Transcript for:
Meteorologia Aeronáutica: Massas de Ar e Frentes

Fala aí galera, beleza? Aviadores e aeronautas pra vocês aí. E hoje a gente está começando a aula número 15 do curso de Meteorologia Aeronáutica dentro desta janela de piloto privado de avião. E nesta aula nós vamos falar aí de um tema muito importante aí pra meteorologia aeronáutica, tá? Que são as frentes e as massas de ar.

Nós vamos ver que massa de ar é uma coisa e frente é outra, mas a frente depende de existir também... uma massa de ar. Vou começar para vocês a aula aqui, primeiramente então, dando a definição do que é massa de ar.

O ar em repouso sobre a superfície adquire as mesmas características da superfície. Então você tem lá um local que está um pouco frio ou um pouco quente, e aí você tem aquele ar estabilizado. Conforme o ar vai passando, ele...

começa a repousar naquela superfície em um estado de equilíbrio e adquirir as características de umidade, temperatura e pressão daquela superfície. E com isso se originam as massas de ar. As massas de ar são muito ligadas a quais fatores? Esses que eu já comentei, temperatura, umidade e o que é muito legal das massas de ar? Elas são extremamente homogêneas, existe uma grande homogeneidade na distribuição da massa de ar.

Então você tem aquela camada... grande da massa de ar muito extensa na atmosfera e as características são muito semelhantes de temperatura pressão e umidade tá então por isso que a gente fala que existe uma homogeneidade na distribuição das massas de ar seja uma massa de ar frio seja uma massa de ar quente E pra iniciar aqui o tema das massas de ar, a gente vai começar a falar um pouco de nomenclatura das massas de ar. Por que tem uma nomenclatura? Porque elas são classificadas, tá?

Então, a primeira classificação das massas de ar que nós vamos ver é quanto à natureza... da superfície o que significa isso natureza da superfície é onde essas massas de ar se originam então nós vamos ter aqui as massas de ar marítimas tá que a primeira letra na nomenclatura vai ser esse minúsculo No final, mais para o final da aula, vocês vão entender o que é cada letra dessa. E por que marítima? Porque elas se formam sobre os oceanos.

E se forma sobre os oceanos, necessariamente tem que ser mais úmidas, porque também trazem as características da superfície. E a característica do oceano é a umidade, afinal ali é tudo água. Então, nós temos aqui, por exemplo, uma massa de ar marítima tropical.

Uma massa de ar aqui, marítima equatorial. Aqui, uma marítima polar. Essa questão de equatorial...

tropical e polar, nós vamos ver aí nos próximos slides. Mas para vocês entenderem que essa massa se origina no mar. E temos também as massas de ar continentais, que na nomenclatura internacional vai ser a letra C minúscula aqui, e se as marítimas se formam sobre o mar, então as continentais, eu não preciso nem falar, elas vão se formar sobre os continentes, e se se formam sobre os continentes, é um local que você tem menos umidade na superfície, e com isso vão ser massas de ar mais cedo.

mais secas tá é questão de anac importante saber massas de ar marítimas são mais úmidas e as continentais vão ser mais secas por adquirir as características daquela superfície Agora, classificação das massas de ar quanto à região de origem em termos de latitude. As massas de ar podem ser classificadas como polares também, equatoriais. tropicais, árticas e antárticas.

Nós vemos aqui, por exemplo, que nós temos uma massa de ar marítima polar aqui e marítima polar aqui. Por quê? Porque ela está próxima aos polos, tá?

Não é marítima polar do norte ou marítima polar do sur. é marítima polar. Aqui, por exemplo, é uma massa de ar continental polar.

Aqui também é uma marítima polar. Aqui, por exemplo, já é uma marítima tropical. Por quê? Porque já são massas de ar que são formadas mais próximas às regiões dos trópicos, seja de Câncer ou de Capricórnio. Aqui temos a massa de ar marítima equatorial, que é formada próximo à linha do Equador, principalmente nas zonas do mar. e também nós temos aqui as massas de ar continental antártica.

No círculo polar ártico é apenas a letra A, e no círculo polar antártico, na Antártica, nós temos aqui o AA. Então aqui nós temos uma massa de ar continental antártica, e aqui nós temos uma continental ártica. Então quanto às regiões de origem em termos de latitude do planeta, também existe essa classificação.

das massas de ar. Agora, uma classificação quanto à temperatura. Uma massa de ar, ao se deslocar de uma região para outra, ela vai carregar consigo as características físicas daquela região.

Isso é a definição de massa de ar. O ar em repouso adquire as características daquela superfície, seja fria, seja quente, seja úmida, seja seca, e vai carregando. Pressão um pouco menos, tá? Também tem a pressão, mas as principais características na massa de ar é a temperatura e a umidade.

