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Conversão ao Judaísmo: Processo Tradicional

Salve, Braham. Uma pergunta que tem sido feita com bastante frequência ultimamente, tem sido a questão relacionada com a identidade judaica e, em particular, com a questão da conversão ao judaísmo. Nesse sentido, este vídeo curto e o próximo vão ser dedicados a esta questão da conversão ao judaísmo e este... O primeiro vídeo tem como enfoque a questão da conversão tradicional ao judaísmo, ou se quiserem, a conversão ao judaísmo tradicional, e o próximo vídeo corto falarei sobre a questão de uma conversão não tradicional, de Massorti ou Reformista, e os próximos contras que isso terá. Do ponto de vista tradicional... E, portanto, quando digo do ponto de vista tradicional, estou a falar do judaísmo como é entendido hoje por as correntes ortodoxas, mas também como foi historicamente entendido. E, portanto, se formos ver as condições tradicionais para a conversão ao judaísmo como existiam há 500 anos ou como existiam há 800 anos, são estes os critérios. Digamos, há a parte fundamental da questão da conversão ao judaísmo, do ponto de vista tradicional. é o requisito de a pessoa adotar, aceitar, se comprometer a seguir os mandamentos que são aplicáveis aos judeus. Reparem, a Torá, como temos falado várias vezes, a Torá tem, digamos assim, é algo que abrange toda a humanidade, tem obrigações para quem não é judeu. e tem essas e outras obrigações para quem é judeu. E, portanto, digamos, o passo ou o processo de adotar a religião judaica tem a ver com o processo de adotar essas obrigações que são específicas dos judeus. Reparem imediatamente que eu não estou a dizer que o pré-requisito é, por exemplo, acreditar na versão de Deus que os judeus têm. a acreditar na versão de Deus como é apresentada na Bíblia Judaica e como os deuses a entendem, isso significa, na prática, também adotar e aceitar as coisas que Deus nos diz para fazer. Portanto, é a obrigação de aceitar os mandamentos. E, portanto, dessa perspectiva, há três grandes áreas... em que a pessoa não só tem que aprender, mas também tem que estar comprometida a seguir, se quer fazer essa tradição, essa conversão tradicional. Quais são as áreas? A primeira área é a área do cash route. Cash route tem a ver, portanto, com as leis dietárias, dietéricas. O que se pode comer, o que não se pode comer, como é que se preparam os alimentos, como é que, que tipo de cuidados é que se tem que ter na cozinha, por aí por diante. Tudo tem a ver com a alimentação. Portanto, isso é uma grande área, uma primeira grande área. A segunda grande área é o que significa cumprir o mandamento de observar o Shabat e os dias santos. E, portanto, toda esta ideia de Shemirat, Shabat da observância, do Shabat e dos dias santos, tem uma série de componentes em relação ao que normalmente se faz para distinguir esses dias e tem uma série de componentes em relação ao que não se pode fazer, portanto, o que é biblicamente proibido. fazer nesses dias, chamados de dias de janeiro. E, portanto, essa área é uma parte também muito importante. E depois, finalmente, tem uma outra área que tem a ver com a área de Tarrarata Misparrada, que é pureza, se quiser, ritual, e a questão da pureza ritual, hoje em dia, põe-se essencialmente no contexto do matrimónio. Portanto, no contexto de toda a intimidade entre dois cônjugos e em que condições isso poderá acontecer e imersão do micro-D e tudo isso. Mas é essa terceira, digamos, terceira área. E, portanto, tudo o que conduz a uma conversão tradicional, ortodoxa, tem, portanto, a ver com não só a aprendizagem destas três áreas, mas com a sua vivência. Ou seja, nós temos que saber o que é que as regras são, digamos assim, mas isto não é saber do ponto de vista intelectual, é vivê-las também. Isto significa o quê? Significa que normalmente uma conversão ao judaísmo tradicional nunca leva menos do que um ano. Porquê um ano? Porque um ano, como falámos numa das nossas sessões mais longas, um ano