Nova Estela Ex-Libris: Apresentação e Debate sobre o Livro de Migrações

Abertura do Evento

Luiz Felipe Ayres inicia a apresentação do livro Migrações em Expansão no Mundo em Crise organizado por Dulce Maria Turri Batista e Luiz Felipe Ayres Magalhães.
Agradecimentos à equipe: Roberto, Sônia, Valdir, Ronaldo, Gabriel e Daisuke.
Destino e transmissão do programa: canal Universitário e TV PUC.
Objetivo do Programa Nova Estela Ex-Libris: discutir livros lançados pela editora da PUC (EDUC) por meio de bate-papo com autores.

Livro foca em migrações no contexto contemporâneo e crises globais.
Presença de migrantes e refugiados em diversas partes do mundo: metrópoles, capitais, cidades médias e pequenas, bairros centrais e periféricos.
Discutem questões sociais, econômicas e políticas enfrentadas por migrantes.
Importância do tema das migrações no século XXI.

Professora da Faculdade de Ciências Sociais da PUC, pesquisadora do Observatório das Metrópoles de São Paulo e do Centro de Estudos Migratórios.
Agradeceu a EDITORA PUC, Sônia, Gabriel, Valdir pela preparação do livro; enfatizou o papel da FAPESP.
Realidade das migrações: extrema vulnerabilidade social e desigualdades agravadas pela pandemia.
Artigos do livro abordam diferentes aspectos das migrações envolvendo diversas áreas do conhecimento: sociologia, história, demografia, ciência política, direito, economia, ciências da religião, relações internacionais.
José Carlos Pereira contribui com o prefácio do livro.
Livro possui três grandes eixos temáticos:
1. Capitalismo e Migração
2. Fluxos Migratórios e Análises Específicas (e.g., haitianos, congoleses, bolivianos)
3. Dimensões Multiparas de Movimentos Migratórios (e.g., interculturalidade, vulnerabilidade social, política pública)
Imigração como um direito e um fenômeno histórico global.

Sociólogo, Doutor pela Unicamp, editor da revista Travessia, assessor da Missão Paz.
Migração contribui para o aprimoramento democrático e cultural das sociedades receptoras.
Três eixos de crise que a migração expõe:
1. Crise Política: esvaziamento do Estado enquanto garantidor de direitos e fortalecimento neoliberal.
2. Crise Econômica: reformas trabalhistas em demérito dos trabalhadores, especialmente migrantes.
3. Crise Ambiental: produção predatória vinculada ao capitalismo.
Protagonismo dos migrantes ao formar redes de solidariedade e parcerias fortes com universidades e instituições.
Impacto positivo das migrações na cultura, economia e direitos humanos.

Advogada, mestre pela PUC SP, doutoranda em Sociologia na Unicamp.
Desafio de compreender como migração feminina é precarizada no contexto global do trabalho.
Campanhas e mobilizações como a ‘regularização já’ para direitos durante a pandemia.
Discussão sobre políticas anti-imigrantes e o racismo de Estado.
Importância de redes de solidariedade formadas por migrantes.
Trabalho doméstico das mulheres migrantes, com casos representativos de abusos (e.g., trabalhadoras Filipinas em São Paulo).
Reforço na necessidade de políticas públicas inclusivas e atentas às vulnerabilidades de migrantes.

Pós-doutorando em Ciências Sociais na PUC, pesquisador no Observatório das Metrópoles.
Enfatiza o caráter de encontro e síntese das migrações e do livro.
Observatório das Migrações e dois eixos de pesquisa: impacto na formação econômica e social de SP e dinâmicas das migrações internacionais contemporâneas.
Importância das migrações sul-sul, novos perfis das migrações internacionais em SP pós última década.
Análise da superexploração dos Imigrantes haitianos através de três mecanismos principais:
1. Habitações precárias e abusivas.
2. Setores de trabalho mais extenuantes e perigosos.
3. Dominação pela língua e documentos assinados sem compreensão.
Necessidade de dados e informações sobre impactos da COVID-19 na população migrante.
Campanhas em curso para inclusão de variáveis de nacionalidade e raça em autorizações hospitalares e registros de óbito.

As desigualdades sociais pré-existentes se intensificam com a pandemia, com maior incidência de mortes entre populações negras e migrantes.
Confinamento precário em moradias superlotadas enquanto necessitam sair para trabalhar.
Ressaltadas campanhas de solidariedade e autoajuda entre migrantes para enfrentamento da pandemia.

Feminização das migrações e precarização laboral, mulheres migrantes nas tarefas mais precarizadas e desvalorizadas (e.g., trabalho doméstico, cuidado de idosos).
Redes de solidariedade fortalecidas por mulheres migrantes (Ex. Coletivo de Mulheres Filipinas na Missão Paz).
Necessidade de políticas públicas para abarcar a especificidade da migração feminina.

Importância de continuar o debate sobre migrações em contexto de crise global e pandemia.
Convite para leitura do livro e reconhecimento das dinâmicas recentes das migrações internacionais.
Divulgação e apreciação da produção acadêmica interligada com práticas sociais existentes.