E aí? Essas diferenças entre as características do local e da massa de ar, vai classificar a massa de ar como fria ou quente. Então nós temos aqui, por exemplo, uma massa de ar fria.

Uma massa de ar, ela adquire as características de um local e começa a se movimentar na atmosfera. Quando ela vai se deslocar, ela adquiriu as características de uma superfície e ela começa a se deslocar no globo. Ao atingir uma região mais quente, se for uma massa de ar mais fria, ela vai trazer o frio.

Então ela é considerada a massa de ar fria e traz o frio quando se desloca sobre uma área mais quente. E nós temos também a massa de ar quente, que ela estava lá estável numa região da superfície, adquiriu as características daquela região, que era uma superfície quente e normalmente mais seca. Com isso, ela começou a se movimentar e atingiu uma região mais fria.

Ao atingir uma região mais fria, ela trouxe consigo as características da superfície que ela estava. Então, ela trouxe o calor ao se deslocar sobre uma área mais fria. Então, uma... Uma massa de ar quente traz o calor e uma massa de ar fria traz o frio.

Agora a nomenclatura das massas de ar. Nós temos um K minúsculo aqui, que é de caute. Eu não sei nem se é dessa forma que se pronuncia essa palavra.

Eu sei que é um termo de origem alemão e significa frio. E a massa de ar quente, na nomenclatura de classificação quanto à temperatura, a letra dela aqui é o W minúsculo, que significa warm. O warm eu não sei se se pronuncia também.

como no inglês, warm, de aquecimento, esquentar, quente, mas também é uma palavra de origem alemã. Então, couch e warm são duas palavras que vão classificar a massa de ar quanto à temperatura. Na maioria das vezes, aqui por exemplo, nesses desenhos que eu coloquei, vocês estão vendo que a gente só tem aqui marítima tropical, que é marítima formada próximo ao trópico. Continental polar é formada no continente próximo ao polo.

Continental ártica. Ou seja, é formada no continente ático. Mas não tem se é fria ou se é quente.

Por quê? Porque tudo isso vai depender das características daquela região que ela foi formada. Só que na nomenclatura internacional, que é o que a gente vai ver agora, as massas de ar são indicadas pela união das letras citadas anteriormente.

Então, por exemplo, aqui nós temos um monte de massas de ar. Só que eu não consigo saber se é fria ou quente por esse desenho. Mas quando a questão da...

que te der lá, por exemplo, uma massa de ar MPK, por exemplo, o que significa? Uma MEW, o que significa? Você vai ter que saber. Então, por exemplo, nós temos aqui uma massa de ar marítima e polar, marítima polar e K de caute, ou seja, é uma massa de ar marítima polar fria.

Aqui, por exemplo, na nomenclatura, nós temos uma segunda massa de ar, que é marítima, tropical e warm, de quente. Aqui, por exemplo, exemplo nós temos uma massa de ar continental ártica quente aqui ó nós temos uma massa de ar continental antártica fria ser a quanto a região de latitude que se forma e aqui quanto a temperatura e aqui o último exemplo por exemplo seria o último exemplo por exemplo ficou legal né o seria uma massa de ar marítima equatorial e quente então assim que vocês baterem o olho nessas três letras vocês têm Tem que saber se é uma massa de ar, ela é úmida ou ela é seca, a região de origem de latitude que ela se formou, e se naquela superfície que ela se formou, ela se formou de maneira quente ou de maneira fria. Essa é a união das letras que vai representar isso aí nos termos das massas de ar para vocês. Agora nós vamos falar aí, primeiramente, das características de uma massa de ar fria.

Lembrando que massa de ar e frentes são coisas diferentes. Eu coloquei aqui neste slide, vocês vão ver a foto de uma frente fria. em termos representativos.

Para você ter uma frente fria, você precisa de uma massa de ar fria. Isso é óbvio. Mas frente e massas de ar são coisas diferentes. Massa de ar, ela adquire as características das massas de ar. Então, uma massa de ar fria estava em uma superfície que era fria.

E aí ela começou a se deslocar sobre uma superfície mais quente, que é essa representação aqui. Nós tínhamos uma massa de ar fria em direção a uma superfície quente. Quando a massa de ar vai se deslocar sobre uma superfície quente, ela vai aquecer, porque a transferência de calor ocorre do método mais quente, do meio, na verdade, mais quente, para o meio mais frio.

