar mais claro. Eu li um conteúdo num livro. Aí você pode...

Bom, agora leu, estudou, beleza. Ah, vou revisar o conteúdo. Você pode reler o livro. É uma maneira de você reativar aquela memória.

Tá revisando, beleza, mas é uma péssima revisão. Qual que é a melhor maneira de você revisar esse conteúdo? É você fechar o livro e tentar lembrar sozinho o conteúdo, sem olhar o livro ou sem assistir a videoaula. Esse esforço mental de tentar encontrar informação sem consultar vale ouro do ponto de vista de aprendizado.

Quando a gente fala em aprendizado ativo, Quando vocês ouvirem falar de aprendizado ativo, ou revisão ativa, ou prática de recordação ativa, tenham em mente que o componente ativo refere-se ao esforço mental de tentar lembrar um conteúdo sozinho. Tem várias maneiras de colocar isso em prática, mas o que todas essas maneiras têm em comum é isso, é você tentar reativar a memória, tentar lembrar algo sem consultar, sozinho. É como se você estivesse em uma biblioteca e tenta achar um livro sem a ajuda da bibliotecária ou do bibliotecário.

Vou dar vários exemplos aqui para vocês entenderem. Vocês estão começando por esse podcast. Você está assistindo esse podcast, está ouvindo esse podcast e você quer consolidar essa memória.

Você não quer esquecer esse conteúdo. Ótimo. O que você pode fazer? Logo depois que acabar esse podcast, você fecha o vídeo, você desliga ele e logo depois você tenta lembrar tudo o que eu falei.

Você pode sentar, pegar um lápis, uma caneta e você não precisa escrever tudo que eu falei, óbvio, né? Senão isso é um negócio, uma loucura. Mas você pode tentar lembrar, tentar lembrar e escrever em tópicos, por exemplo, ou tentar lembrar mentalmente.

Ou você pode explicar para alguém. Por que o pessoal fala que ensinar é uma excelente técnica, é uma excelente forma de consolidar uma memória? Depende de como você está ensinando.

Só vai funcionar se na hora que você for explicar para alguém o conteúdo, você tentar lembrar... tirado a sua memória sozinho. O esforço que você vai ter que ter para lembrar um conteúdo, para explicar para uma pessoa, é esse esforço mental que vai fazer essa memória ficar mais consolidada. Por que eu estou dizendo isso, pessoal?

Eu posso dar aula de outras maneiras. Eu posso dar aula de uma maneira como muitos professores dão aula. Você pega um slide, coloca o conteúdo ali e aí durante a aula você fica lendo o slide.

Se eu der aula assim, te garanto que vai ser uma... péssima maneira de eu mesmo lembrar aquele conteúdo, entendem? Então a ideia é você ter o esforço de encontrar a informação sozinho, tá? Resumo e mapa mental, pode ser interessante? Pode, mas depende de como você faz o resumo e mapa mental.

Digamos, você, digamos que você está ouvindo esse podcast, fala assim, Andrei, quero fazer um resumo para me ajudar a lembrar o conteúdo, beleza. Uma opção é você ir me ouvindo, você ouve o que eu falei, aí você escreve um pouquinho no resumo. Ouve mais um pouquinho, escreve um pouquinho. É uma péssima forma de você fazer um resumo.

Porque você está essencialmente copiando. Você não está tendo que se esforçar mentalmente para lembrar o que eu falei. Entendem?

Uma maneira mais interessante de você fazer um resumo para efetivamente consolidar o conteúdo desse podcast seria você desligar o podcast, depois de ouvir um pedação dele, digamos uns 30 minutos, enfim. E aí você tenta lembrar sozinho tudo o que eu falei. e começa a escrever o resumo.

Ou seja, você faz um resumo com base naquilo que você realmente consegue lembrar. Entendem? Então, você ter esse esforço mental de tentar evocar uma memória vale ouro do ponto de vista de aprendizado.

