Confere por favor o celular desligado, deixe só no modo vivo. Uma salva de palmas para o Rafael. Parabéns, Rafael. Obrigado pela disponibilidade.
Rafael, você escreveu no seu papelzinho que é medo de se expor. É isso mesmo? É um negócio que...
não sei. Parece que a minha vida, sei lá, é estagnada. Como? Como eu sempre trabalhei assim, meus pais foram de comércio, mercado, era sempre o mesmo padrão, né?
Aí, depois de uns anos, praticamente a minha vida inteira foi trabalhando assim com eles, ajudando o mercado. um mercadinho pequeno, né? E até hoje assim?
Aí teve uma época que, uns sete anos atrás, aí meu pai tomou a opção de vender, né? Aí meio que ele tentou outras coisas. Aí eu fiz faculdade de administração Tudo, me formei Só que aí ele não deu certo nessas outras coisas Aí ele voltou Onde o meu primo tinha um comércio também Outro mercado Aí o pai dele tinha falecido Aí meio que chamou ele Faz uns quatro anos Aí como eu não tava Fazendo nada também Não consegui nada na área de administração Aí fui ajudar ele Aí ele falou Ah, você pode me ajudar aqui enquanto você tá procurando alguma coisa Música Aí foi indo, indo, indo Tipo, sabe quando você fica lá, lá, não sai do lugar Aí foi esse ano também, por causa dos problemas, tudo Ele recebeu uma proposta e vendeu Aí eu já tinha comprado a formação, tudo, em novembro Aí eu meio que planejei No ano passado já É, no Black Friday Aí meio que eu me planejei, falei, vou apostar aqui Ah, legal Aí eu tô fazendo faculdade de psicologia também, encaixou tudo Perfeito, tá bom Mas o que é que tem de problema aí Que você acha que eu posso te ajudar? Não sei Que nem Eu falo assim que Meio que Sabe quando você tá tão assim Num Com relação a, não sei, anestesiado, entre aspas, assim, em relação às coisas, a tudo, parece que não vê prazer em crescer mais.
Só de ficar assim, sei lá. Tá, mas... A sua vida também não tá assim? Tá meio um marasmo, sabe?
Eu tava conversando com o Rafael também, outro dia a gente fala. É, como eu venho também, você fala, né, a cultura japonesa, tudo, aquele negócio mais... mais assim... Sim, sim, sim.
É, não, a minha dúvida é, e aquilo que eu já te expliquei aqui durante a semana, o que é que eu posso fazer nisso? Aí você fala, né, é uma sensação estranha. É uma sensação estranha. Tá, mas você percebe que você está estudando, sua família está mediana, você está numa vida mediana. O que é que você quer nisso tudo?
Então, aí você fala, tipo... Contato com pessoas, às vezes, tipo, você não consegue... Sabe quando você, tipo, eu...
Tipo, você pode contar comigo, mas quando é eu com você, meio que sabe aquele negócio de você ficar na sua... Você não queria ir muito aprofundar... Aí, tipo, amei essas coisas. Certo.
Tá, mas, de novo, o que é o problema? Onde que está o problema? O que é que eu posso fazer?
Então, minha vida também... Até ele perguntou, o Rafael Tamato, o dia do outro dia, eu estava falando com ele. Ah, ele estava nessa dúvida, de falar, sabe quando você não percebe o que sente?
Ele ficava nesse conflito. Sim, mas você sente alguma coisa? Aí eu falava pra ele, ah, me sinto um, sei lá, um negócio crítico, um negócio o peito às vezes meio queimando um pouquinho, assim. Aí ele fala, quando você voltar pra casa, você se imagina, sei lá, quem te esperando?
Aí eu pensei, tipo, meus pais estão separados, né? Aí ele fala, ah, não falo de ninguém, tipo, é aquele negócio, tipo, eu fui condicionado, entre aspas, é isso. Ah, isso o quê?
Ah, tipo, como é que eu vou falar? Quando nas atividades assim, você fala de paz assim, de sensações, coisas boas, tipo, parece que não vem nada, tipo... Ok, e talvez não tenha nada. É, tipo, não vem referências assim por aqui. Sim, mas qual é o problema, o que existe de problema, o que eu posso fazer?
Então, essa sensação, talvez... Vamos lá. Essa sua sensação é porque a sua vida é uma bosta. Bom, o que eu vou fazer de diferente?
Ao longo de seis dias, Rafael, o que é que você aprendeu que faz você achar que eu vou fazer a sua vida ficar melhor? Não entendo, não sei. Então, me responde.
Não, isso aí eu entendo. Tá, e o que eu posso fazer então aqui? É, talvez, sei lá, sensação. Que sensação?
Sei lá, vazio, tipo... Você sente o vazio? Sim. Como que é essa sensação de vazio? Ah, tipo, de você ficar sozinho, tipo, não tem sentido, sabe, às vezes nas coisas, tipo...
Tá, você não sente prazer nas coisas? É, tipo, eu sei que a formação é muito boa, eu reconheço tudo, mas sabe quando você tá meio... Ok.
Que não... sabe, que o corpo quer te manter naquele padrão, como você falou. Você não sente muito prazer em experienciar alguma coisa? Às vezes nas coisas também, se não for assim, tipo...
Tá. Bem... Talvez exista uma maneira de ajudar você a trabalhar isso aí dentro.
Talvez. Talvez que eu vou fazer isso agora. Talvez exista alguma coisa.
Porém, é difícil você me trazer a ideia de que a sua vida é morna, querer mudar isso. Você tem que ficar justificando. Sim, sim. Talvez, mas é possível que alguma coisa esteja aí dentro. dentro e a gente possa trabalhar isso.
Você entendeu isso? Mas, ao mesmo tempo que eu estou trabalhando com essa sensação estranha dentro, eu também não estou trabalhando com nada na tua vida. Sim, sim. E esses são os clientes que eu comentei que são clientes que são ruins de trabalhar.
Porque eles não sabem o que muda. Vocês entenderam isso? Terapia não é pra vocês ficarem felizes. As pessoas ainda têm essa maldita ilusão. E isso é provocado, inclusive, pelos próprios terapeutas.
De que terapia é pra dar felicidade. Terapia não é pra dar felicidade. O que seria, ó... Se a terapia não é pra dar felicidade, qual seria, enfim, o objetivo de uma terapia?
Hã? Qual seria? O que é resolver um conflito que gera uma autonomia? gera uma autonomia, gerando uma autonomia, essa seria a ideia da terapia não significa que a vida vai ser boa vocês conseguem entender?
a maioria das pessoas acredita que elas vêm para a terapia e o terapeuta vai fazer alguma coisa e a pessoa vai ficar feliz, independentemente de a vida ser uma bosta. O casamento está ruim, o trabalho está ruim, a saúde está ruim, mas eu vou ficar feliz. Não é possível.
pessoas têm essa ideia. Meu casamento está ruim, meu trabalho está ruim, minha saúde está ruim, mas eu vou ficar feliz por causa da dualidade. Ele vai mexer na minha mente, a minha mente vai se expandir além do corpo, além dos problemas da vida e aí eu vou ficar bem. Eu vou ficar imune ao sofrimento mundano.
