Governança da Inovação: Organizando a Inovação Corporativa

Introdução

Pedro Wengerner (podcast host) aborda o tema da governança de inovação que foca em como organizar e manter um ritmo de inovação estratégico nas empresas.
Convidados: Tamires Decovski (Especialista em Inovação) e Kim Silvestre (Sócio da Ace Cortex).
Tema central: maximização dos resultados de inovação por meio da governança.

Origem do termo: do latim gubernare - relacionado à condução e orientação, como a de um navio.
Aplicação nos negócios: Direcionar e organizar as ações de inovação dentro das empresas com a ambição de atingir objetivos maiores a longo prazo.
*Componentes chave:
- Estratégia de inovação clara.
- Estrutura de pessoas (arquitetura para inovação).
- Processos (não apenas processos, mas elementos necessários).
- Formalização da estrutura.

Medo de conflito: Líderes evitam envolvimento político necessário para resolver conflitos inerentes à governança de inovação.
Cenário de inovação no Brasil: Muitas vezes só se torna prioritário quando a empresa enfrenta dificuldades.
Curto tempo de liderança: CEOs ficam pouco tempo nas empresas e não se engajam em projetos de longo prazo.
Importância das regras pessoais: As regras tornam claras as decisões e são essenciais para mitigar conflitos.

*Passos iniciais:
- Analisar a heterogeneidade dos negócios.
- Entender se a cultura de decisão é centralizada ou descentralizada.
*Definição de papéis:
- Decisores: Quem toma as decisões de inovação e os investimentos envolvidos.
- Articuladores: Quem organiza e promove a inovação internamente.
- Executores: Quem executa e coloca a inovação em prática.

*Características de uma boa reunião:
- Foco nas teses de inovação da empresa.
- Discussão sobre o progresso dos projetos baseados em critérios e indicadores.
- Decisões sobre continuar, pivotar ou encerrar projetos com base nesses indicadores.
- Importância da clareza e objetividade nas decisões.

Explicação e Objetivo: Estrutura de fases onde projetos passam por diferentes critérios e indicadores antes de avançar para a próxima etapa, mitigando a incerteza.
Importância: Permite decisões baseadas em métricas claras e evita a paixão cega pelas ideias iniciais.

*Tipos de métricas:
- Operacionais: Relacionadas aos projetos específicos (e.g., aquisição de clientes, retenção, etc).
- Táticas: Relacionadas ao portfólio de inovação (e.g., número de iniciativas, velocidade de avanço, impacto gerado).
- Estratégicas: Relacionadas à visão maior da empresa sobre inovação (e.g., objetivos como aumento de eficiência, novas receitas, etc).

Vibra (BR Distribuidora): Estrutura de inovação clara com comitê reduzido, unificação das iniciativas e forte comunicação interna.
Gerdau: Estrutura apartada para inovação com clara comunicação dos resultados e impacto nos relatórios de investidores.
Frimesa: Estrutura de governança descentralizada mas coordenada por um comitê central, adaptada aos diferentes negócios da cooperativa.

Flexibilidade e Adaptação: Governança de inovação deve ser revisada e adaptada constantemente para acompanhar as mudanças de mercado e tecnologia.
Importância Humana: Considerar o impacto emocional e político das decisões de inovação na equipe.

*Materiais Adicionais:

Download gratuito do estudo de caso sobre governança de inovação disponível nas notas do episódio.