apanha toda a panoplia dos dias santos judaicos. Portanto, é um ciclo completo da vivência. judaica, do ponto de vista de Shabbat, do ponto de vista dos dias santos, do ponto de vista de Castro, do ponto de vista de tudo que é importante. Portanto, é um ano, tipicamente, não quer dizer que não demore mais, pode demorar mais, com certeza, mas tipicamente, pelo menos um ano demora. Além disso, é um ano em que é expectável... em que a pessoa esteja imersa numa comunidade judaica, por um lado, e por outro lado, imersa também em aprender. Portanto, é aprender, digamos, conceptualmente, intelectualmente, mas também aprender na prática, quer dizer, participar. E, portanto, os requisitos em relação a este período de preparação para a conversão são, essencialmente, é um período em que se espera que a pessoa queira converter-se ao judaísmo de maneira tradicional. por um lado, viva numa comunidade judaica tradicional, e por outro lado, que aprenda com um instrutor, com um professor, com quem quer que seja, enfim, vá aprendendo estas coisas. Portanto, a pessoa faz na prática, mas também aprende do ponto de vista conceptual como é que as coisas se fazem. Este processo de aprendizagem, quer do ponto de vista da participação da comunidade, quer do ponto de vista... de aprendizagem propriamente dita, tem que ser feita sob a supervisão. Portanto, tudo isto é feito sob a supervisão de um rabino, que tipicamente é o rabino da comunidade onde a pessoa vive. A pessoa que ensina, digamos, o mestre, o professor que a pessoa tem, não precisa de ser o rabino da comunidade, mas precisa de estar em sintonia com o rabino da comunidade. E em última análise, o processo de conversão está... Por um ponto a terminar, digamos assim, qual é a pergunta que se faz para saber se estamos prontos para acabar o processo e a pessoa fazer a conversão interdisciplinar? A pergunta é, o Rabino da Comunidade pode testemunhar perante o Tribunal Rabínico que vai depois fazer a conversão? Pode testemunhar a dizer esta pessoa tem participado? ativamente nas nossas atividades, nas nossas atividades religiosas, nas nossas atividades culturais, esta pessoa é uma pessoa que está a participar, que é um membro da nossa comunidade, um membro ativo participando da nossa comunidade. Por outro lado, o rabino que é o professor, que pode ser o dirigente da comunidade, o rabino da comunidade ou outra pessoa qualquer, tem que estar em posição de dizer assim eu trabalhei com esta pessoa e estudámos em conjunto estas regras todas, portanto estas pessoas sabem. Já estão familiarizadas com isto. Um destes dois requisitos, o passo seguinte é a pessoa ir a um tribunal rabinico, e normalmente este tribunal rabinico é um tribunal com que se entra em contato logo desde o princípio, portanto a pessoa, digamos, o candidato, passo a expressão, está registado no tribunal rabinico, portanto é uma coisa que isto até, de alguma maneira, está super visionada pelo tribunal rabinico também à distância e desde o... desde o princípio, e a pessoa vai ao Tribunal Rabínico e o Tribunal Rabínico fala com a pessoa e, digamos, para ter alguma noção do que a pessoa sabe, da sua experiência e tudo isso, muitas vezes o Rabino da Comunidade faz parte do Tribunal Rabínico, não é o único, mas normalmente são três Rabinos que fazem parte do Tribunal Rabínico, e pronto, e depois quais são, digamos, os passos que tornam o processo definitivo. Bem, quer para senhores, quer para senhores, quer para homens, quer para remédios, há a imersão no mikve, imersão ritual. Para homens, além disso, há a circuncisão. Se a pessoa não é circuncisada antes, se o homem não é circuncisado, provavelmente pode talvez fazer, mais uma vez, uma supervisão e orientação dos rabinos que estão a trabalhar com ele. Pode fazer, talvez, uma circuncisão clínica antes. Se já for circuncidado, já está circuncidado, vai ser circuncidado outra vez. O que há é sempre depois uma circunciação simbólica. E essa circuncisão simbólica significa dar uma picadinha para