Se o ar esquenta... Ele vai perder densidade e vai tender a subir. Quando ele tende a subir mais, nós vimos lá na aula de processo adiabático, que quanto mais o ar tende a subir, mais instável ele é e quanto mais ele...

ele tende a descer, mais estável ele é. Quanto mais ele sobe, mais ele vai perdendo densidade, ele vai ficando mais instável, a ponto que o gradiente térmico fica maior do que a razão adiabática do local. Normalmente vai ter uma composição da razão adiabática de 0,6 a 1, mas pode ser maior que 1, que é muito instável já, tanto para a razão adiabática seca quanto úmida.

Então isso vai influenciar também nas características da massa de ar. E o que O que vai ser formado no deslocamento de uma massa de ar fria sobre uma superfície quente? Nuvens cumuliformes.

Falou de nuvens cumuliformes, é instável. Falou de nuvens cumuliformes, é instável. E características das formações de nuvens cumuliformes. Precipitação em carácter de pancada. Curtos intervalos de tempo, porém com alta intensidade, principalmente chuva.

Obrigado. Porém, ao mesmo tempo que você tem essa questão aí de nuvens com uniformes de instabilidade, precipitação em caráter de pancadas, nós temos boa visibilidade e turbulência, né? Então, parece um contrassenso.

Ah, eu tenho boa visibilidade, mas tenho turbulência? Sim, no deslocamento da massa de ar frio sob regiões mais quentes, nós vamos ter aí boa visibilidade, mas turbulência. E a gente vai ver que isso daqui, em relação à massa de ar quente, é tudo ao contrário, né?

Temos aqui, então, por exemplo... exemplo o mesmo desenho que eu coloquei lá na inclusive eu achei no site muito bom de de explicação de metodologia aeronáutica acabei não colocar na fonte aqui mas depois eu coloco até no vídeo porque muito bem feito o material deles mesmo é ter que dar os créditos do pessoal aí nós temos aqui então por exemplo uma massa de ar quente que veio de uma superfície quente deslocando sobre uma superfície fria tá isso é a definição de massa de ar quente Então ela desloca-se sobre uma superfície mais fria. Se ela está se deslocando sobre uma superfície mais fria, antes a massa de ar fria deslocava sobre a superfície mais quente e a superfície aquecia a massa. Agora a massa se desloca sobre uma superfície mais fria. Então existe um processo físico de transferência de calor da massa de ar para a superfície.

E com isso a massa de ar vai esfriar, porque ela está transferindo calor para a superfície. Se ela esfria, a densidade do ar... Se a densidade do ar aumenta, o ar fica mais pesado e ele vai querer descer para uma região mais próxima à superfície.

Ar estável, o gradiente térmico é menor do que a razão adiabática do local. Então, isso que vai configurar a estabilidade. A questão de instabilidade e estabilidade atmosférica é configurada pela comparação entre o gradiente térmico e a razão adiabática da atmosfera local. E com isso...

Lembra que eu falei para vocês que é tudo ao contrário em relação à massa de ar frio? Na massa de ar crente não se formam nuvens cumuliformes. Em locais estáveis, em atmosferas estáveis, formam-se nuvens estratiformes. São as nuvens estratos na sua maioria, limboestratos, altoestratos, sinustratos, enfim, que vão se formar. Ao contrário da massa de ar fria que nós temos...

uma precipitação em caráter de pancada, aqui na massa de ar quente, quando se desloca sobre uma superfície fria, nós temos uma precipitação leve e contínua. Então fica aquela garoinha fina, aquela chuva bem fraquinha o dia inteiro, por longos períodos de tempo. E aí, com isso eu não preciso nem falar se você tem aquela garoa fina lá, um dos hidrometeoros que nós vimos aí, que tem a capacidade, o chuvisco, de mais restringir a visibilidade. Então...

uma massa de ar quente se deslocando sobre uma superfície fria, vai trazer consigo sim também uma péssima visibilidade. Porém, nós temos uma péssima visibilidade, mas não existe grande intensidade. de turbulência, não vai existir a turbulência aí no deslocamento das massas de ar quente sob as superfícies frias.

Então, em termos de massas de ar, a gente conclui aqui. E agora nós vamos para a segunda parte da nossa aula. Vamos falar das frentes, tá?

A parte frontal de uma massa de ar fluindo em direção da outra massa é denominada frente. Então aqui nós temos uma massa de ar fluindo para cá, né? E aqui, ó, é isso daqui que é denominado de frente. Assim como tem uma massa de ar quente fluindo...

incluindo para cá, que isso daqui vai ser determinado à frente. E as frentes, elas têm a capacidade de causar alguns fenômenos meteorológicos na atmosfera local. Conforme vocês forem voar, começar a fazer as aulas práticas de voo, normalmente vocês vão olhar a meteorologia. E principalmente quem está mais próximo à região sul aqui do Brasil, sudeste, na verdade isso serve para qualquer região.

