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Branding para Negócios Locais: Estudo de Caso

Agora bota na tela! Olha o tamanho do homem! O cara acha que eu sou forte, mano? Que é isso, olha o tamanho do homem! Conseguimos, agora vocês sabem quem é o patrão. Bom, o pessoal já sabia, quem é de casa já sabia. Agora teremos imagens do patrão. Patrão, qual que é o vídeo mais assistido do canal? Como vender branding para negócios locais? Como vender branding para negócios locais? Eu acredito que o vídeo de hoje tem potencial de se tornar o primeiro, tomar o lugar desse vídeo do Pequenos Locos para Lá. Por quê? Porque o vídeo de hoje nós também vamos falar sobre branding para negócios locais, só que nós vamos fazer mais. Nós não vamos simplesmente falar, não vamos simplesmente trazer conceitos, nós vamos mostrar o projeto. É isso! Então é o seguinte, da estratégia para o design em 5 passos, estudo de caso, Moura Academia. Se você tá aí, designer, achando que... Ah, não consigo usar brain... essas coisas que o Lona fica falando, não consigo passar isso daí para os meus clientes, meus clientes são pequenos, eles não... Eu te garanto, a Moura era muito menor do que os seus clientes quando eu comecei a trabalhar com eles. Bota uma foto do começo da Moura aqui. dá até vergonha. Parecia uma oficina. Uma oficina de carros com ou uma clínica clandestina também. Era difícil saber a diferença. E a Moura era esse caso, tá? A Moura, principalmente é o seguinte. A Moura, quando eu peguei a Moura, pós pandemia, não sei se vocês lembram, mas academias foram um dos negócios que mais prejudicaram, que foram os primeiros a fechar e os últimos a abrir. Então, a situação, se eles já eram um negócio pequeno, eles estavam um negócio negativo quando a gente começou a trabalhar. Por isso, achei relevante trazer pra vocês aqui o case da Moura para mostrar pra vocês como que acontece o caminho entre estratégia e design. Roda a vinheta. Quando eu falo roda a vinheta é porque eu tomei café demais. Vamos fazer como, patrão? Cinco passos. Vamos explicar em cinco passos como que aconteceu esse projeto da estratégia até a identidade. Passo 1. Entendimento profundo sobre a marca. O que eu estou querendo dizer? Como que você começa um projeto pela estratégia? O melhor lugar para você buscar referências para fazer projetos de design de marca é o seu próprio projeto. Não é o Pinterest, nem o Behance, é o seu cliente. Então, esse é o primeiro passo de entendimento profundo sobre a marca, é onde você faz as imersões, você... A palavra imersão, presta atenção no que ela significa, imersão. Você vai imergir. É como se você estivesse dentro do negócio do cliente. Essa semana a gente fez uma análise de marca ao vivo no YouTube, que teve um projeto muito foda lá do... da chácara... chácara do... som de... como é? Desculpa, eu não lembro o nome do projeto. E... Eu falei muito bem desse projeto na hora da análise, inclusive convido vocês a irem assistir esse novo quadro que a gente está fazendo ao vivo. Por mais que você não consiga assistir ao vivo, assiste a gravação porque aquilo ali é um MBA de branding de graça para vocês. Esse rapaz conseguiu um resultado tão bom porque ele de fato fez uma imersão no negócio. Então ele foi na loja, era uma loja de vinil, ele foi na loja de vinil, ele conheceu o dono. Todos os momentos que ele estava falando no case, ele começava explicando. Não, porque o seu Valmir, que era o dono do lugar, o fundador, o seu Valmir era apaixonado por tal coisa. O seu Valmir tinha o hábito. Então, assim, quando eu falo fazer uma imersão no negócio... uma imersão na marca é você fazer uma imersão na vida do fundador é você ir buscar de fato as histórias de origem as histórias de criação você identifica os princípios e os valores da marca nesse lugar a Moura foi uma coisa que me chamou muita atenção foi um projeto que me chamou muita atenção porque na minha visão eles tinham tudo pra dar errado não tinha equipamento bom, não tinha estrutura boa era feio Mas estava sempre cheio. E aí eu comecei a perceber, cara, uma empresa que consegue juntar uma comunidade fiel, alguma coisa está fazendo direito. A coisa mais difícil para qualquer marca é conseguir criar uma comunidade. E eles fizeram