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Reflexões sobre as Fake News

Falar um pouco de fake news é um assunto para o qual eu tenho me debruçado com alguma vontade. Isso tem, na verdade, me inquietado. As fake news me inquietam ao ponto de fazer com que realmente eu dedique um tempo para pensar este fenômeno da comunicação.

Então, como cientista da comunicação, eu tenho estudado o tema. para pensar um pouco nesse fenômeno. Eu vou balizar a minha fala em alguns aspectos, que são aspectos, primeiro, que levam, ou que ajudam a propagar um terreno fértil das fake news, que é o volume de informação, as bolhas de convivência, os formadores de opinião que cada um escolhe para guiar as suas informações.

e a própria questão da opinião, da opinião que cada um tem e que ajuda a propagar essas fake news. Então, primeiro, eu gostaria de falar um pouco do termo. Primeiro que eu acho que fake news é um termo errado e que nem deveria existir. O que a gente chama de fake news deveria ter outro nome, porque se a gente parar para pensar friamente, news é novidade. O termo é em inglês, obviamente.

Então, as notas... notícias, o news vem de notícia, mas o que é a notícia em termos de comunicação? Notícia é você falar sobre alguma coisa que existe, então algo aconteceu e eu vou noticiar, então notícia falsa já é um termo que por princípio é errado, porque tudo que é notícia é majoritariamente o que tenha acontecido, se é falso não é notícia, porque se não aconteceu não pode ser notícia, entendem o que eu tô dizendo?

Então o próprio termo já é errado. Então fake news por si só já é alguma coisa que a gente deveria parar para pensar. Eu costumo, para elucidar melhor, eu uso sempre o outro binômio, que também é errado, que é o reality show, que a gente também usa, mas também está errado.

Realidade é realidade. Show é a espetacularização da realidade. O show é exatamente aquilo que a gente tem como brilhante, como diferente.

para explicar o real, porque o real não é espetacular, o real é, o real é a vida da gente, por exemplo, e a nossa vida não é espetacular, a nossa vida existe, então falar de um reality show é espetacularizar uma realidade que não existe, então falar de fake news também deveria ser um termo para a gente se preocupar de algo que não existe, porque se não é notícia, não é notícia, se é notícia tem que ser verdadeiro, é só para a gente pensar um pouco que a gente vai se... acostumando com essas palavras e a gente de alguma forma vai acreditando nisso, mas isso também é algo que a gente precisa pensar. Em linhas gerais, as fake news, elas são dotadas de um volume exacerbado de opinião.

Mas o que é opinião? Opinião é quando você pensa sobre alguma coisa com um grande juízo de valor sobre pessoas ou sobre coisas. nenhuma opinião é neutra, nenhuma, não existe toda opinião é sempre carregada por uma porção muito grande de crenças, de valores, mas sobretudo de julgamento por isso que uma opinião deve ser muito pensada e as fake news majoritariamente são carregadas de opiniões e por si então, já de partida, eu coloco aqui que essas fake news elas são sempre carregadas de muito julgamento e...

Ao falar de fake news, eu acho que a gente tem que pensar, e o que está muito em voga, e o que a gente ouve muito hoje na mídia, é a questão de liberdade de expressão. Então, as fake news estão sempre muito associadas à questão da liberdade de expressão. Dar liberdade a todos. Mas fake news, se é fake, é falso. E se é falso, é crime.

E ele pode ser um crime... nas mais variadas proporções. Vou falar melhor sobre isso aqui no discorrer da fala. E eu costumo dizer que depois que nós entramos nessa era das redes sociais, das mídias digitais, o homem ficou fadado a ser escravo da sua própria liberdade.

E as fake news são muito denotativas para essa prisão que a gente tem da nossa própria liberdade. Eu sou livre, sou livre para escrever o que eu quiser. E por isso eu também entendo que há uma liberdade de outras pessoas escreverem o que quiserem.

E eu terei que ler. Mentir é crime. E isso então não é direito de ninguém. Eu tenho o direito de escrever, eu tenho o direito de falar.

Mas eu não tenho o direito de mentir. Porque mentir é crime. E fake news é crime.