dar uma gotinha de sangue simbólica. Portanto, digamos, estes são os dois passos. Depois disso, acabou e pronto. Mas o que é fundamental é percebermos, então, que o processo de conversão, do ponto de vista tradicional, significa uma aprendizagem, uma integração na sociedade. judaica, da comunidade judaica, que permita à pessoa observar as regras do judaísmo, as regras tradicionais que vêm da Torah, enfim, dos nossos sábios através dos tempos. E aqui um ponto importante, que é, dois pontos importantes que não é demais salientar, é que não basta dizer, eu acredito em Hashem, O que é importante é dizer, eu acredito no que Hashem quer de mim, eu acredito nos mandamentos que Hashem nos dá e estou cometido, estou comprometido a aceitar e a seguir esses mandamentos da melhor habilidade que tenha. E isto o que quer dizer é que não é só a minha intenção individual, a minha intenção subjetiva de seguir os mandamentos, mas também é as condições. objetivas que existem para eu poder ou não poder seguir os mandamentos. Ou seja, eu posso dizer, eu estou disposto a seguir os mandamentos, mas como eu imagino que a pessoa não vive perto de uma comunidade judaica, não há uma comunidade judaica em sítio nenhum. A pessoa não pode, é impossível, é impossível, as condições objetivas não existem para a pessoa cumprir as suas obrigações, na sua plenitude. E, portanto, a pessoa não pode dizer, aí eu estou de esporto lá, mas as condições objetivas não existem. E, portanto, a questão de viver numa comunidade judaica é não negociável, deste ponto de vista. Um outro aspecto que é também não negociável, deste ponto de vista, é a pessoa viver numa contexto familiar, quer os pais ou o cônjuge, na maior parte dos casos seria, digamos, o cônjuge, em que o cônjuge é judeu também. Ou seja, numa conversão tradicional. Não existe a possibilidade de converter uma pessoa se o cônjuge não é judeu. Podem converter os dois ao mesmo tempo, obviamente, mas se um deles não é e não quer ser, tudo bem. Mas isso imediatamente implica que o que quer ser não vai poder ser judeu do ponto de vista tradicional. Porquê? Porque mais ou menos as condições objetivas não estão cumpridas. Porque estamos a criar uma situação então em que dentro da família... Uma pessoa tem obrigações em relação às leis da dieta, tem obrigações em relação ao Shabbat, tem obrigações em relação aos dias santos, tem obrigação em relação à pureza ritual, e outra pessoa não tem. E como outra pessoa não tem é impossível, quer dizer, ou um casamento acabava destruído, porque as condições objetivas não estão cumpridas. Portanto, para uma conversão ortodoxa é importante todo este processo de aprendizagem das nossas obrigações. É importante haver este compromisso subjetivo em relação ao cumprimento dos mitzvot, que são características do povo judaico, mas também é preciso haver as condições objetivas para esses mandamentos serem cumpridos. E as condições objetivas são o quê? É a pessoa viver numa comunidade judaica, literalmente, e uma pessoa estar num âmbito familiar. que é um âmbito familiar, que em sua casa é uma casa judaica. Quer dizer, no caso de esposos serem, no caso de, por exemplo, no caso de um filho e dos pais é um bocadinho diferente já, porque eventualmente o filho vai sair da casa dos pais, portanto também é um bocadinho diferente. Mas em relação, digamos, à família do ponto de vista de esposo e esposa, marido e mulher, dos cônjugos, se nos cônjugos não é, não há hipótese de fazer isto. E portanto, isto é a descrição de... todos os detalhes tão detalhada quanto eu posso da questão da conversão ortodoxa tradicional como foi praticada, como é praticada hoje e como foi praticada nos tempos há mil e anos atrás e baseado nisto por favor pensem as perguntas todas que tiverem são o mais bem-vindas possíveis e portanto no próximo vídeo Eu falarei sobre as alternativas de conversão não tradicional e, digamos, os benefícios, entre aspas, e as vantagens e desvantagens que têm. Essa é uma alternativa. Shalom uraha.