Aos meus olhos, isso faz sentido, porque para o nosso cérebro, uma memória que você está evocando, você está fazendo um esforço para lembrar, provavelmente é porque ela é importante. É uma maneira que o nosso cérebro tem de marcar certas informações como sendo relevantes. Uma informação que está sendo evocada toda hora, você está se esforçando para lembrar toda hora, ela deve ser importante por algum motivo. E ligam-se mecanismos químicos, inclusive no cérebro, que vão promover a consolidação dessa memória no seu cérebro.

Então, entende o que eu quero dizer? Então, o esforço mental para lembrar o conteúdo vale ouro do ponto de vista de aprendizado. E dentre todas as maneiras que nós temos para fazer uma revisão ativa, Citei algumas maneiras aqui, né? Existe uma que é a mais interessante de todas, a luz da ciência, que é você responder perguntas sobre o conteúdo, você refazer testes.

Então, por exemplo, pegando aqui o conteúdo do podcast, digamos que você ouviu esse podcast, inclusive, acabei de me ocorrer uma ideia de que talvez eu pudesse oferecer esse material para vocês, né? Perguntas para as pessoas que estão ouvindo o podcast responderem depois e garantirem que vão lembrar o conteúdo de cada episódio, né? Então, o que seria o ideal?

O que eu suprassumo do aprendizado do conteúdo desse podcast? Seria você assistir ou ouvir esse podcast, ouvindo, tentando entender, acompanhando, e depois dele você responder uma série de perguntas sobre o conteúdo do podcast. Exemplo, quais são as etapas da formação de memória? Quais são os fatores que impactam a codificação de uma memória?

Quem descreveu a curva do esquecimento inicialmente? Qual é a melhor técnica de estudo? O que é o efeito teste? Então, pergunte sobre o conteúdo que vão direcionar o seu cérebro a encontrar uma informação específica.

Essa parece ser, à luz da literatura científica, a melhor. técnica de estudo. E é um pouco contra-intuitivo porque quando a gente fala de testes, geralmente as pessoas pensam em teste, avaliação, né?

Teste pra saber quanto você sabe. De fato, uma lista de perguntas é uma forma que a gente tem de avaliar o quanto a pessoa sabe daquele conteúdo. Beleza. Mas é também a melhor técnica de estudo.

É a melhor maneira que nós temos atualmente de evitar o esquecimento de um conteúdo que foi estudado. E tem uma literatura científica robusta mostrando isso. Responder testes sobre um conteúdo ele impacta tanto a consolidação da memória do conteúdo que tem até um nome chama efeito teste.

Efeito teste se refere ao impacto que fazer testes tem, impacto positivo na consolidação de memória. Só para listar um estudo que eu particularmente acho interessante, apesar dele já ser antiguinho mostrando um O impacto de responder testes no desempenho de aprendizado dos alunos é um estudo que foi publicado por Hodger e Karpke em 2006, são dois pesquisadores prominentes na área, né? E eles fizeram o seguinte, eles pegaram lá os alunos e dividiram eles em três grupos. Um grupo de alunos, eles estudavam o conteúdo e revisavam esse conteúdo, relendo o conteúdo três vezes, que é a forma como muitos estudantes estudam, é a forma como eu estudei muitos anos da minha vida. A gente acha que é o único jeito, que é o melhor jeito, a gente faz assim, né?

Estudei uma vez, depois eu reli o conteúdo três vezes. Seria o equivalente a você ouvir esse podcast e depois ouvir ele de novo mais três vezes. Beleza? Que é a forma como muitas pessoas iriam optar.

Um segundo grupo, ele fez isso também. Ele estudou o conteúdo, ele revisou duas vezes, relendo, mas na terceira vez, ao invés de revisar por releitura, eles responderam um teste. tiveram uma sessão daquilo que a gente chama de revisão ativa, prática de recordação ativa.