Propagar informação falsa é crime. Logo, isto não é liberdade de expressão. Eu tenho o direito e o meu direito vai até onde esbarra o direito do outro. O termo fake news, então, deveria ser compreendido como toda informação que, sendo comprovadamente falsa, é capaz de prejudicar outras pessoas, capaz de prejudicar terceiros.

Quando forjada, então, colocada em circulação por negligência ou por má-fé, ela tem, normalmente, o objetivo de obter lucro fácil ou de obter uma manipulação política. E esse político pode ser político partidário. Ou pode ser também político social, a política da empresa, por exemplo. Então é no mínimo prudente nós afastarmos e nós isolarmos essa prática de fake news de tudo que nos rodeia. Importante pensar que para que possamos ter uma opinião, e aqui eu acho que é muito importante a gente se ater a esse projeto, a essa linha que eu vou descrever.

principalmente antes de expressar uma opinião, mas sobretudo para que eu tenha uma opinião, eu preciso primeiro receber uma informação, eu preciso compreendê-la, preciso interpretá-la, e só aí eu posso opinar, tá? Eu não posso soltar uma enquete aqui agora e dizer assim, o que vocês acharam dessa conversa que eu tive com vocês sobre fake news? Não dá para achar nada? porque ela ainda não terminou, vocês não ouviram inteiramente, vocês não pensaram sobre isso, então vocês ainda não têm uma opinião, vocês estão formando uma opinião no decorrer daquilo que eu estou construindo com vocês.

O grande problema é que hoje todo mundo resolveu ter opinião sobre alguma coisa. É muito difícil a gente perguntar para alguém para que ela opine sobre algo e a pessoa responder assim, Pensem bem, se vocês já ouviram alguém dizer assim para vocês, ai, desculpa, não sei falar sobre isso, não conheço, não vi, não comi, enfim, não assisti. A pessoa vai com uma carga de juízo de valor, muitas vezes sem nem ter tido a correta informação, muito menos compreensão e interpretação.

E é por isso que a gente também chega a uma grande composição de fake news. E é importante destacar que a interpretação nem sempre é algo simples, ela demanda uma estrutura principalmente de educação formal, mas não só nisso, ela demanda também uma estrutura de repertório, aquilo tudo que eu sei sobre algo, que eu sei sobre a vida, que eu sei sobre o objeto que eu vou opinar, isto também tem um sentido muito forte sobre aquilo que eu vou conseguir ou não dar uma opinião. Então o processo comunicacional que vai da informação até a opinião, ele perpassa por outros eixos que são fundamentais para que a gente de fato possa opinar sobre alguma coisa.

E outra coisa muito importante é sempre destacar que opinião é diferente de argumentação. Eu posso ter uma opinião sobre a cor de uma roupa, eu posso ter a opinião sobre um filme, sobre um livro, sobre esta palestra que eu... Essa é a conversa que eu estou tendo com vocês.

Mas sobre tudo aquilo que existe argumento científico, a minha opinião só pode ser em torno de uma nova descoberta. Então, por exemplo, eu posso dizer que eu prefiro os poemas do Fernando Pessoa aos poemas de Cecília Meirelles. Perfeito. Isso é um julgamento meu.

Eu li os dois e prefiro o Fernando Pessoa. particularmente a verdade, tá? E eu posso entender que isso é a minha opinião.

Mas, quando eu me deparo com pessoas que dizem que a Terra é plana, e elas dizem assim, isso é a minha opinião. Eu vou dizer, não, meu bem, o paradigma da Terra esférica, tá? Ele surgiu 330 anos antes de Cristo, tá?

E se em 2020 você ainda insistir comigo que a Terra é plana, plana. você vai precisar, obviamente, me apresentar novos paradigmas de comprovação de que tudo aquilo que existe cientificamente comprovado de que a Terra é redonda, não está mais valendo. Então, vamos entender que isso é fundamental também para a questão das fake news.

E, sobretudo, para a questão de que hoje as pessoas dizem isso é minha opinião, tá? Dá licença, isso é meu direito? Depende.