isso. Então, vamos entender. E nesse momento, nessa primeira... passo eu comecei a de fato escutar os fundadores, os donos ali, que são professores de educação física, são professores de treino, inclusive um deles que é meu sócio hoje é meu treinador. E quando eu fui conversar com o meu treinador, eu descobri, cara, que aquela comunidade estava ali muito por causa... de como ele exercia a profissão dele. A paixão que ele tem pelo treino. O cara é formado em educação física, tem pós-graduação em biomecânica, pós-graduação em fisiculturismo, agora está fazendo faculdade de nutrição. É como eu falo para ele, ele é um nóia. É um nóia do fitness. E quando eu fui lá conversar, fazer essas imersões, escutar os donos, escutar os alunos, quando eu fiz tudo isso, eu entendi que a essência ali da Moura, que naquela época nem chamava Moura, chamava Fitness Forum, estava nessa paixão de um treinador. um dos donos, né? E como ele sempre encarou a musculação como um esporte. A gente esquece disso, né? Hoje em dia, de fato, você pode ir treinar em qualquer academia de rede, você paga baratinho, entra lá e ninguém vai te perguntar se você sabe treinar, se você não sabe, você simplesmente entra e começa a fazer o que você quiser. E é por isso que aquela academia Por pior que ela fosse, aos meus olhos, ela sempre estava cheia. Porque você tinha um líder, você tinha um professor em sala, tratando todo mundo como alunos. Quando eu vi isso, eu falei, cara, aqui é a essência, essa é a verdade da marca que precisa ser comunicada. Passo 2. Público-alvo. Todo mundo sabe que estudar o público é a base de qualquer design. O design é centrado no usuário. Mas, muitas vezes a gente peca por fazer uma seleção genérica de público. Seria muito fácil a gente falar que a Moura é pra qualquer um. é para qualquer pessoa que goste de treinar. Mas a gente não deve ir com uma definição genérica, porque isso vai prejudicar todo o projeto de marco. Porque qual que é a regra? Quando você define com especificidade um público, você naturalmente consegue alcançar outros públicos mais fácil. Pode parecer contra intuitivo, mas essa é a verdade. Quando uma mensagem é muito direcionada e muito específica para alguém, ela também se torna mais fácil de ser percebida por... outros tipos de pessoas. Um exemplo disso é o todinho. Todinho é uma bebida de crianças, para crianças. A embalagem é infantil. Existe um fantoche ali, um avatar, um brinquedinho que é o todinho. Ele é todo construído pra ser uma coisa que atrai crianças. A comunicação do todinho central é para crianças. Só que mesmo quem não é criança consegue aproveitar uma parte dessa comunicação que faz sentido pra ela. Ou seja, o adulto que sai de manhã rápido, pega um todinho e vai tomando no caminho para o trabalho, ele não está interessado na parte da brincadeira. Mas ele se interessa pelos atributos de ser um produto nutritivo, gostoso, que serve como uma mini refeição que você pode fazer andando. Esse é o exemplo que eu falo. Quando a proposta é específica e clara... você acaba também atingindo mais pessoas. Então a gente definiu o que? Quem são os clientes da Amora? A gente percebeu, cara, as pessoas que vão na Amora são pessoas que, primeiro, elas realmente gostam de treinar. Elas realmente estão interessadas em treinar. Segundo. São pessoas que, justamente por gostarem de treinar, elas se sentem desconfortáveis no ambiente das academias de rede. Um ambiente exclusivo, exclusivo não do sentido bom, exclusivo de excluir. Além disso, esse cliente da Moura, esse público-alvo da Moura, também é um público-alvo que, por mais que não seja consumidor... a si do fisiculturismo em si, é um público que sabe que o fisiculturismo existe. Sabe que a musculação é o esporte do fisiculturismo. Então, a gente criar uma comunicação que seja toda pautada no fisiculturismo, no bodybuilding, seria um atributo que atrairia a atenção dessas pessoas. Muita atenção na hora de definição do público-alvo. Terceiro passo, Matheus. Definição de posicionamento e diferenciação. Existe uma coisa, Matheus, no mundo dos negócios, chamada de análise SWOT. O que é análise SWOT? É uma matriz que a gente usa para definir de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Então você olha para