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Genética (4/8) - 2º Lei de Mendel e Epistasia

Alô galerinha do mundo biologia, aqui é o Professor Guerra e hoje nós vamos falar sobre polialelia, segunda lei de Mendel e epistasia. Toca a vinheta! Até agora a gente só lidou com situações que para cada gene só existia um par de variações, um par de alelos. Mas na verdade, a maior parte dos genes tem muito mais do que isso. Nós chamamos essa característica de polia... A maior parte das questões do Enem vai te dar um parzinho de alelo só pra cada gene, e isso facilita muito a nossa vida. Mas de vez em quando uma questãozinha mais sapeca pode aparecer. e te dá um gene que existem 3, 4, 5 variações diferentes. Quando isso acontece, é muito comum que as diferentes variações, os diferentes alelos, tenham diferentes graus de dominância uns sobre os outros. E o exemplo mais comum disso é o pelo da chinchila, que pode vir em 4 diferentes cores. Você pode ter uma chinchila nas cores marrom, cinza, himalaia ou albino. E apesar dessas diferenças, diferentes cores só existe um gene responsável pela coloração do chinchila, mas existem quatro alelos diferentes para esse gene. Esses quatro alelos possuem uma ordem de dominância, sendo o marrom dominante sobre todos os outros, o cinza dominante sobre todos menos o marrom, o himalaia dominante apenas sobre o albino e o albino é recessivo. E dessa combinação podem surgir situações curiosas, como esse casal aqui. Pois temos Temos um chinchila macho marrom e uma fêmea cinza. E o filhote nasceu em Malaya. Como que isso pode ser possível? Ora, esses pais são heterozigotos. Um alelo vai ser marrom e o outro alelo eu não sei. Um alelo vai ser cinza e o outro alelo eu não sei. Eu sei que pelo menos um deles vai ser em Malaya. O outro pode ser em Malaya ou pode ser albino. E tem como eu descobrir mais informações? Apenas com esse cruzamento não, mas se você assistiu a aula de cruzamento teste, você sabe que se a gente usar uma chinchila albina e cruzar com esse filhote, a gente pode determinar o genótipo do filhote. Se 50% dos filhotes desse novo casal forem albinos e os outros 50% forem himalaias, nós sabemos que esse filhote é heterozigoto. Porém, se 100% dos filhotes forem himalaias, esse filhote é homozigoto. Outro exemplo de polialelia está no nosso sangue. O sistema sanguíneo ABO consiste de três alelos para um único gene, mas isso a gente vê em outra aula. Saindo um pouco da análise de um gene apenas, incluindo mais um gene no nosso pacote, nós temos a segunda lei de Mendel. A segunda lei de Mendel é basicamente uma extensão da primeira, que diz que os alelos se separam na formação dos gametas. Na segunda lei de Mendel... a gente vê que essa separação entre os alelos é independente entre os genes. Um alelo não está ligado a outro entre genes diferentes. E normalmente quando a gente fala em segunda lei de Mendel, o que aparece é um quadrado de punê imenso, desse tamanho, essa coisa grotesca que você está vendo aqui, que é horrível. Na hora de fazer a prova, você desenha a linha meio torto, você conta errado, você acaba errando alguma coisinha ali e dá errado toda a sua questão, você perde... Perde uma questão e perde muito tempo pra nada. Esqueça isso aqui, a gente vai ver um método diferente, muito mais eficaz agora. Como a segunda lei de Mendel é uma extensão da primeira, a gente pode fazer a primeira lei de Mendel duas vezes. Vamos fazer dois quadrados de punê simples, pequenos, do jeito que você tá acostumado pra esses dois genes, dois cruzamentos heterozigotos. Agora imagine que você queira saber a probabilidade de vir um filhote que seja dominante para os dois genes. Como é que você faz? Você quer saber se ele é dominante para um e para o outro. A gente usa a regrinha do E. A regrinha do E diz que se você quer saber a chance de uma coisa acontecer e outra coisa, você faz vezes a probabilidade de um, vezes a probabilidade do outro. Qual é a probabilidade de eu ter um dominante para o primeiro cruzamento? Ora, são três sobre... sobre 4, então 3 sobre 4 vezes, dominante para o outro cruzamento, 3 sobre 4, multiplica em cima, 9, multiplica embaixo, 16, a probabilidade de eu ter um organismo que vai ser dominante para os dois genes é de 9 em 16. Agora, se eu quiser saber a probabilidade de ele ser dominante para o primeiro gene... Mas recessivo para o segundo, como é que eu faço? Dominante para o primeiro gene, 3 sobre 4. Recessivo para o segundo gene, 1 sobre 4. Multiplica em cima, 3 vezes 1, 3. 