A gente tem direitos e a gente tem deveres. E com ciência, normalmente, a gente tem deveres. Eu colocaria na mesma questão, no mesmo eixo de interpretação, a questão de vacinar as pessoas e de vacinar os filhos.

Muita gente, em negação à ciência, resolveu que não vacina mais crianças. E isso prejudica. Prejudica a sociedade, prejudica a criança e prejudica, inclusive, outras crianças que vão, por exemplo, conviver com elas. e que podem adquirir doenças.

Então eu sempre digo o seguinte, a menos que você queira viver numa ilha, sozinho embaixo do coqueiro, aí de fato você pode fazer o que você quiser. Mas se você decidir morar em sociedade, você precisa de alguns códigos de vivência em sociedade, sobre os quais esses da comunicação, que nós temos base de interpretação, de reflexão, de ciência e de opinião. Então isso posto onde eu quero chegar. Existem coisas para as quais a gente pode ter opinião e existem outras coisas para as quais a gente só vai poder ter opinião se a gente tiver uma outra grande argumentação que derrube o argumento anterior. Outra questão que compõe esse eixo da formação das fake news hoje em dia é o volume de informação.

E eu acho muito interessante porque as pessoas falam assim, nossa, mas hoje a gente tem tanta informação. a gente não consegue mais acompanhar, tá? É verdade, mas isso sempre existiu, tá?

Sempre existiu. Houve um momento, em 1968, a gente tinha jornal impresso, rádio e televisão, e Caetano Veloso cantou uma música chamada Alegria, Alegria, onde ele dizia assim, o sol nas bancas de revista me enche de alegria e preguiça. Quem lê tanta notícia, tá? Em 1968, Caetano Veloso já se preocupava com o volume de informação que nós tínhamos. E hoje a gente continua reclamando do volume de informação que temos.

Ou seja, a bem da verdade é que o ser humano sempre teve mais informação do que ele foi capaz de digerir. E isso é algo que a gente tem que trabalhar. Sobretudo, a gente tem que ter filtros, a gente tem que ter canais, a gente tem que ter objetivos de receber informações onde a gente acredita que aquelas informações...

podem ser, de fato, importantes para o nosso repertório, para aquilo que a gente precisa. De qualquer forma, a gente vive hoje uma era também da infotoxidade, que é o quê? Uma quantidade enorme de informação, sobretudo informações tóxicas, mas mais do que isto, um volume de informação que pode também me tornar... um indivíduo onde eu vou ficar intoxicado de informação.

Essa é a relação sobre a infotoxidade. E isso também é um eixo marcante nessa propagação da fake news. Além desse volume excessivo, as mentiras misturadas com as verdades, obviamente que é um grande desafio a gente conseguir essa dissociação. Mas isso não diz só a respeito às fake news.

Existem matérias com o objetivo de desinformar, matérias irresponsáveis e matérias que, sobretudo, trazem um volume de omissão. Então isso é muito importante. Nem sempre a fake news é formada só por falsidade, o fake. Nem sempre a fake news é só...

errada. Às vezes uma informação vem certa, mas ela vem completamente enviesada, ou seja, ela vem com falta de dados, ela vem com falta de esclarecimentos e que vai ser jogado para uma sociedade, um grupo social que vai ter, lembra que eu disse há pouco que era muito importante a gente conseguir compreender uma informação? Fake News também está no eixo de se pensar que uma informação, quando vem para a gente, às vezes ela vem carregada de uma subjetividade e, acima de tudo, de uma omissão de fatos que pode gerar uma má interpretação.

Esta má interpretação vai gerar o quê? A notícia não era exatamente falsa, mas o meu comentário é falso, é errado, porque eu entendi errado. Então nós também temos uma composição de fake news que não é necessariamente feita por uma notícia falsa, mas ela é feita por um comentário falso, advindo de uma má interpretação, porque a notícia também foi mal construída. E é por isso que eu tenho que ter muita clareza de onde aquela informação estava, por onde eu estou me informando.

E eu sei que aquilo efetivamente é suficiente para eu ter... toda a gama informacional que eu preciso, isso também é muito importante, a gente também precisa pensar. Se mentir é crime, por isso fake news é crime, omitir é antiético. E ética é uma outra coisa que a gente também carece na sociedade das fake news, e para as quais a gente também precisa se ater.

