E aí moçadinha, beleza? Como é que vocês estão? Mais uma vez aqui com vocês o professor Guga Valente da Rede Brasil Escola e hoje nós vamos falar sobre como fazer uma boa proposta de intervenção.
Hum, houve algumas mudanças aí, alguma coisa tá diferente em relação a essa proposta de intervenção que já vem há alguns anos sendo pedida aí pelo Enem. O Enem, como você sabe, pede uma dissertação argumentativa que defende... é dar um ponto de vista sobre uma questão sociopolítica a respeito do Brasil, alguma coisa ligada à violação dos direitos humanos, como a gente já falou em outras aulas aqui, e aí a gente sabe que os temas são assim. Só que a gente precisa apresentar um modelo... de proposta de intervenção, de algo que consiga atenuar aquele problema, que consiga diminuir o impacto daquele problema na sociedade.
Então a gente não pensa em solução de problema, a gente pensa em atenuação daqueles problemas, daquelas questões todas. Até porque os temas que o Enem trabalha são temas muitas vezes de problemas históricos. Problemas que não podem ser resolvidos assim num passe de mágica. Então, entendamos que, na verdade, tudo que pode ser feito dentro de uma sociedade democrática, a gente pode fazer na proposta de intervenção do Enem.
Não precisa levar em consideração o fato de você... ah, o governo Temer nunca vai fazer uma coisa dessa, o governo X, o governo Y não vai fazer esse tipo de investimento. Esqueça isso.
O Enem não quer que você leve em consideração este aspecto em especial. O Enem quer verificar como é que você pensa em... quanto cidadão inserido dentro de uma sociedade democrática e o que é possível fazer dentro de uma sociedade democrática, independente se os governantes vão fazer ou não.
Tudo bem? Bom, quatro elementos essenciais compõem essa proposta de intervenção. Nós precisamos apresentar um agente.
É a pergunta quem? Tá certo? Quem que é esse agente?
O agente pode ser o governo, muitas vezes ele é acionado pelos estudantes, mas pode ser também uma ONG, pode ser a escola, pode ser a comunidade, pode ser a própria população. O agente é aquele responsável por executar algo, por iniciar a mudança. Tudo bem? Pode ser mais de um agente também, não tem problema. Depois nós temos a ação.
A ação é o quê? O que é que vai ser feito? Qual é a ação que vai ser desempenhada?
Então a gente tem criação de lei. A gente tem projetos político-pedagógicos, a gente tem projetos dentro da escola e da universidade, nós temos campanhas comunitárias, nós temos uma série de ações, mudança no currículo escolar, nós temos uma série de ações que são possíveis ser empenhadas dentro da proposta de intervenção. Depois nós temos o meio-modo, é o como, beleza? Como é que essa ação vai ser executada?
Em que lugar ela vai ser executada? De que maneira ela vai ser executada? Então, aí a gente precisa ver.
Essa ação é uma ação de conscientização? Se ela for uma ação de conscientização, ela pode, por exemplo, o meio para ser executada talvez seja uma campanha na mídia, uma campanha na TV. Pode ser, de repente, uma série de palestras e debates dentro da escola, projetos que envolvam os adolescentes e as crianças com profissionais de uma determinada área para o esclarecimento em relação àquele assunto.
Então, tem vários meio-modos aí que são relevantes. E, por último, nós temos a finalidade, que é o para quê. Isso apareceu no ano passado, no ano de 2017, e esse ano, esse para que permanece. Ou seja, nós precisamos mostrar para que aquela nossa proposta de intervenção vai ser colocada em prática. Qual é a finalidade dela?
Normalmente isso é a resposta ao tema que foi apresentado lá no início do texto. Bom, então como é que a gente monta essa proposta de intervenção? Primeiro, a primeira coisa que a gente faz... é, obviamente, introduzir a nossa conclusão. Essa introdução de conclusão é costume a gente utilizar no portanto, é comum a gente usar uma expressão como diante desse cenário, diante desse quadro.
É comum a gente usar uma expressão como essa para poder introduzir o texto, a proposta de intervenção, essa parte final. Aí depois que a gente colocou esse conectivo, essa expressão que conecta as outras partes do texto, é comum também a gente dar uma retomada na tese, retomar aquela ideia lá do início do texto. Uma outra coisa que a gente pode fazer também é reescrever o tema. Então, apresentou o conectivo e diz ali, para que este problema X, sempre vai ser um problema, né? Então, para que este problema X não volte a ocorrer, é preciso que medidas sejam tomadas.
É imprescindível que ações sejam desenvolvidas, sejam desempenhadas. É fundamental que se haja em relação a esse problema. Todas essas expressões são comuns aparecerem em propostas de intervenção antes de a gente entrar propriamente nas partes. Depois que a gente fez isso, o mais natural é que a gente apresente a sequência mesmo.
O agente, qual é a ação que o agente vai desempenhar, qual é o meio modo e qual é a finalidade. Qual a diferença do ano passado, 2017, para este ano de 2018. Agora você não precisa mais fazer o detalhamento somente da ação ou do meio modo. Você pode fazer detalhamento do que você quiser na proposta de intervenção. Então você pode detalhar, por exemplo, o agente, dizendo que o governo federal, por meio do Ministério da Educação e das secretarias estaduais e municipais, então quer dizer, você está fazendo um detalhamento, quem é seu agente?
Não é o governo federal, é o governo federal, por meio do Ministério, atingindo as secretarias municipais e estaduais. Então dá para detalhar desse jeito. Você pode continuar detalhando a ação, você pode continuar detalhando o meio-modo e agora você também pode detalhar a finalidade, ou seja, para que aquela proposta vai ser colocada em prática. Tudo bem? Agora, qual que é a minha sugestão?
O Enem exige que você faça o detalhamento de pelo menos um desses quatro elementos. A minha sugestão é que você tente detalhar mais de um. Não há necessidade de fazer mais de uma proposta de intervenção. Procure fazer argumentos ali dentro do seu texto que possam ser conectados de tal forma que uma proposta de intervenção dê conta de todos eles.
Fazer várias propostas de intervenção já não é mais uma alternativa viável. É preferível fazer uma muito bem detalhada. Então, tente fazer mais de um detalhamento.
Detalhe mais o agente ou detalhe melhor a sua ação. Detalhe bem o meio modo e detalhe bem também a finalidade. Bom, vou te convidar para seguir a gente nas redes sociais, caso você ainda não siga, segue a gente no Instagram, no Face.
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Muito obrigado. Até a próxima.