Toda vez que você vai... que é menos comum as frentes frias atingirem lá o nordeste, o norte do país por uma questão de latitude mesmo e até da convergência das frentes de onde elas se originam até pra onde elas vão mas toda vez que vem uma frente fria por exemplo, depois que a frente fria passa, ela arrasta um monte de lixo meteorológico, na teoria em termos genéricos e aí fica muito poluído o ambiente, fica com caráter de pancada de chuva a vários dias dias, meteorologia ruim, céu fechado, e aí não fica muito seguro pra voar visual, né? Voo por instrumento é diferente, é uma tecnologia difundida melhor, mas voo visual por exemplo, pra quem vai fazer PP, muitas vezes quando tá chegando uma frente fria e o cara marcou o voo, ele já começa a ficar preocupado, porque depois que a frente passar, ele sabe que ele não vai conseguir voar. Mas, dando continuidade aqui, elas causam alguns fenômenos meteorológicos na atmosfera local, tá? E as frentes, elas têm algumas nomenclaturas de frente também, que...

que eu vou definir aqui para vocês. Primeira frente, frente fria. A segunda, frente quente. Temos também frente estacionária, frente oclusa, também conhecida como ciclone extratropical.

A gente vai ver isso daí. Frontólise e frontogênese. A gente vai ver caso por caso o que é cada um. São bastante nomes, né? Então o ideal é a gente tentar associar sempre cada um desses nomes a alguma coisa, porque para lembrar tudo, quando viu a primeira vez tudo, não...

Não fica muito simples, mas depois com o tempo vai se adaptando, fazendo simulado exercício para banco e isso aí fica na ponta da língua. Então a primeira frente que eu vou falar para vocês é sobre a frente fria. Agora sim o desenho está correto e aplicável ao slide.

A frente fria é quando uma massa de ar frio desloca uma massa de ar quente, ocupando seu lugar. Uma coisa é uma massa de ar passar em uma superfície mais quente, isso é massa de ar. Agora quando você tem uma massa de ar fria... E ela começa a ocupar o espaço da massa de ar quente aqui, que vocês estão vendo. Certo?

Isso é uma frente. E essa é a diferença de frente para a massa de ar. A massa de ar, ela só se desloca sobre uma superfície. A frente não. A massa de ar que está vindo de outra superfície, ela empurra o ar daquela superfície.

E toma o lugar dele. Então essa é a diferença da frente e da massa de ar. A frente fria, ela é a frente mais densa.

densa violenta rápida e instável é perfeita essa definição ela é muito densa ela é violenta quando ela vem ela vem com forte intensidade porém ela passa rápido né passa muito rápido e a questão da estabilidade por trazer uma massa de ar fria que você tem a questão do gradiente térmico lá maior que a razão adiabática do local então você vai trazer instabilidade também o que acontece com essa definição tá no local que a massa de ar está chegando por exemplo temos aqui uma massa de ar frio tomando o local de uma massa de ar quente. Então, nesse local aqui que vai ser tomado, antes de passar esta frente aqui, a frente é bem essa divisão mesmo que vocês estão vendo aqui, a pressão começa a cair. Depois que a frente tomou o lugar aqui do ar mais quente, aí a pressão vai aumentar.

É isso que acontece no local, numa passagem da massa de ar fria. Da massa de ar não, da frente fria. E... E com a temperatura?

A temperatura aqui, a frente está correndo neste sentido da flecha. Então a temperatura aqui, por exemplo, antes da frente passar, ela vai aumentar um pouco. E depois que a frente passou, por exemplo, vamos supor que a frente veio avançando e ela chegou aqui. Aí neste ponto aqui, vamos supor que a frente já passou e o ponto pós-frente, que está após a frente, Após a frente, você vai ter uma queda brusca de temperatura. Então quando uma frente está chegando, o que você sente?

Que a temperatura aumenta e logo depois vem aquele frio de arrebentar. Isso aí vai ser uma característica boa para determinar que chegou. uma frente fria. Formação de nevoeiros na frente fria. Sempre após a passagem da frente, tá bom?

Passou a frente, vem aquele nevoeiro lá, que deixa tudo... Mais complicado, não é um nevoeiro tão ruim de intensidade, mas existe um nevoeiro. E o nevoeiro na frente fria, ele é associado ao pós-frente.

E agora a formação de nuvens, tá? Toda vez que está chegando uma frente fria... ou seja, uma massa de ar frio que vai deslocar a massa de ar quente do local, você tem a formação de nuvens exatamente nessa ordem.