Isso favorece... Na verdade, como eu vou criando este ambiente de informações que eu não entendo, lugares que me mandam informação que são mais difíceis de serem interpretadas, eu vou criando uma bolha de convivência. E eu vou passando a viver somente naqueles locais, viver informacionalmente.

Somente naqueles locais que para mim é confortável. Um importante e super importante dado é pensar que as redes sociais, sobretudo, criam essas bolhas, tá? Existem aqueles que não mais se informam pelas mídias tradicionais, televisão, rádio ou jornal impresso, mas se informa sempre, né, 100% daquilo que consome como mídia, consome a partir das mídias digitais e das redes sociais.

E para... piorar, às vezes se informa simplesmente com os grupos criados no WhatsApp. O grupo da família, o grupo do trabalho, o grupo da igreja, o grupo do clube, o grupo e o grupo e o grupo. Esses grupos são recheados de pessoas que passam por todo problema de consumo de informação e se eu de fato só me informo a partir dessas pessoas, eu preciso estar sempre ligado que eu não tenho um eixo de informação, eu tenho um eixo de opinião.

Então, 100% daquilo que eu consumo, vem de opiniões, e não de informações. E isso também é um grande problema, porque eu tenho, eu preciso entender e eu preciso acreditar que as minhas fontes informacionais, elas me dão informações verídicas e elas estão recheadas de informações. informação e não de opinião, porque é claro que a opinião tem muito mais propensão a ser recheada de valores. Dentro dessa realidade, então nós vamos ter, essa questão da bolha de convência é fundamental, porque as fake news surgem sobretudo dentro dessas bolhas, elas surgem sobretudo dentro desses ambientes que depois podem se...

Propagar por quê? Porque há um volume muito grande de pessoas que vão republicando essas coisas. Então, essas vozes, essas muitas vozes a produzir conteúdos, elas causam esse ambiente de uma, olha bem essa palavra, desintermediação. Eu não tenho mais a intermediação. de um veículo legitimado de comunicação, porque eu tenho hoje canais de comunicação formados por todos nós, todos nós temos páginas no Facebook, contas no Twitter, contas no Instagram, enfim.

E dentro desta relação eu vou tendo, obviamente, formadores de opinião, pessoas que vão se colocando como credenciadas a representar grupos. a falar por grupos e dar a sua opinião e ter a sua opinião credenciada por uma série de pessoas. Entre esses formadores de opinião, nós temos os sofomaníacos.

Os sofomaníacos e a sociedade está cheia deles, é a mania ou o hábito no qual uma pessoa estúpida, desprovida de inteligência, se considera extremamente inteligente. Não sei se vocês conhecem algum. Eu particularmente já me deparei com vários deles. E essa pessoa adora se passar por sábio.

Então é claro que a opinião dele é recheada de valores e é recheada muitas vezes até de preconceitos. E como essa pessoa tem uma confiança excessiva e ostensiva da sua própria sabedoria, ela vai tentar influenciar e muitas vezes logra êxitos com isso. Porque normalmente esse sofomaníaco, que é um formador de opinião, ele acaba tendo muitos seguidores. Porque gente idiota é o que não falta na sociedade.

Então é um idiotão seguidos por mil idiotinhas. E todos eles vão recriando, copiando e retuitando aquilo que foi colocado. E acho que uma grande pergunta seria o seguinte, mas por que as pessoas fazem isso?

Porque normalmente esse sofomaníaco... Ele coloca aquilo que é agradável aos ouvidos, aos olhos. A realidade é dura, mas a mentira normalmente é um bálsamo. Pode ficar tranquilo que eu vou, aqui na minha casa agora, eu vou misturar dois itens e vou conseguir a cura da Covid-19 em uma semana. Todo mundo quer ouvir isso.

E basta que eu coloque duas palavras científicas aqui nessa frase irresponsável. que eu acabei de dizer, que as pessoas vão começar, olha gente, parece que tem aí alguém que descobriu a fórmula, então é muito fácil, é muito convidativo para as pessoas propagarem fake news daquilo que elas têm vontade que efetivamente aconteça. E por isso sim, aí a questão desses formadores de opinião, Isto é fundamental, a gente precisa saber muito bem quem segue.

