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Aspectos Positivos e Negativos dos Países Nórdicos

Não importa o ranking, sempre que falamos de assuntos positivos relacionados a países, sempre existe uma grande possibilidade de aparecer pelo menos um dos países nórdicos ocupando as primeiras posições. Essas nações estão entre os países menos corruptos do mundo, possuem os índices de desenvolvimento humano mais alto e até mesmo no ranking de países mais felizes do mundo ocupam os primeiros lugares. Mas será que realmente tudo é tão bom e positivo como nos levam a crer essas avaliações?

Quais são os fatos pouco revelados sobre essa famosa região? Se você quer saber as respostas, preste atenção nesse vídeo, porque até o final vamos ampliar nosso conhecimento global sobre os países nórdicos e seus aspectos negativos. No norte da Europa, um conjunto de cinco países ficaram conhecidos como países nórdicos. O termo se popularizou pelo mundo a partir da década de 1950, quando quatro países da região criaram um Conselho Nórdico para promover a integração entre eles. O Conselho, fundado em 1952 por Suécia, Noruega, Dinamarca e Islândia, teve o ingresso três anos depois da Finlândia, e assim ficou formado o bloco que é conhecido no mundo todo como Países Nórdicos.

O termo tem origem na palavra Norde. Uma palavra comum nos idiomas norueguês, sueco e dinamarquês, que significa as Terras do Norte. Normalmente, esses países são chamados de escandinavos, porém, apesar de não existir nenhuma classificação oficial, a Escandinávia é composta apenas por Noruega, Suécia e Dinamarca, países que compartilham laços culturais e a origem de seus idiomas. Os países nórdicos são mundialmente conhecidos por fatores positivos. No ranking de países menos corruptos, por exemplo, 4 dos 5 países estão entre os 10 primeiros, e a Islândia ocupa a 14ª posição.

Inclusive, já fizemos um vídeo sobre isso. Quando falamos de qualidade de vida, novamente os países nórdicos dominam o ranking de IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano elaborado pela ONU. Outra vez, 4 dos 5 estão entre os 10 primeiros, e a Finlândia, um pouco mais atrás na 12ª posição. Podemos continuar olhando em vários critérios, que praticamente sempre vamos encontrar pelo menos um desses países ocupando as melhores posições, como no quesito educação, onde a Finlândia sempre obtém excelentes pontuações, e é considerada por muitos como o melhor sistema de educação do mundo.

Até mesmo quando o assunto é felicidade, esses países ocupam o topo. Mas como tudo sempre tem dois lados, existem alguns dados e fatos que não costumam ser muito falados sobre essa região. E é exatamente isso que vamos mostrar a partir de agora. Começaremos falando da Finlândia, o país que encabeçou a lista de países mais felizes do mundo nos últimos cinco anos.

Essa excelente classificação pode esconder alguns problemas, principalmente relacionado com o alcoolismo, que é uma marca do país e é muito comum a imagem dos finlandeses estar associada com o estereótipo de bêbado. Porém, os problemas provocados pela bebida vão muito além da má fama. O álcool é responsável por uma parte considerável das mortes no país, principalmente entre os homens. Mesmo que o consumo tenha se reduzido nos últimos anos, ainda é alto e totalmente prejudicial para o país. Ainda falando sobre a Finlândia, o país possui também a segunda maior taxa de homicídios da Europa Ocidental.

Com uma taxa de 1,59 assassinatos para cada 100 mil habitantes, o país só fica atrás da Bélgica nesse quesito. Claro que se comparado com outros países, principalmente sul-americanos, esse número é baixíssimo, porém a comparação precisa ser feita entre semelhantes. Essa elevada taxa pode estar atrelada ao fato do país ser um dos países com o maior percentual de armas por habitante. São 32 armas para cada 100 habitantes, o que torna o país mais armado da parte ocidental da Europa e o décimo do mundo.

Partindo da Finlândia, vamos para a Islândia, um pequeno país de 320 mil habitantes que sobrevivem em uma das regiões mais hostis do planeta. Uma pequena ilha no meio do Atlântico Norte, que tem quase 24 horas de sol durante o verão e apenas 5 durante o inverno. Essa falta de luz natural durante boa parte do ano pode estar diretamente ligada com o principal fator negativo do lugar. A Islândia é o país com o maior consumo per capita de antidepressivos do mundo.

Cerca de 12% dos islandeses faz uso diário de algum medicamento contra a depressão. E apesar de ser um tema contraditório no meio acadêmico, alguns estudos indicam que a falta de luz natural e as condições climáticas interferem no estado mental. E se você não conhecia ou sabia muito pouco dos países anteriores, com certeza a Suécia você conhece melhor.