Cirros, cirrocúmulos, autocúmulos, cúmulos e por final o cúmulo nimbus, que vai ser a nuvem de trovoada. Nós vamos ver isso aí na aula 16, parte 3. E é a nuvem que vai originar as pancadas de chuva, os ventos rápidos de alta intensidade, né? Tudo isso. Pessoal, importante, nuvens do tipo cirrus, elas vão aparecer na vanguarda da formação de uma frente fria e de uma frente quente, tá bom?

A gente vai ver a frente quente já já, mas nuvens cirrus aparecem na vanguarda de qualquer frente, seja fria ou seja quente. Questão de anac, questão de... para vocês guardarem aí também.

Outra coisa que eu queria comentar aqui também, ela é rápida, violenta e instável, né? Então se forma cúmulo nimbus, vai ser rápida e vai ser violenta mesmo, né? Cúmulo nimbus no ar, piloto no bar. O piloto nunca vai estar voando com o CB no ar, é até uma brincadeira que o pessoal faz, mas é para a gente lembrar que essa nuvem cúmulo nimbus aí, ela é extremamente perigosa para a aviação. Agora ainda sobre a frente fria.

Vamos falar agora do deslocamento da frente fria. Antes disso, tá? Nomenclatura internacional da frente fria.

Uma linha reta, né? Uma linha, na verdade, não reta. Uma linha contínua.

com este triângulo azul aqui apontando na direção de onde avança essa frente. Na frente desta linha aqui com esses triângulos temos o pré-frente, na linha a frente e depois o pós-frente. Então essa daqui vai ser a simbologia internacional das frentes frias.

O certo é isso aí ser azul, mas na carta CWX que nós vemos lá no site do RedMatch, que é o portal meteorológico da aeronáutica, a gente vai ver sempre em preto. Mas se for uma linha contínua com os triângulos pretos, a gente sabe também que é uma frente fria. Eu vou ver isso e mostrar para vocês mais no final da aula. Agora o deslocamento da frente fria. Nós temos aqui o norte, nós temos aqui o sul.

o Sul. Aqui nós temos o Oeste e aqui nós temos o Leste. A frente fria no Hemisfério Sul, ela se desloca, então, do Oeste Sul, ou seja, Sudoeste para o Nordeste, tá?

No Hemisfério Sul. Já no Hemisfério Norte é ao contrário, é do Noroeste para o... o sudeste tá eu não coloquei aqui o desenho de hemisfério norte mas conforme vocês forem pegando prática principalmente quando começarem a voar vocês vão ver que na região lá do uruguai rio grande do sul ali a patagônia Argentina, é de onde começam a vir as frentes e elas vêm avançando até entrar lá dentro do oceano, às vezes atingindo as regiões mais ao nordeste do país, às vezes não atingindo, já entrando para o oceano e se dissipando. Agora, o que acontece com os ventos durante a passagem de uma frente fria?

No hemisfério sul, ou seja, quando uma frente fria vem avançando no hemisfério sul, pré-frontal, ou seja, na região aqui, antes da passagem da frente, a frente está avançando. Antes da frente passar, os ventos vão ser provenientes de noroeste. Lembrando que se o vento é de noroeste, é de onde o vento está vindo, e não para onde o vento está indo.

Exatamente. na frente aqui ó na passagem da frente onde nós temos essa linha contínua com os triângulos em azul os ventos são provenientes de oeste ou seja eles vêm nessa direção para cá de oeste para leste o e após a passagem da frente os leitos vão ser provenientes aí de sudoeste se é de sudoeste ele vai de sudoeste para o nordeste tá esse é o sentido aí dos leitos no hemisfério sul e no hemisfério norte e Isso só vai se inverter, tá? No hemisfério norte, antes de uma frente passar, os ventos vão ser provenientes de sudoeste na passagem da frente, exatamente em cima...

Quando a passagem de uma frente, só que lá no hemisfério norte, o planeta dividido no hemisfério sul e no hemisfério norte, os ventos aí vão ser provenientes de oeste em cima da frente. E após a frente, os ventos vão vir de noroeste. Se eles vêm de noroeste, eles vão de noroeste para sudeste.

Vêm de noroeste e vão para sudeste. Agora vamos falar aí de uma frente quente, agora sim também esse desenho corretamente aplicável ao slide. Quando nós temos uma massa de ar quente que vai deslocar uma massa de ar frio do local, ocupando seu lugar, nós temos a definição de frente quente, né?

Essa frente aqui que se tomba sobre a massa de ar frio é uma frente quente. A frente quente, ela é menos densa. Se é menos densa, é porque tem mais estabilidade.

Ela é mais sutil também, a sua passagem vai passar com mais tranquilidade na atmosfera. Porém, ela demora mais para passar e tem estabilidade, como eu já falei para vocês. A pressão, ela varia pouco, embora ela tenha a mesma variação de uma frente fria.