um negócio e você vai fazer uma matriz SWOT e você vai olhar assim, quais são as nossas oportunidades? Quais são as ameaças desse negócio? Quais são as nossas forças? Quais são as nossas fraquezas? E por que eu estou falando isso? Porque quando... É um jeito interessante de explicar para as pessoas o que é o posicionamento. O posicionamento muitas vezes tem essa função de você... De entender quais são as forças e fraquezas do negócio da marca e comunicar de uma forma que posicione as forças como forças e as fraquezas também como forças. A Moura, por exemplo, era uma academia, como eu disse, uma academia que não tinha investimento, não tinha dinheiro para fazer investimento em infraestrutura. Você não ia encontrar as máquinas importadas que você encontra em outras academias de rede. Ao mesmo tempo, o atendimento da Moura era... completamente diferente de uma academia de rede, afinal de contas a academia de rede mal tinha um atendimento. Então, o que a gente fez? Bom, vamos usar as nossas forças e fraquezas a nosso favor. Então, como que nós vamos fazer isso? Bom, a gente sabe... que as academias de rede funcionam sobre um modelo de fechar o máximo de matrículas possível. Se você for em qualquer academia de rede, você pode chegar lá e perguntar quantos matriculados tem aqui. Você verá que pelo menos 2 mil. Por quê? Porque essa é a meta de cada unidade. Se não bater esse número de matrículas, eles não conseguem fechar a conta. Eles são treinados para fazer você pagar a matrícula, mas não são treinados para fazer você ir para a academia todo dia. Até porque se fossem todo dia, né, Matheus? Não ia ter ninguém pra me ajudar. A Moura é o oposto. A Moura, ela atende cada aluno, realmente como aluno. Eles levam essa história que eu tava falando pra vocês muito a sério, de fazer a sala de musculação ser como se fosse uma sala de qualquer esporte. Você tem um professor que comanda e te passa o que você tem que fazer. Eles têm um método de treino. Você chega lá, você vai ter que passar pelas mesmas coisas, não importa de onde você veio. Você vai ter que aprender a base, pra depois você avançar pro resto. Existe uma metodologia. Então o que eu fiz? Bom, a gente não tem equipamento, eles têm. Mas a gente tem atendimento, eles não têm. Como que a gente pode fazer isso trabalhar a favor da marca no posicionamento? Vamos trocar. Vamos trocar equipamentos velhos por equipamentos vintage. Vamos trocar temos poucos alunos para temos lista de espera para novos alunos. A Moura foi posicionada como uma academia old school. Uma academia que faz alusão à época de ouro do fisiculturismo, da década de 70 e 80. A gente trouxe esse caráter de academia vintage justamente porque a gente sabia que os equipamentos de última tecnologia nunca seriam uma realidade para a gente. Então, Então, a gente conectou isso com a história de trazer a referência da época de ouro do fisiculturismo das décadas de 70 e 80. E conectou tudo isso com o fato de eles terem uma metodologia de treino e por isso a gente ter na academia um limite máximo de alunos, porque é o limite máximo que eles conseguem atender. Naturalmente, já criando uma proposta completamente diferente e até criando um esquema até de escassez. Hoje os alunos chegam na Moura e a gente diz, não tem vaga agora. Volte depois. E aí quando você tem essa definição, isso é passado por todos os pontos de contato da marca. Então, quando o posicionamento, ele não só ajuda a posicionar... mas ele ajuda na experiência da marca como um todo. O que já nos leva para o passo 4, que é a criação da identidade visual. Caso você não saiba, meu amigo designer, a identidade visual só começa depois que a estratégia e o posicionamento estão feitos. Agora que a gente sabe qual é o posicionamento, que a gente quer ser uma marca conhecida por ser vintage, fazer alusão à época de ouro do fisiculturismo, das décadas 70 e 80, então a gente já sabe tudo isso. Então a gente já tem na nossa cabeça um cenário, um look and feel de tudo que a gente pode fazer. Eu escolhi fazer a identidade visual... toda baseada em como as academias de 1970 eram. Inclusive, a maior inspiração foi a Gold's Gym, a academia onde Arnold Schwarzenegger treinava. E aí você vê a definição de paleta de