Eu vou ficar além da dualidade, tristeza, felicidade. Eu vou ficar numa felicidade per ele, igual os sábios que moram no Tibete. As pessoas têm esse mito, embora elas nunca tenham uma referência real.
Eu pergunto, onde você tem essa ideia? Ela criou sozinha, é igual uma criança que acredita no papel, eu vou ser bonzinho e aí eu vou ganhar um presente especial. pleno, perfeito, que nem eu sei às vezes, mas eu sou o escolhido do Papai Noel. Você só muda o nome do pensamento do Papai Noel da criança para a fase adulta.
Mas no final, como adulto, você ainda espera um Papai Noel diferente, que vai trazer alguma coisa diferente, se você for bonzinho. Então o terapeuta é o ser mágico, místico, que vai tirar esse problema. E aí alguma coisa mágica vai aparecer, independentemente do nome dessa coisa mágica.
E aí a realidade fica estranha para o cliente. Porque se ele espera que você seja seja o ser místico dele, ele quer que você seja um unicórnio. Essa que é a grande verdade.
Ele vai se pegar no teu chifre, e você vai soltar um arco-íris pela bunda, e ele vai obter alguma coisa. E quanto mais ele paga, mais o arco-íris é forte. Essa é a visão que as pessoas têm, principalmente brasileiro.
E é estranho porque se ele não entende que a vida não vai mudar, que a vida é o que é, ele se sente frustrado. E ele vai ficar fazendo um monte de coisas até que a felicidade apareça. mas isso não aparece.
Eu estou escrevendo um livro cujo título é A Felicidade é uma Responsabilidade. Porque as pessoas acreditam, passam a acreditar que a felicidade é um mérito, é um direito. Eu tenho que ser feliz.
Você tem que me deixar feliz. Porque se a felicidade é um direito, você me deve esse direito. Mesmo que eu não tenha que fazer nada. Como a liberdade.
Liberdade é um direito, ok? Eu não preciso fazer nada para conquistar essa liberdade. Hoje a nossa sociedade, a nossa cultura, desenvolveu uma paranoia de achar que a felicidade é um direito. E você tem que me deixar feliz o tempo inteiro? porque é meu direito.
Eu não preciso fazer algo para ser feliz. É você que me dá esta felicidade. E muitos clientes vão chegar para você com essa mesma pressuposição. Você tem que dar algo para eles, porque você é terapeuta. No consultório, eu já teria demitido o Rafael, porque ele quer unicórnios, e eu não sou unicórnio.
Pelo contrário, eu seria mais para um gnomo, um ogro, mas não um unicórnio. Se eu fosse ser místico, eu seria um ogro. Shrek, mas não um gnomo. Então, no consultório eu já teria te demitido. Mas por que eu teria te demitido?
Porque você não saberia o que mudou. Porque a tua própria vida está boa. Olha que legal, a vida está boa.
A vida está boa. Os pais estão separados, ok. Tem trabalho, ok.
Faculdade, ok. Está boa. Não tem uma guerra, ninguém está morrendo. Ninguém está ameaçando ele com uma arma.
Esse talvez seja um dos problemas da nossa civilização. A vida é boa demais. Você não precisa fazer força para nada. Aí qualquer mínima coisa incomoda.
O botão da calça da camisa estragou, é o fim do dia pra você. Você tem seis camisas e não sete, uma pra cada dia da semana. Que porcaria de indivíduo que você é, fracassado.
A vida está boa demais. Vocês entenderam isso? Então, ele já está aqui.
Eu vou usá-lo como demonstração, justamente para vocês entenderem algumas dessas coisas que eu estou dizendo. É claro, sempre... Sempre é possível extrair algum aprendizado.
Mas eu repito, no consultório eu teria demitido, depois dessa explicação, porque o cliente que tem uma vida boa, não sabe bem o que é, não tem um problema, esse cliente não sabe se melhor ou não. Vocês entenderam isso? Mesmo que eu tire, mesmo assim que seja possível, tirar todo o peso dele, ele vai voltar para casa, vai estar sozinho, vai estar...
Obrigado. vai estar no trabalho. Vocês entenderam isso?
Então a pessoa vai dizer, não deu certo, quero meio de ano de volta. Conseguindo sacar a ideia, existe uma diferença entre ser um terapeuta e ser um empreendedor. Você tem que proteger o seu consultório.
Por isso tem contrato, tem tudo certinho pra você fazer com o seu cliente. Mas eu vou fazer com ele aqui, porque você pode aprender alguma coisa, já que ele está aqui na frente. Está claro?
Vamos lá. Vai que aparece o unicórnio. É, Rafael. Já pensou?
É. Todo mundo mexendo no chifre, parece um maquilho e um unicórnio. Então, é outra coisa. Se ela não consiga ir tão profundo nas atividades, sempre, tipo, não sei se é controle, alguma coisa. Profundo no quê?
Eu sei que não é profundidade em hipnose, mas... Em hipnose? Você não sente que vai profundo?
É, mas não é aquela coisa experiencial, sabe? É o quê, então? É uma coisa superficial.
Ah, entendi. O que seria profundo para você? tipo uma experiência mais intensa, alguma coisa eu sei que não tem muito a ver interessante o que ele está falando às vezes durante a hipnose eu não tenho uma experiência muito intensa você tem experiências intensas na sua vida?
todos os dias, sei lá então, o que você quer que eu diga? na hipnose Você não tem coisas que você não teve. Então é, ah, eu queria sentir algo muito foda, mas a minha vida é morna. Isso aqui é interessante para explicar para o seu cliente, porque as pessoas ainda acham que hipnose é algum estado diferente de consciência. Lembre disso, hipnose é um estado alterado de consciência.
Então na hipnose eu vou alterar a minha... minha consciência não é só o mesmo de sempre o que vai acontecer que você percebe alguma coisa mais rápido mais diferente ou algumas vezes com mais intensidade quando o homem está chegando só nesse aspecto mas não mudar a consciência Entenderam essa diferença? Fora isso, é igual Deixa a mão solta aqui, Rafael, por favor Encosta a cabeça ali, por gentileza Está confortável assim o pescoço? Vamos alustar o que para você assim?
Perfeito, Rafael, só respira fundo Perfeito E aí, Rafael? Opa, só fica de olho fechado Só segue as instruções, tudo bem? Respira fundo de novo Traz a tua atenção aos olhos espálpidas, por favor Música e com suas pálpebras desligadas, comece a imaginá-las que você...
Está desligando elas, imagina elas desligadas, Rafael. Estão desligadas a ponto de parecer que elas não abrem. E quando você tiver a certeza que elas não vão abrir, você vai demonstrar para si, não é para mim, você vai demonstrar para si mesmo que o olho não vai abrir, Rafael. Testa e não deixe o olho abrir. Bom, isso é muito insuficiente.
E isso já é um bom nível de hipnose, Porque você foi capaz de gerar catalepsia de músculos pequenos. Qualquer outra coisa além disso é mera uma fantasia de filme. E para ajudar você a melhorar ainda mais essa sensação de tranquilidade, de seguir as instruções, eu falo, daqui a pouco eu vou pedir para abrir e fechar o olho.