Na última sessão, em vez de revisar relendo, eles responderam um questionário sobre o conteúdo que forçou eles a tentar lembrar o conteúdo. E teve um terceiro grupo que estudou uma primeira vez e nas três sessões seguintes de revisão, eles só responderam testes, eles não revisaram por releitura em nenhum momento. Estudou uma vez, aí fez um teste, fez outro teste, fez outro teste.

com perguntas sobre o conteúdo. E esses três grupos de estudantes fizeram duas provas. Fizeram uma prova cinco minutos depois e uma prova uma semana depois.

Na prova cinco minutos depois, quem vocês acham que se saiu melhor? O grupo que leu, releu, releu, releu? Ou o grupo que leu e revisou por meio de três testes depois? Fez três testes, teste, teste, teste.

Na prova cinco minutos depois, quem se saiu melhor foi o primeiro grupo. Foi o pessoal que leu, releu, releu, releu. Eles tiraram uma nota, digamos aqui, 80 e pouco.

Ao passo que, estou falando só dos dois grupos extremos, tá? Para a gente simplificar nossa fala aqui. O outro grupo, que estudou uma vez e depois fez três testes sobre o conteúdo, eles tiraram uma nota em torno de 7. Então, o primeiro grupo tirou 8 e pouco, 80 e pouco. O segundo grupo tirou 70 e pouco, de 0 a 100, né?

5 minutos depois. Você fala assim, André, então quer dizer que revisar por releitura é bom. Se você for fazer uma prova 5 minutos depois, beleza, a melhor técnica de estudo vai ser releu o conteúdo mesmo. Agora, se você está preocupado em lembrar esse conteúdo daqui uma semana, por exemplo, pense duas vezes.

No teste que eles fizeram uma semana depois, sabe qual foi a nota dos estudantes que estudou, releu, releu e releu? Na primeira prova eles tiraram 80 e pouco. Na segunda prova, eles tiraram 4. 4. E o outro grupo?

O outro grupo que estudou uma vez e fez 3 testes sobre o conteúdo. Na primeira prova, eles tiraram 7. Uma nota não tão boa, mas ok, né? Na segunda prova, eles tiraram 6. Então, reparem que o esquecimento do grupo que revisou de forma passiva, relendo, relendo, relendo, o esquecimento deles foi muito maior do que o pessoal que... teve alguma prática de revisão ativa. Eles podem ter tirado uma nota tão alta na primeira prova, mas pelo menos esse conteúdo ficou com eles uma semana depois.

Ou seja, uma forma muito mais eficaz de estudar. Tem vários estudos, pessoal, vários, mostrando a eficácia de se usar testes como prática, como técnica de estudo. Inclusive, tem um estudo, que eu não vou entrar em detalhes aqui, para quem quiser ver melhor, de um desses autores que eu acabei de citar, que foi publicado em 2013 na revista Science, mostrando que responder testes como técnica de revisão, para revisar o conteúdo, é melhor...

inclusive do que fazer mapa mental. Então põe lá, um grupo que estudou fazendo mapa mental, um grupo que estudou fazendo, revisou fazendo testes, e quem teve melhor desempenho foi o pessoal que usou testes. Quanto maior? Aproximadamente 50% maior.

É bastante coisa. E esse mesmo estudo inclusive mostrou um negócio bem interessante, que é uma das grandes vantagens de se estudar por meio de testes, de revisar por meio de testes. que é uma melhor capacidade daquilo que a gente chama de metacognição, que é a pessoa estar consciente daquilo que ela mesma sabe. Então lembra que eu falei para vocês que é muito comum, dependendo de como o aluno estuda, é muito comum ele superestimar o quanto ele vai lembrar no futuro.

Alunos, pessoas que estudam lendo, relendo, relendo, ou assistindo, reassistindo uma aula, eles tendem a superestimar o quanto eles vão lembrar daqui uma semana, daqui um mês. Pessoas que estudam fazendo testes têm uma ideia muito melhor do quanto eles realmente vão lembrar. O que faz sentido, né?