cor, tipografia, os grafismos da marca, todas as formas de comunicação, tudo isso se torna uma consequência óbvia, lógica, do posicionamento que foi definido. Outra coisa que a gente fez foi na linha de roupas. A linha de roupas inteira feita a partir das roupinhas que eles usavam nas décadas 70 e 80. Então, se você está procurando um shortinho curto para o seu treino, uma roupinha clássica, link na descrição, Matheus. Mouracademia.com Então, da decoração do espaço, aos nomes dos planos, à identidade visual, às roupas que a gente desenvolve, tudo isso se torna uma consequência desse universo que começou a ser construído no posicionamento. E agora a gente vai para o último passo. Implementação e comunicação consistente. Como vocês já ouviram eu falar agora há pouco, todo esse universo associativo que vai se desenvolvendo a partir da definição do posicionamento e da identidade da marca. A campanha que a gente gravou com o nosso amigo Plata, que eu fiz a voz em inglês do narrador, aquela campanha é maravilhosa. A gente conseguiu achar uma máquina... de treino de musculação de 1984, que era basicamente um elástico que as pessoas botavam na cintura, no glúteo, nos braços, que ficava tremendo assim. E eles falavam que aquilo fazia queimar caloria. E aí a gente fez uma campanha do meu treinador, um dos fundadores, o Gabriel Plata, que também é atleta. Ele tinha acabado de sair do campeonato, ele estava seco, gigantesco, bodybuilder. E a gente colocou ele nessa máquina falando que na Moura você ia aprender a treinar de verdade. E tudo isso por quê? Tudo isso foi possível porque a gente definiu que o arquétipo... da Moura era o arquétipo do inocente. É o arquétipo do inocente porque o arquétipo do inocente, ele permite ter essa alma leve que ri de si mesmo e acredita que a vida foi mais fácil um dia. A nostalgia faz parte do arquétipo do inocente. Achar que os tempos eram melhores no passado. Então, a gente se permite fazer essas brincadeiras que saem completamente da comunicação normal. de uma academia. Enquanto está todo mundo brigando para falar que aqui nessa academia você vai perder peso, você vai melhorar sua qualidade de vida. A gente está falando, meu irmão, que você precisa treinar e ficar musculoso. Isso funciona tanto para o entusiasta do fisiculturismo como para a tia, para a dona Cacilda, nossa aluna de 65 anos, assídua, todas as manhãs lá treinando. Por quê? Porque ela se sente fazendo parte de alguma coisa maior, se sente fazendo parte de um discurso, de uma história. Todos esses pontos de contato que eu trouxe para vocês como exemplo, eles não são nada além de uma execução da estratégia. A conclusão desse vídeo, gente, é que nesses passos eu quis mostrar para vocês que, de fato, todas as decisões de design que nós precisamos tomar se tornam muito mais eficientes e fáceis quando a gente faz esse trabalho. de estratégia e posicionamento. E aí você vai falar, Lona, legal, mas como é que eu faço tudo isso? Como você chegou nisso tudo? Cara, existe método, que é o que a gente ensina dentro do Marcados. Além de diversas aulas semanais ao vivo, nós temos cursos fechados. A gente tem um curso que te ensina o branding e como que o designer trabalha com o branding. Já parou para reparar como a maioria dos especialistas em branding são designers? Sabe por quê, Matos? Não sei. Porque as metodologias, as técnicas que eles utilizam para fazer estratégia de marca, todas são pautadas em design thinking. São as mesmas técnicas que os designers usam. A gente ensina... Ensina no Marcados a metodologia para você utilizar esses exercícios de design thinking para descobrir todas essas informações da estratégia que a gente comentou aqui no vídeo. Tem técnica, tem método, mas eu te garanto, o design começa muito antes de você ir para a identidade visual. E quando você começa ele nesse lugar certo, as decisões gráficas, as decisões estéticas se tornam muito mais eficientes. Gostou? Então, deixa aí embaixo o que você achou desse formato, porque a gente pode trazer outros cases para falar isso aí, da estratégia ao design. Pode ser um formato também, não sei. Dá uma passadinha lá no Instagram da Moura para vocês darem uma olhada em tudo isso que eu falei para vocês. Vejo você no próximo vídeo.