Cada vez que você abrir e fechar o olho é o meu pedido, é como se você pudesse descansar o seu corpo um pouquinho mais. Não tem nada de mais nisso. abre os olhos, fecha os olhos e vai imaginando os dedos da mão direita, ficando ainda mais pesados, desligados.
Imagina que a mesma sensação lá dos olhos está acontecendo nos dedos da mão direita, desligando cada dedinho, a ponto de parecer que o braço inteiro está ficando desligado. Abra os olhos, fecha os olhos e faça o mesmo com os dedos do pé esquerdo. Vai imaginando cada dedo do pé esquerdo desligando tanto que parece que até o... o pé esquerdo inteiro desliga.
É como se os dedos, calcanhar, tornozelo, panturrilha, joelho, a coxa, o quadril, o glúteo esquerdo, tudo ficasse tão desligado que ainda bem que a poltrona está ali para te ajudar. Abre os olhos, fecha os olhos e vai imaginando agora os lábios. A mesma sensação de desligar os olhos nos lábios, no queixo.
Ali na garganta. Vai imaginando que os músculos que sustentam o pescoço, a cabeça, imagina que os músculos ali estão ficando tão desligados que a cabeça fica solta. É quase como se um fio tivesse que segurar a cabeça, senão ela cairia sobre a sua própria barriga.
Imagina que essa mesma sensação de desligamento do pescoço se espalhe para os ombros. É como se uma massagem relaxasse o seu ombro. e ao mesmo tempo vai soltando o peso do peito você pode até brincar com a sua imaginação que a gravidade está empurrando o peito para dentro da pontuação e como aqueles braços estão desligados não há nada Nada a ser feito a não ser se entregar à pontuação.
E aí a pontuação vai te puxando para baixo, puxando para dentro. A cabeça vai tombando mais. E quanto mais você vai permitindo...
Porque você sabe que não precisa esperar. Quanto mais tu permite a cabeça pesar, quanto mais tu permite o pescoço pesar, mais você vai percebendo que aqui e agora você está indo super bem. Quanto mais tu permite que aquele pé relaxe, que aquela outra mão relaxe, mais o corpo se solta e a mente se abre. Tanto que eu sou capaz de pegar e levantar esse braço aqui, e nada é necessário, porque você já está indo muito bem. E você consegue ir mais fundo, cada vez mais solto e pesado, porque esta é a capacidade que você tem, e está indo super bem.
Perfeito. Agora é para ajudar você a descansar sua... Realmente, Rafael, daqui a pouco, bem devagar, você vai fazer em voz alta uma contagem bem calma, suave, uma contagem regressiva, começando do número 100. Só que cada número que você fala em voz alta, Rafael... vai ajudar você a ir apagando a sequência seguinte, deletando, apagando, ficando transparente. E após alguns poucos números, é como se todos eles...
fossem deletados e uma profunda sensação de paz e tranquilidade envolva você então bem devagar Rafael comece agora a partir do 100 em voz alta isso, já vai imaginando que o outro está ficando longe distante se apagando imaginando ele ficando longe É como uma borracha mágica que você apaga qualquer coisa. Assuma com eles. Deixe-me sumir. Quando eu toco o seu ombro, eles somem. Você sabe que podem se soltar ainda mais.
Só confirma a balança da cabeça. Eles sumiram da lei, sim ou não? Foi bom, está indo super bem.
Agora eu toco a minha mão aqui neste ombro. E na minha contagem de 10 a 1, deixa que eu conduzo você agora. Na minha contagem de 10 a 1, eu quero que você imagine que está, por exemplo, escorregando. Só brinca, não precisa fazer nada sério. Só imagina que está escorregando.
por um escorregador mental mágico iluminado e que o número um embaixo quase como se fosse uma piscina de bolinha ou seja não tem que fazer nada é só soltar e descer 10 talvez você desça rápido ou mais devagar do que a contagem não tem problema só vai e talvez você perceba alguma área do corpo ficando mais pesada, não tem problema, só vai. Oi! Porque quando a gente descobre que pra viver o importante é largar o controle, mais fácil é viver.
Sete. Seis. E todo som que você ouve, além da minha voz, só serve pra te ajudar a ir mais fundo.
Cinco. Indo mais pra dentro. Continua. Quatro. Três.
Dois. Você percebe cada vez mais solto a cabeça, os ombros, o pescoço. Você vai cada vez mais...
Muito bem. Já não importa o que eu digo. Tudo que eu falo a partir de agora é a sua mente interpretando, analisando.
E o legal da nossa mente, Rafael, é que quando eu falo alguma coisa, ela automaticamente converte aquilo numa imagem, numa ideia. Às vezes numa experiência, às vezes num sentimento, numa sensação do corpo. São muitas as formas que o nosso sistema aprende a lidar com o que a gente fala aqui fora.
Então, enquanto você está aí calmo, sentadinho, solto na poltrona, ouvindo a minha voz. Vai apenas trazendo atenção ao corpo. Não se incomoda se a coisa aparece no dedão do pé ou na testa ou no peito. Não se prenda aquelas regrinhas que a gente ouve. Só que aí dentro, Rafael, existe uma sensação estranha.
É uma sensação estranha que aparece quando tu chega sozinho em casa. É a sensação de estar sozinho. É quase como se o alimento não tivesse sabor, o prazer não tivesse sabor, as experiências não têm sabor. É uma vida opaca, cinzenta, morna. E você sabe o quanto isso sufoca, você sente o quanto isso aperta, o quanto dói.
O quanto isso faz você achar que é quase um morto vivo. Um zumbi andando pela rua. Você olha para as pessoas e se pergunta por que não sente. Você vê as pessoas sorrindo e se pergunta por que você não sente.
Você vê as pessoas obtendo prazer e você é como se estivesse comendo palha. Não tem gosto. Existe aí dentro uma sensação antiga e profunda que por alguma razão você aprendeu a mantê-la. E na minha contagem 1 a 10 eu quero que você imagine que você está sentindo-a. Permitindo que ela cresça, um.
Permitindo que ela se expanda, dois. Que ela venha, não importa se venha em lembranças ou imagens, só fica aí dois, três, quatro. É como se ela estivesse ali dentro como um fogo que começa a arder.
cada vez mais, e é uma tensão, uma dor que você já sente há tantos e tantos anos, 4, 5, 6, 7, que te atrapalha até em cada coisa nova da tua vida hoje, é um saco esse peso, 7, 8, 9. Sinta ela em cada respiração, Rafael Dez Sinta ela porque ela sempre esteve aí Só que doía tanto que você fazia de tudo Para não senti-la, Rafael Sinta ela, muito bom Balança a cabeça, consegue sentir um pouquinho Aí dentro agora de você? Ótimo, Rafael Eu sei, Rafael Que toda dor que a gente tem Todo esse desconforto, não importa se A gente ir no meio de medo, raiva, tristeza Angústia, que são só nomes Eu sei que toda essa dor que tu sente, Rafael Elas... serve meio que para proteger, meio que para esconder, meio que para a gente não ver.
Porque eu sei que lá dentro tem alguém, Rafael. Então só começa imaginando uma cadeira. Não importa se já apareçam algumas pessoas, mas quando eu estalar os dedos, Rafael, a primeira pessoa que aparecer será aquela pessoa que está lá dentro, lá dentro, ferrando com a tua vida.