Se você estuda, revisa um conteúdo por meio de testes, de perguntas, você tem uma ideia muito melhor do quanto você realmente sabe. Então tem que tomar muito cuidado, pessoal, tem que tomar muito cuidado com o quanto você acha que vai lembrar no futuro. Dependendo da forma que você está usando para revisar o conteúdo, ou estudar, no final das contas, você vai superestimar...

bastante o quanto você realmente vai lembrar e isso é bem perigoso no caso de quem está estudando para vestibular para concurso ou para alguma prova que eles vão fazer daqui a muito tempo você acha que vai lembrar mas você não vai lembrar só que aí depois quando você descobrir que você não vai lembrar já vai ser tarde demais né então isso fala muito a favor de se usar testes na como técnica de estudo né e vou aproveitar e pedir para vocês aí comentarem se vocês gostariam Que eu trouxesse aqui para vocês uma lista de perguntas de todos os episódios para vocês responderem e consolidarem o conhecimento de cada episódio. É interessante para vocês? Vocês fariam se eu trouxesse esse material, preparasse esse material e trouxesse para vocês? Posso formar uma maneira de trazer isso para vocês? E é uma forma de ajudá-los a consolidar o conteúdo do podcast, né?

Claro, seria incoerente da minha parte não oferecer isso, para falar a verdade, né? Agora, existem outros benefícios do teste, pessoal. Um deles eu já comentei, que é você ter uma melhor capacidade de saber o quanto você realmente sabe. Uma segunda vantagem é que isso treina você.

Revisar um conteúdo respondendo perguntas treina o seu cérebro a encontrar aquele conteúdo. Então, no futuro, quando você precisar encontrar esse conteúdo específico, vai ser mais fácil. Entende o que eu quero dizer?

Então, como se fosse uma forma também de treino. Lembra que eu falei para vocês que para lembrar você precisa também de foco atencional. Não é fácil, pessoal, para o nosso cérebro evocar uma memória específica.

Por quê? É muita informação. Pensem a quantidade de informação que nós somos expostos o tempo todo. Se eu falar a palavra elefante, o que vem na sua cabeça?

Vem imagem de elefante, vem um episódio, um momento que você viu um elefante, vem... Sei lá, medo de elefante, vem um monte de informação relacionada ao elefante. Quando o nosso cérebro precisa evocar uma memória específica, um episódio específico, um fato específico, ele tem que saber encontrar aquela memória ali, não é muito fácil não.

Então, quanto mais você treinar a encontrar uma memória específica, melhor. Melhor seu cérebro fica nisso. E tem uma terceira vantagem inusitada, que tem sido caracterizada mais recentemente por estudos científicos, claro, que é o seguinte.

responder testes, ele não é interessante só para consolidar a memória do que você já aprendeu. Por algum motivo, você revisar por meio de testes te ajuda a aprender conteúdos no futuro. Conteúdos que você não aprendeu ainda.

Então, o tal efeito teste, ele vale para conhecimentos que você já estudou e para conhecimentos que ainda você vai estudar. Então, tem vários estudos mostrando que por algum motivo, você revisar por meio de testes de testes é interessante para o seu aprendizado no futuro, para o que você vai estudar no futuro. Incrível, né?

E um quarto benefício extra de se fazer testes, de se implementar testes como técnica de estudo, talvez seja um dos benefícios mais interessantes, do meu ponto de vista, que é permitir com que o estudante construa confiança. Como assim? Pessoal, se você tem prática de revisar o conteúdo, prática ativa, revisão ativa, por meio de testes... Como eu comentei com vocês, uma coisa que vai melhorar vai ser sua capacidade de saber o quanto você realmente sabe do conteúdo.

É uma forma que você tem de acompanhar o seu progresso. Então aquela ansiedade que muitos sentem lá no dia da prova, ou num momento específico, aquela ansiedade relacionada à incerteza se você sabe o conteúdo ou não, se você vai conseguir lembrar o conteúdo ou não, ela vai tender a ser menor se você, ao longo de toda a trajetória, tiver usado testes como técnica de estudo. Porque você vai ter uma noção muito melhor do quanto você sabe.

Dia após dia... Você vai estar vendo ali, em tempo real, o quanto você realmente está conseguindo consolidar daquele conteúdo. Você está estudando por meio de testes.