Então, por exemplo, aqui a frente é onde a frente está. Aqui, que é onde a frente não passou ainda, a pressão cai um pouco. E...

E depois da frente, aqui por exemplo, nessa região a frente já passou, porque a frente vem nesta intensidade. Então, depois que a frente passou, a pressão aumenta um pouco, mas na frente quente a variação de pressão não é muito considerável. É praticamente desprezível, embora tenha uma pequena variação.

E a temperatura é o mesmo comportamento também da frente fria, mas também varia pouco. Então, você não tem grandes variações de pressão. a pressão e temperatura na passagem de uma frente quente antes da passagem da frente por exemplo aqui ó a frente não passou certo a frente vem avançando ela não passou a temperatura aumenta um pouquinho e aqui que a frente já passou ela vai diminuir mas também varia pouco o nevoeiro associado à frente quente tá o nevoeiro associado à frente quente ele se apresenta antes da frente lá na frente fria o nevoeiro ocorreria depois da passagem daquela frente fria aqui né depois da aquela linha azul.

Na frente quente, não. A gente vai ter o surgimento de nevoeiro pré-frente, ou seja, antes da passagem da frente. Então, como essa frente vem avançando, aqui provavelmente você já teria um nevoeiro devido a essa frente quente. Nuvens na frente quente, tá? Nuvens aí, principalmente as derivadas do extrato, né?

Então, primeira nuvem de passagem de qualquer frente, seja fria ou quente, né? Nuvens do tipo cirros, né? Repetindo mais uma vez, questão de ANAC. A nuvem que aparece na vanguarda de qualquer frente são as nuvens do tipo cirros. E aí nós vamos ter cirros trato.

Tratos, altos tratos, limbos tratos e estratos, que vão ser as nuvens que podem originar mais a questão do nevoeiro. Então, tudo isso daqui é associado ao surgimento de uma frente quente, a passagem de uma frente quente que toma lugar de uma massa de ar frio. Frente quente, uma massa de ar quente desloca uma massa de ar frio. Ainda continuando aqui... O mesmo desenho, dizendo sobre a frente quente.

Nomenclatura internacional da frente quente. Uma linha contínua com os meio-círculos. Não sei se é bem o meio-círculo ou um pouquinho a mais, mas enfim. Com esses meio-círculos, todos no mesmo sentido. E isso daqui é a nomenclatura internacional da frente quente.

Deslocamento da frente quente. No hemisfério sul, ele vai vir de noroeste para sudeste. Nesta direção aqui. No hemisfério sul. hemisfério norte de sudoeste para nordeste, tá?

É ao contrário, ao contrário da frente fria, o deslocamento da frente quente no hemisfério sul. E no hemisfério norte também, né? A gente vê que eles se opõem, eles são ao contrário. Os ventos, tá? No hemisfério sul, antes da passagem da frente quente, ou seja, a frente aqui, nesse caso, ela está avançando para cá, tá?

Aqui temos a simbologia da frente quente e ela está avançando para cá. E essa... Assim como eu falei da frente fria, na frente quente, na carta SIGWX, vocês vão estar vendo isso aí tudo em preto. Mas uma linha contínua em preto com os meio círculos aqui é uma frente quente.

Então, por exemplo, a frente está avançando aqui. O pré-frontal é aqui, então antes da passagem da frente, atrás da frente, nós temos no hemisfério sul os ventos que vêm de sudoeste, então se eles vêm de sudoeste, eles vão para nordeste. Exatamente em cima da frente, os ventos também vão vir de oeste, e no pós-frente, os ventos vão ser provenientes de noroeste, então se eles são provenientes de noroeste, eles vêm de noroeste e vão para sudeste. Aqui o...

O pós-frente seria aqui, né? Opa, desculpa. O pós-frente seria aqui, onde a frente já passou. Eu falei ao contrário, tá bom, gente?

O pré-frente é aqui. A frente está passando, ela ainda não chegou. Então, antes da passagem da frente, que é esta região aqui, a frente vem avançando, ela ainda não passou.

Os ventos vão ser de sudoeste em cima da frente de oeste. E após a passagem da frente, aí eles vão vir de noroeste. Se vem de noroeste, vai para sudeste.

No hemisfério norte do planeta, pré-frente, antes da passagem da frente, os ventos vão ser provenientes de noroeste, exatamente na passagem da frente de oeste e após a passagem da frente de sudoeste. Essas daqui então são as principais características dos ventos e do deslocamento de ar nas frentes quentes. Falamos de frente fria e falamos de frente quente.

E agora nós vamos falar da frente estacionária. O que é uma frente estacionária? A frente estacionária vai ocorrer quando uma frente perde velocidade e seu deslocamento é desprezível. Então imaginem a seguinte situação. Você tem uma frente fria avançando aqui e uma frente quente avançando junto.