Quem é a primeira pessoa que senta ali, Rafael? Diga pra mim. Mãe.
A sua mãe? É isso? Certo. Consegue imaginar a mamãe sentadinha ali?
Bom, Rafael... Olhando aqui pro seu peito, Rafael, e vendo a mamãe naquela cadeira, qual a sensação que vem aqui no teu peito agora? É uma sensação... vazia, sei lá. É uma sensação confortável?
Não. Não, né? Seria melhor não ter essa sensação de vazio, não é?
Certo. Então, o vazio é o nome que a gente dá para uma sensação, pelo contrário, de angústia. A ideia que é o vazio, mas na verdade isso aperta o peito. Então, Rafael, olha para a mamãe.
Eu quero que você imagine que está olhando a alma, o coração da mamãe. Consegue imaginar isso? Diz para mim o que o teu coração, o que a tua intuição aqui diz, o que aqui dentro de você, você percebe estar dentro do coração da mamãe ali na cadeira.
Também nada. Também nada? Tá anestesiada, não é? Entendo.
Então, olha pros olhos da mamãe e diga o vosso ato. Mãe, eu vejo você. Mãe, eu vejo você. E eu quero falar uma coisa, mãe. Eu quero falar uma coisa, mãe.
Algo que tá doendo aqui dentro de mim. Algo que tá doendo aqui dentro de mim. Algo que tá me apertando. Algo que tá me apertando.
E consumindo meu tempo. E consumindo meu tempo. Minha vida. Minha vida. Fala pra mamãe aqui, como você se sente com essa coisa no teu peito?
Não me sinto nada, sei lá, me sinto, sei lá, sozinho, me sinto largado, parado, me sinto... Só fazendo, só indo pra frente, só indo. Só indo, né? Como se a vida fosse um nada também, correto? E assim, resumindo pra mim, é uma coisa boa viver desse jeito?
Não. É uma sensação estranha, né, Rafael? Diga pra sua mãe que você está vivendo como se não vivesse. Tô vivendo como se não vivesse. Chega em casa e...
Tipo... Nunca pergunto se você está bem, só... Só dá o que precisa, tipo... E você fica ali, refletindo na vida e...
E não sai do lugar, né? E por que você acha, Rafael, que a mamãe, esta mamãe que apareceu, pode dizer pra mim por que tu acha que ela tá associada a essa sensação estranha, esse vazio aí dela? Ah, porque ela nunca também, não teve esse acolhimento, contato. Uhum. Sempre foi assim?
Nunca, tipo, nunca eles me privaram de nada, nem me... Me bateram, mas também era só aquilo. Meio distante, né, Rafael? É. Olha pra mamãe e diga isso pra ela, por favor.
Mãe, eu sentia falta de você chegar e perguntar se tá bem, dando um abraço, alguma coisa. De chegar perto, por mais que eu nunca falava nada, mas... Você reagia com... sentia com indiferença.
Entendo. Diga pra ela o quanto isso fez falta, esse distanciamento dela. Isso fez falta. Hoje eu, tipo, fico travado. Às vezes não tem ninguém, mas...
Não quer ter uma proximidade com as coisas. Entendo. Diga pra ela, você me deu a vida, mãe?
Você me deu a vida, mãe. Mas ao mesmo tempo tirou. Mas ao mesmo tempo tirou.
Porque eu me sinto sem vida, mãe. Porque eu me sinto sem vida, mãe. Eu não sinto a vida, mãe.
Eu não sinto a vida, mãe. Eu não me sinto vivo Eu só me sinto existindo Eu sinto muito Eu sou um bom filho E por amor a senhora Eu me tornei alguém parecido com a senhora Distante Vazio Sem vida Sem vida É isso meu filho Como foi a sensação aqui de falar isso pra ela? Sente um pouco melhor, acho que...
De voltar um pouco pra fora. Entendo. E foi desconfortável também falar? Um pouco.
Bateu um pouquinho em você, é isso? Sim. E como a mamãe se sente ouvindo isso? Ah... Acho que da mesma forma, acho.
Ela é muito apática? Ela colhe tudo, mas aquilo parece que é mais por, sei lá, por padrão mesmo. Tá certo.
Então, Rafael, você entendeu bem, fica só olhando aí pra mamãe. O que eu fiz, eu pedi para ele falar algumas coisas, e ele fala, e aí de trás fica mais difícil perceber, mas deu para perceber certinho quando ele fala que... dá uma mexida na respiração.
Porque no momento que ele desmanha, eu estou vivendo sem viver, como a senhora, aquilo dói, mas ao mesmo tempo dá um alívio. Isso é o que vocês vão aprender hoje comigo nos princípios de... expressar, de tornar visível o problema da pessoa. Porque o conflito ou o cisalhamento vem pela incapacidade de lidar com esse conflito.
Então a gente tenta fugir. Durante a terapia, eu quero que a pessoa perceba sem medo, sem fugir, a dor que está batendo lá dentro. sem esta percepção ela não consegue depois tomar uma melhor porque ela está presa dentro do processo tentando fugir de uma dor que está muito visceral é por isso que é normal você pedir o cliente falar algo e na hora que ele falar que ele ele diz que dói, mas é um espírito bom.
Por que dói? Porque era dor, sempre esteve ali. Mas dá um alívio porque acaba o conflito. Eu estou vendo. Finalmente eu estou vendo e aceitando.
E aí que começa o processo terapêutico de verdade. Rafael, você continua indo mais fundo. Daqui a pouco eu vou tocar a sua testa, Rafael. Você vai perceber que você consegue relaxar ainda mais o pescoço, os braços, os pés.
E você vai perceber que... Depois que eu tocar a sua testa, é como se você não falasse comigo mais. É só a sua mamãe que está aí dentro. Mamãe, venha falar comigo. Eu falo só com a mamãe agora.
Mamãe, seja muito bem-vinda. vendo seu filho na frente uma ótima mãe o seu filho falou pra mim eu quero ouvir a opinião da senhora tudo bem o seu filho e rafael falou pra mim que ele se sente meio vazio meio nem anestesiado sabe e de acordo com ele a culpada de sua senhora que não abraçava não tocava Me deu carinho. E aí, aparentemente, é como se ele aprendesse a lidar assim com a vida, mãe.
Eu quero a vida assim, ó. Faz sentido o que ele falou? É verdade o que ele falou? Faz. É?
Eu nunca... Eu não tinha tempo pra cuidar dele, às vezes. Também fui assim, fui criado pelo meu pai e tudo. Também não tinha muito contato, essas coisas. E também era só...
acho que eu só dou o necessário. O certo é só dar o necessário e pronto. Certo, e ele tem que aprender a viver com isso. É, eu não fiz a mesma coisa que eu recebi e daí...
Entendo, mano. E a senhora acha que a senhora fez errado com ele? Ou era o necessário?
Não, eu não acho que fiz errado, é o necessário. Entendi. Então, mãe, olha só, o Rafael está na tua frente. Ele está sentado ali? Está.