Isso quer dizer que quando você chegar em um dia específico, a sua noção do quanto você realmente sabe vai ser muito melhor, muito mais precisa, de modo que você vai estar muito mais confiante. Não, eu realmente sei, eu sei o que eu sei, eu fiz um monte de teste, eu fui bem nos testes, eu lembrava as respostas, então agora não vai ser diferente, na hora que me colocarem as perguntas, eu vou lembrar as respostas de novo. Então... Existe um componente psicológico de aprendizado sobre a sua própria eficácia que eu acho que é muito importante quando a gente usa testes como técnica de estudo. Então, Andrei, se eu não revisar, a tendência vai ser esquecer o conteúdo?

Certo. A melhor maneira de revisar é uma revisão ativa, no qual eu vou ter um esforço mental para lembrar aquele conteúdo, lembrar sozinho aquele conteúdo? Certo.

O melhor tipo de revisão ativa é respondendo perguntas por meio de testes? Certo. Beleza, próxima pergunta. Quando fazer as revisões?

Logo depois de estudar? Um dia depois? Dois dias depois? Uma semana depois?

Um mês depois? Pessoal, já adianto para vocês, a gente vai começar a falar aqui do famoso espaçamento das revisões. Quem é estudando para o Enem, para concurso, deve ter ouvido falar em algum lugar. O que isso quer dizer, pessoal?

De fato, é interessante você ter algum espaçamento entre as revisões, temporal. Então... Entre você fazer uma revisão dos revisões seguidas, estudei um conteúdo, fiz um teste sobre ele e logo em seguida fiz outro teste.

Essa é uma opção. A outra opção, estudei um conteúdo, fiz um teste sobre esse conteúdo para revisar e o outro teste, em vez de fazer logo depois, eu faço amanhã. A segunda alternativa é melhor. O que a literatura científica mostra é que é interessante você ter um espaço entre as revisões.

justamente para respeitar aquelas etapas de processamento da memória, lembra? Então a gente tem a codificação, a consolidação, a evocação, a reconsolidação. Cada uma dessas etapas envolve uma série de processos no cérebro, mudança química, mudança de conexões. E a gente precisa respeitar até mesmo o curso temporal disso se a gente quiser otimizar esse processo.

Então quando a gente fala de fazer revisões, você espaçar temporalmente duas revisões de um mesmo conteúdo, É interessante. Claro que quanto mais você revisar um conteúdo, melhor. Isso correto?

Quanto mais você reativar uma memória, mais ela vai ser consolidada, mais sim ela vai ficar com você. Mas pensando aqui do ponto de vista prático, à luz da quantidade de conhecimento que geralmente as pessoas estão preocupadas em estudar, não dá para você ficar revisando para sempre o mesmo conteúdo. O negócio tem que avançar.

A questão é quando. Não existe, pessoal. Eu sei que tem muita gente na internet falando... para você revisar em tal, tal, tal e tal momento. Mas a literatura científica diz o seguinte, não existe um espaçamento entre revisões ideal que vale para todo mundo.

Por quê? O momento ideal de você fazer uma revisão de um conteúdo depende do quanto você lembrou daquele conteúdo. Depende do quanto ele já está consolidado no seu cérebro. Então, digamos que você está estudando o conteúdo desse episódio do podcast. Logo em seguida você faz um teste, beleza?

Dependendo do quanto, quão bem você sair nesse teste, do quanto você lembrar desse episódio, isso vai determinar quando vai ser o momento ideal de você fazer uma outra revisão. Se você lembrar bastante, você fez um teste e vê que você lembrou muito daquele conteúdo, a próxima revisão daquele conteúdo pode ficar mais longe. Se você revisou um conteúdo por meio de...

de teste e viu que você não lembrou muita coisa, o ideal é que a próxima revisão seja mais próxima. Então, o momento ideal da próxima revisão, quando ela for acontecer, depende do quão bem você lembrou, quão bem consolidado está o conteúdo. É por isso que não dá para a gente dizer um momento certo de fazer.