E aí nenhuma consegue deslocar a outra. E elas formam uma zona intermediária entre as duas aqui. e até as duas massas de ar a massa de ar frio e a massa de ar quente atingir o equilíbrio e aí uma dessas frentes perde a capacidade de se deslocar com isso as condições do ambiente elas vão ficar semelhantes aquela frente que perdeu a capacidade de deslocamento antes então isso vai determinar uma frente estacionária tá é a frente estacionário ele permanece por um mesmo local então fica muito Muito tempo com chuva, garoa, é meio complicado uma frente estacionária, do ponto de vista meteorológico, e demora bastante para passar.

Nomenclatura internacional da frente estacionária, tá? Você tem uma linha contínua azul, com um triângulo para um lado, e uma linha contínua vermelha, com um meio círculo para o outro. Por quê? Porque é um intermédio entre a frente quente e a frente fria, que formou uma zona ali de equilíbrio, né? Então isso aí é a definição da frente estacionária.

E na maioria das vezes, embora elas durem bastante tempo, elas não têm muita intensidade. Fica aquela chuva leve, garoa fina. É uma frente quente aí, talvez até um pouco mais demorada, mas não é bem assim.

Falo em termos de característica de como o ambiente vai ficar. Mas não façam essa comparação arrisca. Uma frente estacionária é quando você tem duas massas de ar que perderam uma delas. primeiramente a capacidade de deslocar e aí o ambiente ficou com a característica daquela que perdeu a capacidade de deslocamento primeiro.

Agora nós vamos falar da frente oclusa, já ouvimos tanto isso no jornal, o ciclone extratropical, e agora que a gente estudou um pouco de meteorologia, a gente vai ser capaz de entender o que é essa frente oclusa. O encontro de uma frente fria e uma frente quente devido a um sistema de baixa pressão. E também é conhecido como ciclone extra-tropical.

Então aqui, por exemplo, nós temos uma frente fria avançando para cá e uma frente quente avançando para lá. E aí no meio do caminho elas encontraram uma zona de baixa pressão. pressão embora ela estava avançando uma para cima e outra para baixo se você encontra uma zona de baixa pressão você tende a querer da pressão mais alta você não a natureza tende a querer da pressão mais alta para mais baixa então as duas tendem a querer com convergir aqui para a zona de baixa pressão.

Conforme elas vão convergindo para a zona de baixa pressão, começa a haver aí uma formação circular. Normalmente isso acontece no meio dos oceanos, mas pode acontecer também nas regiões mais próximas às costas. um pouco dentro do ambiente menos, mas a gente vê isso principalmente aqui no Brasil e nas regiões mais próximas ao oceano. E aí com isso, esse deslocamento circular forma essa frente oclusa, conhecida também como ciclone extra-tropical.

A frente oclusa pode ser uma frente oclusa fria ou uma frente oclusa quente. O que vai determinar qual ar que ficou mais próximo da superfície após a oclusão? Então aqui, por exemplo, formou a oclusão.

Então se o ar da frente fria permaneceu na superfície... vai ser uma frente oclusa fria. Se o ar da frente quente permaneceu na superfície após a formação da oclusão, vai ser aí uma frente oclusa quente, tá bom? Lembrando, nomenclatura. Uma linha contínua, normalmente lilás, tá?

Lilás mesmo, não é azul e nem vermelho. É lilás com triângulos e meio círculos no mesmo sentido. Isso aí vai ser a determinação de uma frente oclusa. acompanhado de uma frente fria e uma frente quente. Seriam essas três linhas mesmo aí para mostrar a formação da oclusão.

Agora, quanto à formação e dissipação. As frentes, elas se formam e elas se dissipam. Para uma frente se formar, ela começa a avançar, uma massa de ar começa a avançar em relação a uma outra massa de ar de temperatura oposta. E aí isso vai formar as frentes.

Frontogênese. Frontogênese é uma frente em formação, quando aquela massa de ar começa a se deslocar em relação às outras massas de ar com outras propriedades físicas. E a frontogênese, como que ela é representada simbolicamente? A frontogênese quente são meios círculos com uma bolinha, não mais uma linha contínua.

Então quando vocês veem, por exemplo, lá na carta CWX, que existem esses meios círculos aqui com essas bolinhas, significa que está se formando uma frente quente e vai começar a avançar nos próximos dias. Assim como a frente fria também. A frente fria nós temos esses triângulos aqui com essas bolinhas também no meio e isso significa que existe a formação ali de uma frente fria. que vai começar a avançar.