E inclusive essa palavra seguidor, ela tem para mim um incômodo muito forte, ninguém deveria usar, ninguém deveria sair seguindo ninguém se entendesse de onde isso vem. E aí já vou explicar então. Isto aconteceu porque existe esse termo, de bandwagon effect, um termo em inglês, obviamente, o efeito do vagão da banda. Isso surge nos Estados Unidos e olha bem como ele surge. Era usado para carregar músicos de uma banda pelas ruas da cidade e elas iam tocando, a banda ia tocando, então esse bandwagon era uma carroça com uma banda, uma carroça com uma banda.

E as pessoas iam atrás, sem saber para onde estavam indo, mas porque estavam sendo guiadas por um som que era agradável. Agora, até onde elas iam caminhar, isso normalmente não se sabia. Então, bandwagon tinha seguidores. E o termo seguidor vem exatamente desse efeito da banda e da manada, das pessoas irem atrás.

seguindo alguma coisa por conta de um dos sentidos que foi aflorado e despertou uma alegria. Então eu fui atrás da banda. Então ser seguidor de alguém é também colocar nesta pessoa uma credibilidade de que ele vai me levar para um lugar bom. Normalmente sem o discernimento de pensar. os efeitos contrários que isso possa ter, tá?

E nisso eu coloco também um outro termo muito usado para a questão dos seguidores, que é o fã. As pessoas são fãs, que é outro termo também que a gente usa sem questionamento. Mas fã é a primeira sílaba de fanatismo.

E o fanatismo obscurece a razão. Então, o fã e o seguidor... são exatamente aqueles que seguem e que cumprem uma determinada ordem sem pensar. Essa é a relação. E por que isso nos interessa?

Porque é a partir dos seguidores, dos fãs e dos formadores de opinião que normalmente a gente tem fake news. As fake news são feitas, este ambiente é um ambiente absolutamente fértil. propício para que a fake news exista.

A gente tem um outro, eu vou fazer um fechamento, com uma outra questão que tem aflorado muito com relação às fake news, que são as pessoas dizerem que as empresas deveriam cuidar dessa fake news, como o Google, por exemplo, ou o Facebook, mas a bem da verdade, essas organizações, elas não têm essa... esse objetivo, nem esse interesse, porque o que interessa mesmo para o Google e para o Facebook, por exemplo, é ter um tempo de permanência muito grande de nós, nós que somos públicos dessas duas plataformas, dessas duas empresas, por exemplo. O mais importante é talvez pensar que a justiça precisa estar dotada de mecanismos que sejam ágeis e que possibilitem punir essas divulgações irresponsáveis, mal intencionadas, e que às vezes levam, sim, a prejuízos enormes.

Mais do que isso, eu acho que cabe a cada um de nós. Cada um de nós tem que ser responsável o suficiente para ler aquilo que cai em nossas mãos, compreender, interpretar, para depois poder opinar e dizer... que aquilo é bom ou ruim e compartilhar isso com outras pessoas, porque nós também somos formadores de opinião de alguém. Sempre há alguém que acredita uma responsabilidade sobre aquilo que nós estamos falando. Então eu penso que a melhor atitude que todos nós devemos ter no ambiente de trabalho, no ambiente familiar, no ambiente social, é cuidar primeiro da fonte...

onde recebamos informação e para quem vamos passar isto e de que forma vamos passar isto e pensar, isto vai prejudicar alguém? Não vai prejudicar alguém? Por isso no melhor jargão do jornalismo, quando você ouvir que o cachorro mordeu o seu dono isso não é nada espetacular é normal e talvez tenha grande chance de você nem querer compartilhar Mas se você ler uma manchete bem grande de que o dono mordeu o cachorro, muito provavelmente você já vai imediatamente mandar isso para alguém.

Mas é melhor você ler a matéria até o fim, porque muito provavelmente o dono mordeu um cachorro quente. E foi só isso. Gente, obrigada.