Eu sei que tem gente que fala, um dia, uma semana e um mês. Tudo bem, eu acho que isso serve para dar uma noção de tempo para a pessoa, até para ela conseguir se organizar de alguma maneira. Mas tenha em mente que isso é um bocado arbitrário, beleza? Assim, não dá pra gente... Talvez, dependendo do conteúdo, se você não lembrar muito bem dele, é interessante que você tenha mais revisões dentro desse mesmo período.

Um dia depois, três dias depois, uma semana depois, uma semana e meia depois, entendem? Se é um conteúdo que já está bem consolidado, você pode jogar a próxima revisão lá pra frente. Não precisa nem ter uma semana, pode ser daqui a um mês, né? Os únicos dois momentos... que eu diria que são especialmente importantes para fazer revisão são logo depois de você estudar, no mesmo dia.

É importante que você tenha ali em algum momento no mesmo dia, logo depois, uma prática de recordação, uma revisão ativa, justamente para sinalizar para o seu cérebro, esse conteúdo aqui é importante. Lembre-se que esse esforço mental é interessante para o seu cérebro sinalizar para o próprio cérebro que aquela informação é importante. Então, no mesmo dia, logo depois, é um momento importante.

E no dia seguinte? Por que no dia seguinte? O que tem entre hoje e o amanhã? Tem...

um sono, um período no qual você vai dormir. E tenha em mente, pessoal, como eu comentei nesse episódio e em outros episódios, o sono é importantíssimo para processar memória. Tem alguns autores que acreditam que a principal função do sono é organizar nossas memórias, fazer uma formatação ali, isso aqui vai embora, isso aqui fica, isso aqui vai embora, deixar o negócio mais limpo, né? E de fato, pode não ser a mais importante, mas sem dúvida é uma função importantíssima do sono. Então você ter uma...

prática de revisão ativa no dia seguinte vai ser interessante porque você vai ter passado por um processamento que acontece durante o sono. Beleza? E além disso, pessoal, quanto mais melhora, e vai depender muito, de novo, do quanto você está conseguindo consolidar daquele conteúdo, dependendo da disciplina, talvez você tenha mais dificuldade ou mais facilidade, o que quer dizer que dependendo da disciplina... Você tem que revisar mais algumas disciplinas do que outras, caso você esteja estudando diferentes temas, diferentes disciplinas. Beleza?

Mas as únicas coisas que eu me sinto confortável em afirmar são esses dois momentos. Além disso, difícil dizer quando seria o ideal das próximas revisões. Mas, de regra, quanto mais melhor, pessoal. Agora, o seguinte. Falamos aqui da melhor técnica de estudo, que é revisão ativa por meio de testes.

Você precisa... Você está preocupado... preocupado em lembrar o conteúdo daqui uma semana, um mês, anos, é importantíssimo que você revise de forma ativa o conteúdo e, se for possível, faça isso por meio de testes.

Legal? Agora, percebam o seguinte. Para você conseguir botar isso em prática, para você conseguir colocar em prática a melhor técnica de estudo e conseguir manter ela funcionando ao longo de vários dias, semanas, meses e anos, você vai precisar de duas coisas.

Uma boa capacidade de foco atencional, você precisa ter uma boa capacidade de controle atencional, inclusive para fazer a revisão ativa, para lembrar o conteúdo que você acabou de estudar. É importante para você estudar, claro, mas também para você lembrar o que você estudou. E você precisa, de alguma maneira...

A se ajudar a ter constância nisso, que é um dos maiores desafios dos estudantes. Ele conseguir ter constância nos estudos, disciplina nos estudos, estudar todo dia ou quase todo dia, um tempo específico ao longo de semanas, meses e anos. Esse talvez seja um dos maiores desafios de qualquer estudante, justamente porque a gente vive num cenário hoje em que existem muitas tentações, celular, Netflix, sair com amigos. Assistir um negócio. Tem uma série de outras possíveis atividades que a gente pode executar ao longo do dia, que são mais fáceis, mais recompensadoras inicialmente, elas tendem a ser naturalmente mais recompensadoras.