Ele está na sua frente, não é mesmo? Eu quero que a senhora fale para ele em voz alta, porque ele é um adulto, ele é um cara inteligente. Fale para ele em voz alta o que a senhora pensa, o que a senhora sente sobre tudo isso que ele falou aqui da senhora.
Faz ele ouvir um pouquinho a senhora, por favor. Ah, eu... Ele sente que ele está... Isso aqui, falar com ele, não pra mim.
Ele está aqui te ouvindo. Fala com ele, chama como... Fala com ele como a senhora costuma falar com ele, mas explica tudo o que a senhora acha sobre o que ele falou.
Yudi, eu acho que é o jeito que eu dou o meu amor, tipo... Você não vem falar comigo, também eu fico na minha. Eu respeito o seu lado, tudo.
Você fala, você também me dá forças, tudo. Mas eu também sou desse jeito. Tenho meus problemas, tenho...
Tô sofrendo também, essas coisas. E também não sei lidar de outro jeito, mas... Não é justo que ele cobre isso da senhora, não é mesmo? Sim. Diga pra ele, não é justo que você me cobre isso, filho?
Não é justo que você me cobre isso, filho. Eu sou sua mãe. Eu sou sua mãe. Eu te dei uma vida, filho. Eu te dei uma vida, filho.
E não é justo que você me cobre isso. Você me cobra algo. Que eu não posso te dar, filho. Você cobra algo.
Que eu não tenho. E é ofensivo para mim Ouvir isso de você Porque você me pede algo que eu não tenho para dar E eu sinto muito, filho Eu sou a mãe que você tem Não a mãe que você gostaria de ter Isso não é possível, filho Eu amo você E eu sou só sua mãe Obrigado. É bom, mãe, a senhora falar isso pra ele? Ótimo.
Foi confortável pra senhora falar? Foi. Como ele, o Rafael, como a senhora chama ele?
Yudi. O Yudi. Como o Yudi se sentiu ouvindo o estudo da senhora?
Ele entendeu que faz parte, que ele tem que seguir em frente. Ele entendeu. Eu quero que a senhora olhe o coração dele. Como ele se sentiu?
Como ele se sente depois de ter ouvido tudo isso que a senhora falou? Ele se sente melhor. É a boa sensação dentro dele?
Sim, mais conformado Agora eu quero propor uma experiência pra senhora Eu quero que a senhora imagine Que o Yudi que está ali na frente De 26 anos Imagina que este Yudi Ele vai diminuindo Ficando adolescente Ficando uma criança Imagina que aquele Yudi agora É uma criancinha fofa Aquele Yudizinho fofinho, querido, amoroso, consegue vê-lo, né? O que ele está fazendo ali? Ah, está parado, está parado olhando. Está olhando para a senhora?
É. Chama ele para perto da senhora, por favor. Pode vir aqui, Yud. Isso.
Diga para ele não tenha medo. Não tenha medo. E eu vou ajudar a senhora a explicar para ele, tá mãe? Eu vou ajudar a senhora a explicar para ele um pouquinho sobre as coisas.
Como as coisas são, tudo bem? Diga pra ele, filho Filho Eu amo você Eu amo você Eu sou a mamãe Eu sou a mamãe E eu sou um pouco distante E eu sou um pouco distante E eu sei que isso será um peso pra você E eu sei que isso será um peso pra você Mas não é porque eu sou assim Mas não é porque eu sou assim Que você não é amado Que você não é visto Que você não é visto É que o meu jeito de amar É que o meu jeito O meu jeito de expressar esse amor é um pouco diferente. E talvez você se sinta um pouco não amado.
Mas isso não é verdade. Eu amo você. Você é meu filho.
Você é meu filho. Eu amo você. Eu sinto muito.
Eu sinto muito Não poder dar O que você gostaria de ter Eu só posso te dar uma coisa A minha vida, filho E é isso que você tem Agora, mãe, é o seguinte Eu quero que a senhora pegue E amorosamente abrace esse Yudizinho pequenininho Isso, mãe Faz ele sentir o toque da pele da senhora Obrigado. Diga pra ele, eu amo você filho Eu amo você filho Tenho orgulho de você Você é o meu filho E eu sinto muito Não te dar o que você gostaria dar o que você gostaria. Eu sinto muito.
Isso, mas fica um pouquinho com ele aqui. Não faça mais nada. Só abrace ele.
Só faz ele sentir o seu abraço. Eu sei que talvez isso... possa parecer meio estranho e diferente, mas é o que ele precisa neste momento.
Sua senhora e o dizinho pequenininho aí. Eu vou conversar com algumas pessoas, nada atrapalha a senhora aí. A senhora só fica com ele.
Aqui um processo totalmente diferente ainda. De novo, você tem que entender as regras do jogo. Não decorar técnicas de jogo.
Vocês entenderam isso? porque o tempo que você levaria para decorar todas as... essas infinitas possibilidades e técnicas seria tão extenuante que você não faria o jogo. Entenderam esse ideia?
Aqui nós temos uma mãe que por várias razões, culturais e pessoais, a história da própria mãe, ela aprendeu a viver a vida de um jeito. E naturalmente os filhos aprendem a viver desse jeito também. Porém, o contato com outras pessoas que vivem indiferente gera um conflito. E a pessoa passa a se cobrar por algo que ela nunca teve.
E ela tenta se adaptar neste conflito. E aí a gambiarra, que eu falei lá na segunda-feira, quando a pessoa pessoa tenta se adaptar, ela se adapta numa gambiarra, ou enfrentando ou evitando. E ela entra numa rede, numa teia perpétua, porque cada passo dela força ou reforça essa dor. Então aqui o processo que eu fiz até este momento é trabalhar nesta compreensão a uma mamãe que por alguma maneira o ensinou ou ele aprendeu a viver a vida de um jeito.
o script dele, eu faço a triangulação, que vocês vão aprender comigo isso hoje e ainda um pouquinho amanhã, essa triangulação ajudando-o a ver-se em pontos diferentes da mesma história. triangulação é ver-se em pontos diferentes da mesma história a triangulação é tri, três pessoas a triangulação é a ideia de ver-se em papéis diferentes da mesma história isso vai ajudar a pessoa a sair daquela compulsão de só fazer uma coisa E aí ela saindo dessa compulsão de fazer uma só coisa, porque eu a triangulei, é o que a pessoa precisa para começar a dar o seu próximo passo, o passo seguinte. E aqui vocês viram a terapia? é uma terapia que até este momento, pelo menos, é uma terapia seca, que eu falo. Não é uma terapia molhada, com choro.
As pessoas dizem, ah, é a terapia que eu fiz e não deu certo, porque o cara não chorou. Isso não significa nada. A pessoa não chorar não significa nada. O choro é uma expressão emocional daquela pessoa.
Não significa que porque ela não chora que ela tem um problema. Vocês entenderam essa ideia? Tem gente que vê filme de cachorro e não chora, e não é por isso que ela não gosta de cachorro.
É só o jeito que aquele corpo está adaptado a ver filme de cachorro. Tem gente que vê filme de cachorro e chora, e não gosta de cachorro. Vocês entenderam essa ideia? tem cliente que não expressam emoções intensas ou pesadas.