É um dos países mais frios do mundo, tanto no clima quanto nas relações pessoais. Na Suécia, a solidão se tornou comum e vem crescendo a cada dia. Cerca de 40% dos lares são habitados por apenas uma pessoa. Segundo um estudo da televisão local TV4, existem aproximadamente aproximadamente 1 milhão e 700 mil casas ocupadas por apenas uma pessoa. Esse isolamento social vem enfraquecendo até mesmo as relações familiares e aumentando no país um dado muito triste.

De a cada quatro mortos na Suécia, um é enterrado sem ser reclamado por nenhum familiar. Também recentemente, o país está ganhando destaques pelo aumento da violência. Positivamente, há alguns anos, a Suécia foi um dos países que liderou a acolhida de refugiados na Europa. Porém, sem as devidas políticas de integração, os conflitos culturais acabaram desencadeando uma onda de violência e um aumento nas taxas de criminalidade.

Música Com esse vídeo, não temos intenção de denegrir a imagem de nenhum país, apenas de mostrar algumas contradições. E talvez contradição seja uma boa palavra para definirmos a Noruega. Um país conhecido pelas belezas dos fjords noruegueses, pela alta qualidade de vida e por algo que é motivo de orgulho para seus cidadãos.

A preservação do meio ambiente. Porém... ao mesmo tempo que se orgulham de usar apenas energias renováveis, os noruegueses obtêm grande parte das receitas econômicas do país com a exploração e venda de petróleo para o resto do mundo. Inclusive possuem um dos maiores fundos soberanos que distribui dividendos para a população, criado a partir dos ganhos da venda desse mineral.

Também contrasta com a preocupação ambiental do país a caça predatória de baleias, uma prática abominável, que a Noruega se recusa a por fim. Mesmo com a redução do consumo de carne de baleia, o governo aumentou as cotas de baleias que podem ser caçadas anualmente. Essa atividade predatória aumenta o risco de extinção de várias espécies, pois em muitos casos são caçadas baleias fêmeas que estão no período de gestação.

E agora chegou a vez de falar da Dinamarca, o país menos corrupto do mundo e com a segunda maior carga tributária do planeta. Claro que uma alta carga tributária não é um aspecto negativo se os impostos se revertem em serviços públicos de qualidade. Com os impostos abocanhando uma fatia superior à metade da renda dos cidadãos, seria de se esperar excelência em todos os serviços públicos.

Porém, a realidade é um pouco diferente. O sistema de saúde público dinamarquês, apesar da alta qualidade, não aparece entre as primeiras posições de diversos estudos sobre o assunto, aparecendo atrás de países que cobram menos impostos de seus cidadãos. O mesmo acontece com a educação quando analisamos os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes.

O país ocupa posições perto do vigésimo lugar. Claro que são bons números, mas não refletem a alta carga tributária do país. E a Dinamarca ainda tem um outro indicador desconfortável para o país. Pois é o segundo do mundo em termos de endividamento familiar, com um valor de dívidas que equivale a 123% do PIB nacional. De maneira individual, cada um dos países nórdicos possui seus problemas e desafios.

Mas também existem aqueles que são comuns a mais de um país ou até mesmo de toda a região. Entre eles está o suicídio. Todos esses países possuem indicadores de suicídios acima da média mundial, que é de 9,6 casos para cada 100 mil habitantes, com destaque para a Finlândia e Suécia, que registram cerca de 15 casos.

A depressão também atinge boa parte da população e tem sido registrada com muito mais intensidade entre os jovens dessa região. Segundo estudos do próprio Conselho Nórdico, cerca de 13% dos jovens está lutando contra a depressão. lutando contra a depressão.

E esse número se torna mais alarmante no caso das jovens suecas, onde uma em cada cinco foi diagnosticada com a doença. Entre os rapazes suecos, o percentual fica próximo da média regional. Fatos negativos não reduzem nem diminuem os méritos dos bons indicadores que esses países possuem, mas também precisam ser divulgados.

Com esse vídeo queremos mostrar que os jovens suecos têm um grande potencial de saúde. que até mesmo uma região que é considerada por muitos como o modelo a ser seguido possui seus problemas e desafios a serem vencidos. E agora, como sempre, é a sua vez.

As vantagens superam as desvantagens nos países nórdicos? Você moraria em algum deles, mesmo sabendo dos problemas e do frio que faz por lá? Deixe sua opinião nos comentários e enriqueça o debate.

Muito obrigado por assistir até aqui. Abraços e até o próximo vídeo!