E mais importante, talvez de tudo, a recompensa é mais próxima, é imediata. Mexer no celular traz uma recompensa para o seu cérebro imediata. Assistir Netflix também, ver um meme também, conversar com amigos.

Então, realmente, existe um grande desafio que... que todos os estudantes enfrentam, concurseiros, estudantes de vestibular, todos os estudantes que precisam dar muita coisa durante muito tempo, que é convencer o próprio cérebro a fazer uma coisa hoje que talvez traga uma recompensa lá no futuro. Entendem? Essa alternativa é incrivelmente pouco tentadora para o cérebro. O cérebro tem naturalmente resistência para esse tipo de atividade.

Uma atividade que vai exigir esforço hoje, e bastante esforço mental, e que talvez traga uma recompensa só lá no futuro, daqui um ano. Nosso cérebro tem naturalmente muita resistência, então a gente precisa entender esse cenário e adotar certas estratégias para tentar inverter isso. Andrei, tem como eu fazer, adotar estratégias de organização de planejamento que podem contornar esse problema? Sim, existem. Você pode se organizar de uma maneira, você pode conseguir se motivar para os estudos de modo que vai ficar cada vez mais fácil você engajar nos estudos.

Os estudos podem se tornar recompensadores para você. Sim. eventualmente você desenvolver um hábito bem forte de estudar, dependendo de como você encara aquilo, de como você se organiza em relação a isso, que é o que eu quero conversar com vocês nesse segundo bloco do episódio. Quero falar com vocês sobre foco e constância, o que a gente pode fazer para melhorar a nossa capacidade de ter foco e de constância nos estudos.

Lembrando, pessoal, que essa segunda parte vai ao ar daqui aproximadamente duas semanas, numa quinta-feira, então recomendo que você fique ligado aí, porque eu não tenho... Dúvida de que você vai amar esse episódio, de que ele realmente vai agregar e te ajudar a efetivamente melhorar não só o seu foco no material que você está estudando, como também reduzir a sua fadiga, o tédio, a fadiga e melhorar muito, talvez a parte mais importante, melhorar muito a sua capacidade de se manter disciplinado nos estudos por longo período de tempo, beleza? Só aguardar aí que o episódio vai ao ar muito em breve, daqui duas semanas, como eu disse.

E novamente, pessoal, especialmente para você que é profissional e quer mergulhar mais a fundo, quer entender mais profundidade sobre memória e aprendizado, sobre foco, sobre constância, sobre disciplina, recomendo que você conheça a pós-graduação em Neurociência do Comportamento, que eu fundei no ano passado. Já tem centenas de alunos, tem um link na descrição para vocês entrarem e conhecerem todos os módulos, as aulas, o material suplementar. o material de suporte que vocês vão ter acesso. Essa pós-graduação contempla tópicos fundamentais quando se fala de aprendizado, desde detecção de informações sensoriais, foco, emoções, formação de hábitos, até vícios, autocontrole, controle do foco atencional, memória efetivamente, formação de memória, sono.

Então, todos os aspectos fundamentais para o processo de aprendizado de um modo geral são abordados lá em profundidade. Então... Para você que é um educador, de alguma forma, professor, educador, eu diria que essa pós-graduação é um prato cheio para você. Clica ali no link para vocês conhecerem um pouquinho melhor. Beleza?

Pessoal, com isso eu encerro esse episódio. Se vocês tiverem dúvidas, comentários, sugestões de outros temas, por favor, por favor, coloquem aí nos comentários. A minha equipe está olhando tudo, o tempo todo, está trazendo para mim, me ajudando a, inclusive, planejar outros episódios para vocês. Então, de novo. Dúvidas sobre o que a gente falou nesse episódio, comentários de um modo geral e sugestões de outros temas, podem colocar nos comentários que a gente está de olho.

Beleza, pessoal? Com isso eu cerro esse episódio. Como sempre, foi um prazer incomensurável e a gente se vê no próximo episódio. Até lá!