4 vezes 4 embaixo, 16. Eu tenho então 3 de 16, a probabilidade de ser dominante para o primeiro e recessivo para o segundo. Se eu quiser saber o inverso, recessivo para o de cima e dominante para o de baixo, é a mesma conta, 1 sobre 4 vezes 3 sobre 4 é igual a 3 sobre 16. Se eu quiser saber se ele for recessivo para os dois, 1 sobre 4 vezes 1 sobre 4 vai dar 1 sobre 16. É aquela proporção que você já deve ter ouvido falar de 9 vezes. 9 para 3 para 3 para 1 feito de uma maneira muito mais simples muito mais rápida sem fazer aquele quadrado de punê medonho mas às vezes essa proporção muda um pouco pode aparecer para você uma questão que fale sobre 12 para 3 para 1 ou então 9 para 3 para 4 quando isso acontece você está diante de um caso de epistasia a epistasia acontece quando o produto de um gene interfere no produto de outro, fazendo parte de uma sequência metabólica. A melhor forma de entender isso é com exemplos, como o pelo do cachorro labrador. Quem não lembra do Marley e eu? Você encontra labradores pretos, marrons ou caramelo. O gene que dá a cor do pigmento do cachorro só existe em duas formas. B para o cachorro preto e B para o marrom. para o cachorro marrom. Acontece que um segundo gene é responsável por colocar o pigmento no pelo. O alelo Ezão coloca o pigmento. O alelo Ezinho não coloca. E quando isso acontece, o cachorro fica... caramelo. Então no cruzamento de dois cachorros duplo heterozigotos ou diíbridos, nós temos a seguinte proporção, nove cachorros pretos, três cachorros marrons e quatro cachorros que são caramelo justamente por conta daquele alelo recessivo que não coloca o pigmento no pelo dos outros. Vamos analisar um pouquinho, para ele ser preto ele precisa ser dominante para os dois gêneros. genes então 3 de 4 para o gene B 3 de 4 para o gene E 3 vezes 3 9 4 vezes 4 16 para ele ser marrom ele precisa ser recessivo para o gene B e dominante para o gene E ou seja 1 sobre 4 vezes 3 sobre 4 1 vezes 3 3 4 vezes 4 16 mas para ele ser caramelo ba Basta que ele seja recessivo para o gene E, ou seja, 1 quarto do total, 4 sobre 16. Como o gene epistático é recessivo, nós dizemos então que esse é um caso de epistasia recessiva. Agora, se um dos genes tiver um alelo dominante que altere a proporção, nós dizemos que essa é uma epistasia dominante, como é o caso da cor da abóbora. A cor da abóbora é determinada por dois genes. genes A e B. O alelo Azão dá cor laranja da abóbora, enquanto o alelo Azinho dá cor verde. Enquanto o gene B pode fazer duas coisas. O alelo Bezinho recessivo não influencia cor, mas toda vez que o gene B estiver na forma Bezão, alelo dominante, a abóbora sempre vai ser amarela. Portanto, toda vez que o alelo Bezão 3 sobre 4 aparecer no genoma dessa abóbora, ela vai ser amarela. 3 quartos do total das abóboras vão ser amarelas. 3 quartos é a mesma coisa que 12 sobre 16. Então as proporções das cores das abóboras vão ser 12 sobre 16, amarela. 3 sobre 16, laranja. E 1 sobre 16, verde. Então é isso aí, galerinha. Hoje nós aprendemos o que... que é polialelia. Nós também aprendemos uma maneira fácil e rápida de calcular proporções para a segunda lei de Mendel e nós descobrimos que essa proporção pode variar um pouco no caso de epistasia. Eu sou o Professor Guerra, estou com você rumo ao topo do ENEM e até a próxima! E aí galera, se inscreve no canal, curte aí o vídeo, compartilha com os amigos.