E por quê? Porque é a maneira como viveu a vida dele. Para algumas pessoas é de um jeito muito intenso, para outras pessoas é de um jeito mais tranquilo, por assim dizer. E é só isso que você vai ter na terapia. Ok?
E novamente, em nenhum dos momentos aqui, eu estou trabalhando com uma causa, com o evento, com o episódio ou com ressignificar, ou mudar o passado da pessoa. O passado é o que é. Eu estou trabalhando com o aprendizado de uma vida inteira.
E como que hoje ele via o passado, como hoje ele usava o passado, essa seria a melhor expressão, como hoje ele usava o passado para motivá-lo num processo. A ideia é que agora ele possa ver-se e ver o passado para motivá-lo de outro jeito. motivações mamãe fica calma abraçadinha com o Yudi eu vou falar com o Yudizinho Yudizinho fica aí com a mamãe tá abraçado com a mamãe Yudizinho? sim é gostoso estar abraçado com a mamãe?
sim ela tá contente? tá ela tá feliz? tá e você Yudizinho, tá contente, tá feliz? sim Sim. Ótimo.
E dizia, olha ali para o lado, você vai perceber que do teu lado aparece um Rafael Yudi adulto, de 26 anos. Está vendo ele? Ele é um amigo meu, ele é um cara legal.
Só que aquele Rafael Yudi, por várias e várias razões, aprendeu a não se sentir tão amado. Ele aprendeu a se sentir muito tocado. E ele aprendeu a viver uma vida sem muita expressão. Sem muita sensibilidade.
Está vendo ele ali? Aí ele acha que ele é insensível. Mas não é que ele é insensível. É porque ele viveu muito tempo sem a sensibilidade certa.
Você entendeu isso que eu falei? E o Dizem? Sim. E o Dizem disse para mim, você gosta daquele Rafael?
Sim. Ele é um cara legal? Sim. Diga para ele, você é forte. Você é forte.
Você é inteligente. Você é inteligente. E eu vejo você.
Eu vejo você. Eu amo você. Eu amo você. E é besteira você ficar sofrendo. E é besteira você ficar sofrendo.
Você quer algo. Você quer algo. Que nunca teve.
Que nunca teve. E tá aí parado chorando. E tá aí parado chorando.
Reclamando. Reclamando. De algo que nunca te deram.
De algo que nunca te deram. E acha que por isso. E acha que por isso. Você não tem.
Você não tem. Porque não merece. Porque não merece.
Não pode. Não pode. Isso é besteira Nunca te deram isso Por isso que hoje parece não ter Mas isso não significa Que você não possa ter O que não vai ter Você consegue isso E eu acredito em você Porque eu sei que você é forte E eu acredito em você E eu acredito em você.
Deixa de ser bobo. Você não vai ter do nada. Você vai ter essas coisas.
Abrindo-se. Fazendo. Testando. Experimentando. Só que sem culpa.
E dizem, olha bem para o Rafael e o Diadu. E diga, você não tem que se culpar por mais nada. Você não tem que se culpar por mais nada. Porque os problemas dos seus pais. Porque os problemas do seu pai.
São problemas deles. São problemas deles. E você não precisa sofrer.
E você não precisa sofrer. Eu amo você. Eu amo você.
Ele diz assim, olha dentro do coração dele, veja se o coração dele, não a cabeça. Eu sei que ele é um cara inteligente, mas olha o coração dele, veja se o coração aceita isso que tu falou. Aceita. Ótimo.
Pergunta pra ele se ele vai deixar de ser bobo. Esperar que alguma coisa do além venha. Você vai esperar ser bobo e vai esperar que algo do além aconteça?
Isso. Diga para ele, eu confio em você. Eu confio em você.
Deixa de ser bom. As coisas não virão do nada. As coisas não virão do nada.
Elas virão porque você fará. Elas virão porque você fará. E eu sei que você consegue. E eu sei que você consegue. Dizem, olha pra mamãe agora.
Aí você olha pra mamãe assim, mãe... Eu amo você também Mãe, eu amo você também E eu sinto muito, mãe E eu sinto muito, mãe Que a gente ficou meio distante Que a gente ficou meio distante Mas foi você que me ensinou isso Mas foi você que me ensinou isso E dói um pouquinho E dói um pouquinho também Porque eu queria um pouco mais desse amor Mas é difícil pra senhora, mãe Então eu paro de esperar isso E vou fazer o que eu tenho que fazer Eu sinto muito, mãe Você vai ficar sozinho Sem mim Eu disse em mim A mamãe ouviu direitinho? Sim Como ela se sentiu sabendo que vai ficar sozinha? Conformada É?
Faz parte Ótimo, pergunta pra ela A senhora aceita que eu vá embora, mãe? A senhora aceita que eu vá embora, mãe? O que ela te fala? Dizem?
Sim, siga o caminho Ótimo Olha pro Rafael adulto ali e pergunta se você pode ficar com ele Eu posso ficar com você? O que ele faz? Pode Ótimo Então lentamente vai soltando a mão Aí você olha pra mamãe e diz, eu sinto muito mãe. Eu sinto muito mãe. Não posso mais esperar pela senhora.
Não posso mais esperar pela senhora. Isso, e dizem, agora você vai com calma ali pro Rafael adulto. Chega pro Rafael adulto. disso.
E você também. E você também. Tem que parar agora.
Tem que parar agora. De esperar algo dela. De esperar algo dela. Isso é besteira.
Isso é besteira. Você é um cara forte. Você é um cara forte. Você é inteligente. Você é inteligente.
Você é bonito. Você é bonito. Você tem tanta coisa boa.
Você tem tanta coisa boa. E está aí se comportando como uma criança. E está aí se comportando como uma criança. Esperando algo dela.
Esperando algo dela. Mas ela não tem isso. Mas ela não tem isso. Deixe de ser boa. Deixe de ser boa.
E vá viver tua vida. E vá viver a sua vida. Ela não vai dar o que você quer. Ela não vai dar o que você quer. Eu amo você.
Eu amo você. E dizem, você vai agora, bem devagar, quando eu tocar a sua testa, você vai perceber, dizem que você relaxa, porque você vai entrar no coração do Yudi adulto. E quando você entrar no coração do Yudi adulto, eu falo só com o Rafael adulto, mais tranquilo ainda. Bom, sinto o Yudizinho no seu coração, a mãe da lei.
Eu quero que você olhe para a mamãe agora, Rafael. Está olhando para ela. Diz, eu sinto muito, mãe. Eu sinto muito, mãe. A vida poderia ser tão melhor.
A vida poderia ser tão melhor. Poderia ter sido tão mais divertida, mãe. Poderia ter sido tão mais divertida, mãe. E agora eu vejo... E agora eu vejo...
Que eu fiquei até agora. Que eu fiquei até agora. Me segurando. Me segurando. Esperando algo.
Esperando algo. Por amor. Por amor. Por amor esperando.
Por amor esperando. É como se eu não me permitisse. É como se eu não me permitisse. permitir. Sentir algo.
Sentir algo. Diferente. Diferente.
Do que a senhora deu. Do que a senhora deu. Isso não é justo comigo, mãe. Isso não é justo comigo, mãe.