A frente, depois que ela avança e passa, ela perde intensidade e ela precisa se dissipar também. Então, além da frente da frontogênese, que é a frontogênese de gênese de originação, nós temos a frontólise. A frontólise é a dissipação. Quando as duas massas de ar vão entrar em equilíbrio ali e acabou ali o avanço de uma massa de ar em relação à outra, colocando no final da frente.

E aí, por exemplo, quando ela começa, perder a sua intensidade de deslocamento, se for uma frente quente, ela vai virar uma frontólise, né? Ela se origina como um frontogênese, ou seja, com as bolinhas. Depois ela vira uma frente quente, uma linha contínua com os meios círculos. E depois, no final, ela se dissipa.

E aí vira uma frontólise, que são os meios círculos, com um X entre esses meios círculos. Isso vai determinar que a frente quente está se dissipando, assim como também na frente fria, né? Temos esses três triângulos aí, com o X.

determinando a frontólise fria. Então, contra a frontogênese e frontólise, é isso que eu tinha que falar para vocês. O último tema que eu tenho para falar, linhas de instabilidade.

As linhas de instabilidade vão sempre estar situadas de 50 milhas náuticas a 300 milhas náuticas pré-frente, ou seja, a frente da passagem da frente. E o que é a principal característica? Aqui, por exemplo...

nós temos uma frente fria avançando nessa direção e aqui, no pré-frente, antes da passagem da frente, nós vamos ter aqui uma linha de instabilidade. Olha aqui, essa daqui é a simbologia de linha de instabilidade. O que ela traz junto com ela? Se é uma linha de instabilidade, ela vai trazer uma atmosfera altamente instável, né?

Isso é óbvio, aquela questão do gradiente térmico em relação à razão adiabática do ambiente. E se ela traz muita instabilidade, então é óbvio, né? É muito... normal aí que vai ter nuvens cumulonimbos aqui, né, embutidas e ocasionais, ou seja, na frente da passagem, na frente você tem uma frente, a linha de estabilidade é, uma frente está passando, mas antes de chegar essa frente, eu tenho algo ainda mais intenso do que essa frente que vem, tá? Isso seria a definição aí de uma linha de estabilidade e aí na carta vocês conseguem ver perfeitamente aqui a linha de estabilidade.

E aí tem até aqui uma nuvem que tem CB escrito, né? Ela pode ser ser ocasional, ela pode estar embutida dentro de outras nuvens também. Por isso, essas nomenclaturas aqui, a gente já viu um pouco aí nas últimas aulas de meteorologia, um pouco dessa leitura aí da carta CIGWX, tá? Mas então, essa vai ser a definição da linha de instabilidade. Está vindo uma frente fria, mas antes dessa frente fria, eu tenho algo meteorológico mais intenso do que essa própria frente que vem.

Bom pessoal, agora frentes na carta seguida WX, tá bom? Coloquei aqui alguns exemplos para vocês, só para vocês verem. Por exemplo, aqui nós temos uma frente quente e uma frente fria no meio do oceano.

E aqui já tem aquela frente oclusa que eu falei para vocês, ou seja, a formação de um círculo. ciclone extra-tropical, sempre vinculado aqui a um sistema de baixa pressão, low, muito interessante isso. Aqui, por exemplo, a gente já tem uma frontólise, uma frente quente se originando, uma frente fria se originando, desculpa, e aqui uma frente quente também.

É mais para vocês entenderem aí como que a gente consegue ver na carta CWX essas frentes. Enfim pessoal, terminamos mais uma aula, essa longa, extensa, mas muito legal de meteorologia aeronáutica. Caso você tenha gostado, peço para não esquecer de deixar o seu like no nosso vídeo, apoiar o nosso canal também e se você não segue a gente aí, se inscreva no nosso canal. se inscreve no canal né e segue a gente nas redes sociais Instagram aviadores aeronautas Facebook e os um pouco tá preciso começar até a movimentar mais a parte mas segue aí também a recomendação se vocês quiserem mais optem mais pelo Instagram tá o Instagram eu movimento mais porque é é mais fácil de movimentar. É difícil você ficar gerenciando um monte de rede social, principalmente eu que estou fazendo isso sozinho por enquanto.

Mas aos poucos aí a gente vai trabalhando isso e melhorando. E o e-mail é aviadoresaeronautas.com, qualquer dúvida, sugestão, pode mandar, a gente vai estar respondendo dentro de um tempo aí. Próxima aula, condições adversas, parte 1, tá bom? Vamos falar então de...

A parte 3 eu lembro que é formação de trovoada. A parte 2 é formação de gelo. E a parte 1, turbulência.

Já dizia o Lito aí do canal Aviões e Músicas, não sei se vocês seguem. Turbulência não derruba avião. Valeu, muito obrigado e até a próxima.