Eu vou seguir em frente agora. Eu vou seguir em frente agora. E eu deixo a senhora ir embora. E eu deixo a senhora ir embora. Eu também vou embora.
Eu também vou embora, mãe. Eu quero que você agora, Afalado, dê um abraço de despedida na mamãe. Abraça ela.
Abraça essa senhora. E nesse abraço, Rafael, imagina e até se for possível procure até mesmo imaginar a sensação de toda a dor, peso e anestesia dessa senhora que é a sua mãe. Eu quero que você faça uma pequena brincadeira comigo aqui. Não olha pra ela como a mamãe. Olha só como uma mulher comum.
Com os erros e acertos e que por alguma razão, Rafael, sofre e sofreu. Então, eu quero que você só fique abraçado, não com a mamãe, mas com esta mulher que sofre e sofreu. E você vai perceber que muito da dor dos dois é e era igual, por essa necessidade de vínculo. Fica um pouquinho com ela, você vai perceber o quanto vocês dois vão relaxar.
Então, aqui todo o processo de triangulação. Eu normalmente gosto de pedir ajuda para crianças. A criança vai representar... não existe a criança, tá?
Por favor. Não saem por aí dizendo que a gente faz terapia com a criança interna. Isso é mito, isso é metáfora.
Eu poderia falar com um cachorro se eu quisesse aqui. Eu quero falar com um cachorrinho que lhe dê tinho. Dá na mesma.
É só uma semiótica. Uma semiótica não é um símbolo. Uma semiótica é um conjunto de símbolos e representações. Por exemplo, o desenho da cruz é um símbolo, mas a semiótica da cruz envolve o símbolo, envolve quem fala, quem ouve, o contexto. Vocês entenderam isso?
Semiótica, quando eu explico que a Terra trabalha com a semiótica, não é trabalhando com a simbologia, é trabalhando com o conjunto de valores e símbolos e contextos. É algo muito maior. então aqui eu trago a semiótica Dou e o dizem, a semiótica do Rafaelzinho.
Uma criança que está aprendendo a ser amado, aprendendo o que é amor, aprendendo o que é vida. E é legal a gente usar essa ideia da semiótica com uma criança, porque ela é anterior ao sofrimento do adulto. Isso ajuda o próprio adulto a ver-se de um jeito sem a própria dor. Quando ele se vê sem a própria dor, ele consegue lembrar, perceber ou pensar que, poxa, é possível viver sem aquele risco.
Então fica fácil lidar com estratégias, fica fácil lidar com a reintegração. O que é a reintegração? É, por exemplo, a criança olhar para a mãe e dizer agora eu estou vendo, agora eu paro, agora eu vou em frente, agora a senhora vai em frente, agora eu... adulto vai em frente, agora eu consigo fazer o que tem que ser feito.
E é daí que vem a reintegração, porque a pessoa se sente cisalhada, ela se sente rasgada, ela se sente desintegrada. uma parte vai para lá, outra vai para cá. Porque a dor, a ideia da reintegração, vem depois da reeducação, como um processo de olhar e unir as duas partes sem que haja conflito. Vocês entenderam isso?
E aí a gente pode até observar pela estrutura fisiológica da pessoa como as coisas já estão diferentes do começo. Como? Pela respiração, pelos batimentos, pela pulsação, pela própria expressão facial da pessoa.
vai mudando o corpo vai ficando mais solto, os movimentos mais lentos e por que? porque acaba todo mundo sabe a dor a conflito a gente ficando agoniado angustiado, a gente quer se mexer quando a gente está em paz, a gente só fica. Porque não há dor.
Isso é o que eu passei em algum slide para vocês, daquele macaco. A dor faz o macaco se mexer. A dor faz a gente se mexer.
Sem dor, a gente repousa. Sem dor, a gente não fica angustiado. Sem dor, a gente não fica querendo alguma coisa. Vocês entenderam?
A própria ansiedade será um nome social a uma necessidade que a pessoa pessoa encontra de não sofrer. Mas todo mundo olha ansiedade como uma coisa ruim. Vamos tirar a ansiedade.
Mas a ansiedade é o único jeito que a pessoa encontrou para não sofrer. Tem outra coisa aqui dentro pela qual ela está correndo, desesperada. Não. O importante é tirar o que a pessoa está trazendo. Reclame.
A reclamação, tira e está tudo bem. Não, não concordo com isso. Tem alguma coisa mais profunda aqui. Fica abraçado com a mamãe.
E o tipo, agora eu quero que você faça o seguinte para mim. Lentamente, você vai soltar a mamãe. Lentamente vai soltando a mamãe. E você vai imaginar, Yudi, que toda aquela dor, todo aquele peso, toda aquela necessidade que estava aqui dentro de não sentir, de sofrer, de ter um peso, eu quero que você imagine que toda aquela dor que estava ali... Imagine que você coloca numa sacola, numa caixa, num envelope, não importa.
Imagina que você enche alguma coisa com tudo aquilo que para você representa a ligação com a mamãe. Você entendeu? Faz isso quando ela encher, quando estiver pronta, me avisa.
Agora, Yudi, devolve. Para a mamãe, entrega na mão dela. Conseguiu fazer? Como tu se sente sinceramente, Yudi, entregando para a mamãe aquilo?
É... Como a mamãe se sentiu recebendo isso, Yudi? Sorrindo.
Ela está sorrindo, Yudi? Como é o sorriso dela, bonito? Sim.
Diga, a partir de agora, mãe A partir de agora, mãe Eu me permito crescer Eu me permito ir em frente, mãe Eu me permito ir embora Eu me permito ir embora Saindo desta vida cinza Saindo dessa vida cinza Dessa vida morna E eu sinto muito Se eu não posso ficar Porque eu cansei de ser um bom filho Agora eu quero ser bom pra mim Por favor me permita Pergunte se ela te der essa permissão É boa a sensação Agora, Eud, eu quero que você imagine que a mamãe está aqui atrás de você, aqui em pé, atrás das suas costas. Consegue imaginá-la aqui? Imagina que ela está com a sua mão aqui. Eu também quero que você imagine que ao lado da mamãe está o papai. Consegue imaginar o papai ali?
Imagina os dois assim, quase como se estivessem te apoiando, quase que te empurrando. Consegue imaginar assim? Olha pra mamãe, como o teu coração se sente olhando pra mamãe aqui atrás.
Tranquilo. Ótimo. Olha pro papai. Como o coração se sente olhando pro papai? Tranquilo.
É boa a sensação? Olha pro papai. Pai, eu assumo a minha vida. Pai, eu assumo a minha vida. Eu sinto muito.
Eu sinto muito. Eu não quero mais ser um menininho. Eu não quero mais ser um menininho. Eu quero ir em frente.
Eu quero ir em frente Embora Para a minha vida Para ser o homem que eu mereço O homem completo Forte Inteligente Bem sucedido Feliz Por favor papai Me permita ir em frente Ele se sente bem com isso, ele sente calma, tranquilo. Olha pra mamãe e diz, mãe, eu quero ir em frente também. Mãe, eu quero ir em frente também. E eu sinto muito. E eu sinto muito.
Não serei mais o seu neném. Não serei mais o seu neném. O seu menino. O seu menino. Eu vou pra frente.
Eu vou pra frente. Pra longe, mano. Pra longe, mano.
É bom falar isso pros dois? Sim. Agora imagina aqui na tua frente um caminho. Um caminho lindo. Um caminho que leva lá pra frente, pro destino, pra vida, pro sucesso.
Eu quero que ali na frente você imagine um iude forte, feliz, um iude rindo, alegre, sentindo a vida em cada dedo da mão. Um iude que sente prazer ao ver uma flor na estrada, na beira da rua. Porque você imagine um yudi que é capaz de saborear o próprio vento e que acha divertido viver pela simples possibilidade de viver.
Consegue imaginar um Yogi assim? Vai lá nele. O papai e a mamãe vão ficando para trás, deixa eles lá atrás.
Vai lá para frente, para a vida, para o destino. E pega aquele Yogi e abraça ele. Dá um abraço forte, aperta ele. Pode apertar com força, que ele é forte o suficiente para receber esse abraço. Eu sinto muito estar tão distante ainda Mas eu já sinto você E a cada dia Eu me permito sentir você A cada dia A cada dia eu acolho você.
A cada dia eu me permito ser melhor. E aproveitar mais a vida. Aproveitar cada segundo. sorriso, cada sorriso, porque eu me permito, porque eu me permito, eu me aceito e eu me aceito, e eu assumo a minha vida e eu assumo a minha vida, com amor com amor, isso, e é bom estar com ele ali isso, respira, fica com ele, abraça ele imagina que você está vendo a vida desse cara ali, imagina tudo que ele construiu ou está construindo então fica com ele um pouquinho você vai perceber que enquanto conversa com seus colegas, você fica mais leve relaxado e feliz com esse UD 2.0 Obrigado. Perceberam até a respiração mudando quando ele entrega o peso para a mãe?
A sensação de pulo não esperava isso. Essa é a ideia da fidelização que eu ensinei ontem. O quanto, por amor e de novo amor, não é aquela coisa passional, a cor rosa, a frequência do amor.
Aquilo é besteira. O amor é a pura necessidade instintiva de seguir o bando. A pura necessidade e incentivo de seguir o plano, sem perceber o que está acontecendo. Primeiro, se for criança, ela nem sequer tem cérebro ainda para perceber isso.
Não tem maturidade neurológica. Quando percebe, já está tão embutido dentro, já está tão preso dentro, que não consegue ver outra coisa. A própria ação que faz é para perpetuar aquilo que já existe. Então, a própria pessoa toma decisões que a fazem estar naquela dor. E essa ideia de ver os pais atrás é uma conferência.
Entenderam essa ideia? Eu gosto sempre de fazer reconferências. Qual era a minha ideia?
Como era olhar a mãe ali, como era olhar o pai ali? Aí se aparece alguma coisa, bota e faz tudo de novo. A ideia é que ao final da terapia já não haja mais uma coisa fisgando ali. Lembrando, não é o pai e a mãe de verdade. É a forma, é a expressão da semiótica associada a papai e mamãe.
Faz isso. E aí eu gosto de olhar para o futuro. Por quê? Ah, porque...
eu vou abrir o subconsciente? Não. Ah, é porque eu vou reprogramar a mente? Não. Porque eu vou condicionar a mente?
Não. É simplesmente para eu saber se a pessoa consegue se permitir olhar para si melhor do que até então estava. Eu poderia aqui utilizar a metáfora de um espelho, eu poderia utilizar a metáfora de uma porta, de uma flor, sei lá.
Tu pode inventar do nada, na hora, se tu quiser. A ideia é como é se sentir olhando para você melhor. Você consegue se permitir olhar para você melhor do que estava hoje. Se a pessoa sente que está tudo certo, que está bem, que está leve, maravilha, a terapia foi bem feita.
Se ela, ai, é tão estranho, acho que volta e tem alguma coisa ainda travada lá dentro. Isso pode acontecer. Porque às vezes é tanta informação para a pessoa e para o terapeuta que os dois não veem o que ainda faltou. É uma sugerente que ficou presa para trás.
É igual mala de viagem, gente. Às vezes sempre esquece uma roupinha no canto do hotel porque a gente acha que está tudo na mala. Por isso tem que sempre voltar e conferir de novo.
Ok? É bom estar olhando aí para esse Rio de novo, viu? Perfeito.
Você pode ficar com o braço assim ao soltar, mas daqui a pouco eu vou contar de um até três. E no número três você estará aqui fora comigo, de olhos abertos, sentindo-se leve, sentindo-se forte, sentindo-se competente, potente, capaz, sabendo que tem que... tem muita coisa linda, muita coisa boa para fazer, para conquistar, para sentir nessa vida.
Quando você abrir os olhos daqui a pouco, vai sentir, vai perceber, vai saber que é possível ter uma vida muito melhor. muito melhor do que você estava tendo até hoje. E o mais importante é que agora você sabe que antes se motivava para permanecer naquele estado apático, anestesiado.
Agora, a partir de agora, você vai perceber que é possível ter uma vida mais colorida, mais repleta de amor, de prazer, de felicidade, uma vida que ajuda você a se sentir vivo. E o mais legal é que não vai precisar de muita coisa para isso. Um copo d'água, escovar os dentes, ir no banheiro, dar um bom dia para um desconhecido na rua.
A vida não está no sucesso, a vida está na própria vida. Quando você abrir os olhos de manhã cedo na cama, a primeira coisa que você vai pensar é que você está vivo. Você vai reconhecer a vida. E durante o dia vai reconhecer a vida em cada detalhe, a pulsação da vida, da natureza, a pulsação da felicidade em cada respiração.
em cada batimento cardíaco. E ao final do dia, quando se deitar na cama para dormir, você vai perceber que a vida é boa e que pode ter sonhos incríveis, sonhos lindos, sonhos que te ajudam a perceber-se vivo. até a maneira como lida com sua mãe, com seu pai, também vai mudar.
Porque você vai percebendo que eles são apenas dois, são dois seres, duas pessoas, que se adaptaram à vida de um jeito. Enquanto que você agora passa... passa a ver a vida e se adapta de outro jeito, de outra maneira.
E essa é a parte boa. A cada dia que passa, existe uma nova descoberta, uma nova sensação, uma nova vida, dia após dia. Um, respirar longa e profundamente, sabendo que tem um novo caminho para ser descoberto por você a partir de agora.
Dois, um caminho que vai ajudar você a se expandir em todos os aspectos da sua vida pessoal, financeiramente, vários aspectos melhorando dia após dia, porque você agora se conecta com a própria vida. Três. Lentamente vai voltando com calma, abrindo seus olhos, respirando profundamente, sentindo-se cada dia melhor.
Muito bom. Parabéns, Rafael. Excelente prática.
Fica aí respirando um pouquinho. Uma salva de palmas para o Rafael. Muito bom, Rafael.
Gostou da experiência? Eu vou. E aí?
Achava que tinha tanta coisa assim desse jeito? Pensava, né? Você reflete, que nem você fala, racionalmente, você fica pensando, mas...
Você fica catando coisa, né? É, mas não bem, tipo... Perfeito.
E a experiência foi boa pra você aí? Foi, tranquilo, relaxante. Conseguiu...